Fórum Defesa Brasil

De repente os submarinos passaram a ter costas largas para passarem a ser saco de pancada de tudo e de todos.
E olhem que eu estou muito à vontade para temer as consequências todo o chorrilho de notícias e comentários que se tem vindo a fazer sobre esta aquisição.

terça-feira, 13 de Abril de 2010 | 06:33



Plataforma Continental: Portugal pede hoje dobro área de mar





Portugal apresenta hoje nas Nações Unidas, em Nova Iorque, os fundamentos jurídicos, científicos e técnicos da candidatura nacional à extensão da plataforma continental que, a serem validados, permitirão duplicar a área marítima sob jurisdição portuguesa.

Os argumentos portugueses serão expostos perante a Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC) das Nações Unidas pelos responsáveis da Estrutura de Missão para a Extensão de Plataforma Continental (EMEPC), chefiada por Manuel Pinto de Abreu.

A proposta portuguesa, formalizada em Maio do ano passado, alarga a área sob juridição das 200 milhas correspondente aos limites da atual Zona Económica Exclusiva (ZEE), para as 350 milhas (passando a área de jurisdição nacional dos atuais 1,8 milhões de quilómetros quadrados para 3,6 milhões, uma área aproximada à da União Europeia no seu conjunto).

Diário Digital / Lusa

claro que não temos meios para fiscalizar nem 1/10 dessa área, mas prontos, fica bonito no papel...

Dáí não se entender a redução no número de NPO's, relativamente ao plano inicial.

Rui Elias Maltez escreveu:Dáí não se entender a redução no número de NPO's, relativamente ao plano inicial.

Eu entendo bem. Os governos sucessivos estão a continuar a politica de abandono do mar que já deu muitos maus frutos. Já não sabemos construir navios e dependemos do estrangeiro para nos fornecerem tecnologias num sector que já lideramos. Quando é preciso cortar, é sempre por aí. Não se investe na tecnologia naval por sistema, apenas umas botijas de oxigénio que , por serem tão escassas provocam a morte dos processos em curso e tem sempre de se começar do zero.

Eu não me admira nada que sejam construidos só dois NPOS, os que já estão em fase de acabamento.

Os nossos aliados tomarão conta desse vasto "território", do not worry...


Eu tb já estou como o tflash, tb não me admira nada que só venham a existir 2 NPOs.

É a "doutrina ana gomes-joão cravinho-mst" em todo o seu explendor

A mim, pessoalmente não me choca que se compre fora, nomeadamente Patrulhas Oceânicos, se vierem melhor e mais depressa que construidos cá (vide o caso já antigo das Pereira da Silva, que não saíram grande coisa).

Agora se se lembrarem do que eu e outros escrevemos há 5 anos atrás sobre o insuficiente dispositivo naval que teriamos em 2014, verificar-se-á que fomos proféticos.

se não fosse a má-vontade dos politicos , não estariamos assim tão mal em 2014, altura em que deveriamos ter todos os NPOs, o NavPol, um novo AOR e as corvetas já fora de serviço.

Isto para mim não tem cabimento nenhum, só consigo justificar os problemas dos patrulhas com politiquices motivadas pela mudança do partido no poder e o boicotes e saneamentos políticos no estaleiro, mudanças nos fornecedores cuja causa é a mesma. Vocês tem lido os comentários dos leitores, nos jornais online? Vem sempre com a mesma conversa "nós não precisamos de submarinos, precisamos é de patrulhas" Desde a compra das Vasco da Gama, que eu venho a ouvir dos "opinion makers" pacifistas que a marinha portuguesa devia ser uma marinha somente de patrulhas. Disso tudo eu tiro a ilação que a compra ou fabrico de patrulhas deve ser um assunto que reúne um consenso muito grande para a sua aquisição.

Isto tudo para dizer que a medida mais irracional é a de se reduzir as unidades. Acrescento a isso este atraso enervante de 10 anos.

Ainda me lembro de num debate na RTP em 2007, o então Min. da Defesa Luís Amado afirmar que em 2008 teriamos notícias sobre o NavPol.

tflash escreveu:Isto para mim não tem cabimento nenhum, só consigo justificar os problemas dos patrulhas com politiquices motivadas pela mudança do partido no poder e o boicotes e saneamentos políticos no estaleiro, mudanças nos fornecedores cuja causa é a mesma. Vocês tem lido os comentários dos leitores, nos jornais online? Vem sempre com a mesma conversa "nós não precisamos de submarinos, precisamos é de patrulhas" Desde a compra das Vasco da Gama, que eu venho a ouvir dos "opinion makers" pacifistas que a marinha portuguesa devia ser uma marinha somente de patrulhas. Disso tudo eu tiro a ilação que a compra ou fabrico de patrulhas deve ser um assunto que reúne um consenso muito grande para a sua aquisição.

Isto tudo para dizer que a medida mais irracional é a de se reduzir as unidades. Acrescento a isso este atraso enervante de 10 anos.

e depois NEM patrulhas se fazem!!!!!

por isso quando me espetam com estas noticias da plantaforma continental, só me apetece é rir (para não ter de chorar), isto vai servir para quê se não temos meios nenhuns para a fiscalizar...só faltava encontrar-se agora dentro da plantaforma um gigantesco depósito de petróleo, ia ser giro...se calhar alguém julga 8no governo devem julgar) que basta o trocas-te dizer meia duzia das suas patacoadas habituais, ou mostrar os seus belos fatos made in USA que eventuais interessados nos recursos vão ficar a tremer de medo...isto é só blablabla que não vai trazer nada de concreto, veja-se o caso do Brasil que desde o pré-sal tem procurado arranjar maneira de se equipar militarmente para defender o que é seu...com alguma sorte pode ser que a 4ª frota da USN venha fiscalizar e proteger a nossa nova extensão territorial...

Nós abandonamos o mar a todos os niveis. Temos 11 ilhas habitadas. Tirando um ferry espanhol que começou a operar para a madeira, na sua rota das canárias, não podemos viajar de barco para nenhuma delas. Agora vejam os outros países. São os públicos e os privados. Será que era tão descabido embarcar com um automóvel em lisboa e sair no funchal ou em ponta delgada a conduzir? Viramos as costas ao mar.

cumpriu-se o grande designio da "Desmaritimização Nacional"

como escreve o Luis Miguel Correia no seu blog

Mais que um navio destruído, o CAPITÃO FERREIRA é um símbolo do analfabetismo marítimo português e da magnífica OBRA de DESMARITIMIZAÇÃO NACIONAL que vem caracterizando a nossa vida social desde há algumas décadas.

http://lmcshipsandthesea.blogspot.com/2 ... ional.html


com o preço a que está a corda gastava-se um balúrdio para pôr todos os canalhas que para isso contribuiram, a baloiçar nos candeeiros

muiro bem observado... se todos dizem que uma Marinha de patrulhas parece ser consensual, não se entendem os entraves à sua rápida construção, e a um programa coerente de concepção e construção dentro dos prazos previstos.

do blog do LMC, novamente

Corvetas, Submarinos (DELFIM e ALBACORA) e a fragata NRP COMANDANTE HERMENEGILDO CAPELO atracadas ao estaleiro da Margueira a 7 de Abril de 2010.

http://lmcshipsandthesea.blogspot.com/2 ... uerra.html

Os navios tal como todas as outras realidades deste mundo são de natureza finita. Nada dura para sempre e esta geração de navios de guerra até já durou muito para além do razoável, pela simples razão de que as substituições de material naval em Portugal só se fazem em regíme de mínimo investimento quando se aproxima o fantasma do "zero naval".
O que me custa ao ver estes navios há anos desactivados é a agonia lenta a que têm sido sujeitos. Olhar agora para a OLIVEIRA E CARMO torna difícil relembrar o mesmo navio quando estava operacional. A agonia retirou-lhes a dignidade e não há razões aceitáveis para isso, para além de hábitos antigos e rotinas em velocidade reduzida.
E já agora, devia ser preservado um navio desta geração. Por todos os motivos e mais alguns...

http://lmcshipsandthesea.blogspot.com/2 ... gonia.html