kirk escreveu:Túlio escreveu:Falar em CASAR perto de mim é pedir para levar umas pauladas...
Sério agora, pode mesmo haver a tale de parceria ESTRATÉGICA e isso não se pode ter com todo mundo. Eu escrevi PODE HAVER. Se HÁ, e se isso for um programa DE ESTADO e não DE GOVERNO - e para mim isso é mais uma novidade em termos de Brasil - eu acho legal. De fornecedores apenas SE COMPRA, com parceiros SE DESENVOLVE. Vamos ver no que vai dar, para mim toda a opinião sobre isso é válida, não me dou ao trabalho de discordar porque a chance de EU estar errado é tão grande que é melçhor ficar de canto e ver no que dá.
E poderias explicar melhor o que quiseste dizer com DEPENDER MILITARMENTE? O conceito é tão abrangente que não entendi a que parte te referias...
Já que o sabado se "estrumbicou" pra mim também, vamo lá!
A aquizição de um sistema de armas ... tem um impacto muito maior do que pode ser percebido ... Trata-se de um sistema desenhado para operar no ambiente cultural do país vendedor, isto é, para vencer as suas guerras, usando seus métodos, processos, organização e a sua capacidade instalada. Portanto é necessário que o comprador faça as modificações para adaptação de seu ambiente para usar o novo armamento com eficiência. Caso não se reconheça esse fato ... duas situações poderão se desenvolver :
- nunca se chegará a explorar todo o potencial do (euqipamento);
- lentamente os sistemas existentes no país vendedor, que são necessários para otimizar a operação, serão adquiridos, criando uma grande dependência entre cliente e fornecedor.
As duas situações são inaceitáveis. -
Trecho de Gilberto Schitini (RFA)
Em equipamentos militares (no cenário atual / digamos nesse novo Brasil), penso em DIVERSIFICAÇÃO, por exemplo :
- Subs de origem francesa
- Aviões prefiros os Suécos
- Helis poderiamos pensar nos Russos
O que há em comum ? Desenvolvimento da nossa indústria, no caso dos subs por exemplo, serão contruídos em território brasileiro, necessáriamente em parceria com a Ind Nacional, isso nos dará domínio e independência.
No caso dos aviões, quem fez proposta similar foram os suécos, fabricação em território nacional, em parceria com nossa indústria, isso nos proporciona domínio e capacitação ... de posse da tecnologia poderemos fabricar até um "quadriturbina" se assim desejarmos.
Lí (não me lembro onde) que os Helis Russos terão seus aviônicos desenvolvidos e integrados pela Aeroeletrônica, acho essa uma excelente oportunidade.
Lembra do Osório? Elaborou-se uma plataforma e definiu-se os requisitos operacionais, daí fabricamos o que estava ao nosso alcance, e fomos ao mercado e adquirimos os componenetes que se encaixabam na plataforma e requisitos ... foi um "case" de sucesso ... a Embraer não faz isso até hoje? Nem porisso temos quaisquer dúvidas que os aviões sejam BRASILEIROS ... Então especificamente do FX-2 não vejo problemas em adquirirmos um ou outro componente que não sejam dominados pelas indústrias Brasileira ou suéca, é uma questão de tempo para a nossa independência ... porém já estaremos dando passos largos para esse objetivo.
O máximo que enxergo em relação a proposta francesa (posso estar errado) é que no futuro, na melhor da hipóteses, estaremos fabricando Rafales sob licença da Dassault, assim como os Indianos fabricam SU-30MKI sob licença da Sukoy (e eles já estão no SU-35), não é isso que quero para o Brasil, penso que o desejável é um caçador made-in-Brazil ... e não meros montadores de produtos franceses ou de quaisquer outros países. É o que eu penso!
Túlio escreveu:Respeito e acato mas...não poderia ser um pouco de cada? Afinal, não se sai por aí espalhando este tipo de tecnologia apenas para faturar uma grana e, na continuação, arrumar outro concorrente e perder o que se ganhou...
Voce pode estar certo, porém a França precisa MUITO de dim, dim ! E devo confessar que sou um pouco sético em relação aos franceses.
Abração
kirk