Fórum Defesa Brasil

LeandroGCard escreveu:
Eu?

Eu não tenho nenhuma explanação não, só o que sei é que o os próprios alemães (e o Chile) já estão no Leo-2 há muito tempo, e existem vários outros carros por aí com velocidade, blindagem e armamento superiores, mas aí já é super-trunfo.

O que estranhei foi a idéia de que o EB teria decidido pela aquisição do Leo-1 A5 só porque já tinha um lote de Leo-1 BE, que por sua vez teria sido comprado só porque estava barato. Se for assim o fato do EB agora estar "padronizado" pelo Leo-1 A5 é só uma questão circunstancial, e não uma decisão técnica, tática ou estratégica. Isto não soa estranho não?

Mas não tenho nenhuma informação de alguém ligado ao exército para saber se é isso mesmo, o comentário original não foi meu.


Leandro G. Card

É claro que soa, mas é a mais pura realidade, infelizmente.

O mesmo vale para a aquisição por parte da MB de equipamentos como as T-22 e inclusive o A-12.

Quando não se possui garantias de recursos, apela-se para este tipo de decisão. Comprando equipamentos usados, com um elevado custo de manutenção, que não atendem completamente as necessidades da força, mas que possuem um custo que aquisição muito baixo..

Para a MB era o A-12, ou os A-4 ficariam a vida toda parados.
Para o EB era o Leopard1A5, ou o fim dos blindados medios/pesados sobre lagarta.

Observe a lista de blindados do EB e verá que a situação estava muito, mas muito complicada, a ponto de se partir para uma decisão muito contestada, sem embasamento técnico, mas que para o EB, foi a solução mais simples para solucionar um grave problema que tenderia a entrar em colapso.

O Leopard 1A5 é o blindado ideal para o EB? Claro que não. Mas era a melhor solução naquele momento. Assim como é o A-12.

gaitero escreveu:

DELTA22 escreveu:Ok, então.

Pesquise por que foi escolhido o Leo 1A5 no EB. Depois agente conversa sobre o T-84.

[]'s.

Porque ele foi escolhido, você sabe?

Ah, é fácil... compara as características do Osório (carro cujos parâmetros foram ditados pelo EB como o ideal para seu MBT) com as do Leopard 1 (tanto o A1, quanto o A5) e entenderás. Outra: pesquise sobre nossas estradas, pontes, viadutos, linhas férreas, etc e quetales... vai encontrar algumas respostas sobre o uso de blindados no BR e alguns dos "porquês" de não se usar MBTs acima de determinadas tonelagens aqui. A escolha dos Leo-1 pelo EB não se restringe apenas a questões orçamentárias!!

[]'s.

knigh7 escreveu:

Bolovo escreveu: Porque é o que temos e é o que sabemos fazer atualmente. E não é fraco. As munições flecha israelenses 105mm que queremos fabricar em Juiz de Fora são suficientes fortes para derrotar qualquer blindagem existente atualmente no mundo, imagine então comparado com a vizinhança.

Para uma munição flecha (ou APFSDS) poder penetrar numa blindagem moderna como a Chobhan (presente no Abrams e no Challenger) ou a Kontakt (T-90 e T 84) é necessário que se imprima no projétil uma energia cinética mínima de 18 MJ.
Um MBT moderno, com munição de 120 mm, consegue imprimir entre 9 e 11 MJ com Vo entre 1600 e 1800m/s. Está se tentando aumentar a Vo para 2100m/s a fim de imprimir entre 14 e 15 MJ.

O canhão de 105 mm da nossa nova VBTP, de alta velocidade, terá um desempenho similar a um canhão de 120mm. Portanto, cerca entre 9 e 11 MJ de energia cinética de munição APFSDS, incapaz de penetar no futuro T-90S Venezuelano.


Abraços

Faltou citar a distancia. Uma coisa é um disparo em um alvo a 3000 metros, e outra coisa é o mesmo disparo, no mesmo alvo, a 1500 metros, não?

Outra coisa é o carro inimigo esperar você chegar nessa distância com sua blindagem de casca de ovo.
Míssil lançado do tubo do CC, seria uma solução para aumentar o alcance contra um MBT pesadão destes.

Rey: Perú está a punto de comprar tanques chinos

Lima (AP). El ministro de Defensa, Rafael Rey, dijo el martes que el Perú tiene la firme intención de comprar tanques de fabricación china dentro del plan para recuperar la capacidad disuasiva de las Fuerzas Armadas.

“Es casi segura esa posibilidad y hoy verán desfilar una versión de esos tanques”, dijo Rey.

Perú realiza hoy un desfile militar por 185 aniversario de la batalla de Ayacucho y el 188 aniversario de la creación del ejército de Perú.

No obstante, el ministro precisó que los tanques que Perú desea adquirir “no van a ser de la misma versión de los que hoy se mostrarán sino otros de mayor equipamiento”.

El diario “La República” publicó el lunes que el gobierno de China entregó al ejército peruano cinco unidades del tanque modelo MBT 2000 en calidad de “prueba y exhibición precisamente en momentos en que Perú se encuentra en la última etapa de selección del carro de combate que reemplazará a los viejos T-55 soviéticos”.

Rey no precisó el número de unidades que Perú piensa adquirir, pero el diario limeño sostiene que el proyecto peruano “es contar con 80 ó 120” carros de combate.

Técnicos del ejército de Perú también han evaluado otras propuestas de tanques de fabricación alemana, rusa, ucraniana y polaca.

MODERNIZACIÓN DE ARMAMENTO
El lunes el jefe del ejército peruano, comandante general Otto Guibovich, dijo en ceremonia castrense que su instituto armado “modernizará sus herramientas y conceptos, y transformará sus estructuras, para hacerlas compatible con las exigencias del nuevo siglo”.

A fines de noviembre, el congreso de Perú aumentó en 20% el presupuesto del 2010 para el sector Defensa que será de unos 1.783 millones de dólares.

Rey dijo a la AP que el aumento del presupuesto “es fundamentalmente para proveer del equipamiento indispensable y de tecnología moderna a los combatientes en el Valle de los ríos Apurímac y Ene (VRAE) que es en este momento la primera prioridad que tienen las Fuerzas Armadas”.

OPERACIÓN EN EL VRAE
En una zona inhóspita del VRAE, remanentes del grupo terrorista Sendero Luminoso conviven con narcotraficantes y hostilizan a las fuerzas armadas a las que han ocasionado al menos 41 muertos en emboscadas y ataques.

El VRAE produce el 60% de la cocaína fabricada en Perú, segundo productor mundial del alcaloide después de Colombia.

Perú emprendió en octubre una campaña internacional de no agresión y la reducción de gastos militares en la región, al mismo tiempo que sus autoridades gubernamentales precisaron que mantendrán la modernización de sus fuerzas armadas.

http://elcomercio.pe/noticia/378885/...tanques-chinos
--------------------------------------------------------------
[]'s a todos.

O Al Khalid? Sempre pensei que o Peru iria pegar alguns T-72 russos...

LeandroGCard escreveu: O Leo 1A5 foi escolhido por já termos os Leo 1BE, pelo preço barato, pela oportunidade de ocasião, etc.

Espere agora um pouquinho.

Quer dizer que o principal critério para a escolha do nosso MBT padrão foi o fato circunstancial de que anteriormente havíamos encontrado um lote de modelos mais antigos sendo vendidos “bem baratinho”, e não considerações técnicas e operacionais?

Tem certeza?


Leandro G. Card[/quote]

Foi isso mesmo. Mas não é preciso lembrar de como as coisas funcionavam. Era mais ou mnos na base do "gasta logo se não perde o crédito".
Quando o EB comprou os LEO 1 A1 foi uma compra de desespero. E como tudo feito no improviso foi uma compra mal feita. O que era barato acabou foi saindo caro. Muito dinheiro teve que ser gasto na formação de pessoal, ferramentas etc. Mas mesmo com essa compra mal feita nós aprendemos muito e foi um bom salto para nós.
Quando o EB comprou os LEO 1 A5 a coisa já foi diferente. Houve um estudo. A logistica já estava praticamente montada. Mas a politica de defesa era a mesma.

Existem outros blindados no mercado? Sim, todo mundo esta careca de saber. Mas vamos trocar de novo de linha? Formar todo pessoal de novo? Comprar ferramental, equipamentos e tudo mais?

Dá para imaginar a fortuna que sairia essa aventura? Além do mais, pelo menos na minha opinião, a linha do LEO é uma das melhores opções para nós. E além do mais, o EB não esta com essa corda toda agora que as coisas estão começando a funcionar, imagina na epoca que os LEO estavam a venda.

Guerra escreveu:

LeandroGCard escreveu: Espere agora um pouquinho.

Quer dizer que o principal critério para a escolha do nosso MBT padrão foi o fato circunstancial de que anteriormente havíamos encontrado um lote de modelos mais antigos sendo vendidos “bem baratinho”, e não considerações técnicas e operacionais?

Tem certeza?


Leandro G. Card

Foi isso mesmo. Mas não é preciso lembrar de como as coisas funcionavam. Era mais ou mnos na base do "gasta logo se não perde o crédito".
Quando o EB comprou os LEO 1 A1 foi uma compra de desespero. E como tudo feito no improviso foi uma compra mal feita. O que era barato acabou foi saindo caro. Muito dinheiro teve que ser gasto na formação de pessoal, ferramentas etc. Mas mesmo com essa compra mal feita nós aprendemos muito e foi um bom salto para nós.
Quando o EB comprou os LEO 1 A5 a coisa já foi diferente. Houve um estudo. A logistica já estava praticamente montada. Mas a politica de defesa era a mesma.

Existem outros blindados no mercado? Sim, todo mundo esta careca de saber. Mas vamos trocar de novo de linha? Formar todo pessoal de novo? Comprar ferramental, equipamentos e tudo mais?

Dá para imaginar a fortuna que sairia essa aventura? Além do mais, pelo menos na minha opinião, a linha do LEO é uma das melhores opções para nós. E além do mais, o EB não esta com essa corda toda agora que as coisas estão começando a funcionar, imagina na epoca que os LEO estavam a venda.

Preferiria o Leo 2 também, Guerra.
Quando o Chile comprou esses carros, fiquei na maior inveja.

Alcantara escreveu:

knigh7 escreveu:

Para uma munição flecha (ou APFSDS) poder penetrar numa blindagem moderna como a Chobhan (presente no Abrams e no Challenger) ou a Kontakt (T-90 e T 84) é necessário que se imprima no projétil uma energia cinética mínima de 18 MJ.
Um MBT moderno, com munição de 120 mm, consegue imprimir entre 9 e 11 MJ com Vo entre 1600 e 1800m/s. Está se tentando aumentar a Vo para 2100m/s a fim de imprimir entre 14 e 15 MJ.

O canhão de 105 mm da nossa nova VBTP, de alta velocidade, terá um desempenho similar a um canhão de 120mm. Portanto, cerca entre 9 e 11 MJ de energia cinética de munição APFSDS, incapaz de penetar no futuro T-90S Venezuelano.


Abraços

Faltou citar a distancia. Uma coisa é um disparo em um alvo a 3000 metros, e outra coisa é o mesmo disparo, no mesmo alvo, a 1500 metros, não?

Sim, há mais variáveis. Essas dados que tenho vem de um artigo de alguns anos atrás de 2 oficiais superiores do CTEx. Não citaram a distância. Mas a efetividade no 1º disparo continua sendo perseguida, fazendo com que os deptos de engenharia joguem na segurança. Basta observar que o canhão do T-95 terá um calibre 152mm.
Para penetrar nessas blindagens modernas, ou os departamentos de engenharia estão investindo no aumento da Vo ou então no aumento do calibre dos MBTs, como é o caso da Uralvagonzavod para o T-95.

Atenciosamente,

knigh7 escreveu:

Alcantara escreveu: Faltou citar a distancia. Uma coisa é um disparo em um alvo a 3000 metros, e outra coisa é o mesmo disparo, no mesmo alvo, a 1500 metros, não?

Sim, há mais variáveis. Essas dados que tenho vem de um artigo de alguns anos atrás de 2 oficiais superiores do CTEx. Não citaram a distância. Mas a efetividade no 1º disparo continua sendo perseguida, fazendo com que os deptos de engenharia joguem na segurança. Basta observar que o canhão do T-95 terá um calibre 152mm.
Para penetrar nessas blindagens modernas, ou os departamentos de engenharia estão investindo no aumento da Vo ou então no aumento do calibre dos MBTs, como é o caso da Uralvagonzavod para o T-95.

Atenciosamente,

Isso é um anocronismo, não existe sentido, basta um coquetel molotov para destruir um tanques desses. Combate entre MBT´s sozinhos é coisa do passado, o campo de batalha está coalhado de RPG`S e mísseis AT. Todos mortíferos ou suficiente para deixar qualquer um desses mostrinhos fora de combate. O futuro dos MBT não é aumentar o peso, tamanho e o calibre de canhões. Eles são presas fáceis para os Helos AT. O futuro aponta para MBT´s de no máximo 50 toneladas, com canhões iguais ou menores que os atuais, ou usando outros tipos de armas.

Não é necessário vencer a blindagem, basta deixar os sistemas de mira destruídos ou destruir suas lagartas, esse é o problema desses super MBT´s, existe pontos muito fracos nesses reis da blindagem.

[]´s

PRick,

O T-95 pesa 46 Ton
O aumento do calibre ou da Vo do canhão não gera aumento de peso.
O que ocorre é que os T-95 armazenarão uma quantidade um pouco menor de munição no veiculo. A torre não é tripulada. Tem apenas 2 tripulantes: o motorista e o atirador.

Guerra escreveu:
Foi isso mesmo. Mas não é preciso lembrar de como as coisas funcionavam. Era mais ou mnos na base do "gasta logo se não perde o crédito".
Quando o EB comprou os LEO 1 A1 foi uma compra de desespero. E como tudo feito no improviso foi uma compra mal feita. O que era barato acabou foi saindo caro. Muito dinheiro teve que ser gasto na formação de pessoal, ferramentas etc. Mas mesmo com essa compra mal feita nós aprendemos muito e foi um bom salto para nós.
Quando o EB comprou os LEO 1 A5 a coisa já foi diferente. Houve um estudo. A logistica já estava praticamente montada. Mas a politica de defesa era a mesma.

Existem outros blindados no mercado? Sim, todo mundo esta careca de saber. Mas vamos trocar de novo de linha? Formar todo pessoal de novo? Comprar ferramental, equipamentos e tudo mais?

Dá para imaginar a fortuna que sairia essa aventura? Além do mais, pelo menos na minha opinião, a linha do LEO é uma das melhores opções para nós. E além do mais, o EB não esta com essa corda toda agora que as coisas estão começando a funcionar, imagina na epoca que os LEO estavam a venda.

Aliás, só para completar: mesmo se a gente tivesse nos RCC um MBT moderno, compraria esses Leo 1A5, que iriam para os RCB: estão saindo baratos para nós também, e dessa vez, ao contrário dos Leo 1BE, eles estão vindo num um pacote bem feito, com treinamento, peças de reposição, etc.

Menos mal então.

Eu quero Leo 2A4 (ou A5+++++++) para os RCC, Leo 1A5 para os RCB e Marder para os BIB. É sonhar muito muito mesmo?

Essa notícia é coisa unilateral, ou então pode ser algum blindado AAé. Eles tem??? MBT agora eu acho pouco provável, não impossível, mas pouco provável, e se for positivo seria a participação no desenvolvimento, agora veículo sobre rodas eu considero IMPOSSÍVEL, e é justamente o ponto que torna a notícia meio difícil de engolir.

Agora, sobre o momento, é o que á disseram, esse é o momento pra tudo no EB. Existem os substitutos dos Leo 1A1 (BE) e do M-113 para serem pensados, sendo o segundo com uma urgência meio grande, mas ainda temos a Art AAé, Art AP, modernização da infantaria, enfim, é muita coisa pra ser revista...