Sobre o KC-390
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- henriquejr
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Re: Sobre o KC-390
Pessoal, é bom lembrar que o KC-390 praticamente trará um novo conceito para a categoria, pois será um cargueiro tático, com capacidade KC (reabastecedora) tático, com propulsão a jato! Levando-se por este lado, é sim um produto único no mercado (até a entrada do concorrente russo-indiano). É bom lembrar que existem algumas restrições para operação de uma aeronave cisterna (KC-130) com caças de alto desempenho (principalmente para acompanha-los), por isso que praticamente todos os países optaram por aeronaves KC utilizando células de aeronaves comerciais (Boeing e Airbus), que são bastante caras e muitas vezes são superdimensionadas para países pequenos, que não possuem interesses estratégicos. Para esses países o KC-390 cai como uma luva, já que é um cargueiro tático e um reabastecedor a jato de alto desempenho.
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- Cassio
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Re: Sobre o KC-390
helio escreveu:Olá AlcantaraAlcantara escreveu: Setencentos é o número total ESTIMADO do mercado de aeronaves de transporte na faixa do C-130E/H não abrangidos pelos grandes fabricantes (russos, ucranianos e ocidentais, com reserva de mercado garantida). Ou seja, tirando os "grandes", o mercado restante passível de ser atingido seria de 700 aeronaves.
Desse total de 700, a EMBRAER estima conseguir 25 porcento, ou seja, 175 aeronaves em um universo de uns 20 anos. Ela não espera alcançar a venda de 700 unidades do KC-390, porque não tem lógica a substituição 1:1 (um pra um) dos veneráveis C-130 Hércules pela mesma quantidade de KC-390. Em geral, uma aeronave moderna faz bem mais do que uma de geração mais antiga.
http://airway.uol.com.br/embraer-quer-2 ... do-kc-390/
Abraços!
Neste texto diz também;
O volume equivale a 180 unidades, sendo que o continente sul-americano responde por 100 aparelhos, a maior do Brasil. Segundo um estudo da fabricante, a frota mundial de aviões de transporte militar é de 2 802 unidades dos quais 1 613 têm idade superior a 25 anos.
Eles estão contando com 100 aviões na América do sul , quem além do Brasil pode adquirir avião cargueiro novo?
Argentina?(sem piadas por favor), Chile( se adquirir não vai passar de um par deles), Peru( prefere os russos), Venezuela(Idem), Uruguai e Paraguai(só se for na base do simidão)Colombia, Equador? Como veem, mais um estudo furado.
Abraço
Hélio
Hélio o estudo de mercado do KC-390 não é assim como vc está citando. Se vc tomou por base artigos publicados, eles estão cheios de incorreções.
Assisti a uma apresentação sobre a viabilidade do KC-390 feita para pessoas da imprensa e o que falaram lá foi bem claro...
Não lembro dos números exatos, mas era algo assim... (como não lembro bem dos números, citarei os já ditos aqui...):
1- O mercado de aeronaves na categoria do KC-390 compreende um total de 2.802 aeronaves.
2- Destas 1.613 tem acima de 25 anos (afinal seriam substituídos os aviões mais antigos, não é?).
3- Retirando-se deste número as frotas de países que desenvolvem seus próprios cargueiros (EUA, Ucrânia, etc), sobraria um mercado de cerca de 1.000 aeronaves.
4- Retirando-se agora deste número as aeronaves de países alinhados com os grandes e países que participam de outros desenvolvimentos, sobram cerca de 700 aeronaves.
Estas 700 aeronaves é mercado ao qual será endereçado o KC-390... veja bem, na palestra foram bem claros, mercado para o qual ofereceriam a aeronave. Estas 700 aeronaves estão distribuídos pelos continentes de tal forma que os 100 aviões para América Latina estão dentro deste mercado "endereçável". Em nenhum momento foi dito que previam vender 100 aviões na América do Sul... ou 700 aviões no mundo... em momento algum.
Lembro também de terem dito que dos 700 aviões que compõe o mercado endereçável (que é muito diferente de previsão de vendas), eles trabalhavam com uma captura de mercado que corresponderia a um número bem menor do que 700 (bem menor mesmo) então fico aqui com os 180 aviões citados num post anterior. Este então é o número de aeronaves que se prevê ser possível vender. Além disso, pelo que conheço de estudos de mercado, com certeza devem ter estudado vários cenários de captura (normalmente a teoria diz para estudar 3, o factível, o pessimista e o otimista, não sei qual destes corresponde ao que foi divulgado).
Se o mercado endereçável (que não é previsão de vendas) da Am Latina é de 100 aeronaves, e supondo que cada continente responde igualmente por uma captura de mercado de 30%... então seriam 30 aeronaves... 28 para a FAB e mais duas para algum outro país... Isso lhe parece um absurdo???
Existe uma medida para saber se estes números estão certos... é saber como está sendo dimensionada a capacidade produtiva. Afinal ela deve estar de acordo com a previsão de demanda (assim está nos livros do tempo em que cursei engenharia). Qual será? Alguém sabe se já foi divulgado quantas aeronaves por mês serão capazes de produzir? Eu não lembro de ter lido algo sobre isso.
A Embraer é famosa e respeitada no mundo inteiro pelos estudos de mercado que elabora... porque então seria diferente com o KC-390?.
Apenas para deixar claro que, mesmo considerando a estimativa de 180 aeronaves... será um tremendo desafio atingir esta meta. Mas é esperar para ver...
Cassio
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Re: Sobre o KC-390
[quote="sapao"]helio"]
O Tucano JPATS tem muito mais semelhança ao Super Tucano do que o T-27. Até o motor utilizado é igual., sendo a fuselagem totalmente reconfigurada para receber tal motorização.
Sapao escreveu: Algumas semelhanças, mas mesmo assim ainda era um demostrador de conceito em uma celula da T-27; tanto que manteve a numeração: 312. Alias, de qual modelo de T-27 estamos falando?
http://www.centrohistoricoembraer.com.b ... ucano.aspx
Helio escreveu: é claro que o JPATS era um desenvolvimento do Tucano, mas este já tinha um partido de projeto muito parecido com o Super Tucano. Que é isso Sapão vc quer discutir o sexo dos anjos, vamos parar de ser prolixos e discutir o foco da nosso debate por favor.
Sobre o break even, desculpe mas vcs a grande diferença é que vcs não estão analisando os dados como empresa, e sim como orgãos publicos, muito comum em relatórios oficiais que desprezam dados. Gostaria de lembrar vcs que embora tenha participação do governo, inclusive no seu conselho administrativo, a EMBRAER é uma sociedade anonima, não coloca politicos em cargos de diretoria e visa lucros, tal qual vc mostrou preocupação, presta conta aos acionistas.
Então, para TODOS os seus produtos existe sim calculo de custos e margem de lucros, e para tanto exite um calculo de break even. Caso contrário, era só entregar aviões a paises amigos a cobrando somente a matéria prima e mão de obra, afinal o ponto de equilibrio já foi alcançado há tempos não é mesmo, agora é só lucro.......
Por favor, não concluam que por ter custo do projeto pago, o break even foi alcançado. Isto é um ponto de vista muito simplista.
Sapao escreveu: Helio, acho que você deveria olhar com mais atenção aos relatorios publicos, principalmente os do TCU para ver o quão errado você está sobre a percepção do funcionalismo publico sobre veracidade dos dados.
Hélio escreveu:Sim Sapão tenho percepção sim, no mês passado estive visitando o PqRMnt5 do EB onde é feito o upgrade dos M113. Quando perguntei qual o custo unitário de cada veículo, ninguém sabia calcular, pois desprezavam custos básicos como dehomem/hora, hora/treinamento, hora deslocamento para outra localidade para testes, viagem para o estrangeiro, hora/despesa para desembaraçar da receita federal. Não tem idéia o quanto custou treinar um técnico para trabalhar na linha de montagem, sequer qual seria o ônus caso perdesse este funcionário sendo transferido para outras unidades.
Recentemente estive no Centro Tecnológico do CFN que está fazendo o mesmo trabalho de upgrade nos M113 do CFN. A mesma pergunta foi feita e novamente a resposta foi evasiva. Para que preocupar se a viúva paga tudo não é mesmo?
Existe uma enorme diferença entre o calculo de custos de um órgão publico e uma empresa privada. Ademais já fui funcionário publico por mais de 8 anos e sei exatamente como os orgãoes publicos pensam, inclusive como se manda relatório para passar pelo crivo do TCU.
Sobre o projeto, continuo dizendo o que sempre foi falado: o GF entrou como parceiro de risco (coisa que não existe no Brasil), se o projeto não fosse para frente e EMBRAER não teria vendas, mas certamente não teria prejuizo financeiro e teria um lucro tecnologico imenso.
Você ainda acha que os acionistas acharam isso um pessimo negocio?
Helio escreveu:Se vc acha que somente financiar o projeto Hélio escreveu: esta é a mesma muleta que se diz do AMX, o avião é uma m*rda, mas o lucro tecnológico por parte da EMBRAER foi enorme!..é igual o sujeito que foi jogar no cassino. Ganhou? perguntou o amigo... e este responde: dinheiro perdi tudo, mas ganhei muita experiencia!
Se o GV financia o projeto não quer dizer necessariamente que cobre todas as despesas muito. ESTA É A ENORME diferença entre o orgão publico e a empresa privada, a contabilidade é distinta
Hélio respondeu: O mercado era visivel desde os anos 90, várias revistas especializadas como FLIGHT International, e Aviation Week, já comentavam este nicho. Arazão era que havia um desprezo para paises como os EUA e Russia que ao invés de produzir produtos visando a exportação (tal como o F-5) preferiam atender seus interesses como o A10 e SU-25.
Sapao escreveu: depois que a cotação caiu, o que não falta é gente acertando a previsão... Se o mercado era assim tão certo, porque então SÓ a EMBRAER entrou nessa mamata? Alias, sendo ridicularizada nas mesmas revistas que você comentou, que diziam que ela havia reinventado o P-51.
Sobre aeronaves, por favor não cometa o crime de dizer que o A-10 e o SU-25 foram feitos para COIN; principalmente o primeiro.
Podem até ser usados para esse fim, mas até o B-52 tambem é e não foi para isso que ele foi desenvolvido.
A EMBRAER visualizou uma grande oportunidade aliando as necessidades da FAB com um produto com grande potencial de exportação. Como já tinha expertize em treinadores turbo-helice saiu na frente.
Sapão escreveu: Sei, e o Pilatus parou no tempo porque não lia as mesmas revistas então? E a Beech?
O mesmo está acontecendo com os aviões de transporte, como a Lockheed tem expertise em transportes de medio porte, saiu na frente.
Sapao escreveu: ai eu discordo; eles produziram primeiro mas foram tão olho grande que não souberam manter no sucessor o que fez do anterior um sucesso de vendas: o custo beneficio em relação ao turbo-helice.
Helio escreveu:Mais de duzentos aviões vendidos por enquanto, e é apenas o desenvolvimento de um avião que foi projetado há mais de 65 anos. Que fracasso de vendas! Estaria me demitindo da Lockheed se fosse o pai do C-130J. Volto a afirmar: quase todos os países que tem potencial de adquirir um avião de transporte deste porte novo de fábrica já o fizeram e adquiriram o "J".
A vocação COIN esteve muito mais em voga nos anos 60/70 quando foram inicialmente adaptados aviões para esta finalidade como o B-26,T-28, Cessna O-1 e outros especialmente produzidos para suprir esta necessidade como o OV-10.
Embora esteja fora de moda nos anos subsequentes, SEMPRE houve esta necessidade para abastecer as FA com poucos recursos. O A-29 está sendo exportado também justamente para estes países como Angola, Burkina Fasso e Rep Dominicana
Sim , o Brasil também utiliza o A-29 para treinamento mas o Chile foi o unico pais que adquiriu ESPECIFICAMENTE para esta finalidade.
Sapão escreveu: não em voga, simplesmente não estavam preparados para matar um inimigo mal protegido a baixo custo. E a historia se repetiu como sempre...
Até porque as aeronaves que você citou, princpalmente no Vietnã lutavam em uma guerra convencional, não de COIN.
E sobre os compradores, discorod totalmente que o motivo seja falta de dinheiro; porque Angola tem coisa muito melhor do que a gente. O que faz a diferença é a necessidade, essa sim, de combater um inimigo mal protegido com uma aeronave de baixo custo.
Até os EUA estão querendo algo assim, e são a Força Aerea mais rica do planeta...
O Chile utiliza o A-29 ESPECIFICAMENTE para treinamento porque não tem a NECESSIDADE, mas a capacidade está lá.
Hélio escreveu: o Super Tucano do CHILE tem avionicos especificos para treinamento, o assento do instrutor tem avionicos especificos até com simuladores de voo para o piloto do assento dianteiro. Agora, se vc quiser utilizar para outra finalidade, teoricamente até um Hercules tem capacidade para executar missões de bombardeiro (como já foi feito). Como vê Sapão vc se prende em detalhes totalmente desnecessários para sair do foco da questão que estamos debatendo. Vamos parar de discutir o sexo dos anjos.
Hélio escreveu: é logico Sapão, quem quiser um Hercules A,B,C,D,E,ou H tem que ir no mercado de usados pois eles sairam de linha, da mesma forma que se eu quiser um Gol Bolinha tenho que ir no mercado de usados!
Sapao escreveu: então chegamos a um consenso, pois isso foi EXATAMENTE o que eu falei no post anterior e você não havai entendido.
Sinceramente não sei se os "J" foram vendidos via FMS, não acredito pois nunca ví em revistas especializadas como a Air Forces Monthly que informam todos os dados de aquisição da maioria dos paises, qquer informação a respeito de venda de "j" por FMS.
Se são oferecidos pelo FMS é mais uma arma da concorrencia, as quais devem ser previstas quando se elabora um estudo de viabilidade de mercado, caso contrário se torna uma desculpa de perdedor....
Sapao escreveu: Arma da concorrencia? Deve ser prevista em mercado?
Então pode fechar a fabrica, porque de graça niguem vai trabalhar.
Ou você está brincando ou não faz a menor ideia de como funciona o FMS. Só para Israel, que voce citou como comprador, são alguns bilhoes de dolares todos os anos. Voce acha que perder uma concorrencia assim é desculpa de vendedor?
Hélio Escreveu:Quem falou que é de graça? O Brasil adquiriu equipamentos via FMS de graça? Prove-me por favor!
Nem durante o lend-lease o Brasil lgo de grecebeu araça!
Não confunda ajuda militar que os EUA dão a Israel como FMS.
Nós também, temos na nossa geopolitica ajudar quem nos interessa: os blindados Cascavel e Urutu do Paraguai foram reformados de graça pelo Brasil, e o mesmo acontecerá este ano dos de Suriname. Doamos há décadas aviões militares para Bolivia, Paraguai e Uruguai.
Tanto a EMBRAER como a Bombardier não foram processados e multados pelo OMC por prática ilegal?
Vc acha que a EMBRAER ao perder uma concorrencia para a Bombardier, não sabia que existiam vantagens comerciais por parte do governo Canadense? E vice-versa?
Pensa que isto não é previsto nos estudos de viabilidade? Quem não previu é um otário!
Hélio escreveu: procure um numero antigo da mais chapa branca das revistas de aviação (vc sabe muito bem qual é) e verá uma matéria com destaque ao KC-390 com este estudo de viabilidade copiado do release da EMBRAER
Helio escreveu: Não Sapão, não acredito em mentira deliberada, e sim uma estratégia de vendas para tentar persuadir investidores. Uma pessoa desavisada e leiga, ao ler que tem um potencial de vendas de 695 aviões para 77 países acredita que será um grande negócio. Agora,pergunto, vc que tem conhecimento muito maior nesta área que a maioria dos brasileiros enxerga um potencial de vendas de 695 aviões? Se isto é confiável, é o negocio do século, vamos sacar nossos FGTS e investir na EMBRAER!!!!!!!
Tal qual a Airbus fez, divulgando à midia os atrasos e o brutal encarcimento do projeto do A400, vai chegar uma hora que isto será inevitável e publicar.
Podem até mascarar o "sucesso" do projeto e comemorar o feito entregando a encomenda para a FAB e omitir o citado no estudo de viabilidade de mercado. Pra quem acha o ponto de equilibrio foi alcançado foi um feito bem sucedido. O brasileiro tem uma memória curtíssima, ninguém vai se lembrar do fantático estudo de viabilidade de mercado que a EMBRAER publicou na época do lançamento do projeto....
Sapao escreveu: sobre as 700 unidades vendidas porque ja ficou claro que não era isso. Sobre a noticia, basta ir na home e ver que se trata de um blog que não cita nem a fonte. E ainda comete o o pequeno erro de 5 aeronaves, pois que eu saiba 25% de 700 ainda são 175...
Que eu saiba as estimativas dela para as vendas são bem mais modestas; agora eu quero ver achar um declaração oficial de empresa sobre isso.
E sobre o projeto, volto a dizer: pelo que você fala na FAB e na EMBRAER só tem ladrão, burro ou omisso comandando o projeto; porque até onde sei só esse tipo de gente faria o que você esta insinuando. E se não falar agora vai falar quando? Daqui a 1 ano a aeronave já esta voando...
Hélio escreveu:
Hélio: Quero deixar bem claro que é voce que está supondo que na EMBRAER só tem ladrão,burro ou omisso comandando e que só esse tipo de gente faria o que estou insinuando. Não estou insinuando nada Sapão, apenas estou debatendo diante de um estudo de viabilidade totalmente equivocado, pare de sofismar!
Ele vai estar voando sim, mas estou dizendo que vai não vai ser bem sucedido nas vendas, por favor leia de novo meu post inicial, e pare de fazer provocações.
Ninguém aqui é obrigado a concordar comigo, mas por mais que vc não concorde comigo, nada é pior do que tentar tirar de mim que estou afirmando que o pessoal da EMBRAER é ladrão,burro ou omisso comandado. Esta indução que vc está tentando fazer contra mim é um ato criminoso e vc sabe muito bem disso.
Sapão, e a todos debatedores deste assunto:
Termino aqui a minha discussão, acho que já cansei de explicar o meu ponto de vista, mas percebo que tem gente que quer me incriminar fazendo influenciar por provocações.
Esta atitude nada tem a ver com o propósito deste forum que nada mais é do que um intercambio de idéias. Como não há a minima possibilidade de prosseguir, pois acho que o nível extrapolou, declino a responder os posts posteriores do assunto.
Não temo ser responsabilizado no que escrevo, pois meu nome completo todos aqui sabem , enquanto o meu debatedor se esconde atrás de um codinome. Só quis deixar claro a minha opinião, se eu tenho razão ou não só o tempo dirá.
Hélio
O Tucano JPATS tem muito mais semelhança ao Super Tucano do que o T-27. Até o motor utilizado é igual., sendo a fuselagem totalmente reconfigurada para receber tal motorização.
Sapao escreveu: Algumas semelhanças, mas mesmo assim ainda era um demostrador de conceito em uma celula da T-27; tanto que manteve a numeração: 312. Alias, de qual modelo de T-27 estamos falando?
http://www.centrohistoricoembraer.com.b ... ucano.aspx
Helio escreveu: é claro que o JPATS era um desenvolvimento do Tucano, mas este já tinha um partido de projeto muito parecido com o Super Tucano. Que é isso Sapão vc quer discutir o sexo dos anjos, vamos parar de ser prolixos e discutir o foco da nosso debate por favor.
Sobre o break even, desculpe mas vcs a grande diferença é que vcs não estão analisando os dados como empresa, e sim como orgãos publicos, muito comum em relatórios oficiais que desprezam dados. Gostaria de lembrar vcs que embora tenha participação do governo, inclusive no seu conselho administrativo, a EMBRAER é uma sociedade anonima, não coloca politicos em cargos de diretoria e visa lucros, tal qual vc mostrou preocupação, presta conta aos acionistas.
Então, para TODOS os seus produtos existe sim calculo de custos e margem de lucros, e para tanto exite um calculo de break even. Caso contrário, era só entregar aviões a paises amigos a cobrando somente a matéria prima e mão de obra, afinal o ponto de equilibrio já foi alcançado há tempos não é mesmo, agora é só lucro.......
Por favor, não concluam que por ter custo do projeto pago, o break even foi alcançado. Isto é um ponto de vista muito simplista.
Sapao escreveu: Helio, acho que você deveria olhar com mais atenção aos relatorios publicos, principalmente os do TCU para ver o quão errado você está sobre a percepção do funcionalismo publico sobre veracidade dos dados.
Hélio escreveu:Sim Sapão tenho percepção sim, no mês passado estive visitando o PqRMnt5 do EB onde é feito o upgrade dos M113. Quando perguntei qual o custo unitário de cada veículo, ninguém sabia calcular, pois desprezavam custos básicos como dehomem/hora, hora/treinamento, hora deslocamento para outra localidade para testes, viagem para o estrangeiro, hora/despesa para desembaraçar da receita federal. Não tem idéia o quanto custou treinar um técnico para trabalhar na linha de montagem, sequer qual seria o ônus caso perdesse este funcionário sendo transferido para outras unidades.
Recentemente estive no Centro Tecnológico do CFN que está fazendo o mesmo trabalho de upgrade nos M113 do CFN. A mesma pergunta foi feita e novamente a resposta foi evasiva. Para que preocupar se a viúva paga tudo não é mesmo?
Existe uma enorme diferença entre o calculo de custos de um órgão publico e uma empresa privada. Ademais já fui funcionário publico por mais de 8 anos e sei exatamente como os orgãoes publicos pensam, inclusive como se manda relatório para passar pelo crivo do TCU.
Sobre o projeto, continuo dizendo o que sempre foi falado: o GF entrou como parceiro de risco (coisa que não existe no Brasil), se o projeto não fosse para frente e EMBRAER não teria vendas, mas certamente não teria prejuizo financeiro e teria um lucro tecnologico imenso.
Você ainda acha que os acionistas acharam isso um pessimo negocio?
Helio escreveu:Se vc acha que somente financiar o projeto Hélio escreveu: esta é a mesma muleta que se diz do AMX, o avião é uma m*rda, mas o lucro tecnológico por parte da EMBRAER foi enorme!..é igual o sujeito que foi jogar no cassino. Ganhou? perguntou o amigo... e este responde: dinheiro perdi tudo, mas ganhei muita experiencia!
Se o GV financia o projeto não quer dizer necessariamente que cobre todas as despesas muito. ESTA É A ENORME diferença entre o orgão publico e a empresa privada, a contabilidade é distinta
Hélio respondeu: O mercado era visivel desde os anos 90, várias revistas especializadas como FLIGHT International, e Aviation Week, já comentavam este nicho. Arazão era que havia um desprezo para paises como os EUA e Russia que ao invés de produzir produtos visando a exportação (tal como o F-5) preferiam atender seus interesses como o A10 e SU-25.
Sapao escreveu: depois que a cotação caiu, o que não falta é gente acertando a previsão... Se o mercado era assim tão certo, porque então SÓ a EMBRAER entrou nessa mamata? Alias, sendo ridicularizada nas mesmas revistas que você comentou, que diziam que ela havia reinventado o P-51.
Sobre aeronaves, por favor não cometa o crime de dizer que o A-10 e o SU-25 foram feitos para COIN; principalmente o primeiro.
Podem até ser usados para esse fim, mas até o B-52 tambem é e não foi para isso que ele foi desenvolvido.
A EMBRAER visualizou uma grande oportunidade aliando as necessidades da FAB com um produto com grande potencial de exportação. Como já tinha expertize em treinadores turbo-helice saiu na frente.
Sapão escreveu: Sei, e o Pilatus parou no tempo porque não lia as mesmas revistas então? E a Beech?
O mesmo está acontecendo com os aviões de transporte, como a Lockheed tem expertise em transportes de medio porte, saiu na frente.
Sapao escreveu: ai eu discordo; eles produziram primeiro mas foram tão olho grande que não souberam manter no sucessor o que fez do anterior um sucesso de vendas: o custo beneficio em relação ao turbo-helice.
Helio escreveu:Mais de duzentos aviões vendidos por enquanto, e é apenas o desenvolvimento de um avião que foi projetado há mais de 65 anos. Que fracasso de vendas! Estaria me demitindo da Lockheed se fosse o pai do C-130J. Volto a afirmar: quase todos os países que tem potencial de adquirir um avião de transporte deste porte novo de fábrica já o fizeram e adquiriram o "J".
A vocação COIN esteve muito mais em voga nos anos 60/70 quando foram inicialmente adaptados aviões para esta finalidade como o B-26,T-28, Cessna O-1 e outros especialmente produzidos para suprir esta necessidade como o OV-10.
Embora esteja fora de moda nos anos subsequentes, SEMPRE houve esta necessidade para abastecer as FA com poucos recursos. O A-29 está sendo exportado também justamente para estes países como Angola, Burkina Fasso e Rep Dominicana
Sim , o Brasil também utiliza o A-29 para treinamento mas o Chile foi o unico pais que adquiriu ESPECIFICAMENTE para esta finalidade.
Sapão escreveu: não em voga, simplesmente não estavam preparados para matar um inimigo mal protegido a baixo custo. E a historia se repetiu como sempre...
Até porque as aeronaves que você citou, princpalmente no Vietnã lutavam em uma guerra convencional, não de COIN.
E sobre os compradores, discorod totalmente que o motivo seja falta de dinheiro; porque Angola tem coisa muito melhor do que a gente. O que faz a diferença é a necessidade, essa sim, de combater um inimigo mal protegido com uma aeronave de baixo custo.
Até os EUA estão querendo algo assim, e são a Força Aerea mais rica do planeta...
O Chile utiliza o A-29 ESPECIFICAMENTE para treinamento porque não tem a NECESSIDADE, mas a capacidade está lá.
Hélio escreveu: o Super Tucano do CHILE tem avionicos especificos para treinamento, o assento do instrutor tem avionicos especificos até com simuladores de voo para o piloto do assento dianteiro. Agora, se vc quiser utilizar para outra finalidade, teoricamente até um Hercules tem capacidade para executar missões de bombardeiro (como já foi feito). Como vê Sapão vc se prende em detalhes totalmente desnecessários para sair do foco da questão que estamos debatendo. Vamos parar de discutir o sexo dos anjos.
Hélio escreveu: é logico Sapão, quem quiser um Hercules A,B,C,D,E,ou H tem que ir no mercado de usados pois eles sairam de linha, da mesma forma que se eu quiser um Gol Bolinha tenho que ir no mercado de usados!
Sapao escreveu: então chegamos a um consenso, pois isso foi EXATAMENTE o que eu falei no post anterior e você não havai entendido.
Sinceramente não sei se os "J" foram vendidos via FMS, não acredito pois nunca ví em revistas especializadas como a Air Forces Monthly que informam todos os dados de aquisição da maioria dos paises, qquer informação a respeito de venda de "j" por FMS.
Se são oferecidos pelo FMS é mais uma arma da concorrencia, as quais devem ser previstas quando se elabora um estudo de viabilidade de mercado, caso contrário se torna uma desculpa de perdedor....
Sapao escreveu: Arma da concorrencia? Deve ser prevista em mercado?
Então pode fechar a fabrica, porque de graça niguem vai trabalhar.
Ou você está brincando ou não faz a menor ideia de como funciona o FMS. Só para Israel, que voce citou como comprador, são alguns bilhoes de dolares todos os anos. Voce acha que perder uma concorrencia assim é desculpa de vendedor?
Hélio Escreveu:Quem falou que é de graça? O Brasil adquiriu equipamentos via FMS de graça? Prove-me por favor!
Nem durante o lend-lease o Brasil lgo de grecebeu araça!
Não confunda ajuda militar que os EUA dão a Israel como FMS.
Nós também, temos na nossa geopolitica ajudar quem nos interessa: os blindados Cascavel e Urutu do Paraguai foram reformados de graça pelo Brasil, e o mesmo acontecerá este ano dos de Suriname. Doamos há décadas aviões militares para Bolivia, Paraguai e Uruguai.
Tanto a EMBRAER como a Bombardier não foram processados e multados pelo OMC por prática ilegal?
Vc acha que a EMBRAER ao perder uma concorrencia para a Bombardier, não sabia que existiam vantagens comerciais por parte do governo Canadense? E vice-versa?
Pensa que isto não é previsto nos estudos de viabilidade? Quem não previu é um otário!
Hélio escreveu: procure um numero antigo da mais chapa branca das revistas de aviação (vc sabe muito bem qual é) e verá uma matéria com destaque ao KC-390 com este estudo de viabilidade copiado do release da EMBRAER
Helio escreveu: Não Sapão, não acredito em mentira deliberada, e sim uma estratégia de vendas para tentar persuadir investidores. Uma pessoa desavisada e leiga, ao ler que tem um potencial de vendas de 695 aviões para 77 países acredita que será um grande negócio. Agora,pergunto, vc que tem conhecimento muito maior nesta área que a maioria dos brasileiros enxerga um potencial de vendas de 695 aviões? Se isto é confiável, é o negocio do século, vamos sacar nossos FGTS e investir na EMBRAER!!!!!!!
Tal qual a Airbus fez, divulgando à midia os atrasos e o brutal encarcimento do projeto do A400, vai chegar uma hora que isto será inevitável e publicar.
Podem até mascarar o "sucesso" do projeto e comemorar o feito entregando a encomenda para a FAB e omitir o citado no estudo de viabilidade de mercado. Pra quem acha o ponto de equilibrio foi alcançado foi um feito bem sucedido. O brasileiro tem uma memória curtíssima, ninguém vai se lembrar do fantático estudo de viabilidade de mercado que a EMBRAER publicou na época do lançamento do projeto....
Sapao escreveu: sobre as 700 unidades vendidas porque ja ficou claro que não era isso. Sobre a noticia, basta ir na home e ver que se trata de um blog que não cita nem a fonte. E ainda comete o o pequeno erro de 5 aeronaves, pois que eu saiba 25% de 700 ainda são 175...
Que eu saiba as estimativas dela para as vendas são bem mais modestas; agora eu quero ver achar um declaração oficial de empresa sobre isso.
E sobre o projeto, volto a dizer: pelo que você fala na FAB e na EMBRAER só tem ladrão, burro ou omisso comandando o projeto; porque até onde sei só esse tipo de gente faria o que você esta insinuando. E se não falar agora vai falar quando? Daqui a 1 ano a aeronave já esta voando...
Hélio escreveu:
Hélio: Quero deixar bem claro que é voce que está supondo que na EMBRAER só tem ladrão,burro ou omisso comandando e que só esse tipo de gente faria o que estou insinuando. Não estou insinuando nada Sapão, apenas estou debatendo diante de um estudo de viabilidade totalmente equivocado, pare de sofismar!
Ele vai estar voando sim, mas estou dizendo que vai não vai ser bem sucedido nas vendas, por favor leia de novo meu post inicial, e pare de fazer provocações.
Ninguém aqui é obrigado a concordar comigo, mas por mais que vc não concorde comigo, nada é pior do que tentar tirar de mim que estou afirmando que o pessoal da EMBRAER é ladrão,burro ou omisso comandado. Esta indução que vc está tentando fazer contra mim é um ato criminoso e vc sabe muito bem disso.
Sapão, e a todos debatedores deste assunto:
Termino aqui a minha discussão, acho que já cansei de explicar o meu ponto de vista, mas percebo que tem gente que quer me incriminar fazendo influenciar por provocações.
Esta atitude nada tem a ver com o propósito deste forum que nada mais é do que um intercambio de idéias. Como não há a minima possibilidade de prosseguir, pois acho que o nível extrapolou, declino a responder os posts posteriores do assunto.
Não temo ser responsabilizado no que escrevo, pois meu nome completo todos aqui sabem , enquanto o meu debatedor se esconde atrás de um codinome. Só quis deixar claro a minha opinião, se eu tenho razão ou não só o tempo dirá.
Hélio
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Re: Sobre o KC-390
helio escreveu: Helio escreveu: é claro que o JPATS era um desenvolvimento do Tucano, mas este já tinha um partido de projeto muito parecido com o Super Tucano. Que é isso Sapão vc quer discutir o sexo dos anjos, vamos parar de ser prolixos e discutir o foco da nosso debate por favor.
Sapao escreveu: se você quiser eu colco a mesma fonte, que na verdade é o centro historico da EMBRAER.
http://www.centrohistoricoembraer.com.b ... ucano.aspx
O EMB-312H NUNCA foi um projeto de aeronave, era um demonstrador de conceito. Ou melhor, um protótipo demonstrador de conceito (proof-of-concept - POC) haja vista que não valia a pena abrir a linha de produção (de um modelo que nem pronto estava ainda) do que seria o A-29; que foi construido devido a uma necessidade de FAB.
Portanto não teria como ele ser um desenvolvimento do T-27 porque ele não era um projeto.
Hélio escreveu:Sim Sapão tenho percepção sim, no mês passado estive visitando o PqRMnt5 do EB onde é feito o upgrade dos M113. Quando perguntei qual o custo unitário de cada veículo, ninguém sabia calcular, pois desprezavam custos básicos como dehomem/hora, hora/treinamento, hora deslocamento para outra localidade para testes, viagem para o estrangeiro, hora/despesa para desembaraçar da receita federal. Não tem idéia o quanto custou treinar um técnico para trabalhar na linha de montagem, sequer qual seria o ônus caso perdesse este funcionário sendo transferido para outras unidades.
Recentemente estive no Centro Tecnológico do CFN que está fazendo o mesmo trabalho de upgrade nos M113 do CFN. A mesma pergunta foi feita e novamente a resposta foi evasiva. Para que preocupar se a viúva paga tudo não é mesmo?
Existe uma enorme diferença entre o calculo de custos de um órgão publico e uma empresa privada. Ademais já fui funcionário publico por mais de 8 anos e sei exatamente como os orgãoes publicos pensam, inclusive como se manda relatório para passar pelo crivo do TCU.
Sapao escreveu: Você pergntou a quem Helio: ao encarregado da Logistica ou ao chefe da manutenção?
E então a regra vale para TODO o funcinalismo publico, que como você diz não dá razão aos detalhes, por causa da sua visita a 02 unidades das FFAA?
E o que VOCÊ fez a respeito sobre esse suposto descaso com o erário publico?
Hélio escreveu: esta é a mesma muleta que se diz do AMX, o avião é uma m*rda, mas o lucro tecnológico por parte da EMBRAER foi enorme!..é igual o sujeito que foi jogar no cassino. Ganhou? perguntou o amigo... e este responde: dinheiro perdi tudo, mas ganhei muita experiencia!
Se o GV financia o projeto não quer dizer necessariamente que cobre todas as despesas muito. ESTA É A ENORME diferença entre o orgão publico e a empresa privada, a contabilidade é distinta
Sapão escreveu: Você está comparando uma empresa estatal com uma de capital aberto, nada mais diferente e mais obvio.
E o AMX foi tão ruim para a EMBRAER?
Ninguem lá dentro concorda contigo; sobre as caracteristicas do avião (se ele é ruim ou não), ai é opinião pessoal e aparentemente completamente embasada em muita coisa, menos em fatos.
Ruim comparado a quem?
Helio escreveu:Mais de duzentos aviões vendidos por enquanto, e é apenas o desenvolvimento de um avião que foi projetado há mais de 65 anos. Que fracasso de vendas! Estaria me demitindo da Lockheed se fosse o pai do C-130J. Volto a afirmar: quase todos os países que tem potencial de adquirir um avião de transporte deste porte novo de fábrica já o fizeram e adquiriram o "J".
Sapao escreveu: tanto está ruim que a propria empresa lançou a versão popular do mesmo, mais barata que a utilizada pela USAF, para tentar vender mais.
E realmente, uma aeronave que era vista como o substituto do C-130 em todas as versões, vender 200 aeronaves CONTANDO a USAF (normalmente so ela compraria essa quantidade) eu não chamaria de fracassa mas sim de resultado não esperado. Alias, tanto para ele como para a sua dobradinha que seria o C-27 J.
E em que você basia a sua analise de que o mercado para esse tipo de aeronave já está encerrado, já que quem podia comprou o J?
Porque o estudo da EMBRAER mostra exatamente o contrário (como o Cassio já explicou); gostaria de saber qual a sua metodologia para que possamos comparar os resultados.
Hélio escreveu: o Super Tucano do CHILE tem avionicos especificos para treinamento, o assento do instrutor tem avionicos especificos até com simuladores de voo para o piloto do assento dianteiro. Agora, se vc quiser utilizar para outra finalidade, teoricamente até um Hercules tem capacidade para executar missões de bombardeiro (como já foi feito). Como vê Sapão vc se prende em detalhes totalmente desnecessários para sair do foco da questão que estamos debatendo. Vamos parar de discutir o sexo dos anjos.
Sapão escreveu: sei...
Mais ou menos como o A-29B do Brasil ou da Colombia, talvez porque o do Chile sejam TODOS do modelo B.
Mas faz como eu falei, entra na pagina do Gurpo Aerea N° 1 e você vai ver a palavra "aerotatico" inserida lá no meio; o que você acha que isso significa?
Hélio Escreveu:Quem falou que é de graça? O Brasil adquiriu equipamentos via FMS de graça? Prove-me por favor!
Nem durante o lend-lease o Brasil lgo de grecebeu araça!
Não confunda ajuda militar que os EUA dão a Israel como FMS.
Nós também, temos na nossa geopolitica ajudar quem nos interessa: os blindados Cascavel e Urutu do Paraguai foram reformados de graça pelo Brasil, e o mesmo acontecerá este ano dos de Suriname. Doamos há décadas aviões militares para Bolivia, Paraguai e Uruguai.
Sapao escreveu: pode parecer uma surpresa para você, mas o programa FMS prevê varios tipos de acordo, tanto de financimento como alguns de doação: citei Israel pois é um caso conhecido (um lote de AH-64) e já divulgado que me lembro de cabeça, mas pouca gente sabe que o Egito era (acho que ainda é) o segundo maior destino de apoio militar americano, via financiamento e vendas por FMS.
Suporte esse que pode incluir uma infinidade de coisas, INCLUSIVE e "venda" de equipamentos (que para mim está mais para subsidio).
Tanto a EMBRAER como a Bombardier não foram processados e multados pelo OMC por prática ilegal?
Vc acha que a EMBRAER ao perder uma concorrencia para a Bombardier, não sabia que existiam vantagens comerciais por parte do governo Canadense? E vice-versa?
Pensa que isto não é previsto nos estudos de viabilidade? Quem não previu é um otário!
Sapao escreveu: não confunda alhos com bugalhos:
primeira coisa- você está falando de financiamento para venda de aeronaves comerciais entre empresas privadas no mercado internacional; eu estou falando de ajuda/venda de equipamentos/treinamento/suporte logistico entre Governos Soberanos. Nunca vi NINGUEM reclamar do FMS na OMC...
segunda coisa - mesmo que houvesse, o FMS é um programa do governo americano, o Canadá não tem nada com isso.
terceira coisa- para a empresa não interessa para quem venda, pois na verdade o FMS é isso: uma venda para o governo americano que repassa para quem ele quiser.
quarta coisa- se você consegue prever QUEM o governo dos USA vai estar financiando daqui a 1 mês, 1 ano, 5 anos; lhe asseguro que está perdendo dinheiro não trabalhando como assessor de planejamento estrategico.
Hélio escreveu: procure um numero antigo da mais chapa branca das revistas de aviação (vc sabe muito bem qual é) e verá uma matéria com destaque ao KC-390 com este estudo de viabilidade copiado do release da EMBRAER
Sapao escreveu: sou pessimo em charadas, de quem você estaria falando?
Hélio: Quero deixar bem claro que é voce que está supondo que na EMBRAER só tem ladrão,burro ou omisso comandando e que só esse tipo de gente faria o que estou insinuando. Não estou insinuando nada Sapão, apenas estou debatendo diante de um estudo de viabilidade totalmente equivocado, pare de sofismar!
Sapao escreveu: não estou sofismando, sou ignorante mesmo.
Agora me explica de novo: qual a diferença entre uma "mentira deliberada" e uma "estrategia de vendas para persuadir investidores" que inclui a omissão da elevação dos custos do projeto no relatorio anual de investidores?
Porque na minha ignorancia, para mim são a mesma coisa: se eu digo uma coisa que NÃO é verdade, é mentira: ou eu não sei disso e engulo sem reclamar (burro), ou eu sei e não falo nada (omisso) ou eu sei desde o principio e estou tirando vantagem disso (mentiroso).
Para mim não tem outra explicação.
Ele vai estar voando sim, mas estou dizendo que vai não vai ser bem sucedido nas vendas, por favor leia de novo meu post inicial, e pare de fazer provocações.
Ninguém aqui é obrigado a concordar comigo, mas por mais que vc não concorde comigo, nada é pior do que tentar tirar de mim que estou afirmando que o pessoal da EMBRAER é ladrão,burro ou omisso comandado. Esta indução que vc está tentando fazer contra mim é um ato criminoso e vc sabe muito bem disso.
Sapao escreveu: Defina sucesso de vendas?
E não precisa se colocar na defensiva, so estou questionando o que não entendo. Se você acha que isso é um ataque pessoal, sinto muito pois não era a intenção.
Agora, se vamos falar de atos criminosos podemos começar com o descaso dos agentes publicos com a verba publica que você testemunhou em ambas as visitas as unidades de manutenção e a omissão da elevação dos custos do projeto bem como a proprganda enganosa por parte da EMBRAER no caso do KC-390.
Eu não estou induzindo nada, basta rele o que você mesmo escreveu.
Sapão, e a todos debatedores deste assunto:
Termino aqui a minha discussão, acho que já cansei de explicar o meu ponto de vista, mas percebo que tem gente que quer me incriminar fazendo influenciar por provocações.
Esta atitude nada tem a ver com o propósito deste forum que nada mais é do que um intercambio de idéias. Como não há a minima possibilidade de prosseguir, pois acho que o nível extrapolou, declino a responder os posts posteriores do assunto.
Não temo ser responsabilizado no que escrevo, pois meu nome completo todos aqui sabem , enquanto o meu debatedor se esconde atrás de um codinome. Só quis deixar claro a minha opinião, se eu tenho razão ou não só o tempo dirá.
Sapao escreveu: uma pena que você ache que a não concordancia com seu ponto de vista seja perseguição ou tentativa de provocação.
Concordo que o ambiente é para um intercambio de ideias, mas para debate-las é preciso entende-las e foi nesse sentido que lhe faço meus questionamentos.
E sinto muito se meu apelido lhe incomoda, mas enquanto o Forum assim permitir vou permanecer.
Hélio
Editado pela última vez por sapao em Sex Fev 15, 2013 5:29 pm, em um total de 1 vez.
[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
Se não agora, quando?”[/justificar]
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Re: Sobre o KC-390
Um possível cliente do KC-390?
FedEx começa a operar no país em julho de 2014
A FedEx marcou para julho do ano que vem o início do serviço de entregas expressas dentro do Brasil. E sua chegada já agita o líder de mercado, Correios, dono do serviço Sedex.
A gigante americana comprou, em 2012, a brasileira Rapidão Cometa. A integração completa, com o fim da marca Rapidão, ocorrerá em 31 de julho de 2014, disse à coluna o presidente da divisão para América Latina e Caribe da FedEx Express, Juan Cento.
Embora seja uma empresa de transporte principalmente aéreo, a companhia pretende usar a rede terrestre da Rapidão para crescer no Brasil, com uma logística parecida com a dos Correios -uso de espaço nos aviões de companhias brasileiras.
A diferença, diz o executivo, é que vão garantir o horário de entrega de maneira rigorosa, senão em 24h (o pacote mais caro), em um tempo mais alargado para atender as necessidades de preço local, e sem restrição ao tamanho e peso de encomendas.
A FedEx garante o horário da entrega ou devolve o dinheiro nos países onde opera.
"O Brasil tem uma rede boa por terra, considerando a infraestrutura ruim [condição das estradas]", diz Cento. "A logística está nas rodovias. Há mais caminhões de entrega no país que em qualquer outro latino-americano."
Nos Correios, o clima é de preparação. Líder de mercado, a estatal vê encolher seu mercado cativo --de correspondências-- e quer manter a força no setor de encomendas.
Em 2011, o governo alterou a lei que determina as atribuições da estatal, permitindo operação no exterior e participação em outras empresas.
Com isso, os Correios abriram escritório de prospecção de negócios em Miami e, na semana passada, entregaram à Claro a operação de 2.400 linhas de "smartphones" para começar em maio o rastreamento on-line das encomendas do Sedex.
Essa tecnologia é padrão na FedEx internacional e será replicada no Brasil, afirma Juan Cento.
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/me ... 2014.shtml
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Re: Sobre o KC-390
Eu ja vi isso antes, e acabou com o "trancamento" de dois tópicos.... (de meu conhecimento foram dois)Cassio escreveu:É... como diria meu saudoso pai...
"Estressou, perdeu!!"
rsrsrsrs
Cassio
Mas é para isso que temos o Regulamento do Fórum
7.10) O usuário com comportamento considerado 'troll', sendo este, para efeito regulamentar, considerado como todo aquele que sistematicamente se mostre direcionado a promover cizânias e brigas durante os debates, nada aportando de relevante às discussões e ao aprendizado do tema em apreço, é passível de exclusão sumária e sem prévio aviso.
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Re: Sobre o KC-390
De acordo com a http://www.ecsbdefesa.com.br/defesa/fts/EMBKC390.pdf são 60 intenções de compra, sendo 28 Brasil, 6 Chile, 6 Argentina, 6 Portugal, 12 Colombia e 2 p Republica Tcheca.
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Re: Sobre o KC-390
Não quer dizer anda. Escrevi o artigo sobre o C390 na perspectiva de política industrial para setor aeroespacial. Colhi essas informações da Embraer creio e provavelmente de algum figurão. Efetivando 60 unidades está ótimo para o projeto.
A história do projeto é que pediram para escrever algo sobre o setor aeroespacial brasileiro. Pensei primeiro no FX e desisti. Muito enrolado.
A história do projeto é que pediram para escrever algo sobre o setor aeroespacial brasileiro. Pensei primeiro no FX e desisti. Muito enrolado.
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Re: Sobre o KC-390
No meu modo de ver os tais 77 países, que corresponderiam a um potencial de 695 aeronaves é um tamanho correto para se estimar o mercado. OU seja não se considera como um mercado "viável" os países que produzem seus próprios cargueiros, os associados a estes, os que participam de programas de desenvolvimento de outras aeronaves da mesma classe, etc, etc...
Tirando estes o tamanho do mercado é de 695 aeronaves em 77 países e ponto.
Agora a Embraer sabe muito bem que dentro deste número tem os pobretões, os que simplesmente vão preferir o C-130J, e os que vão de Antonov ou sei lá o quê...
Então estimaram que seria possível vender 180 aviões dentro dos 695 possíveis... cadê o exagero aí? Não vejo nenhum?
Se venderem os 60 em opção de compra já venderam um terço do previsto. Que cheguem a 120, já estará de ótimo tamanho...
Previsão de mercado é um exercício de futurologia, e nem sempre se acerta. A Embraer tem o histórico (depois de privatizada) de sempre errar (para menos) em suas previsões... ou sejam vendem bem mais do que as previsões iniciais. Mas isso não ocorre sempre... Algumas aeronaves ainda precisam chegar no número previsto, mas a maioria das aeronaves do portfólio atual da empresa ultrapassarm as previsões de mercado na época do seu lançamento.
Mas fazer previsões no mercado militar é mais complicado que no civil ou no executivo. De qualquer maneira, o tempo será o dono da razão.
Cassio
Tirando estes o tamanho do mercado é de 695 aeronaves em 77 países e ponto.
Agora a Embraer sabe muito bem que dentro deste número tem os pobretões, os que simplesmente vão preferir o C-130J, e os que vão de Antonov ou sei lá o quê...
Então estimaram que seria possível vender 180 aviões dentro dos 695 possíveis... cadê o exagero aí? Não vejo nenhum?
Se venderem os 60 em opção de compra já venderam um terço do previsto. Que cheguem a 120, já estará de ótimo tamanho...
Previsão de mercado é um exercício de futurologia, e nem sempre se acerta. A Embraer tem o histórico (depois de privatizada) de sempre errar (para menos) em suas previsões... ou sejam vendem bem mais do que as previsões iniciais. Mas isso não ocorre sempre... Algumas aeronaves ainda precisam chegar no número previsto, mas a maioria das aeronaves do portfólio atual da empresa ultrapassarm as previsões de mercado na época do seu lançamento.
Mas fazer previsões no mercado militar é mais complicado que no civil ou no executivo. De qualquer maneira, o tempo será o dono da razão.
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Re: Sobre o KC-390
Só lembrando Cassio, que quando foi fundada ele já começou acertando nas previsões com o C-95.
[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
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Re: Sobre o KC-390
Esperamos que alguns fatos lamentáveis ocorridos neste tópico não se repitam.
Destrancado.
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Sobre o KC-390
denilson escreveu:De acordo com a http://www.ecsbdefesa.com.br/defesa/fts/EMBKC390.pdf são 60 intenções de compra, sendo 28 Brasil, 6 Chile, 6 Argentina, 6 Portugal, 12 Colombia e 2 p Republica Tcheca.
Olha dúvido muito alguma aquisição por parte da Argentina, que tudo anuncia mas nada se compra, e também tenho minhas dúvidas se Portugal irá comprar já que estão em meio à uma grave crise econômica.
Brava Gente, Brasileira!!!
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Re: Sobre o KC-390
Olha, até acho que a Argentina compre. Mas pagar é que são outros quinhentos...BrasilPotência escreveu:denilson escreveu:De acordo com a http://www.ecsbdefesa.com.br/defesa/fts/EMBKC390.pdf são 60 intenções de compra, sendo 28 Brasil, 6 Chile, 6 Argentina, 6 Portugal, 12 Colombia e 2 p Republica Tcheca.
Olha dúvido muito alguma aquisição por parte da Argentina, que tudo anuncia mas nada se compra, e também tenho minhas dúvidas se Portugal irá comprar já que estão em meio à uma grave crise econômica.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
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