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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Dom Mai 22, 2011 8:25 pm
por suntsé
FOXTROT escreveu:????????????????????????????????????????????????????????????????????????????
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Obama: voto da ONU jamais criará Estado palestino independente
22 de maio de 2011

WASHINGTON, 22 Mai 2011 (AFP) -A paz não poderá ser imposta a Israel e seus vizinhos, e o voto das Nações Unidas nunca criará um Estado palestino, afirmou o presidente Barack Obama neste domingo.
O engraçado, que foi votos na ONU que criou Israel.

Esse cara fala, fala, e tudo continua na mesma.

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Dom Mai 22, 2011 10:12 pm
por Penguin
20/05/2011 - 16h41
Obama não falou em fronteiras de 1967

Há uma grave omissão na maior parte do noticiário --e, por extensão, dos comentários-- a respeito do trecho do discurso de quinta-feira em que o presidente Barack Obama se referiu às fronteiras de Israel e do Estado palestino.

Todas as manchetes se basearam na pressuposição de que Obama está pregando --pela primeira vez em sua administração-- a adoção das linhas fronteiriças de 1967 como base para o futuro Estado palestino. Falso. A frase completa é a seguinte: "As fronteiras de Israel e do Estado palestino deveriam basear-se nas linhas de 1967 COM TROCAS [de terras] ACERTADAS DE COMUM ACORDO".

Essa parte que pus em maiúsculas muda toda a impressão causada pela menção às fronteiras de 1967.

Explico: se não houvesse o adendo, Israel teria que se retirar de todos os pedaços do território palestino que ocupa, inclusive de partes de Jerusalém Oriental que os palestinos reivindicam como capital de seu futuro Estado, mas que Israel diz que é uma cidade indivisível.

O adendo, no entanto, permite que Israel mantenha quanta terra quiser, na forma de assentamentos implantados em terras que resoluções da ONU dizem que são dos palestinos, inclusive em Jerusalém Oriental.

Basta, pelo teor do discurso de Obama, trocar o que está ocupado pelos colonos judeus por áreas de Israel que não interessam aos israelenses.

Além disso, Obama reiterou antiga fórmula da diplomacia norte-americana, segundo a qual "a completa e gradual retirada das forças israelenses [dos territórios ocupados] dependeria da habilidade das forças palestinas de segurança e de outros acertos a serem acordados para evitar o ressurgimento do terrorismo".

É óbvio que Israel tem todo o direito de viver sem a sombra do terrorismo ameaçando seus habitantes, mas está fora do alcance de qualquer esquema de segurança impedir de fato o terrorismo, enquanto houver uma só pessoa disposta a matar e morrer no mesmo ato. O 11 de Setembro é uma prova cabal.

Portanto, o discurso de Obama, na parte referente à questão Israel/palestinos, é inócuo e sem novidades.

Como analisou Elliott Abrams, especialista do Council on Foreign Relations, "os comentários do presidente sobre o conflito israelenses/palestinos não levam a parte alguma. É chocante que ele não sugira nenhuma ação: nem reunião, nem enviado especial, nem uma sessão do Quarteto [o grupo formado por Estados Unidos, Rússia, União Europeia e ONU, que tenta a mediação entre as partes], nem um convite para Washington".

Moral da história: convém sempre ler mais do que a manchete do dia.


Clóvis Rossi é repórter especial e membro do Conselho Editorial da Folha, ganhador dos prêmios Maria Moors Cabot (EUA) e da Fundación por un Nuevo Periodismo Iberoamericano. Assina coluna às quintas e domingos na página 2 da Folha e, aos sábados, no caderno Mundo. É autor, entre outras obras, de "Enviado Especial: 25 Anos ao Redor do Mundo e "O Que é Jornalismo".

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Seg Mai 23, 2011 12:21 am
por Bolovo
FOXTROT escreveu:????????????????????????????????????????????????????????????????????????????
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Obama: voto da ONU jamais criará Estado palestino independente
22 de maio de 2011

WASHINGTON, 22 Mai 2011 (AFP) -A paz não poderá ser imposta a Israel e seus vizinhos, e o voto das Nações Unidas nunca criará um Estado palestino, afirmou o presidente Barack Obama neste domingo.
HUEHUEHUE

ele simplesmente disse: "não tem solução, então dane-se"

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Seg Mai 23, 2011 4:16 pm
por FOXTROT
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Fatah e Hamas assinam declaração comum em Moscou
23 de maio de 2011 •

A Rússia anunciou, esta segunda-feira, um novo avanço das negociações de reconciliação entre os movimentos palestinos rivais, Fatah e Hamas, que assinaram em Moscou uma nova declaração comum, sem revelar seu conteúdo. "Conseguimos elaborar juntos uma declaração importante que ajudará a aplicar os acordos (de reconciliação) do Cairo", declarou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, que recebeu em Moscou delegados palestinos.

"Neste texto, expressamos nossa fidelidade ao acordo co Cairo", disse, por sua vez, Azam al Ahmad, neste encontro com jornalistas. "O presidente palestino, Mahmud Abbas, me telefonou no domingo para agradecer por ter posto à sua disposição um lugar para este encontro tão útil", do qual participaram em especial um alto representante do Fatah, Azam al Ahmad, e o segundo do gabinete político do Hamas, Musa Abu Marzuq, acrescentou Lavrov.

Segundo Mustafa Barguti, membro do Conselho Legislativo palestino, Moscou se tornou, assim, um dos promotores da reconciliação palestina. "Tivemos um encontro muito, muito bom", disse. A Rússia rejeitou especialmente as críticas de Israel contra o Hamas, considerado pelo Estado hebreu uma organização terrorista, disse Barguti.

Lavrov "considera que a melhor resposta a estas críticas é avançar rápido para aplicar o acordo do Cairo", segundo o negociador palestino. A delegação palestina efetuou uma visita de três dias a Moscou, semanas depois do acordo de reconciliação concluído entre o Fatah de Abbas e o Hamas, que controla da Faixa de Gaza.

Este acordo, condenado por Israel, foi saudada pela Rússia, membro do Quarteto para o Oriente Médio, ao lado dos Estados, a União Europeia e a ONU. A Rússia mantém relações com o Hamas, considerado uma organização terrorista por Estados Unidos e UE.

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Seg Mai 23, 2011 5:12 pm
por Clermont
O LOBBY TOMA A OFENSIVA - puxa-sacos de Israel aumentam a retórica.

Por Justin Raimondo - 23 de maio de 2011.

Quando o presidente dos Estados Unidos reiterou uma política americana de longa data no Oriente Médio - de que as fronteiras de Israel e um estado palestino precisam estar baseadas nas fronteiras de 1967, dando ou tirando umas poucas faixas de terra, aqui e acolá - ele, realmente, "não ficou surpreso", como declarou em seu discurso para a AIPAC uns poucos dias mais tarde, pelo clamor que se seguiu? Isto é o que ele diz, mas a realidade é mais dura de discernir: afinal de contas, esta era a premissa por trás das declarações públicas de George W. Bush - e, antes dele, de Bill Clinton - sobre a questão, e o presidente tinha toda razão para acreditar que desta vez não seria diferente.

Porém, isto foi diferente, porque Israel é diferente, todos esses anos depois. E também o são os Estados Unidos. O presidente Obama foi pego com as calças na mão porque ele e seus conselheiros falharam em considerar a plena importância destas mudanças.

Em Israel, um governo de direita tem como seu relativamente "moderado" elemento o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, cujo governo liderado pelo Likud é apoiado, numa coalizão partidária, por certo número de extremistas de direita que fazem os falcões Likudniks parecerem razoáveis. O ministro do exterior de Israel, Avigdor Lieberman, um bandido radical cujas diatribes racistas anti-árabes tem feito até os partidários linha-dura de Israel nos EUA ficarem desesperados para mantê-lo nos bastidores. O partido de Lieberman, Yisrael Beiteinu, é uma entidade neofascista que advoga a limpeza étnica da Margem Ocidental e a criação de um "Grande Israel". De acordo com eles, não existem palestinos - somente jordanianos que se infiltraram em Israel.

Na América, o poder do lobby de Israel é muito maior do que em qualquer época do passado, e certamente desde a guerra de 1967. Nós assistimos, aqui neste país, o extraordinário espetáculo de um presidente dos Estados Unidos confrontando um líder estrangeiro com uma lista de requisitos razoáveis - negociação de boa fé, o abandono de "assentamentos" invasivos, um fim às humilhações arbitrárias impostas a um povo sob ocupação - e os líderes da oposição estão tomando o partido do líder estrangeiro. Isto vindo de um partido que se deleita no seu alegado "super-patriotismo"! Romney, Huckabee, e toda a turma da Fox Network, entraram em parafuso, seguindo-se ao discurso do presidente, arrasando-o por "trair" Israel. A Fox News até mesmo divulgou uma reportagem prevenindo que os "doadores judeus" não apoiariam a campanha de reeleição do presidente por conta de sua suposta "nova" posição.

Porém, e eu não sou o primeiro a apontar, não há nada de novo no que o presidente disse sobre as fronteiras de 1967. Isto não importa para os críticos, no entanto: eles foram tão rápidos em recolherem o mais recente texto do partido de Tel Aviv que nem mesmo se incomodoram em reconhecer isto, mas estavam somente preocupados em ecoarem, cada nota da posição israelense. Desde os dias de apogeu do Partido Comunista dos Estados Unidos, quando o Daily Worker era adepto não só de defender mas de antecipar o texto entregue pelo Kremlin, não vemos um tal fenômeno: políticos americanos baixando a cabeça perante um líder estrangeiro.

A idéia de que nossos líderes tem a intenção de buscar os interesses nacionais vitais da América no exterior - de que a formulação de nossa política externa tem a ver com determinar quais são estes interesses e como melhor obtê-los - é um mito. Como no caso da política interna, a política externa é uma questão politiqueira: isto é, tudo se trata sobre interesses e pressões internas competindo pela primazia no processo de construção da política. Nada sublinha as dinâmicas do processo de tomada de decisões tão fortemente e dramaticamente quanto a questão israelense-palestina.

Os militares dos Estados Unidos tem sido particularmente insistentes de que a questão da Palestina deve ser resolvida antes que possamos obter nossos objetivos no Oriente Médio e assegurar a defesa dos interesses americanos de forma mais geral. Que o nosso incondicional apoio a Israel tem nos custado caro, em termos de prestígio e "pressão" no mundo árabe, é inegável. Que estejamos lutando contra terroristas que usam esta questão para demonizar os EUA e provocar ataques contra nossos interesses e nossos cidadãos por todo o mundo é, da mesma forma, prontamente aparente.

Porém, antes do que abrir mão desta política falha, que não tem levado a nada exceto problemas, nossos líderes de ambos os partidos pollíticos - incluindo o presidente - tem agarrado toda a oportunidade para declararem um comprometimento "férreo" - como Obama colocou - para com a sobrevivência de Israel como estado judaico implantado no meio de um mar árabe. Além do mais, este comprometimento não é dependente de um comportamento israelense: nosso apoio é incondicional e permanente, não importa se Avigdor Lieberman chegar ao poder e deportar cada palestino para o lado de lá do rio Jordão.

No seu discurso "maquiado" para a AIPAC, Obama, novamente, reiterou seu comprometimento e se vangloriou sobre o dinheiro que estamos fazendo chover para que Bibi possa construir "assentamentos" e manter os palestinos em sujeição. A "ajuda" americana construiu a muralha que separa o cinturão verde israelense da grande casa-prisão dos territórios ocupados, e que torna permanente um confisco de terras em vasta escala. Sem esta ajuda, tanto militar e econômica, Israel afundaria como uma pedra sob as ondas demográficas.

Em resumos, nós temos os israelenses em completo estado de dependência militar e econômica - e mesmo assim, são eles quem escolhem a música, e não Washington. Que história é esta?

A história é que os israelenses tem um singularmente poderoso lobby nos EUA, que maneja um tal porrete que político nenhum pode se permitir atravessar em seu caminho. Nós estamos vivendo num país onde o chefe do Poder Executivo precisa constantemente olhar por cima do ombro preocupando-se que o Congresso vá apoiar a posição de um líder estrangeiro por cima do Presidente dos Estados Unidos. Como Pat Buchanan, tão memoravelmente - e acertadamente - colocou, o Congresso é "território ocupado pelos israelenses". E nós não estamos falando apenas sobre membros Republicanos curvando-se para seus eleitores fundamentalistas cristãos "renascidos", mas também de Democratas escravizados por um eleitorado rico e bem organizado que coloca Israel em primeiro, em último e sempre.

Em Israel, também - onde, depois de quarenta anos de guerra constante, os eleitores não estão interessados em compromisso - a política doméstica dita a política externa. O eleitorado israelense está tão inclinado para a direita, nestes dias, que um partido neofascista e uma versão judaica de Hitler tem conquistado enormes ganhos do tipo que uma vez seriam impensáveis. Em seu fervor religioso e histeria milenarista, o zeitgeist israelense abandonou seus antecedentes ocidentais e europeus e tornou-se quase indistinguível de seus vizinhos árabes: o fundamentalismo é tanto um problema em Israel como, digamos, no Egito ou Jordânia. Israel, em resumo, retornou a suas raízes asiáticas e orientais e está muito longe do experimento idealista que seus fundadores visavam no começo.

Os líderes fundamentalistas do Israel de hoje não estão mais interessados na paz do que a liderança da al-Qaeda ou do Hamas. O presidente pode citar a bomba de tempo demográfica explodindo nos territórios ocupados, que ele diz tornar a situação atual "insustentável", mas os fundamentalistas de Israel tem a resposta para isto: deportação, limpeza étnica e um "Grande Israel" que extenda seu território para incluir a "Samaria" (a Margem Ocidental) e as terras supostamente concedidas à Israel na Bíblia. Um debate sobre isto está descartado pelo quadro mental fundamentalista: estamos falando sobre religião aqui, e não alguma coisa sujeita a uma discussão ou negociação racional. O partido governante Likud foi fundado sobre esta premissa fundamentalista e um "Grande Israel" é o que o partido de Netanyahu representa: é tolice pensar que ele abandonará este objetivo devido a pressão americana.

Misturado com genuflexões ao lobby de Israel, tais como suas referências ao não-existente programa de armas nucleares do Irã e numerosas garantias de continuar e reforçar a custosa simbiose que tem envenenado nossas relações com o restante do mundo, o discurso de Obama no AIPAC foi um exemplar de tal abjeto apaziguamento cuja visão disto faz um autêntico patriota ranger os dentes.

Por quê o mais poderoso homem na Terra tem de levar em conta as exigências de Tel Aviv? Por quê ele não é livre para agir e falar como quiser?

A razão, em breves palavras, é o movimento pró-Israel nos Estados Unidos, uma máquina política bem organizada e extraordinariamente rica que opera como agente do governo israelense na América. Eis aqui o lobby - com efeito, uma quinta coluna em conluio com um governo estrangeiro - tão poderoso que se tornou fator decisivo na determinação da política dos Estados Unidos numa região do mundo tão vital para os interesses nacionais americanos. Ele teve sucesso em subordinar estes interesses aos objetivos israelenses, e isto foi feito criando-se um aparato político nos EUA que os políticos desafiam por sua conta e risco. Apologistas do lobby de Isrel constantemente argumentam que nada fazem de errado, que suas atividades são levadas à cabo em plenas vistas do público e de acordo com os princípios da democracia americana - e nisto estão absolutamente corretos.

Isto é democracia em ação - uma minoria bem organizada e bem bancada, fanaticamente devotada aos interesses de um país outro que o seu próprio, assumiu o controle do aparato criador de política do governo dos Estados Unidos. Não há nada de inerentemente antidemocrático sobre isto.

Quanto ao ponto de vista da maioria do povo americano - bem, em nossa democracia, tal ponto de vista não tem audiência. Não tem porque os americanos, em sua maioria, não podiam se importar menos com Israel e outra: eles não aprovam "ajuda externa" - especialmente num tempo quando estamos tomando dinheiro emprestado dos chineses só para manter o governo funcionando. Eles estão enjoados e cansados de ouvirem sobre conflito israelense-palestino, que parece tão insolúvel quanto desatar o nó górdio.

Porém, esta saudável indiferença às querelas de estrangeiros beligerantes é irrelevante politicamente, porque dificilmente se equipara com a paixão dos partidários de Israel que perseguem a causa de Tel Aviv com ferocidade obstinada.

Em ambos os discursos, o presidente desviou-se de seu caminho e tratou de denunciar os esforços nas Nações Unidas para "isolar" Israel, isto é, para apoiar a declaração de um estado palestino independente e esforços nos territórios ocupados para unficar a Margem Ocidental e a Gaza sob controle do Hamas. Apoio a Israel, disse ele, está codificado em nossos "valores". Como Jennifer Laslo Mizrahi, presidente do Projeto Israel, colocou em resposta ao desempenho do presidente no AIPAC:

"Israel faz tanto parte dos valores e tradições americanos como o cachorro-quente, a torta de maçã e a liberdade."


Isto é completa falta de sensatez, naturalmente: o apoio à Israel não é mais parte da tradição americana do que o apoio, digamos, para a causa da independência basca. Até recentemente, o apoio ao projeto sionista era evidente, somente entre uma pequena minoria dos judeus americanos, que dirá entre a maioria dos americanos, e os presidentes dos Estados Unidos, começando com Eisenhower e continuando até Bush Senior, eram imparciais em seu tratamento de ambos, Israel e os árabes, (e até mesmo, no caso de Bush I, um pouco frios com as incessantes exigências de Tel Aviv).

Ronald Reagan, cujas credenciais de combatente da Guerra Fria o colocavam, firmemente, no campo de Israel, desdenhou o conselho de Tel Aviv e retirou as forças americanas do Líbano, muito para a ira e desencanto dos neocons, que o denunciam por isto até hoje. Foi somente com o advento de George W. Bush na Casa Branca que o "relacionamento especial" tornou-se "férreo", como é hoje. Após os ataques terroristas do 11 de Setembro, a máquina de propaganda israelense fez bom uso do argumento "a causa de Israel é a nossa causa", que ganhou nova ressonância além do tradicional eleitorado do Lobby.

Agora que uma nação cansada de guerra está recuperando o juízo, entretanto, e o choque do 11 de Setembro já teve o tempo para se exaurir, a vantagem gozada pelos "Israel Primeiro" tem se dissipado com o tempo. Há espaço, no discurso nacional, para uma visão que coloca os interesses americanos na frente dos interesses israelenses e busca desfazer o mal causado por anos de apoio subserviente para uma ocupação injusta e opressiva.

É verdade que a intervenção americana no Oriente Médio e em particular no conflito Israel-Palestino, tem apenas exacerbado o impasse e servido mal aos nossos interesses nacionais. Ainda assim, não é o bastante dizer que simplesmente não devemos intervir: nós estamos, na realidade, já intervindo, ao subsidiar e armar a Esparta israelense. Os helicópteros canhoneiros que abatem crianças palestinas cujas únicas armas são pedras e gritos de ordem tem a marca "made in USA" neles. Justamente como as bombas de gás lacrimogêneo lançadas contra manifestantes egípcios pelos bandoleiros de Mubarak tem a mesma marca de nascença.

Dizer, simplesmente, os EUA não devem intervir, que Washington não deve se "impor" a Tel Aviv, é descartar todo o contexto e realidade da política dos Estados Unidos. Apoio americano incondicional para Israel na forma de um fluxo contínuo de dinheiro e os mais avançados armamentos criou uma situação que nosso presidente, com justeza, chama de "insustentável", e não há forma de tirar o corpo fora de nossa responsabilidade pelo status quo.

Eu não culpo estes que assumem esta linha "sem intervenção" por tentar se livrar da questão israelense-palestina desta forma. Dizer a verdade sobre o relacionamento israelense-americano e apontar sua natureza essencialmente disfuncional, sempre tem sido mais problemático do que útil para um político.

Estes que levantam tais questões são enlameados pelo lobby de Israel, e marcados para a destruição: qualquer político ou autoridade pública que ponha em questão a sabedoria convencional de Washington sobre esta matéria é denunciado na imprensa e incensado pelos "Israel Primeiro". O simples barulho desta campanha de enlameamento, muitas vezes, é o quanto basta para destruir um político, uma publicação ou uma reputação como "anti-semitas".

Por esta medida, a maioria dos judeus americanos - que rejeita as políticas linha-dura de Netanyahu e seus aliados - também é "anti-semita". Vai vendo.

O grande problema com qualquer império, tal como o nosso, é que ele se torna o instrumento de seus próprios satélites. Nossos sátrapas nos mantém como reféns, e arrecadam tributo na forma de "ajuda externa" - mesmo enquanto o pessoal aqui em casa está quebrado. Enquanto os benefícios do Seguro Social são alvo das tesouras orçamentárias do Congresso, a ajuda para Israel é sacrossanta.

Tem algo de errado neste quadro.

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Ter Mai 24, 2011 2:32 pm
por FOXTROT
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Discurso de Netanyahu no Congresso é interrompido por manifestante
24 de maio de 2011

24 Mai 2011 (AFP) -O primeiro-ministro israeliense Benjamin Netanyahu foi rapidamente interrompido nesta terça-feira durante seu discurso no Congresso americano por uma manifestante contrário à política israelense nos territórios ocupados.
Alguns minutos depois do início do discurso, uma mulher que estava sentada entre o público levantou-se e gritou: "chega de ocupação".

A manifestante estava a apenas cinco metros da esposa do primeiro-ministro, Sarah Netanyahu.

Netanyahu interrompeu seu discurso antes de dizer: "vocês sabem, eu considero uma honra -- e tenho certeza que vocês também -- o fato de que em nossa sociedade possamos nos manifestar. Não veríamos manifestações desse tipo nos parlamentos ridículos de Teerã ou de Trípoli".

A manifestante tentou brandir uma bandeirola com a cor vermelha, que foi arrancada de sua mão imediatamente por um membro dos serviços de segurança. Ela foi levada para fora da Câmara dos Representantes.

O incidente durou apenas alguns segundos.

Consultada pela AFP sobre o incidente, a polícia do Capitólio respondeu que estudava as possíveis acusações que poderiam ser apresentadas contra a manifestante.

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Qua Mai 25, 2011 1:45 pm
por P44
Impressionante a bajulação maciça do congresso dos EUA ao PM sionista.

Deu realmente para ver quem manda.

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Qua Mai 25, 2011 3:30 pm
por Carlos Lima
P44 escreveu:Impressionante a bajulação maciça do congresso dos EUA ao PM sionista.

Deu realmente para ver quem manda.
Já não é de hoje amigo... :wink:

Infelizmente :(

[]s
CB_Lima

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Qua Mai 25, 2011 4:09 pm
por FOXTROT
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Egito abrirá passagem fronteiriça com Gaza em definitivo: agência
25 de maio de 2011

CAIRO, 25 Mai 2011 (AFP) -O Egito abrirá a passagem fronteiriça com Gaza em caráter permanente a partir de sábado, com a finalidade de limitar o bloqueio deste território palestino controlado pelos islamitas do Hamas, informou esta quarta-feira a agência oficial egípcia MENA.

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Qua Mai 25, 2011 5:15 pm
por felipexion
FOXTROT escreveu:terra.com.br

Egito abrirá passagem fronteiriça com Gaza em definitivo: agência
25 de maio de 2011

CAIRO, 25 Mai 2011 (AFP) -O Egito abrirá a passagem fronteiriça com Gaza em caráter permanente a partir de sábado, com a finalidade de limitar o bloqueio deste território palestino controlado pelos islamitas do Hamas, informou esta quarta-feira a agência oficial egípcia MENA.
Vai dar merda.
Corre o risco dos bombardeiros a faixa de gaza voltarem com força total.

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Qua Mai 25, 2011 5:25 pm
por P44
Mas ESTES egipcios agora são bons, os do Mubarak é que eram maus :roll:

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Qui Mai 26, 2011 3:57 pm
por rodrigo
U.S. to help Israel buy four more Iron Dome anti-missile systems

U.S. army official says anti-rocket system 'highly effective' in combat; funds come from $200 million-plus Obama initiative.

The Pentagon is planning to help Israel buy four more Iron Dome short-range anti-rocket batteries, the head of the Pentagon's Missile Defense Agency said on Wednesday.

"In our budget, we have a proposal to assist with procurement of four more batteries," Army Lieutenant General Patrick O'Reilly, the agency's director, told the U.S. Senate Appropriations Defense subcommittee.

The batteries consist of a mobile air defense system with a radar-guided interceptor missile launched from a truck-sized firing platform.

O'Reilly was referring to fiscal 2011 funding of $203.8 million added last June at the request of President Barack Obama, agency spokesman Richard Lehner said in an email. The goal was to spur production and deployment of the system, the first direct U.S. investment in the project.

Israel began deploying e50-million Iron Dome units two months ago to counter Katyusha-style rockets fired at population centers from Palestinian territory. The first was set up near Be'er Sheva, a southern city twice hit by rockets during a March flare-up of cross-border violence.

A second was deployed last month to the coastal city of Ashkelon, north of the Gaza Strip ruled by the Palestinian Islamist movement Hamas.

On April 7, the system successfully intercepted a rocket from Gaza for the first time, followed by at least seven other intercepts, the Israeli military said. Its development was spurred by the 2006 conflict with Hezbollah in Lebanon and the Gaza Strip war against Hamas in 2008 and 2009.

O'Reilly said he considered Iron Dome to have been "highly effective" in combat. But Israel faced a "daunting task" because of the volume of short-range rockets and missiles it faces, he said.

"This is one which the United States benefits from understanding and studying exactly how they've been successful with the Iron Dome system," he said. U.S. troops could face similar threats from a combat zone, O'Reilly added.

Obama in his 2012 budget request asked the U.S. Congress for $106.1 million for U.S.-Israeli joint missile defense programs, including improvements to the Arrow ballistic missile shield and David's Sling. Unlike these two programs, the development of Iron Dome was a unilateral Israeli project.

The Iron Dome's radar-guided interceptor missile is built by state-owned Rafael Advanced Defense Systems Ltd. It is designed to destroy in mid-air rockets and mortar bombs that have ranges of 5 km (3 miles) to 70 km (45 miles).

Declassified video of two Iron Dome intercepts was screened in Washington this week at the annual policy conference of the American Israel Public Affairs Committee, a pro-Israeli lobby group.

http://www.haaretz.com/news/diplomacy-d ... s-1.364065

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Dom Mai 29, 2011 12:17 pm
por DELTA22
Egito reabre fronteira com Faixa de Gaza permanentemente

Opera Mundi 28 de maio de 2011 às 19:05h

As autoridades do Egito reabriram neste sábado 28 a passagem fronteiriça com a Faixa de Gaza de maneira permanente, pela primeira vez desde junho de 2007, com o objetivo de consolidar a reconciliação palestina, confirmaram fontes oficiais à Agência Efe.

A passagem foi aberta às 9h da hora local (4h de Brasília) e assim permanecerá até as 18h todos os dias da semana, exceto às sextas-feiras e em dias festivos.

Uma fonte oficial presente no lado egípcio da fronteira de Rafah assegurou à Efe que o ambiente era tranquilo e que não havia muita gente amontoada esperando para entrar na Faixa de Gaza, o que atribuiu ao fato de ontem ter sido dia festivo.


No último dia 25, o Egito decidiu abrir a passagem e aplicar o mesmo mecanismo vigente antes de 2007, que permitia a entrada dos cidadãos palestinos ao Egito através de todas suas passagens fronteiriças e aéreas.

A passagem de Rafah foi fechada em junho de 2007, depois que o grupo islamita palestino Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza após enfrentamentos armados com a facção nacionalista Fatah.

Desde essa data, a passagem só era aberta de forma esporádica para permitir a saída de doentes e a entrada de ajuda humanitária.

Após a revolução egípcia, que eclodiu em 25 de janeiro e desembocou na renúncia de Hosni Mubarak, o novo Governo egípcio se comprometeu a revisar a situação da passagem de Rafah a fim de aliviar o bloqueio israelense contra a faixa palestina.

A decisão adotada na última quarta-feira exime de visto prévio as mulheres palestinas de todas as idades, os homens menores de 18 anos e os maiores de 49 anos.

Também não precisarão de visto os palestinos que estudam em universidades egípcias e aqueles que cruzarem Rafah para receber tratamento médico no Egito.

A medida beneficia também as famílias palestinas de Gaza que usam Rafah para viagem de retorno ou saída a um terceiro país, com a condição de mostrarem passaportes da ANP (Autoridade Nacional Palestina) e vistos dos países que visitarão.

Um dia após ser conhecida a decisão egípcia, o Conselho Europeu decidiu estender sua missão de assistência na passagem fronteiriça de Rafah entre Gaza e Egito (Eubam, na sigla em inglês) até 31 de dezembro.

Em 4 de maio, o Fatah e o Hamas puseram fim a quatro anos de divisão, em cerimônia no Cairo na qual anunciaram oficialmente a assinatura do acordo de reconciliação palestina e, duas semanas depois, retomaram as negociações para a formação de um governo de união nacional.

http://www.cartacapital.com.br/politica ... nentemente

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Qui Jun 02, 2011 8:04 pm
por FOXTROT
terra.com.br

Israel diz que empregará firmeza para proteger suas fronteiras
02 de junho de 2011

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira que deu às forças de segurança "instruções claras" para que atuem "com comedimento, mas com a firmeza necessária" perante uma eventual chegada em massa de manifestantes a suas fronteiras no domingo.

"Como qualquer outro país no mundo, Israel vigiará e defenderá suas fronteiras. Portanto, minhas instruções são claras: atuar com comedimento, mas com a firmeza necessária para proteger nossas fronteiras, nossas localidades e nossos cidadãos", disse Netanyahu em uma conferência sobre alta tecnologia em Jerusalém, segundo um comunicado de seu escritório.

Após o sucesso das ações do último dia 15 na comemoração da Nakba - quando centenas de manifestantes de Líbano, Síria, Faixa de Gaza e Cisjordânia se dirigiram às fronteiras com Israel -, grupos pró-palestinos convocaram novos atos para o próximo domingo, por ocasião da Naksa, o início da ocupação israelense em 1967.

Netanyahu responsabilizou nesta quinta-feira "Irã, Síria, Hezbollah e Hamas" pelas "provocações" na comemoração da Nakba, na qual 15 pessoas morreram: dez na fronteira libanesa, uma no norte de Gaza e outras quatro nas Colinas de Golã, onde cerca de 180 manifestantes conseguiram atravessar a cerca de separação e entrar na área controlada por Israel.

Por isso, o Exército israelense se prepara para enfrentar no domingo uma nova chegada em massa de manifestantes, incluindo refugiados palestinos.

"Estamos prontos para qualquer coisa que possa ocorrer", disse à Agência uma fonte do Exército que preferiu se manter no anonimato.

O militar afirmou que as Forças de Defesa de Israel estiveram nas últimas duas semanas "vigiando as fronteiras norte e sul do país e avaliando a situação em Judéia e Samaria (nomes bíblicos para o território palestino ocupado da Cisjordânia)".

Além disso, a cerca foi reparada e reforçada com arame farpado e foram estabelecidos mais postos de vigilância.

O jornal "Haaretz" informou nesta sexta-feira que as fronteiras com a Síria e o Líbano serão reforçadas com tropas na sexta-feira e no sábado, sobretudo nas regiões onde há maior potencial de atrito.

O Executivo de Netanyahu avisou que responsabilizará os Governos de Beirute e Damasco se voltarem a ser registrados episódios como os de 15 de maio, afirmou o serviço de notícias israelense Ynet.

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Seg Jun 06, 2011 9:42 am
por Clermont
PELO MENOS 23 MANIFESTANTES DE GOLAN MORTOS, 350 FERIDOS QUANDO TROPAS ISRAELENSES ABRIRAM FOGO - EUA: Israel tem o direito de atirar em manifestantes.

Por Jason Ditz, 5 de junho de 2011.

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Soldados israelenses atacaram manifestantes ao longo da fronteira síria com as ocupadas Colinas de Golan, matado pelo menos 23 manifestantes e ferindo cerca de 350 outros. Os manifestantes estavam marchando para comemorar o 44º aniversário da invasão de Golan em 1967.

O Departamento de Estado americano declarou estar "profundamente preocupado" com a marcha de protesto e disse que Israel tem o direito "como qualquer nação soberana" de defender-se atirando em manifestantes. Figuras da oposição israelense culparam soldados "de gatilho fácil" pelo grande número de baixas.

Israel conquistou as Colinas de Golan em 1967, juntamente com a Margem Ocidental, Jerusalém Oriental, a Faixa de Gaza e a Península do Sinai. Embora, eventualmente Israel tenha devolvido o Sinal (sob condições) ao Egito, e simplesmente muralhado Gaza, eles tem descartado deixar, seja o Golan ou a Margem Ocidental.

Esta é a segunda vez em menos de um mês que tropas israelenses atacam e matam grande número de manifestantes ao longo das fronteiras setentrionais. Em meados de maio, soldados mataram cerca de 20 manifestantes comemorando a Nakba, a expulsão de palestinos de território israelense. A comemoração é ilegal em Israel.