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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

Enviado: Sex Set 07, 2012 8:05 pm
por irlan
Já temos algum cliente para ele?

Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

Enviado: Sex Set 07, 2012 8:19 pm
por henriquejr
irlan escreveu:Já temos algum cliente para ele?
O Exército Argentino tem interesse em adquirir algumas unidades, inclusive uma comitiva deste país participou de uma demostração do Guarani.

Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

Enviado: Sex Set 07, 2012 8:39 pm
por Alitson
Pode colocar a Colômbia na lista!!!

Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

Enviado: Sáb Set 08, 2012 2:55 pm
por GustavoB
"
Isso posto, passo a questionar mesmo a torre LCTS90 e seu uso em combate convencional. Ela pesa menos que a CT CV (que pesa 4 ton "pelada", ou seja, sem tripulantes, munição e blindagens adicionais) mas chegará a isso ou provavelmente mais quando completa, com os itens citados. Então, teremos um 6 x 6 bem alto que já parte de umas 18 ton e picos pronto para o combate acrescentando no mínimo mais de 4 ton extras e grande parte deste peso lá em cima. A meu ver, fica alto pra burro - vulnerabilidade - e desequilibrado, pois a estabilidade lateral é primordialmente a razão entre altura x largura mais a capacidade/resistência/curso da suspensão. Não me consta que se pensa em usar uma suspensão "inteligente" nesta VTR, capaz de "compreender" que o CG está se movendo perigosamente rumo a uma capotagem e compensar elevando um dos lados e rebaixando o outro. Aliás, esta suspensão encareceria bastante o veículo e sua manutenção, além de complicar substancialmente este último item. E uma VTR 6 x 6 de vinte e tantas ton me parece meio exagerada em pressão sobre o solo, o que causará ainda maior restrição ao uso em condições QT, fora o fato de aumentar bastante os esforços da suspensão (reduzindo sua durabilidade/confiabilidade) e reduzir a vida útil dos pneus.

Aliás, mesmo uma possível versão 8 x 8 ainda teria o problema de estabilidade, pois a razão altura x largura permaneceria a mesma, com o complicador de ser um veículo mais longo. Seria um carro primordialmente para uso em estradas e com grandes restrições de velocidade e ângulo em curvas. Novamente os benditos trilhos. E vendo um diagrama interno do carro, notei que o motorista fica com a cabeça quase encostada no teto do veículo, ou seja, sem chance de rebaixamento sem grandes modificações internas, trocando altura por comprimento (algo como colocar o motorista numa posição tipo piloto de F1) e levando a torre mais para trás, o que causaria ainda maiores problemas de estabilidade, agora também no nível longitudinal. Lembram do Opala 6 cil? O motor dianteiro mais pesado deixava a traseira tão leve que ela deslizava em curvas mais fechadas e com maior velocidade, antevejo o problema de modo inverso num Guarani com torre deslocada mais para trás, as rodas diretoras (dianteiras) perderiam aderência, ou seja, temo que afetaria a dirigibilidade em terreno esburacado e barrento e/ou curvas fechadas, mesmo em estradas.

Assim, tanto uma versão 6 x 6 quanto uma 8 x 8 artilhadas me parecem uma aposta muito perigosa...

Para mim o subchassis antiminas deveria vir como OPCIONAL e não como item de série, quem o julgasse necessário que o encomendasse...

"


Creio que sem ter acesso ao projeto de engenharia, testes e análises do contratado/contratante e, principalmente, sem o conhecimento técnico adequado, estamos no campo dos devaneios e suposições

Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

Enviado: Dom Set 09, 2012 9:50 pm
por BrasilPotência
Argentina está finalizando um lote de 14un do Guarani.

A IVECO Veículos de Defesa, coligada do grupo FIAT, vai levar para o mercado internacional o novo blindado brasileiro Guarani, veículo padrão do Exército que pretende desenvolver dez diferentes configurações a partir da versão básica. O primeiro cliente externo será a Argentina, que finaliza um pedido de 14 unidades.

O diretor-geral da empresa, o engenheiro Paolo Del Noce, identifica outras "boas possibilidades" de negócios no Chile, Colômbia e Equador - os três países lançaram programas para a substituição de suas frotas.

O Exército brasileiro vai receber 2.044 blindados até 2029, em grupos de 100 unidades por ano. O valor total da encomenda bate em R$ 6 bilhões - cerca de R$ 2,9 milhões cada. A linha de montagem da IVECO Defesa fica em Sete Lagoas, a 70 quilômetros de Belo Horizonte. A compra do lote inicial de 86 unidades foi formalizada pelo governo no dia 7 de agosto. Parte da fatura de R$ 240 milhões cairá na conta do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) - Equipamentos,

Na sexta-feira, em Brasília, durante o desfile oficial da Independência, o blindado Guarani participou pela primeira vez da solenidade, apresentado com a Torreta não tripulada israelense UT-30/Br, equipada com canhão de 30 mm.(Nota DefesaNet - Também desfilou a versão com Torreta ARES com metralhadora.50)

Organizações como o Centro de Estudos Estratégicos e de Defesa da Universidade de Georgetown sustentam que a demanda mundial, exceto Estados Unidos e Rússia, para blindados médios, será de 20 mil veículos encomendados até 2020 ou 2022. Pelo valor médio, estarão em discussão recursos da ordem de US$ 30 bilhões, ou cerca de R$ 60 bilhões.

Paolo Del Noce acredita que o produto brasileiro possa entrar nessa disputa. "Trata-se de um veículo com potencial de gerar interesse no mercado mundial". Embora o Guarani seja propriedade intelectual conjunta do Exército e da Iveco, Paolo acredita que poderá atender as necessidades da Marinha para equipar os Fuzileiros Navais. "Nosso modelo é anfíbio para aplicações fluviais, todavia podemos adequá-lo ao emprego no mar", disse.

A tropa naval emprega, nessa classe, o Piranha IIIC, do grupo suíço MOWAG, de 9,5 toneladas, tração 8x8 e capacidade para transporte de 12 soldados. Os 30 Piranha dos fuzileiros - 18 deles já recebidos - custaram aproximadamente US$ 63 milhões. O batismo de fogo ocorreu em 2007, no Haiti, em operação do batalhão brasileiro que lidera a Força de Estabilização do país.

Investimento. A FIAT-IVECO inaugura até dezembro a fábrica dedicada aos produtos de defesa, dentro do complexo de Sete Lagoas. O investimento, segundo Del Noce, é de R$ 55 milhões. "Quando as linhas de produção estiverem atuando a plena capacidade, o número de fornecedores imediatos será superior a 110, e os indiretos serão mais de 600", sustenta. O índice de participação dos componentes nacionais é de 60% no Guarani.

O programa não é a única iniciativa da Defesa no setor. Enquanto prosseguem os testes de operação do blindado, o Exército cuida da revitalização tecnológica de 150 outros, os melhores entre os 584 M-113Br que a Força relaciona como em condições de uso. O procedimento será executado pela BAE Systems, inglesa. Um processo semelhante deverá envolver 409 Cascavel com canhão de 90 mm, e os 213 anfíbios Urutu, o 'avô' do novo carro.

O Guarani é, a rigor, uma Viatura Blindada de Transporte de Pessoal - Médio sobre Rodas, um VBTP-MR. Terá navegador GPS, sensores de detecção laser e sistema ótico de visão noturna.

Além da primária, para a condução de grupos de combate, haverá mais nove arranjos - de central de comando a até um poderoso lança-morteiros de 81 milímetros. As medidas básicas permitirão o embarque em cargueiros C-130 Hércules e KC-390, avião da Embraer adotado pela Aeronáutica. O antecessor, o Urutu, foi fabricado até meados dos anos 80 pela extinta Engesa S/A.

O velho couraçado, reconfigurado depois de mais de 30 anos, está sendo largamente empregado no Haiti - e não apenas pelos 1,2 mil homens da tropa brasileira envolvida na missão da ONU. O temido grupamento jordaniano, responsável por algumas das mais violentas operações cumpridas pelo contingente multinacional, utiliza o mesmo tipo.

Diariamente, relata um oficial, patrulhas armadas do Brasil percorrem as áreas de maior tensão na capital do Haiti, Porto Príncipe. Para cumprir a missão, os esquadrões de Urutu, cerca de 20 deles, sofreram por modificações. Os blindados ganharam uma pá dianteira de aço, do tipo buldôzer, para remover as barreiras de entulho com as quais os rebeldes bloqueiam o trânsito nas vielas dos bairros de alto risco. Por causa da aparência, o Urutu virou "la voiture moustache", o carro de bigodes.

Fonte: http://www.defesanet.com.br/guarani/not ... o-exterior

Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

Enviado: Sex Set 14, 2012 6:20 am
por binfa
http://farm9.staticflickr.com/8179/7982831492_10f186c217_o.jpg

http://farm9.staticflickr.com/8034/7982836634_7ac284725b_o.jpg

credito: Luiz Fernando Paredinha

Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

Enviado: Sex Set 14, 2012 11:12 am
por rafa_rop
Desculpem a pergunta de leigo, mas qual das duas torretas é a nacional (Ares)? Seria a a menor?

[]'s

Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

Enviado: Sex Set 14, 2012 12:45 pm
por Túlio
GustavoB escreveu:"


Creio que sem ter acesso ao projeto de engenharia, testes e análises do contratado/contratante e, principalmente, sem o conhecimento técnico adequado, estamos no campo dos devaneios e suposições

Devagar com o andor que o santo é de barro. Descartaste minhas conclusões sem, na prática, apresentares argumento algum, Gustavo. Pesquiso este programa desde seu início e cada vez mais me convenço de que é orientado para MOUT, em detrimento das capacidades QT. Apresentei argumentos.

Faças o mesmo, sob pena de qualquer post teu poder ser descartado da mesma forma...

Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

Enviado: Sex Set 14, 2012 3:44 pm
por GustavoB
A para.. Tá certo, é verdade, o que eu 'exigi' de ti pouquíssimos aqui têm, incluindo eu mesmo.

Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

Enviado: Sex Set 14, 2012 3:49 pm
por jumentodonordeste
rafa_rop escreveu:Desculpem a pergunta de leigo, mas qual das duas torretas é a nacional (Ares)? Seria a a menor?

[]'s
sim, é a menor que tem a inscrição do CTEX. :wink:

Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

Enviado: Sex Set 14, 2012 3:58 pm
por Túlio
GustavoB escreveu:A para.. Tá certo, é verdade, o que eu 'exigi' de ti pouquíssimos aqui têm, incluindo eu mesmo.

Nos entendemos.

Abração!!! :D :D :D :D

Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

Enviado: Sex Set 14, 2012 4:05 pm
por Bourne
Tuas reflexões tem uma problema de concepção ao considerar apenas será usado para operações de defesa.

Primeiro se basear na constituição de que proíbe a guerra de conquista, mas todo o país civilizado não defende guerra de conquista. Assim, quando entra em conflito armado, a justificativa de manter, preservar a liberdade ou se proteger de terroristas e tales. Pode não ser o fator real e camuflar outros interesses, mas é assim que o mundo funciona. Exemplos, Líbia, Iraque, Afeganistão, Georgia e Síria.

Portanto, mesmo que seja país defensivo na legislação e de fato, precisa estar preparado para comandar operações ofensivas. Um caso interessante é do Japão. Ele possui forças de autodefesa. Só que são forças armadas altamente preparadas para combater na Ásia com treinamento e equipamento que muito exército que não tem.

Segundo, supondo que seja apenas defensivo, pressupõe que as forças terrestres precisam estar preparadas para combater, recuar se necessário, e retomar o território perdido, incluindo avançar sobre território inimigo para eliminar a ameaça. Por isso que as precisam estar preparadas para o pior e que vão envolver grandes áreas.

Neste caso, supondo um vilarejo tomado por forças inimigas, precisa retomar levando a necessidade de ações ofensivas. De outro lado, o inimigo vai usar tudo que tem para se defender, principalmente uma área considerada fundamental. O uso de minas e IEDs será normal, como também, forças agindo atrás das linhas para destruir o poder ofensivo que está nos blindados. Em operações de paz pode ser pior por que os insurgentes podem usar esses meios e não se sabe onde estão.

Para atuar nesse cenário o Guarani precisa ter o subchassis e a proteção extra para enfrentar essas ameaças. Pelo menos, para manter os tripulantes vivos. É o que se espera de um blindado como Guarani.

Sobre a versão artilhada pode ficar instável. Neste caso, precisa de outro projeto ou veículo que preencha a lacuna. Se fizer remendo, quando precisar dele pode dar problema e não cumprir a função.

Se não tem inimigos, nem insurgente para usar contra e não aguenta enfrentar um exército moderno. Para que construir o guarani? Ou melhor, para que gastar dinheiro com forças armadas? Se não é preciso

Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

Enviado: Sex Set 14, 2012 4:30 pm
por Túlio
BOURNE, tu que és entusiasta de automobilismo, me digas: um veículo com relação largura x altura desfavorável (ou seja, mais alto que largo, tipo Kombi) e com uma torre de mais de 4 ton em cima - ou seja, CG subindo mais ainda - vai render o quê em QT? Viste a foto do Urutu SEM TORRE capotado?

Que fique claro, não estou querendo pagar de "eu que sei" pro Gustavo, apenas física é física... :wink: 8-]

Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

Enviado: Sex Set 14, 2012 4:47 pm
por Reginaldo Bacchi
Bourne escreveu:Tuas reflexões tem uma problema de concepção ao considerar apenas será usado para operações de defesa.
Primeiro se basear na constituição de que proíbe a guerra de conquista, mas todo o país civilizado não defende guerra de conquista. Assim, quando entra em conflito armado, a justificativa de manter, preservar a liberdade ou se proteger de terroristas e tales. Pode não ser o fator real e camuflar outros interesses, mas é assim que o mundo funciona. Exemplos, Líbia, Iraque, Afeganistão, Georgia e Síria.
Portanto, mesmo que seja país defensivo na legislação e de fato, precisa estar preparado para comandar operações ofensivas. Um caso interessante é do Japão. Ele possui forças de autodefesa. Só que são forças armadas altamente preparadas para combater na Ásia com treinamento e equipamento que muito exército que não tem.
Segundo, supondo que seja apenas defensivo, pressupõe que as forças terrestres precisam estar preparadas para combater, recuar se necessário, e retomar o território perdido, incluindo avançar sobre território inimigo para eliminar a ameaça. Por isso que as precisam estar preparadas para o pior e que vão envolver grandes áreas.
Neste caso, supondo um vilarejo tomado por forças inimigas, precisa retomar levando a necessidade de ações ofensivas. De outro lado, o inimigo vai usar tudo que tem para se defender, principalmente uma área considerada fundamental. O uso de minas e IEDs será normal, como também, forças agindo atrás das linhas para destruir o poder ofensivo que está nos blindados. Em operações de paz pode ser pior por que os insurgentes podem usar esses meios e não se sabe onde estão.
Para atuar nesse cenário o Guarani precisa ter o subchassis e a proteção extra para enfrentar essas ameaças. Pelo menos, para manter os tripulantes vivos. É o que se espera de um blindado como Guarani.
Sobre a versão artilhada pode ficar instável. Neste caso, precisa de outro projeto ou veículo que preencha a lacuna. Se fizer remendo, quando precisar dele pode dar problema e não cumprir a função.
Se não tem inimigos, nem insurgente para usar contra e não aguenta enfrentar um exército moderno. Para que construir o guarani? Ou melhor, para que gastar dinheiro com forças armadas? Se não é preciso
Seu comentário tem muito sentido para mim.

Me fez lembrar que quando estudei russo trabalhei muito tempo na tradução do livro "Ledokol" (O quebra gelo).

Este livro foi escrito por um oficial soviético que fugiu para o ocidente e sob o pseudonimo de Suvurov escreveu muitos livros anti comunistas.

O Ledokol foi escrito para provar que a União Soviética iria atacar a Alemanha alguns dias antes dos alemães atacarem.

Um dos itens que usou para defnder esta iéia era de que as armas sovieticas eram armas de agressão e não de defesa.

Até a Linha Stalin (o correspondente russo da Linha Maginot) era ofensiva!!!

Os argumentos eram de uma fragilidade impressionante e jamais acreditei neles.

Minha professora que era anti comunista ferrenha acreditava, e jamais aceitou meus argumentos.

Eu sempre dizia para ela: mesmo um exercito defensivo tem que se preparar para o ataque.

Desculpem meu papo furado!!!

Bacchi

Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

Enviado: Sex Set 14, 2012 5:01 pm
por GustavoB
O caso não é sobre quem tem razão ou não, ou sobre o argumento - que chamou minha atenção justamente pela contundência, supostamente de um leigo -, mas sim no direito de apresentá-lo. Se fosse diferente, que fazemos aqui? Segue o baile.