NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Tupi
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#3106 Mensagem por Tupi » Sex Ago 13, 2010 2:05 pm

GustavoB escreveu:Mais ao sul (sudoeste) há áreas em franco desenvolvimento agrícola, mas a Bahia é enorme. E tem agora a transposição do Rio São Francisco.
Eu imagino que será na fronteira com o Parque Nacional do Raso da Catarina(plena região de caatinga). Um lugar inóspito, muitíssimo seco e desabitado. Onde podereão ser montado a infraestrutura de forma discreta e facilmente vigiada.





Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
sapao
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#3107 Mensagem por sapao » Dom Ago 15, 2010 10:08 am

Porque não colocar na Base de Cachimbo?
Acredito que ja tenha ate estudo sobre aerea a ser utilizada...




[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#3108 Mensagem por alcmartin » Dom Ago 15, 2010 11:50 am

É só abrir o buraco... :twisted: :mrgreen:




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#3109 Mensagem por Luiz Bastos » Dom Ago 15, 2010 12:14 pm

Segundo se comentou o fechamento foi simbólico com o boquinha de tartaruga (Collor) jogando a pá de cal no buraco. :mrgreen:




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#3110 Mensagem por justo » Ter Ago 17, 2010 11:09 am

Para quem nunca entrou dentro de um submarino brasileiro, segue o video para um belo passeio...

http://criancas.uol.com.br/ultnot/multi ... Id=6125201


Abraços,
Justo.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#3111 Mensagem por Marino » Qui Ago 19, 2010 7:53 pm

http://www.tvcultura.com.br/jornal-da-c ... jc20100805

Clicar a direita em:
Brasil vai enriquecer Urânio com tecnologia 100% nacional




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#3112 Mensagem por FIGHTERCOM » Sex Ago 20, 2010 12:47 pm

Marino escreveu:http://www.tvcultura.com.br/jornal-da-c ... jc20100805

Clicar a direita em:
Brasil vai enriquecer Urânio com tecnologia 100% nacional
Numa leitura rápida, cheguei a pensar que fosse enriquecimento a 100%. :mrgreen:


Abraços,

Wesley




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#3113 Mensagem por Skyway » Sex Ago 20, 2010 12:55 pm

A diferença entre 5% e 95% em termos tecnológicos é......uhm......peraí.....nenhuma. :lol:

Diiiizem...diiiiizem.... :twisted:




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#3114 Mensagem por FIGHTERCOM » Sex Ago 20, 2010 12:56 pm

ENRIQUECIMENTO DE URÂNIO NO BRASIL
Desenvolvimento da tecnologia por ultracentrifugação

Othon Luiz Pinheiro da Silva[1]

André Luis Ferreira Marques[2]

Introdução

Após as iniciativas do Almirante Álvaro Alberto durante os anos 50 de realizar pesquisas científicas no Brasil, no setor nuclear, o governo brasileiro decidiu investir recursos, já no início dos anos 70, para dotar o país de capacitação plena no ciclo do combustível nuclear, produção de reatores de pesquisa e de potência e, finalmente, no reprocessamento de combustível nuclear utilizado nos reatores. Tal linha de ação visava garantir os meios necessários para o fortalecimento de nossa matriz energética, com a utilização dos recursos naturais existentes (minas de urânio e tório, cujas reservas estão entre as maiores no mundo) para a produção de energia elétrica, dentro da visão particular dos programas de desenvolvimento em vigor à época.

Dentro deste contexto, previu-se a construção de diversas usinas nucleares, em torno de 56 unidades do tipo PWR (pressurized water reactor). Além desse motivo, havia a necessidade estratégica de se colocar o setor nuclear do Brasil em grau de desenvolvimento no mesmo patamar que outros países de mesmo porte estavam perseguindo. Assim, diversas medidas foram tomadas, como a capacitação de pessoal no exterior, formação de empresas estatais para executar as atividades industriais e a criação e o fortalecimento dos institutos de pesquisas.

Neste cenário, em 1975, celebrou-se o Acordo Brasil-Alemanha de cooperação no setor nuclear, onde haveria a transferência alemã de tecnologia e alguns meios para os objetivos mencionados logo acima. Alguns itens derivados deste acordo são a fábrica de construção de reatores da NUCLEP (Nuclebrás Equipamentos Pesados, em Itaguaí) e a própria Usina Nuclear de Angra 2, ambos construídos no estado do Rio de Janeiro. No ciclo do combustível nuclear, a transferência tecnologia inicialmente prevista para o enriquecimento de urânio era a ultracentrifugação, a qual os alemães já dominavam há alguns anos. No entanto, por pressões internacionais, a transferência ao Brasil desta tecnologia foi vetada, oferecendo-se a alternativa do “jet-nozzle”, a qual ainda estava em fase de desenvolvimento laboratorial. O motivo de se enriquecer o urânio (aumento do teor de U235 em relação ao que se dispõe naturalmente) deve-se ao fato de que a probabilidade de ocorrer a fissão neste elemento químico ser muito maior do que em outros elementos químicos (da ordem de mil vezes).

Na mesma ocasião (final dos anos 70), a Marinha do Brasil (MB) identificou a necessidade de se operar com submarinos de propulsão nuclear, uma vez que estes são vetores com grande poder de dissuasão e vantagem tática, em função de seu alto poder de discrição (pode operar muito tempo submerso, dificultando sua detecção por forças aeronavais de superfície). Por causa da grande densidade de energia de seu reator nuclear, além de gerar oxigênio para sua tripulação, o submarino nuclear pode manter altas velocidades durante muito tempo, permitindo-se patrulhar grandes extensões de mar territorial.

É importante mencionar que um País pretendendo operar submarinos nucleares deve providenciar toda a infra-estrutura necessária (base de apoio, fabricação e manutenção de componentes principais, entre outros), porque a dependência externa em se obter componentes vitais, tais como o núcleo do reator nuclear naval, é uma hipótese descartada, devido à vulnerabilidade logística inerente desse tipo de dependência. Em passado não muito distante, vimos este tipo de situação no veto de exportação de suprimentos ingleses para a Argentina, durante a Guerra das Malvinas, o que diminuiu em muito a eficácia de sua Marinha.

Dentre os diversos métodos de enriquecimento de urânio (separação isotópica do U235 em razão maior do que 0,7%, que aquela que se encontra na Natureza), somente dois processos revelam-se atraentes para produção em escala industrial: a difusão gasosa e a ultracentrifugação.

No primeiro, comprimi-se o gás hexafluoreto de urânio (UF6) através de membranas microporosas, associadas em série, de forma a se separar o U238 do U235, sendo este último mais interessante para a fissão com nêutrons. Na ultracentrifugação, a separação é feita pela força centrífuga agindo nas partículas de UF6, cujo princípio é idêntico àquele que conhecemos em nossa casa, concentrando-se o U238 em uma região mais externa do que o U235, porque o primeiro é mais pesado somente cerca de 1% em relação ao segundo. Daí aparecer o termo “ultra” centrifugação (operar em velocidades tangenciais muito altas), para separar dois elementos cujas massas são muito próximas.

Todos os demais processos (e.g. eletromagnético, colunas térmicas) não se aproximam em termos de eficiência (da ordem de pelo menos 100 vezes) em relação à ultracentrifugação, seja pelo consumo elevado de energia e/ou pela geração de grande quantidade de efluentes químicos. Além disso, há processos que ainda não saíram da fase laboratorial, como é o enriquecimento a laser. O “jet-nozzle” seguiu o mesmo caminho, não sendo industrialmente eficaz.

Com a negativa de importação da tecnologia de ultracentrifugação e com a transferência alemã de um método não eficaz em escala industrial, decidiu-se pelo desenvolvimento nacional do enriquecimento de urânio por ultracentrifugação pela Marinha e por laser pela FAB, também no final dos anos 70. É importante mencionar que dentre as atividades do ciclo do combustível, o enriquecimento de urânio é a que reúne a maior complexidade tecnológica, por lidar com exigências técnicas muito estritas, em termos de seleção e desenvolvimento de materiais, em controle de qualidade dimensional, diversos métodos e etapas de fabricação eletromecânica, entre outros aspectos.

Desenvolvimento

A tecnologia de ultracentrifugação foi desenvolvida na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, pela equipe do Prof. Zippe. Posteriormente, os russos a aperfeiçoaram com o auxílio do próprio Zippe e alguns de seus cientistas. Atualmente, menos de 10 países no mundo dominam esta tecnologia, sendo o Brasil um deles.

Imagem

Na figura 1, baseando-se em fontes ostensivas e em linhas gerais, apresenta-se um esquema de uma ultracentrífuga, com as seguintes partes [1]:

a) Carcaça
b) Rotor
c) Motor
d) Distribuidor e coletores de hexafluoreto de Urânio
e) Mancais

Para se obter a separação isotópica mencionada acima, deve-se operar com as maiores rotações possíveis, uma vez que a força centrífuga é proporcional ao quadrado da velocidade angular. No entanto, deve-se respeitar os limites de resistência dos materiais (devido às altas tensões mecânicas ou esforços solicitantes decorrentes) e diminuir o consumo de energia ao máximo. Nesta ótica, quanto menor for o atrito entre as diversas partes, melhor será o rendimento da ultracentrífuga.

Para a diminuição do atrito, opera-se sob vácuo entre a carcaça e o rotor, ao mesmo tempo que se atenua o atrito nos mancais. Desenvolvido e homologado um modelo de ultracentrífuga, fabricam-se diversas delas para que sejam montadas em arranjos série e paralelo, os quais passam a se chamar “cascata de enriquecimento de urânio”, em função das condições de contorno do projeto (quantidade de massa e teor de enriquecimento). Para reatores do tipo de Angra 1 e 2, são necessárias toneladas de UF6 enriquecido entre 3 e 5%.

Por exemplo, os arranjos em paralelo objetivam a produção de grande massa, mas com baixo teor de enriquecimento. Por outro lado, o arranjo em série provê uma quantidade de massa muito pequena, mas com alto teor de enriquecimento. A figura 2 apresenta um arranjo em cascata, onde o produto de um determinado estágio segue para a alimentação do estágio seguinte, enquanto que o seu “rejeito” retorna para alimentação do estágio anterior. Observa-se que se recicla o UF6 o tempo todo ao longo do processo: o produto de um estágio de enriquecimento é direcionado para a alimentação do estágio seguinte, enquanto que o rejeito do estágio inicial retorna para a alimentação do estágio anterior.

Como em aplicações de alto desempenho (e.g. aeroespacial, biomedicina), os materiais potencialmente aplicáveis em sistemas de separação isotópica devem reunir grande resistência mecânica, baixa densidade e resistência ao meio corrosivo (constituído pelo UF6). No quesito da resistência mecânica, considera-se para efeitos didáticos que a tensão mecânica associada seja proporcional ao quadrado do módulo de elasticidade (N/m2) dividido pela densidade (kg/m3). Consultando-se referências ostensivas, na tabela 1 evidencia-se que os materiais poliméricos são extremamente desejáveis, apesar de sua fabricação ser mais trabalhosa, assim como o seu projeto, uma vez que tais materiais exibem grande “anisotropia”, i.e. variação acentuada das propriedades, principalmente mecânicas, com as direções. Os materiais metálicos, como os aços “maraging” ou as ligas de titânio são também atraentes, mas sua densidade diminui sensivelmente o desempenho, quando se compara com os materiais compósitos.

Imagem

Legenda:

A – Alimentação (com urânio natural)
P – Produto (ou parte enriquecida)
R – Rejeito (ou parte empobrecida)
Figura 2 – Esquema de cascata

O poder de separação de uma ultracentrífuga é medido em kg de UTS, ou Unidade de Trabalho Separativo, por ano (kg UTS/ano). Esta unidade advém da teoria de operação de meios em cascata, onde se emprega o conceito matemático de função de valor. Em linhas gerais, a equação 1 expressa esse poder [2].

Poder de Separação ~ L x rotação n x D x (DM) 2 x Temp –2 (1)

Onde:
L – comprimento vertical
D – coeficiente de difusão do UF6
DM – diferença de massa entre isótopos (U238 – U235)
Temp – temperatura do UF6
n – coeficiente entre 4 e 5.

Como se pode notar, quanto maior a rotação maior será o poder separativo, assim como o comprimento do rotor, e menor for a temperatura do UF6. Entretanto, é digno de nota que o ponto triplo deste gás é muito próximo das condições normais de temperatura e pressão (CNTP), fazendo com que este dessublime (passe do estado gasoso para sólido) facilmente naquelas condições, o que pode entupir tubulações de processo. Além disso, em contato com o ar, o hexafluoreto de urânio reage com a umidade produzindo o ácido fluorídrico (HF), que é perigoso.

Identificados os principais aspectos técnicos do desenvolvimento da ultracentrifugação, o programa nuclear da MB construiu todos os meios laboratoriais e industriais necessários para se desenvolver e implantar esta tecnologia no Brasil. Como sempre feito pela MB, mobilizaram-se alguns dos melhores talentos e meios existentes no Brasil, reunindo-se equipes de vários setores: engenharia mecânica, mecatrônica, engenharia eletrônica, engenharia de processos, engenharia de materiais, entre outros. Para a gerência dos recursos materiais e humanos, a MB criou a Coordenadoria para Projetos Especiais (COPESP), em 1986, posteriormente renomeada como Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), com sede no campus da Universidade de São Paulo (USP) e o Centro Experimental ARAMAR (CEA) na região do município de Iperó/SP. A escolha recaiu no Estado de São Paulo por ser o estado que dispõe do melhor parque industrial, contando também com escolas de engenharia e centros de pesquisa de primeira grandeza.

Como se sabe, os fenômenos de transporte (gás dinâmica) e transferência de calor associados aos fluidos que escoam em velocidades muito altas apresentam-se como não lineares, sendo muito difícil a sua simulação por meios puramente analíticos e numéricos, mesmo com a atual disponibilidade de recursos computacionais de grande capacidade.

Assim sendo, no desenvolvimento da tecnologia de ultracentrifugação de urânio, foram construídos diversos laboratórios, relacionando-se estes com muitos institutos de pesquisas, empresas e universidades em todo o território nacional. Em poucas palavras, tal desenvolvimento é fundamentado em experimentação e simulação em diversas escalas (inclusive a natural ou 1:1), de forma a se homologar um componente ou sistema para a produção e montagem industriais. Nas diversas parcerias firmadas, a interação procura a otimização contínua de aspectos multidisciplinares, incorporando-se às máquinas o que se há de mais avançado nas diversas áreas tecnologias com materiais avançados, técnicas de fabricação, malhas de controle e eletrônica.

O produto deste esforço nacional pode ser visto nas duas instalações de enriquecimento de urânio da MB no CEA: o Laboratório de Enriquecimento de Urânio (LEI) e a Usina de Demonstração Industrial de Enriquecimento (USIDE), as quais operam desde o final dos anos 80 e início dos 90. Mais recentemente, o esforço do desenvolvimento da tecnologia de ultracentrifugação se faz notar no contrato celebrado entre a MB e as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) para a instalação de cascatas de enriquecimento de urânio na unidade de Resende/RJ, para a fabricação de combustível nuclear para as usinas de Angra 1 e 2. Outras informações sobre o processo de enriquecimento de urânio no mundo podem ser encontradas nas referências 4 e 5.

Conclusão

O desenvolvimento da tecnologia de ultracentrifugação de urânio é um marco de sucesso na história tecnológica do Brasil. Do interesse inicial do Almirante Álvaro Alberto, o qual tentou trazer centrífugas da Alemanha no pós-Guerra, enfrentando forte resistência externa, conseguiu-se com o esforço, dedicação, criatividade e obstinação de técnicos e engenheiros brasileiros, ao longo de 15 anos, conceber e aperfeiçoar uma série de máquinas para produção de material para uso no combustível nuclear, emprego pacífico da energia nuclear, como estabelece nossa Constituição Federal.

A decisão tomada no final dos anos 70 pela escolha da ultracentrifugação foi acertada, por ser um método muito eficiente, em termos de consumo de energia elétrica, e modular, trabalhando com unidades padronizadas e organizadas em arranjos em série e paralelo, o que garante boa flexibilidade operacional. Prova do acerto da decisão é visto na recente evolução tecnológica dos países que usavam a difusão gasosa, como os EUA e a França, para o processo da ultracentrifugação.

Como produtos do desenvolvimento da implantação da tecnologia de ultracentrifugação, foi desenvolvida no Brasil a produção de aços de alta resistência, assim como de válvulas especiais para operar com substâncias corrosivas. Igualmente importante, vários componentes de satélites e mísseis têm sido fabricados e testados usando recursos laboratoriais e industriais do CEA, originalmente estabelecidos para o desenvolvimento do programa nuclear conduzido pela Marinha. Recentemente, identifica-se também como resultado expressivo o trabalho conjunto da MB, Força Aérea Brasileira (FAB), universidades e institutos de pesquisa, para a produção no país de fibra de carbono de alto desempenho, por meio de convênio com a Financiadora de Projetos (FINEP), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

O sucesso alcançado pelo projeto de enriquecimento, dentro do lema do CTMSP de que “Tecnologia Própria é Independência”, constitui-se em exemplo de que o caminho de acreditar no potencial dos brasileiros e utilizá-lo para suplantar obstáculos ao desenvolvimento nacional é, em alguns casos, o único viável e, em muitos outros, aquele que poderá garantir às futuras gerações maior autonomia e independência.


[1] Vice-Almirante (Engenheiro Naval – Ref.), foi o criador e coordenador do Programa Nuclear da Marinha de 1979-1994. Atualmente é Diretor-Presidente da ELETRONUCLEAR.

[2] Capitão-de-Fragata (Engenheiro Naval), é o Coordenador do Programa de Separação Isotópica do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo - CTMSP
Link: http://ecen.com/eee54/eee54p/enriquec_uranio_brasil.htm

Não consegui colocar a Tabela 1.


Abraços,

Wesley




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#3115 Mensagem por joao fernando » Sex Ago 20, 2010 2:39 pm

Skyway escreveu:A diferença entre 5% e 95% em termos tecnológicos é......uhm......peraí.....nenhuma. :lol:

Diiiizem...diiiiizem.... :twisted:
Numero de cascatas. A cada centrifuga, vc aumenta a concentração.




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
Hader

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#3116 Mensagem por Hader » Sex Ago 20, 2010 4:07 pm

O número mágico é cerca de 20%. Quem chega nos vinte pula para os 95% fácil...




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#3117 Mensagem por Marino » Sex Ago 20, 2010 7:01 pm





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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#3118 Mensagem por Reyamneugreb » Sáb Ago 21, 2010 3:24 pm

Índia

DefesaNet 20 agosto 2010

Após acidente, Índia aluga submarino nuclear russo

A Rússia entregou à Índia o submarino nuclear Nerpa, em regime de aluguel com opção de compra, informaram nesta sexta-feira fontes da indústria militar russa.

"Concluímos nesta a entrega à Índia, em aluguel com opção de compra, do submarino nuclear Nerpa. Foram assinados todos os documentos e o aparelho, tripulado por marinheiros indianos, zarpou rumo a sua base", informou um diretor da indústria militar, citado pela agência russa Interfax.

A entrega foi atrasada por conta do acidente sofrido pelo submarino em novembro de 2008, quando 20 pessoas morreram e outras 41 ficaram feridas pela ativação do sistema de extinção de incêndios durante testes de navegação.

Segundo imprensa indiana, o montante do contrato de aluguel por dez anos é de US$ 650 milhões.

O submarino, que pode ser tripulado por 73 pessoas, dispõe de torpedos, mísseis e foguetes cruzeiro Granat, com alcance de três mil quilômetros.

O Nerpa pertence à série Akula-II, segundo a classificação da Otan, que é integrada por 15 submarinos nucleares de terceira geração.

______________________________________________________________________

Qual a comparação entre esse sub e o nosso (futuro)?

Vale a pena esse negócio com a Rússia, para o Brasil?

Agradeço os comentários dos especialistas.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#3119 Mensagem por Enlil » Sáb Ago 21, 2010 8:04 pm

SSN Akula Class (Bars Type 971) Attack Submarine, Russia

Crew:
73

Dimensions:

Surfaced Displacement
8,140t

Displacement, Submerged
12,770t

Overall Height
11.3m

Hull Cross Section
13.6m x 9.68m

Performance:

Diving Depth
600m

Run Speed Surfaced
10kt

Run Speed Submerged
33kt

Speed with Reverse Propeller System
3kt to 4kt

Endurance
100 days

Weapon Systems:

Missile Torpedo Weapons
4 x 650mm tubes
4 x 533mm tubes

Cruise Missiles (SLCM)
12 Granit land-attack missiles

Anti-Ship Missiles and Torpedoes
28 Stallion and Starfish missiles, mk40 torpedoes, anti-submarine missiles and torpedoes in a range of variants

Air-Defence Missiles
Strela portable missile – 18 missiles

Systems:

Electronic Equipment
Automated radio communication system
Combat control information system
General-purpose radar
Active and passive sonar
Periscopes
Commander's periscope
Air defence periscope

Propulsion:

Main Machinery
Nuclear, with steam turbine power
Pressure Water Reactor
1 x 190MW
Steam Turbine
1 x 50,000hp
Auxiliary Diesels
2 x 750hp
Propulsion Motors
2 x 276kW
Reserve Propeller Systems with Motors
2 x 370kW
Single Propeller
7-bladed fixed-pitch propeller

http://www.naval-technology.com/project ... specs.html




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#3120 Mensagem por Marino » Dom Ago 29, 2010 12:49 pm

Defensor dos mares

Submarino brasileiro com propulsão nuclear deve estar pronto em 2025

Fred Furtado CIÊNCIA HOJE/RJ



A partir de 2025 o Brasil passará a fazer parte do seleto grupo de países com submarinos de propulsão nuclear. O prazo foi apresentado no em palestra ministrada pelo contra-almirante Adalberto Casaes Júnior no Rio de Janeiro, em julho último. Segundo Casaes Júnior, o interesse do Brasil em um submarino nuclear se justifica por sua atual posição como parceiro comercial global.

Cerca de 95% das importações e exportações do país, valor que equivale a US$ 350 bilhões, fluem pelo mar, por isso precisamos de meios para defender esses interesses revelou o oficial.

Além disso, lembra ele, utilizando a guerra das Malvinas como exemplo, que um único submarino britânico foi capaz de manter toda a Marinha argentina atracada. O contra-almirante conta que uma das grandes vantagens do submarino é sua capacidade de passar despercebido. Nos modelos convencionais, essa característica é prejudi cada pelo sistema de geração de energia, que usa um motor a diesel. Para que o motor a diesel funcione, é preciso oxigênio.

Discrição Assim, quando é necessário recarregar as baterias, o submarino sobe até uma profundidade onde o snorkel, o tubo por onde o ar entra, possa chegar até a superfície.

Isso diminui a capacidade de se esconder de navios inimigos confirma Casaes Júnior, acrescentando que, além disso, a energia armazenada é limitada. Se precisasse mover-se a toda velocidade, a carga só duraria meia hora.

Já em um submarino nuclear, a energia é gerada por um reator, que não necessita de ar. No caso do projeto brasileiro, ele seria um modelo de água pressurizada (PWR, na sigla em inglês), no qual a água sob pressão é aquecida pela fissão e o vapor produzido move duas turbinas, que geram eletricidade para o submarino como um todo e para o motor. Isso não apenas prejudipossibilita um funcionamento contínuo da embarcação, como também permite maior velocidade de deslocamento.

Enquanto um submarino convencional leva uma semana do Rio de Janeiro até Salvador, a versão nuclear faz o percurso em um dia exemplificou o oficial.

Ele ressaltou, porém, que os convencionais ainda são relevantes, pois têm aplicações táticas distintas e complementam os nucleares.

O projeto começou em 1979 e foi responsável por alavancar o conhecimento brasileiro do ciclo nuclear, que envolve a extração e o beneficiamento do urânio (yellow cake ou bolo amarelo), a conversão em gás hexafluoreto, o enriquecimento, a reconversão em sólido e a criação das pastilhas de combustível.

O submarino deve estar pronto em 2023, mas apenas em 2025 os testes estarão completos Acordo com a França Já tendo dominado o ciclo do combustível e o processo de construção desse tipo de embarcação, faltava ao Brasil a tecnologia de projeto. Em outras palavras, não se sabia como projetar um submarino nuclear.

Isso foi solucionado por meio de um acordo com a França, assinado em 23 de outubro do ano passado.

As metas desse plano incluem a construção de quatro submarinos convencionais modelo Scorpène, incluindo transferência de tecnologia; um núcleo de 25 engenheiros brasileiros que serão treinados na França e acompanhados pelos franceses, tanto lá quanto ao longo do projeto no Brasil; auxílio na construção do submarino nuclear, bem como no do estaleiro e base necessários para essa embarcação; e 30 torpedos modelo Black Shark que seriam o principal armamento.

Paralelamente, a Marinha continua a construção do Labgene em Aramar, Sorocaba (SP), e já escolheu o local do estaleiro: a ilha da Madeira, próximo ao porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro.

Críticas De acordo com Casaes Júnior, houve muita crítica quanto ao acordo, em especial em relação ao submarino Scorpène, que estaria ultrapassado.

É preciso perceber que muita da publicidade negativa foi instigada pelos alemães, que eram os principais concorrentes dos franceses. Além disso, fizemos contato com a Marinha chilena, que já usa esse modelo, e eles nos asseguraram de sua eficiência declarou o contra-almirante.

Ele informou que o custo do acordo foi de 6,5 bilhões de euros, cerca de R$ 15 bilhões, sendo 2 bilhões de euros de responsabilidade do Tesouro Nacional e o resto coberto por uma linha de crédito.

Esse valor equivale à metade do trem bala que ligará o Rio a São Paulo, mas o ganho tecnológico é muito superior afirmou, concluindo que o submarino deve estar pronto em 2023, embora apenas em 2025 todos os testes estarão completos.




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