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Re: Sobre o KC-390
Enviado: Ter Fev 12, 2013 6:22 pm
por general-lee
Acredito que no inicio sera em torno de 40 unidades,ja é alguma coisa.....
Re: Sobre o KC-390
Enviado: Ter Fev 12, 2013 7:09 pm
por FCarvalho
Fato é que se os clientes que são os parceiros de risco confirmarem as suas compras, então pelo menos a produção de 60 unidades já está de bom tamanho. E em tempo, poderá facilitar outras exportações.
Por enquanto, ficamos a espera do canto da sereia de Argentinos, Colombianos, Chilenos, Checos e Portugueses. E quem sabe sul-africanos e franceses e até mesmo suecos.
A ver.
abs
Re: Sobre o KC-390
Enviado: Ter Fev 12, 2013 9:22 pm
por helio
FCarvalho e Bourne
Devemos lembrar que o projeto inicial do KC-390 era da EMBRAER, e não um RFP da FAB.
É evidente que um projeto neste sentido é muito bem vindo para a FAB, daria um upgrade danado para a Força, daí a liberação de investimento para o projeto.
Entretanto, ainda não somos um país que com apenas uma encomenda interna garanta a sobrevivencia de um produto militar, quando se trata de aviões.
O tempo dos Universal, Regente, Uirapuru já foram, a tecnologia necessária para projetar um avião é muitissimo mais cara. Hoje, para que o mercado interno seja suficiente para dar lucro a uma empresa como a EMBRAER a encomenda deve ser de centenas. Não tenho idéia quanto tempo uma industria como a EMBRAER pode manter a linha de produção ativa mesmo sem encomendas.
Eu insisto no ponto estudo de viabilidade de mercado, pois o sucesso dele de exportação depende de mercado, e comparado com o Super tucano, vcs podem ter certeza que o mercado é bem menor.
Hoje e nos proximos dez anos o mercado projetado é muito pequeno, lembrem-se que no começo a EMBRAER iria aproveitar as asas do EMB-190 e hoje as coisas mudaram, já não é aquele avião baratinho de construir, e duvido que ele custe menos do que o C-130J como o estudo inicial projetava.
Abraços
Hélio
Re: Sobre o KC-390
Enviado: Ter Fev 12, 2013 10:22 pm
por sapao
Na verdae foi um interesse de ambos. A FAB possuia uma necessidade e a EMBRAER viu a oportunidade.
O custo de centenas ou milhares para sustentar o projeto não é algo realtivo, isso seria muito amadorismo de alguem que é a 3 fabricante de aeronaves no mudo; pode ter certeza que se a FAB encomendou 28 é porque esse é o breakingpoint, assim como no A-29 eram 99.
Sobre o tamanho do mercado, baseado em que fatos você aponta que o mercado é menor? Eu diria que muito pelo contrário, baseado no numero de operadores de C-130; de A-29 não teria nem como medir pois NÃO existe similar no mercado em operação, ele foi desenvolvido com base em uma estimativa.
Sobre o preço, eu já disse que fé eu não discuto. Porem não acho que uma empresa de capital aberta vá deixar de abrir suas operações a seus investidores, muito menos se o que ele produz extrapola a verba destinada para isso.
Re: Sobre o KC-390
Enviado: Qua Fev 13, 2013 10:09 am
por helio
sapao escreveu:Na verdae foi um interesse de ambos. A FAB possuia uma necessidade e a EMBRAER viu a oportunidade.
O custo de centenas ou milhares para sustentar o projeto não é algo realtivo, isso seria muito amadorismo de alguem que é a 3 fabricante de aeronaves no mudo; pode ter certeza que se a FAB encomendou 28 é porque esse é o breakingpoint, assim como no A-29 eram 99.
Sobre o tamanho do mercado, baseado em que fatos você aponta que o mercado é menor? Eu diria que muito pelo contrário, baseado no numero de operadores de C-130; de A-29 não teria nem como medir pois NÃO existe similar no mercado em operação, ele foi desenvolvido com base em uma estimativa.
Sobre o preço, eu já disse que fé eu não discuto. Porem não acho que uma empresa de capital aberta vá deixar de abrir suas operações a seus investidores, muito menos se o que ele produz extrapola a verba destinada para isso.
Sapão bom dia!
Discordo que o numero de 28 represente o break even point( ou ponto de equilibrio). Este numero é o que a FAB necessita. Para poder dizer que há mais encomendas inventaram esta loucura de que o KC-390 iria equipar a forta do ECT.
O Projeto só ficou viável depois da injeção de verbas governamentais( R$2 bilhões se não me engano), entretanto após mostrar os requisitos que a FAB necessita, o projeto mudou completamente e seus custos idem.
O requisito de 99 aviões foi o que a FAB necessitava, não corrspondendo necessáriamente o break even point da EMBRAER. Mesmo porque o Super Tucano já tinha sido desenvolvido para outra finalidade (da concorrencia dos EUA) e o custo de projeto estava parcialmente amortizado.
Sobre o tamanho do mecado:
Conforme vc mesmo se baseou, se analisarmos o numero de operadores de C-130, parece um mercado enorme. Entretanto destes operadores quantos deles adquiriram C-130( E,H) novos de fábrica?( Até o Brasil nas ultimas compras não tem se enquadrado neste universo).
Destes poucos paises que adquiriam C-130 novos quantos já substituiram por C-130J? Quase todos, e estes não irão adquirir modelos similares por um periodo de pelo menos 20 anos. Em caso de necessitar de mais aviões a tendencia natural é a de adquirir mais do mesmo modelo e não de trocar de modelo. Se o C-130J fosse um modelo citicado, até poderia ser, mas não parece ser o caso.
O A-29, tinha sim um mercado grande quando foi lançado, e isto foi detectado.
São países que operam COIN com baixo orçamento, aviões como T-28D, OV-10, Tucano e A-37, ....e foi o que aconteceu, o Super Tucano emplacou em Burkina Faso, Angola, Republica Dominicana, etc.... e vai emplacar na Guatemala e masi uma dezena de paises.
Quanto ao ultimo paragrafo, o preço é importante pois além deste item, o custo operacional vai ser o grande determinante para poder exportar. No inicio o estudo esclarecia que estes dois quesitos seriam menores do que o do C-130J, entretanto após atenderem os quesitos da FAB, modificando completamente o avião, duvido que isto se mantenha. E tem mais, com a venda de inumeros C-130J, o preço dele está ficando menor.
A EMBRAER por ser uma empresa de capital abero, é de se imaginar que tenha o foco no lucro, entretanto, nos ultimos meses a mídia impressa noticiou que o Conselho desta industria estava em vias de substituir seu presidente, por falta de coragem para iniciar uma nova linha de montagem para uma familia de jatos comerciais maiores para concorrer com a Boeing e Airbus. O que deu uma sobrevida ao presidente atual foi a recente venda bilionária de jatos comerciais para uma cia aérea norte-americana.
Se os acionistas cobram resultados, os tecnicos também deveriam apresentar dados críveis, o que para mim não foi o caso do KC-390
Um abraço
Hélio
Um abraço
Re: Sobre o KC-390
Enviado: Qua Fev 13, 2013 10:57 am
por FCarvalho
A Embraer especificou no inicio do projeto, uma aeronave com custo de aquisição em torno de US 50 milhões. Um C-130J para a USAF estava saindo por US 85 milhões, por estes dias. Mas este preço obviamente não é o cobrado para as vendas externas.
Considerando-se que a Embraer tenha pessoas qualificadas para determinar até onde a variação dos custos de desenvolvimento da aeronave podem influenciar o custo final da mesma, sem necessariamente impactar em demasiado na proposta original, de forma a manter uma certa margem de perspectiva de variação de custos, para mais ou para menos, suponho que a FAB, também ciente disto, devem ter determinado qual a variação mais aceitável para este mesmo custo - de desenvolvimento, produção e aquisição - a fim de não se extrapolar a capacidade, e a disposição, de compra do governo, e nem a possibilidade de exportação.
Neste sentido, acredito que a FAB/GF poderá se dispor a pagar por um preço que não extrapole mais do que 10% a 15%, numa variação fora da curva, do valor inicial previsto, com base nessa margem de variação de custos, para a aquisição da aeronave. Neste sentido, ainda com base neste exemplo, poderia-se chegar a uma aeronave com custo final de aquisição entre US 55 e 57,5 milhões. Ainda bem dentro daquilo que se buscou na proposta original e bem dentro da perspectiva também de oferecer no mercado externo um produto que seja melhor em termos gerais do que seu possível concorrente mais próximo, e ainda disponha de custos de aquisição/operação aceitáveis para a maioria dos operadores de C-130E/H, que de outra maneira, não teriam interesse, e nem condições, de trocar os seus turbohélices por um cargueiro a jato que não trouxesse substancial vantagem seja em relação a mais nova versão daquele, seja por uma compra de "novos" Hércules usados.
Da mesma forma assim a FAB, e particularmente o GF, sabendo as coisas como são aqui, dificilmente irão aceitar uma discrepância tão grande do custo final de aquisição daquelas aeronaves, sob o risco de tornar o projeto como um todo alvo de questionamentos e de inquirições por parte de quem quer que seja.
Quero acreditar que a Embraer, que não é amadora e nem nada no ramo, tenha em mente todas estas minhas arguições, e que já tenha demandado todas elas em acordo com a própria FAB/GF a fim de se garantir que o projeto chegue a bons termos.
Em sendo assim, se o objetivo básico, que é produzir um cargueiro a jato que possa concorrer, com vantagens, financeira e técnica, pelo mercado de aeronaves na categoria do C-130 Hércules, puder ser mantido o mais próximo possível do proposito original, parabéns e, lucro com certeza para a Embraer e para a FAB, que souberam administrar um projeto de tal complexidade com a maior celeridade e profissionalidade. O contrário disso, é a viúva arcar, mais uma vez, com os óbices da gastança pública do erário nacional. Mas eu acho que com isso todos nós já estamos acostumados.
abs.
Re: Sobre o KC-390
Enviado: Qua Fev 13, 2013 11:17 am
por helio
FC Carvalho
Excelente comentário!
Tomara que suas previsões sejam realizadas, embora na minha analise seja de que infelizmente o mercado do KC que já era pequeno quando lançado, diminuiu ainda mais nos ultimos 5 anos. Este fator exogeno da crise mundial deveria também ser colocado como possibilidade. Afinal foi este fator, (encolhimento de mercado devido ao fim da guerra fria) segundo os defensores do AMX, foi um dos principais fatores do fracasso na exportação. Todos sabemos que isto é apenas uma meia-verdade.
Abraço
Hélio
Re: Sobre o KC-390
Enviado: Qua Fev 13, 2013 11:48 am
por sapao
helio escreveu:
Sapão bom dia!
Discordo que o numero de 28 represente o break even point( ou ponto de equilibrio). Este numero é o que a FAB necessita. Para poder dizer que há mais encomendas inventaram esta loucura de que o KC-390 iria equipar a forta do ECT.
O Projeto só ficou viável depois da injeção de verbas governamentais( R$2 bilhões se não me engano), entretanto após mostrar os requisitos que a FAB necessita, o projeto mudou completamente e seus custos idem.
O requisito de 99 aviões foi o que a FAB necessitava, não corrspondendo necessáriamente o break even point da EMBRAER. Mesmo porque o Super Tucano já tinha sido desenvolvido para outra finalidade (da concorrencia dos EUA) e o custo de projeto estava parcialmente amortizado.
Sobre o tamanho do mecado:
Conforme vc mesmo se baseou, se analisarmos o numero de operadores de C-130, parece um mercado enorme. Entretanto destes operadores quantos deles adquiriram C-130( E,H) novos de fábrica?( Até o Brasil nas ultimas compras não tem se enquadrado neste universo).
Destes poucos paises que adquiriam C-130 novos quantos já substituiram por C-130J? Quase todos, e estes não irão adquirir modelos similares por um periodo de pelo menos 20 anos. Em caso de necessitar de mais aviões a tendencia natural é a de adquirir mais do mesmo modelo e não de trocar de modelo. Se o C-130J fosse um modelo citicado, até poderia ser, mas não parece ser o caso.
O A-29, tinha sim um mercado grande quando foi lançado, e isto foi detectado.
São países que operam COIN com baixo orçamento, aviões como T-28D, OV-10, Tucano e A-37, ....e foi o que aconteceu, o Super Tucano emplacou em Burkina Faso, Angola, Republica Dominicana, etc.... e vai emplacar na Guatemala e masi uma dezena de paises.
Quanto ao ultimo paragrafo, o preço é importante pois além deste item, o custo operacional vai ser o grande determinante para poder exportar. No inicio o estudo esclarecia que estes dois quesitos seriam menores do que o do C-130J, entretanto após atenderem os quesitos da FAB, modificando completamente o avião, duvido que isto se mantenha. E tem mais, com a venda de inumeros C-130J, o preço dele está ficando menor.
A EMBRAER por ser uma empresa de capital abero, é de se imaginar que tenha o foco no lucro, entretanto, nos ultimos meses a mídia impressa noticiou que o Conselho desta industria estava em vias de substituir seu presidente, por falta de coragem para iniciar uma nova linha de montagem para uma familia de jatos comerciais maiores para concorrer com a Boeing e Airbus. O que deu uma sobrevida ao presidente atual foi a recente venda bilionária de jatos comerciais para uma cia aérea norte-americana.
Se os acionistas cobram resultados, os tecnicos também deveriam apresentar dados críveis, o que para mim não foi o caso do KC-390
Um abraço
Hélio
Um abraço
O projeto para a concorrencia nos EUA era completamente diferente do A-29, e o pedido de incio do projeot já havia sido iniciado antes disso. O custo estava amortizado devido ao proprio projeto do T-27, desde a decada de 80.
O numero 99 não veio somente das necessidades da FAB, tanto é assim que a partir do numero 100 ela passou a receber royalties pela venda que estaria pagando além dos custos de desenvolvimento do projeto; da mesma maneira que irá acontecer (acredito eu) a partir do 28 KC-390. Tanto o A-29 como o EC-725 mostraram essa tendencia, do GF pagar pelo projeto.
O mercado de aeronaves COIN era piada entre especialistas quando o A-29 foi projetado, tanto é que ele foi feito para ser tambem treinador avançado, com bastante enfase nesse quesito. O que fez ele virar estrela foram as atuações na Colombia e as mudanças Doutrinarias dos EUA, que levam a reboque um mundo de gente.
C-130 E,H de fábrica? Posso estar errado, mas a linha de produção deles já está encerrada faz algum tempo; tanto é que o Brasil mesmo quando comprou teve que pegar usado.
Quase todos substituiram por C-130J? Exatamente o contrário, está todo mundo modernizando os velhos modelos simplesmente porque o J é extremamente caro; poucos países puderam arcar com essa substituição (e quase a totalidade deles dentro do FMS, o que tira qualquer possibilidade de analisar isso do ponto de vista de mercado).
Quer ver só: a EMBRAER estima em algumas centenas o numero de C-130 em operação, qual a carteira de encomendas do C-130J atualmente?
E como já disse, voce ACHA que o preço vai ser bem maior do que o previsto, eu ACHO que não; a resposta só em 2016.
Sobre as ´´especulações´´ na midia, para mim são isso: especulações. E eu pessoalmente acho que concorrer diretamente com as duas gigantes do setor seria um erro, mas não acho que seja o topico aqui. Nesse caso, porque você acusa os tecnicos de não apresentarem dados criveis aos seus acionistas, crime aqui no Brasil?
Re: Sobre o KC-390
Enviado: Qua Fev 13, 2013 12:24 pm
por Cassio
O KC-390 é um projeto de desenvolvimento pago pelo GF.
100% do desenvolvimento é pago pelo GF (lembre-seque este está pagando a Embraer alguns bilhões para desenvolver e produzir dois protótipos). A compra de aeronaves de série é outro contrato, a ser firmado.
Então o KC-390 é uma forma da empresa desenvolver tecnologia, gerar aprendizado, e fornecer ao GF uma aeronave que atenda a seus requisitos, gerando no país empregos e tecnologia.
Quando a aeronave entrar em série, os aviões da FAB terão um bom desconto, e a cada exportação a FAB receberá royalties.
Então para a Embraer uma eventual falta de encomendas não implica em grande prejuízo, já que o projeto foi pago pelo GF. Muito pior é pagar um projeto com dinheiro do seu caixa e dar com os burros n´água (como aconteceria caso os EJet´s fossem um fracasso comercial).
Quanto aos custos do projeto, foi divulgado a algum tempo atrás que os custos de desenvolvimento estavam abaixo do inicialmente previsto. Já quanto aos custos de produção (que impactarão no preço da aeronave) nada foi divulgado... então vamos ver.
No meu modo de ver se os protótipos voarem, se seu desempenho estiver de acordo com o especificado pela FAB, e se esta comprar as 28 aeronaves prometidas... e só, o KC-390 já terá sido um enorme sucesso.
Sim a empresa fez um estudo de mercado até bem conservador para o KC-390, mas o mercado militar é diferente do civil, e pressões políticas são muito mais intensas, além da mudança de cenários regionais e até globais gerar maiores impactos nas previsões.
Mas ainda teremos de esperar uns bons anos pela frente... até lá é pura especulação.
Cassio
Re: Sobre o KC-390
Enviado: Qua Fev 13, 2013 1:11 pm
por helio
sapao escreveu:helio escreveu:
Sapão bom dia!
Discordo que o numero de 28 represente o break even point( ou ponto de equilibrio). Este numero é o que a FAB necessita. Para poder dizer que há mais encomendas inventaram esta loucura de que o KC-390 iria equipar a forta do ECT.
O Projeto só ficou viável depois da injeção de verbas governamentais( R$2 bilhões se não me engano), entretanto após mostrar os requisitos que a FAB necessita, o projeto mudou completamente e seus custos idem.
O requisito de 99 aviões foi o que a FAB necessitava, não corrspondendo necessáriamente o break even point da EMBRAER. Mesmo porque o Super Tucano já tinha sido desenvolvido para outra finalidade (da concorrencia dos EUA) e o custo de projeto estava parcialmente amortizado.
Sobre o tamanho do mecado:
Conforme vc mesmo se baseou, se analisarmos o numero de operadores de C-130, parece um mercado enorme. Entretanto destes operadores quantos deles adquiriram C-130( E,H) novos de fábrica?( Até o Brasil nas ultimas compras não tem se enquadrado neste universo).
Destes poucos paises que adquiriam C-130 novos quantos já substituiram por C-130J? Quase todos, e estes não irão adquirir modelos similares por um periodo de pelo menos 20 anos. Em caso de necessitar de mais aviões a tendencia natural é a de adquirir mais do mesmo modelo e não de trocar de modelo. Se o C-130J fosse um modelo citicado, até poderia ser, mas não parece ser o caso.
O A-29, tinha sim um mercado grande quando foi lançado, e isto foi detectado.
São países que operam COIN com baixo orçamento, aviões como T-28D, OV-10, Tucano e A-37, ....e foi o que aconteceu, o Super Tucano emplacou em Burkina Faso, Angola, Republica Dominicana, etc.... e vai emplacar na Guatemala e masi uma dezena de paises.
Quanto ao ultimo paragrafo, o preço é importante pois além deste item, o custo operacional vai ser o grande determinante para poder exportar. No inicio o estudo esclarecia que estes dois quesitos seriam menores do que o do C-130J, entretanto após atenderem os quesitos da FAB, modificando completamente o avião, duvido que isto se mantenha. E tem mais, com a venda de inumeros C-130J, o preço dele está ficando menor.
A EMBRAER por ser uma empresa de capital abero, é de se imaginar que tenha o foco no lucro, entretanto, nos ultimos meses a mídia impressa noticiou que o Conselho desta industria estava em vias de substituir seu presidente, por falta de coragem para iniciar uma nova linha de montagem para uma familia de jatos comerciais maiores para concorrer com a Boeing e Airbus. O que deu uma sobrevida ao presidente atual foi a recente venda bilionária de jatos comerciais para uma cia aérea norte-americana.
Se os acionistas cobram resultados, os tecnicos também deveriam apresentar dados críveis, o que para mim não foi o caso do KC-390
Um abraço
Hélio
Um abraço
O projeto para a concorrencia nos EUA era completamente diferente do A-29, e o pedido de incio do projeot já havia sido iniciado antes disso. O custo estava amortizado devido ao proprio projeto do T-27, desde a decada de 80.
O numero 99 não veio somente das necessidades da FAB, tanto é assim que a partir do numero 100 ela passou a receber royalties pela venda que estaria pagando além dos custos de desenvolvimento do projeto; da mesma maneira que irá acontecer (acredito eu) a partir do 28 KC-390. Tanto o A-29 como o EC-725 mostraram essa tendencia, do GF pagar pelo projeto.
O mercado de aeronaves COIN era piada entre especialistas quando o A-29 foi projetado, tanto é que ele foi feito para ser tambem treinador avançado, com bastante enfase nesse quesito. O que fez ele virar estrela foram as atuações na Colombia e as mudanças Doutrinarias dos EUA, que levam a reboque um mundo de gente.
C-130 E,H de fábrica? Posso estar errado, mas a linha de produção deles já está encerrada faz algum tempo; tanto é que o Brasil mesmo quando comprou teve que pegar usado.
Quase todos substituiram por C-130J? Exatamente o contrário, está todo mundo modernizando os velhos modelos simplesmente porque o J é extremamente caro; poucos países puderam arcar com essa substituição (e quase a totalidade deles dentro do FMS, o que tira qualquer possibilidade de analisar isso do ponto de vista de mercado).
Quer ver só: a EMBRAER estima em algumas centenas o numero de C-130 em operação, qual a carteira de encomendas do C-130J atualmente?
E como já disse, voce ACHA que o preço vai ser bem maior do que o previsto, eu ACHO que não; a resposta só em 2016.
Sobre as ´´especulações´´ na midia, para mim são isso: especulações. E eu pessoalmente acho que concorrer diretamente com as duas gigantes do setor seria um erro, mas não acho que seja o topico aqui. Nesse caso, porque você acusa os tecnicos de não apresentarem dados criveis aos seus acionistas, crime aqui no Brasil?
Espera um pouco, vc diz que o Super Tucano estava amortizado devido ao projeto do T-27. O Tucano para os EUA não era um desenvolvimento do T-27? Então porque o projeto americano é totalmente diferentre do Super tucano? Ele é muito mais parecido com o Super Tucano do que com o T-27. Quanto ao pagamento do projeto é natural que o GF tenha dado, mas não quer dizer que o brake even seja a partir do 99° avião.
Se o mercado de COIN era piada como vc diz, eles são muito mais cegos do que previa. Qualquer tecnico com algum conhecimento no mercado militar enxergava isto: paises que necessitavam substituir seus aviões COIN, mas queriam um com baixo custo operacional e tecnologia moderna. Se vc contar paises da America Latina, Africa, Oceania e verificar qual deles operam aviões deste tipo necessitando de urgente substituição verá que a conta é grande. Tanto é que o UNICO país que adquiriu o Super Tucano para ser utilizado como treinador foi o Chile.
Os paises que adquiriram C-130E e H novos quando estava em produção são muito menores do que os que adquiriram usados.Que eu saiba a produção do Hercules nunca cessou, sendo substituido pelo J lá pelo ano 2000
Os que podem comprar um novo já adquiriram, vou citar alguns deles de cabeça: Inglaterra, Canadá, Austrália, Arabia Saudita(estes em processo de produção), Holanda, Noruega,Dinamarca, Coréia do Sul,Itália, Israel, etc... mais de 200 já produzidos, apesar de caros.
Quanto a administração da EMBRAER, não está fora do assunto, pois para fazer um jato maior é necessário um avião com maior parte de material composto, tecnologia que a EMBRAER está tentando desenvolver, e justamente o que o KC-390 necessita. A proposta inicial dispensava este composto em partes vitais do avião, pois usava asas do EMB-190, com o aumento da capacidade , foi necessário uma nova asa, e consequentemente um novo custo. Só na porta traseira, gastaram uma verdadeira fortuna para tentar utilizar um que abre lateralmente( parecido com o Starlifter), simplesmente não conseguiram, e terão que voltar para o velho sistema do C-130, que dificulta a entrada de blindados com muita altura. Parece fácil, para uma industria que é a terceira do mundo como vc escreveu, mas projetar um avião militar não é simples assim.
A apresentação de um relatório errado considero sim um crime, um desrespeito ao acionista, entretanto como se trata de equipamento militar, eles nunca vão admitir que erraram, e pode-se mascarar um eventual fracasso com inumeras muletas: crise mundial, contingenciamento de verbas, mudança na geopolitica,etc...
Como vc acha que a Airbus estaria tentando explicar aos acionistas o imenso atraso e a fuga dos compradores do A400?
A margem de lucro de uma produção de avião militar é justamente maior (pelo menos 4 vezes a do mercado civil) pelas dificuldades de venda e do custo do projeto, muita coisa vira fundo perdido....
Abraço
Hélio
Re: Sobre o KC-390
Enviado: Qua Fev 13, 2013 1:16 pm
por helio
Cassio escreveu:O KC-390 é um projeto de desenvolvimento pago pelo GF.
100% do desenvolvimento é pago pelo GF (lembre-seque este está pagando a Embraer alguns bilhões para desenvolver e produzir dois protótipos). A compra de aeronaves de série é outro contrato, a ser firmado.
Então o KC-390 é uma forma da empresa desenvolver tecnologia, gerar aprendizado, e fornecer ao GF uma aeronave que atenda a seus requisitos, gerando no país empregos e tecnologia.
Quando a aeronave entrar em série, os aviões da FAB terão um bom desconto, e a cada exportação a FAB receberá royalties.
Então para a Embraer uma eventual falta de encomendas não implica em grande prejuízo, já que o projeto foi pago pelo GF. Muito pior é pagar um projeto com dinheiro do seu caixa e dar com os burros n´água (como aconteceria caso os EJet´s fossem um fracasso comercial).
Quanto aos custos do projeto, foi divulgado a algum tempo atrás que os custos de desenvolvimento estavam abaixo do inicialmente previsto. Já quanto aos custos de produção (que impactarão no preço da aeronave) nada foi divulgado... então vamos ver.
No meu modo de ver se os protótipos voarem, se seu desempenho estiver de acordo com o especificado pela FAB, e se esta comprar as 28 aeronaves prometidas... e só, o KC-390 já terá sido um enorme sucesso.
Sim a empresa fez um estudo de mercado até bem conservador para o KC-390, mas o mercado militar é diferente do civil, e pressões políticas são muito mais intensas, além da mudança de cenários regionais e até globais gerar maiores impactos nas previsões.
então Cassio
vc acredita que o mercado do KC-390 é maior do que eles previram, vão vender para todos estes paises que em Hercules adquiridos de segunda mão?
Hélio
Mas ainda teremos de esperar uns bons anos pela frente... até lá é pura especulação.
Cassio
Re: Sobre o KC-390
Enviado: Qua Fev 13, 2013 6:08 pm
por Sabre
Boa tarde,
Não existe a figura do "break even point" quando um projeto é totalmente financiado pelo governo, como foi o caso do A-29, e como é o caso do KC-390. Este conceito se aplica apenas aos projetos financiados pela própria empresa, como é o caso das aeronaves civis.
Exportar aeronaves interessa ao governo porque gera divisas e empregos. O que não é pouca coisa.
Os royalties são insignificantes.
O preço cobrado pela Embraer pelos trabalhos de desenvolvimento do KC-390 já tem embutido os seus lucros. A Embraer não está trabalhando "à risco".
Portanto, caso não seja vendido nenhum KC-390 para outro cliente além da FAB, a Embraer não terá nenhum prejuízo. Apenas uma frustração de receitas.
Sabre
Re: Sobre o KC-390
Enviado: Qua Fev 13, 2013 7:33 pm
por general-lee
Muito bem: esta é a resposta coreta,que eu queria ver aqui amigo Sabre,seja bem vindo ao forum.. abraços
Re: Sobre o KC-390
Enviado: Qua Fev 13, 2013 9:43 pm
por helio
Sabre escreveu:Boa tarde,
Não existe a figura do "break even point" quando um projeto é totalmente financiado pelo governo, como foi o caso do A-29, e como é o caso do KC-390. Este conceito se aplica apenas aos projetos financiados pela própria empresa, como é o caso das aeronaves civis.
Exportar aeronaves interessa ao governo porque gera divisas e empregos. O que não é pouca coisa.
Os royalties são insignificantes.
O preço cobrado pela Embraer pelos trabalhos de desenvolvimento do KC-390 já tem embutido os seus lucros. A Embraer não está trabalhando "à risco".
Portanto, caso não seja vendido nenhum KC-390 para outro cliente além da FAB, a Embraer não terá nenhum prejuízo. Apenas uma frustração de receitas.
Sabre
Sabre
Desculpe, ( por favor,sem nenhuma intenção de ofender) mas esta é uma visão pragmática e simplista.
Mesmo tendo sido financiado o projeto, geralmente todos os projetos militares dos grandes fabricantes são assim, o financiamento engloba principalmente pesquisa, desenvolvimento, montagem da linha de montagem, compra de equipamentos, e até treinamento de pessoal.
Se um projeto financiado após atender o pedido do governo terminar, e em caso de ter que encerrar a linha por não haver outros interessados, pode não ser um prejuizo para o governo, mas é um tremendo prejuizo para a fábrica. Ela vai ter que desmobilizar todo material humano, modificar as instalações para que sejam aproveitadas para um outro projeto, tentar reaproveitar de todo maquinário sofisticado que foi utilizado.
Para se montar a linha de montagem do KC-390 terá que ser construido um galpão totalmente novo, em Gavião Peixoto, a centenas de quilometros de S.J.dos Campos, contratar pessoal da região e treiná-los. Se a linha de montagem terminar depois de 28 aviões entregues, a FAB está satisfeita mas e a fábrica? Vai demitir esta mão de obra especializada? Vai transferir para onde?para São José?
E o ônus de ter produzido um "one hit wonder", um avião que só serviu para um cliente como fica para EMBRAER?
Isto que escrevi são apenas alguns dos parametros para o calculo de um custo de um produto para a empresa, e consequentemente computados no ponto de equilibrio de um produto quer seja um avião , um carro ou até uma edição de um livro.
A EMBRAER tem este numero? Com certeza sim, mas veja que ao divulgar o malfadado Estudo de Viabilidade de Mercado nos releases durante o lançamento do projeto do avião , eles previam um "modesto" mercado de 695 aviões para nada menos que 77 países. Dá para acreditar? Se tinham um mercado gigante como este, para que ter que declarar que o ECT iria encomendar os KC-390?
Por ultimo, a FAB também seria prejudicada com o encerramento pre-maturo da linha, pois aumentaria ainda mais os custos, caso quisesse desenvolver outros produtos derivados deste avião,o introduzir melhoramentos nos modelos em operação. Vide o AMX com o upgrade, o custo dele e o tempo de demora. É muito trabalho para pouco dinheiro para a EMBRAER.
Um abraço
Hélio
Re: Sobre o KC-390
Enviado: Qua Fev 13, 2013 11:58 pm
por FCarvalho
Olha só, eu quero crer que a Embraer, uma empresa fabricante de turbo-hélices, que nunca tinha projetado um jato na vida, quando lançou o E-145, a quase vinte anos atrás, e viu um tanto nada pequeno de gente no governo e fora dele só faltar arrancar a pele do Maurício Botelho à época, e deu no que deu. Assim também, a família E-Jets quando muita gente não acreditava lá estas coisas em aeronaves para um mercado entre 70-120 pax's daria certo, e também deu no que deu.
Então, penso eu aqui nas minha ignorância, que se a empresa entendeu, ou vislumbrou, como queiram, a possibilidade de produzir um avião que fosse capaz de competir, não de igual para igual com o Hércules, é porque devem haver motivos sólidos e bastante convincentes, até mesmo para a incondicional omissão e negligência governamental brasileira na área de defesa, é porque então os caras devem estar, no mínimo, perto de acertar a aposta com o KC-390. Tanto que a FAB até comprou a idéia.
E admitamos. Este ou qualquer outro governo jamais iria se dispor a colocar R$ 3,5bi neste projeto, apenas e tão somente pelos lindos olhos azuis que índio ou sobrevivente de enchente nenhum neste país tem. E menos ainda pela consciência de ver a FAB bem equipada e modernizada. Muito pelo contrário. Sabemos quais são as prioridades quanto a FAB no momento. Elas estão sempre baseadas no planalto central.
Ademais, como todo projeto militar no qual o governo embarcou, com lucro ou sem lucro, a coisa vai ter de ir até o fim. Do contrário sabe-se dos perigos e intranquilidades geradas pelos indiscretos holofotes da mídia tupiniquim.
Em 2016 vamos saber se pagamos bem os 50-60 milhões por 28 mais exportações do KC-390's, ou se os 80-110 por meras 28 unidades valerão a pena ou não. Ou mais uma CPI.
abs