p_shadow escreveu:nestor escreveu:De ese modo se reduciria el desequilibrio con España y ademas se convertiría en una fuerza bastante respetable para los vecinos del sur...
Caro Nestor,
Portugal não pode definir o seu Conceito de Defesa Nacional com base nas capacidades militares da vizinha Espanha. E felizmente não o faz!
Se assim fosse já há muito que fariamos parte do chamado "3º mundo", a par daqueles paises que gastam muito em armas e pouco em educação, saude, bem-estar social, etc.
Por cá temos o hábito de "dividir o mal pelas aldeias", que é como quem diz que temos quase todos os sectores da sociedade portuguesa em "pé de igualdade" uns para com os outros: nem menos bem nem menos mal, conforme as "opiniães"
!
Contudo, haverá sempre outro factor no (subs)consciente do povo (principalmente na classe politica): Todo o Português tem uma padeira dentro de si, por isso os "castelhanos" nunca em dia algum irão ficar com este pedaço de terra a que chamamos Portugal!
Com isto não quero dizer que o exemplo espanhol não deva ser tomado em consideração. Muito pelo contrário!
Cada vez mais, e visto que os países NATO europeus não tem inimigos "directos", a "raison d'etre" das Forças Armadas têm (compreensivelmente) mudado de um conceito de defesa da soberania nacional para o conceito de "ponta de lança" da politica externa do seu país. E nisto a Espanha é quanto a mim um bom exemplo a seguir.
Tal como numa equipa de futebol um ponta de lança marca golos, faz a diferença e (sobretudo) fica na "retina dos media", as Forças Armadas (FAs) de qualquer país NATO têm servido para dirigir as ditas "missões humanitárias e/ou de paz", têm ajudado na manutenção da "ordem internacional" e (por isso) produzem dividendos para o seu país a nível político/militar.
É nesta "corrente pós-Guerra Fria" (pelo menos até à globalização da era do terrorismo fundamentalista internacional que se vive) em que andamos. (E sobre a qual não pretendo me alongar muito mais neste tópico)
Deste modo, Portugal deverá ter as FAs necessárias para assegurar a nossa "presença" no mundo e, obviamente, sem comprometer a capacidade realista de defesa nacional.
Abraços
(desculpem-me este off.-tópic, mas não podia deixar de responder a isto)
Meus amigos, lamento o que vou dizer, mas, por favor, não sejamos ingénuos. Detesto alimentar polémicas e muito menos politiquice e intrigas desnecessárias, mas temos que analisar as coisas, não da maneira como desejaríamos, mas como realmente o mundo é.
Sendo assim não há lugar para brincar com questões que sob todos os pontos de vista estratégico - e que não estritamente militar – contam para que a defesa de um país, ou para que a defesa de um país seja e – acima de tudo – esteja intimamente interligada com outros setores da sociedade. A comparação que vou fazer pode oparecer idiota, mas penso ser sufucientemente clara para entender aquilo que quer dizer com isto tudo: O conceito oficial de saúde, segundo as Nações Unidas é o bem estar físico, psicológico, social, económico, etc. (já viram quão abrangente que é? E se pensarmos,bem não será verdade?)
Desde que passou a haver competição entre povos que as probabilidades de acontecerem conflitos foi é e será sempre real e, desde há séculos que ou países não têm que estar necessariamente um ao lado do outro para que hajam problemas, quanto mais Portugal e Espanha e com as questão que todos nós sabemos que ainda estão em aberto!!!
Não me considero uma pessoa desequilibrada e toda a minha vida lutei pelos valores em que acredito para que possa dar o meu melhor contributo para a sociedade, seja ela qual for, portuguesa, espanhola, russa, nepalesa, etc., mas se á coisa que não aprecio, é a falta de carater é a desonestidade e outras coisas.
Os princípios, para mim, são imutáveis e como tal, apesar das falhas que me são reconhecidas como ser humano, temos sempre que lutar pela nossa dignidade, quer como ser individual, quer como sociedade, seja porque razão for. Por isso, atendendo ás coisas em questão, interpreto como sendo demasiada ligeireza a razão, pela qual, n~«ao se deva achar que Espanha não deva entre na equação. Pode não ser a principal, pode não ser uma ameaça (em termos de conflito armado) mas não se sabe se o poderá ser no futuro. Já olharam para as vossas bolas de cristal? O que dizem? Azar o meu, pois a minha está avariada!
Há uns anos atrás estava-se num debate televisivo onde foi dada a oportunidade do Gen. Loureiros dos Santos falar. Quando lhe perguntaram quais os fatores que ele apontava para que Portugal pudesse interpretar como ameaças á sua integridade? Ele respondeu uma série de coisas, entre as quais, Espanha. Risada geral. Não sou especialista em estratégia militar, mas seguramente, para um general afirmar o que disse é porque deve saber mais que eu (aqui falo por mim).
Ainda não tenho a confirmação de um assunto que se passou ou está a passar perto de onde vivo, mas se confirmar a verdade no que ouvi, Isso é muito grave. Para quem julga que há coisas que por terem uma justificação – mesmo que por mais “aceitável” que seja – não desculpabilizam as atitudes que quem se dá a fazê-las. Logo por azar envolvem os dois países.
Outra, não sei se sabiam, mas a CGD quis comprar determinado banco na Galiza, um banco que tinha uma expressaõ de mercado ridiculca. Sabem o que é que fizerem? Há última hora houve uma empresa espanhola que o comprou. Sabem o que disse publicamente um dos responsáveis da CGD? Assim não é possível fazer negócios, porque não há uma base de confiança. Um dia dizem uma coisa outro dia fazem outra.
Vejamos o que aconteceu com o Santander há 10 anos.
O que parece é que temos memória curta e a nossa inépcia e falta de visão aliada a uma crónica crise de valores, e como pessoas de brandos e bons costumes que somos, leva-nos a acreditar numa realidade surreal. Tão surreal, como acreditar que o mundo é um espaço exemplar e que todas as pessoas partilham dos mesmos princípio, costumes, tradições, religiões, etc. e que lutam de acordo com os interesses de todos os povos e não unilateralmente e somente de acordo com os interesses de cada povo, coisas que nem daqui a dois séculos. Mas lá por sermos assim ou assado, frito e cozido ou grilhado, isso não iliba os atos de ninguém que faz as coisas com segundas intenções e más intenções.
Fiz boas amizades e conheço espanhóis que são honestos. Jamais deixaria de falar para eles, caso alguma vez, se se chegasse a vias de facto entre os dois países (longe vá o agoiro). Mas uma coisa é a amizade e outra coisa é o cumprir com o dever, quando mais outros valores se levantam, mesmo que isso signifique romper com essa amizade (desde que nos assista a razão em relação aos outros, claro).
Portugal, não sendo um país que possa superar numericamente (o que seria completamente descabido) Espanha, pode sim superá-la em termos proporcionais. Não sei qual é o Conceito de Defesa Nacional, mas não é desejável, dada a situação atual da economia (mais que previsível desde a entrada na então CEE), que não permite que se possa - e deva - ir mais além.
Se Espanha estiver sempre de boa fé em tudo, então muito bem, deve merecer a confiança de Portugal, mas… meus amigos, enquanto o passado não estiver totalmente e devidamente saldado, até lá não passa tudo de uma hipocisia. Outra coisa, será que o que acontece com as Selvagens não é mais que suficiente para pensarmos com cabeça e termos a atitude correta para essa questão, que passou a existir (lembro), porque houve quem abusasse das amizades?
Olhem as questões das pescas, e tantas outras. O que veio fazer Filipe Gonzáles a Portugal na data da comemoração do aniversário da entrada conjunta dos dois países na então CEE, hoje, EU? Veio despretensiosamente cá para comer uma fatia de bolo? Meus amigos, abram os olhos. Se houvesse uma verdadeira amizade estas questões não se levantavam, pelo menos, para mim. Com que sentimento ficaremos, se algumas vez o nosso amigo de infância vos fizer uma proposta indecente, só porque temos que olhar o futuro e atender aos interesses da amizade entre todos!!!! Não será esta a conhecida canção do bandido?
O que acham se algum dia vier a público que Espanha faz isto ou aquilo tendo em conta Portugal? Dá-vos vontade de rir, não é? A mim também mas, o que é certo, é que por mais defensores que possamos ser, se tivermos armas, elas também podem atacar.
P_sahdow escreveu:É nesta "corrente pós-Guerra Fria" (pelo menos até à globalização da era do terrorismo fundamentalista internacional que se vive) em que andamos. (E sobre a qual não pretendo me alongar muito mais neste tópico)
Deste modo, Portugal deverá ter as FAs necessárias para assegurar a nossa "presença" no mundo e, obviamente, sem comprometer a capacidade realista de defesa nacional.
Caro P_shadow, lamento desapontá-lo, mas aquela guerra fria que se conhecia até ao desmantelamento do Pacto de Varsóvia, não acabou, e nunca acabará, infelizmente. Alguns destes assuntos até passam na TV. Pode-me explicar o porquê de tanta, mas tanta espionagem entre russos num lado e ingleses e americanos do outro? Pode-me explicar o porquê de tanta espionagem entre chineses comunistas e americanos e chineses nacionalistas? Você pensa que a ajuda humanitária é de borla? E isto é só a ponta do iceberg (o que vem a público).
Cumprimentos e saudações sempre cordias para o planeta Terra