CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

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rodrigo
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3046 Mensagem por rodrigo » Qui Mar 24, 2011 11:49 am

Explodiram um ponto de ônibus e mataram uma inglesa! Pena, foram 7 anos sem atentados depois da construção do muro.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3047 Mensagem por Enlil » Ter Mar 29, 2011 10:24 am

Atualizado em 29 de março, 2011 - 09:33 (Brasília) 12:33 GMT

Israel revogará cidadania de quem cometer 'deslealdade' contra o Estado

Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil

O Parlamento de Israel aprovou, na noite desta segunda-feira, a chamada Lei da Cidadania e da Lealdade, que estabelece a revogação da cidadania de israelenses que forem considerados culpados de crimes de traição, espionagem e terrorismo.

A lei, de autoria do partido de extrema direita Israel Beitenu (liderado pelo chanceler Avigdor Lieberman), altera a lei da Cidadania de Israel e, pela primeira vez na História do país, estipula condições segundo as quais é possível revogar o direito de cidadania.

Segundo a lei, cidadãos israelenses "que forem condenados por crimes de espionagem, atos de terror, ajuda ao inimigo em tempos de guerra e serviços em favor de forças inimigas" poderão ter seus direitos de cidadãos revogados pela Suprema Corte de Israel.

Condenados que tenham dupla cidadania perderão a israelense totalmente; os que tiverem apenas a cidadania israelense ganharão status semelhante ao de estrangeiros residentes no país, sem direito a voto ou passaporte, por exemplo.

Lema

O lema "não há cidadania sem lealdade" foi adotado pelo Israel Beitenu durante a campanha eleitoral, há cerca de dois anos.

O deputado David Rotem, autor do projeto de lei, afirmou que "todos aqueles que traírem o Estado e cometerem atos de terrorismo contra seus cidadãos saberão que a lealdade é inseparável da cidadania ".

O chanceler Lieberman declarou que "quem prejudicar o Estado não pode usufruir da cidadania. A lei aprovada no Parlamento nos ajudará a enfrentar aqueles que abusam da democracia para tentar sabotá-la".

Já deputados de partidos de esquerda e de partidos que representam os cidadãos árabes de Israel condenaram a nova lei, argumentando que ela corrói a democracia israelense ao impor condições ao direito básico da cidadania.

"A concepção dos autores dessa lei é de que a revogação da cidadania fará parte de um sistema de punição ao comportamento dos cidadãos", afirmou o deputado Dov Hinin, do partido de esquerda Hadash.

Hinin mencionou que "até no caso de Yigal Amir (assassino do primeiro-ministro Itzhak Rabin) a cidadania não foi revogada", argumentando que a nova lei vai afetar principalmente os cidadãos árabes-israelenses.

"Por que não sugerem revogar a cidadania de um ex-presidente condenado por estupro?", perguntou Hinin, se referindo ao ex-presidente Moshe Katsav, condenado recentemente a sete anos de prisão por crimes de estupro e assédio sexual.

Direitos de aposentadoria

Ainda na noite da segunda-feira, o Parlamento votou em favor da revogação dos direitos de aposentadoria do ex-deputado Azmi Bishara.

Bishara, que era lider do partido Balad, fugiu de Israel há cerca de três anos, depois de ser acusado de espionagem em favor do grupo xiita libanês Hezbollah.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... l_gf.shtml




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3048 Mensagem por Sterrius » Ter Mar 29, 2011 1:04 pm

so eu achei alguns exemplos no minimo muito subjetivos?

Esta lei ta destinada ao abuso.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3049 Mensagem por P44 » Ter Mar 29, 2011 1:32 pm

Faz-me lembrar uns tipos, lá para o meio da Europa, que nos anos 30 do século passado também retiravam a cidadania a um certo grupo de gente :roll: :roll:




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3050 Mensagem por rodrigo » Ter Mar 29, 2011 1:42 pm

Israel devia adotar o que seus vizinhos fazem com quem comete ´´deslealdade`` contra o estado.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3051 Mensagem por FOXTROT » Ter Mar 29, 2011 9:12 pm

terra.com.br

Facebook fecha página que incitava violência contra judeus
29 de março de 2011 • 20h00 • atualizado às 20h08

O Facebook fechou uma página nesta terça-feira que incitava palestinos a "pegarem armas e agirem" contra Israel. O fechamento da página veio depois de pedidos de israelenses e do governo do país. As informações são da Associated Press.

A página tinha 350 mil fãs e foi apagada. Ela pedia para os palestinos pegarem em armas no próximo dia 15 de maio e começarem uma revolução contra Israel. Intitulada Third Palestianian Intifada, a página dizia: "O dia do julgamento será trazido para nós uma vez que os muçulmanos matem todos os judeus."

O Facebook afirmou que não agiu antes porque a página começou como um "protesto pacífico", apesar do termo "Intifada", que em árabe quer dizer "revolta" e é frequentemente usado em movimentos para contra a presença de Israel nos territórios ocupados.

O fato destacou como o Facebook tem tido que se envolver no gerenciamento de conflitos políticos, tentando estabelecer um equilibrio entre liberdade de expressão e proteção contra discursos de ódio.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3052 Mensagem por rodrigo » Qui Abr 07, 2011 3:07 pm

Sistema antimísseis de Israel intercepta foguete de Gaza pela 1ª vez

O sistema antimísseis de curto alcance israelense Domo de Ferro interceptou nesta quinta-feira (7), pela primeira vez, um foguete lançado da Faixa de Gaza, quando o projétil passava pela cidade de Ashkelon.

Uma fonte militar israelense confirmou que o foguete palestino foi derrubado pelo sistema antimísseis, que entrou em operação no dia 27 de março.

Imagem

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/ ... vez-1.html




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3053 Mensagem por marcelo l. » Seg Abr 18, 2011 4:46 pm





"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3054 Mensagem por Clermont » Seg Abr 18, 2011 7:26 pm

ISRAEL TORNOU-SE UM ESTADO COLONO.

Uri Avnery - 18.04.11.

Outro dia, o todo-poderoso Serviço de Segurança Geral (Shabak, o antigo Shin Bet) precisava de um novo patrão. É uma função tremendamente importante, já que nenhum ministro ousa contrariar o aconselhamento do chefe do Shabak nos encontros de gabinete.

Havia um candidato óbvio, conhecido, apenas, com J. But, até que, no último momento , o "lobby" dos colonos foi mobilizado. Como diretor do "departamento judaico", J. tinha botado alguns terroristas judeus na prisão. Portanto, sua candidatura foi rejeitada e, em vez dele, Yoram Cohen, um usuário de quipá, queridinho dos colonos, foi nomeado.

Isto aconteceu no mês passado. Um pouco antes, o Conselho de Segurança Nacional também precisou de um novo chefe. Sob pressão dos colonos, o general Yaakov Amidror, antigamente, o mais elevado oficial usuário de quipá no Exército, um homem de visões, abertamente, ultranacionalistas, ganhou o emprego.

O vice-chefe de estado-maior do Exército é um usuário de quipá, caro aos colonos, um antigo chefe do Comando Central que inclui a Margem Ocidental.

Algumas semanas atrás, escrevi que o problema pode não ser a anexação da Margem Ocidental por Israel, mas a anexação de Israel pelos colonos da Margem Ocidental.

Alguns leitores reagiram com pilhérias. Parecia uma tirada humorística.

Não era.

Chegou o momento para examinar este processo, seriamente: Israel estaria caindo vítima de uma tomada hostil pelos colonos?

Primeiro de tudo, o termo "colonos" em si mesmo, precisa ser examinado.

Formalmente, não há nenhum problema. Os colonos são israelenses vivendo além da fronteira de 1967, a Linha Verde. ("Verde" neste caso não tem conotação ideológica. Só calhou de ser a cor escolhida para distinguir linhas nos mapas.)

Números são inflacionados ou deflacionados, de acordo com as necessidades de propaganda. Mas pode ser presumido que há cerca de 300 mil colonos na Margem Ocidental e uns adicionais 200 mil, se tanto, na Jerusalém Oriental. Os israelenses, normalmente, não chamam os de Jerusalém de "colonos", colocando-os numa categoria diferente. Mas, naturalmente, colonos eles são.

Mas, quando falamos dos Colonos no contexto político, falamos de uma comunidade muito maior.

É verdade, nem todos os colonos são Colonos. Muita gente nos assentamentos da Margem Ocidental foi para lá sem qualquer motivação ideológica, somente porque poderia construir suas vilas dos sonhos por, praticamente nada, com uma pituresca visão dos minaretes árabes ao fundo. São estes a quem o presidente do Conselho dos Colonos, Danny Dayan, se referia, quando, numa conversa secreta (recentemente vazada) com um diplomata americano, reconheceu que poderiam, facilmente, serem persuadidos a voltarem para Israel, se o dinheiro fosse justo.

Entretanto, todas estas pessoas tem um interesse no status quo, e, doravante, apoiarão os reais Colonos, na luta política. Como diz o provérbio judaico, se você começa cumprindo um mandamento pelas razões erradas, acabará cumprindo-o pelas certas.

Mas, o campo dos "colonos" é muito, muito maior.

A totalidade do chamado movimento "nacional-religioso" está em total apoio dos colonos, sua ideologia e seus objetivos. E não admira - o empreendimento colonial surgiu de suas entranhas.

Isto precisa ser explicado. O movimento "nacional-religioso" era, originariamente, uma pequena facção da judiaria religiosa. O grande campo ortodoxo via no sionismo, uma aberração e pecado hediondo. Já que Deus havia exilado os judeus de Sua terra devido aos seus pecados, apenas Ele - através de seu Messias - tinha o direito de trazê-los de volta. Os sionistas, portanto, colocam-se acima de Deus e impedem a vinda do Messias. Para os ortodoxos, o ideal sionista de uma "nação" judaica secular ainda é uma abominação.

Entretanto, uns poucos religiosos judeus juntaram-se ao nascente movimento sionista. Eles permaneceram uma curiosidade. Os sionistas mantinham a religião judaica em desprezo, como tudo o mais pertencente à Diáspora judaica (galut - exílio, um termo pejorativo na terminologia sionista). Crianças (como eu mesmo) eram levadas, nas escolas sionistas, antes do Holocausto, a olharem de cima para baixo pessoas que "ainda" eram religiosas.

Isto, também, coloriu nossa atitude para com os sionistas religiosos. O verdadeiro trabalho de construir nosso futuro "Estado Hebreu" (nunca falávamos sobre um "Estado Judeu") era feito por ateus socialistas. O kibbutzim e o moshavim, aldeias comunais e cooperativas, tanto como os movimentos juvenis de "pioneiros", que foram os fundamentos de todo o empreendimento, eram, na maioria, socialistas tolstoianos, alguns deles, até mesmo marxistas. Os poucos religiosos eram marginalizados.

Nesta época, nos anos 1930-1940, poucos jovens usavam o quipá em público. Eu não lembro de um único membro do Irgun, a organização militar ("terrorista") a qual eu pertencia, usando um quipá - embora houvesse certo número de membros religiosos. Eles preferiam quépis ou boinas menos chamativos.

O partido nacional-religioso (originariamente chamado Mizrahi-Oriental) desempenhou um papel menor na política sionista. Ele era, decididamente, moderado em assuntos nacionais. No histórico confronto entre o "ativista" David Ben-Gurion e o "moderado" Moshe Sharett, nos anos 1950, eles, quase sempre, se alinharam com Sharett, colocando Ben-Gurion na parede.

Ninguém prestava muita atenção, entretanto, ao que estava ocorrendo sob a superfície - no movimento jovem nacional-religioso, Bnei Akiva e seus Yeshivot. Lá, fora das vistas do público geral, um perigoso coquetel de sionismo ultranacionalista e uma agressiva religião "messiânica" tribal, estava fermentando.

A estrondosa vitória do exército israelense na Guerra dos Seis Dias de 1967, após três semanas de extrema ansiedade, marcaram um ponto de virada para este movimento.

Aqui estava tudo com o que sonharam: um milagre dado por Deus, o coração da histórica Eretz Israel (a Margem Ocidental) ocupada, "O Monte do Templo está em nossas mãos!" como um general, sem fôlego, relatou.

Como se alguém tivesse puxado a rolha, o movimento jovem nacional-religioso escapou da garrafa e transformou-se numa força nacional. Eles criaram o Gush Emunim ("Bloco dos Fiéis"), o centro do dinâmico empreendimento dos assentamentos, nos novos "territórios libertados".

Isto tem de ser entendido: para o campo nacional-religioso, 1967 foi, também, um momento de libertação dentro do campo sionista. Como a Bíblia (Salmo 117) profetizou: "A pedra que os construtores desprezaram, tornou-se a pedra angular." O desprezado movimento jovem nacional-religioso e o kibbutzim saltaram para o centro do palco.

Enquanto o velho movimento kibbutz socialista estava morrendo de exaustão ideológica, seus membros tornando-se ricos vendendo terras agrícolas para os tubarões da especulação imobiliária, o movimento nacional-religioso ergueu-se, em total vigor ideológico, imbuído com fervor espiritual e nacional, pregando um credo judeu pagão, de lugares santos, pedras santas e túmulos santos, mesclado com a convicção de que todo o país pertencia aos judeus e que "estrangeiros" (querendo dizer, os palestinos, que viviam aqui há mais de 1.300, se não 5.000 anos) deveriam ser chutados para fora.

A maioria dos israelenses de hoje nasceu ou imigrou depois de 1967. O estado de ocupação é a única realidade que conheceram. O credo dos colonos, para eles, parece uma verdade auto-evidente. Pesquisas mostram um número crescente de jovens israelenses para os quais democracia e direitos humanos são palavras vazias. Um estado judeu significa um estado que pertence aos judeus e somente a eles; ninguém mais tem qualquer assunto aqui.

Este clima criou um cenário político dominado por um conjunto de partidos de direita, dos racistas de Avigdor Lieberman aos seguidores, abertamente fascistas, do finado rabino Meir Kahane - todos eles, totalmente subservientes aos colonos.

Se é verdade que o Congresso dos Estados Unidos é controlado pelo lobby israelense, então, este lobby é controlado pelo governo israelense, que é controlado pelos colonos. (Como na brincadeira sobre o ditador que disse: o mundo tem medo de nosso país; o país tem medo de mim; eu tenho medo de minha mulher; minha mulher tem medo de um rato. Portanto, quem domina o mundo?)

Portanto, os colonos podem fazer o que quiserem: construir novos assentamentos e aumentar os existentes, ignorar a Suprema Corte, dar ordens ao Knesset e ao governo; atacar seus "vizinhos", sempre que tiverem vontade, matar crianças árabes que jogam pedras, arrancar oliveiras, queimar mesquitas. E seu poder cresce aos saltos.

A tomada de um país civilizado por combatentes de fronteira mais duros não é, de forma alguma, extraordinária. Pelo contrário, é um fenômeno histórico freqüente. O historiador Arnold Toynbee fornece uma longa lista.

A Alemanha foi, por um longo tempo, dominada pelo Östmark ("Marcas Orientais"), que se tornaram a Áustria. O culturalmente avançado interior alemão caiu sob o avanço dos mais primitivos, porém mais duros, prussianos, cuja terra natal nem era parte da Alemanha, afinal de contas. O Império russo foi formado por Moscou, originariamente, uma vila primitiva nas cercanias.

A regra parece ser que, quando um país civilizado se torna mimado pela cultura e riquezas, uma raça mais dura, menos mimada e mais primitiva, corre das orlas e domina, como a Grécia foi dominada pelos romanos e Roma foi dominada pelos bárbaros.

Isto pode acontecer conosco. Mas não precisa. A democracia secular israelense ainda tem um bocado de força nela. Os assentamentos ainda podem ser removidos. (Num futuro artigo, tentarei demonstrar como.) A Direita religiosa ainda pode ser rechaçada. A ocupação, que é a mãe de todos os males, ainda pode ser encerrada.

Mas, para isto, temos de reconhecer o perigo - e fazer algo sobre ele.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3055 Mensagem por FOXTROT » Qua Mai 04, 2011 12:48 pm

O egito parece que rompeu a coleira....
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Netanyahu chama acordo palestino de "golpe para a paz"
04 de maio de 2011 • 11h03

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, qualificou nesta quarta-feira em Londres de "tremendo golpe para a paz" o acordo de reconciliação palestino assinado nesta quarta-feira no Cairo entre os líderes dos movimentos palestinos Fatah e Hamas.

"O que aconteceu hoje no Cairo é um tremendo golpe para a paz e uma grande vitória para o terrorismo", declarou Netanyahu aos jornalistas durante uma visita de um dia a Londres, onde deve se reunir com o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

O presidente palestino Mahmud Abbas, líder do partido Fatah, e o chefe do gabinete político do movimento radical Hamas, Khaled Mechaal, oficializaram nesta quarta-feira no Cairo o acordo de reconciliação assinado na terça-feira, que encerra a divisão entre Cisjordânia e Faixa de Gaza e abre o caminho para a celebração de eleições gerais palestinas em um ano.

Netanyahu lembrou que o Hamas condenou a operação americana que matou o líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, no Paquistão.

"Há três dias, o terrorismo sofreu uma grande derrota com a eliminação de Bin Laden. Hoje no Cairo teve uma vitória quando Abu Mazen (Abbas), o líder da Autoridade Palestina, abraçou o Hamas, uma organização que há alguns dias condenou a ação americana contra Bin Laden (...) ou que está comprometida com a destruição de Israel", acrescentou o premier.

"A única maneira de alcançar a paz é se nossos vizinhos quiserem a paz. Os que querem nos eliminar, os que praticam terror contra nós não são sócios para a paz", concluiu Netanyahu.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3056 Mensagem por FOXTROT » Sex Mai 13, 2011 12:09 pm

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Grande manifestação no Cairo em apoio ao povo palestino
13 de maio de 2011 •

Milhares de pessoas reuniram-se nesta sexta-feira na simbólica praça Tahrir do Cairo para mostrar a unidade entre cristãos e muçulmanos e o apoio do povo egípcio à causa palestina.
O dia, batizado como "Sexta-feira da união nacional e de apoio à causa palestina", foi convocado por causa dos choques sectários que no sábado mataram 15 pessoas no Cairo, e pelo aniversário da "Naqba", (Tragédia), como os árabes denominam a fundação do Estado de Israel em 1948.

A praça Tahrir, epicentro da revolução egípcia que forçou a queda do regime do presidente Hosni Mubarak em 11 de fevereiro, foi cenário de uma grande manifestação na qual predominaram as bandeiras egípcias e palestinas, explicou à Agência Efe um dos participantes da concentração.

Os protestos no Cairo têm dois objetivos, por um lado pedir o fim da tensão confessional no Egito, e por outro reivindicar a libertação dos territórios palestinos ocupados por Israel.

Para marcar o 63º aniversário da Naqba, foi organizada também a partir da praça Tahrir, uma manifestação em direção à Faixa de Gaza, para mostrar solidariedade ao povo palestino.

O secretário-geral da Coalizão de Jovens da Revolução, Mustafa Riga, anunciou, em declarações à agência oficial de notícias "Mena", que 20 ônibus partirão entre esta sexta-feira e o sábado da praça e de Medinat Nasser, no nordeste do Cairo.

A ideia da iniciativa, organizada por vários dos grupos surgidos a partir da revolução, é entrar em Gaza no próximo domingo pela passagem de fronteira de Rafah.

Dezenas de pessoas protestaram também em frente à embaixada de Israel no Cairo para pedir a abertura permanente de Rafah e o fechamento da embaixada e a expulsão do embaixador.

Embora Egito e Israel tenham assinado acordo de paz em 1979, as relações sempre foram frias. Agora, no entanto, o clima voltou a ficar tenso diante da postura favorável ao grupo islamita palestino Hamas das novas autoridades egípcias.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3057 Mensagem por FOXTROT » Dom Mai 15, 2011 10:31 pm

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Abbas diz que "sangue derramado não será em vão"
15 de maio de 2011

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, afirmou neste domingo, em discurso transmitido pelo Dia da Nakba, que o "sangue derramado pela liberdade dos palestinos não será em vão".

"A vontade do povo é mais forte que o poder das forças opressivas", disse ao referir-se às pelo menos 15 pessoas que morreram neste domingo nos protestos do dia que lembra o exílio e a perda de terras pela criação em 1948 do Estado de Israel.

Além das mortes, 210 pessoas ficaram feridas, segundo a última apuração de vítimas, nas incontáveis manifestações que foram realizadas em Gaza, Cisjordânia, Síria e Líbano. O Exército israelense reprimiu os protestos a tiros quando os manifestantes, em sua maioria palestinos de campos de refugiados, se aproximaram da fronteira, que atacaram os soldados com pedras.

Em Gaza, uma pessoa morreu e 70 ficaram feridas, enquanto na Cisjordânia, 50 pessoas ficaram feridas, a maioria na passagem de Qalandia, entre Jerusalém e Ramala. Pelo menos outras 10 pessoas morreram e 112 sofreram ferimentos no sul do Líbano, e o resto - quatro mortes e cerca de 15 feridos - foi registrado na Síria.

Abbas destacou que a grande participação nos protestos demonstra "a determinação do povo palestino para conquistar a liberdade".




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3058 Mensagem por FOXTROT » Seg Mai 16, 2011 9:19 am

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Violência entre Israel e palestinos explode em três fronteiras
16 de maio de 2011

Tropas israelenses atiraram em manifestantes palestinos que avançavam em direção às fronteiras com a Síria, o Líbano e Gaza neste domingo, matando até 13 pessoas, no dia que os palestinos lamentam a criação de Israel em 1948.
Forças israelenses abriram fogo em três locais diferentes para impedir que multidões de manifestantes cruzassem as fronteiras, no pior confronto entre as partes em muitos anos.

Os incidentes aconteceram nas fronteiras com os três países para onde fugiram centenas de milhares de palestinos após o estabelecimento de Israel em 1948.

O Exército libanês na fronteira disse que dez palestinos morreram quando forças israelenses atiraram em manifestantes para evitar que eles entrassem no Estado judaico.

Fontes da segurança libanesa disseram que mais de 100 pessoas foram feridas durante o incidente na cidade libanesa de fronteira Maroun al-Ras.

O Exército de Israel disse que o Exército libanês também usou munição real numa tentativa de conter a multidão que corria em direção à cerca da fronteira.

Israel disse que os incidentes foram inspirados por provocações do Irã, cuja intenção seria explorar o sentimento nacionalista dos palestinos, alimentado pelas revoltas populares da "Primavera Árabe", e para tirar a atenção das revoltas internas na Síria, aliada do Irã.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que espera que os confrontos não aumentem.

"Esperamos que a calma e a tranquilidade voltem rapidamente. Mas que ninguém se iluda: estamos decididos a defender as nossas fronteiras e a nossa soberania", disse Netanyahu.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse num discurso televisionado para marcar a data que os mortos eram mártires da causa palestina.

"Seu sangue precioso não será desperdiçado. Ele foi derramado pela liberdade da nossa nação", disse Abbas.

Reportagens da mídia síria disseram que fogo israelense matou duas pessoas depois que dezenas de refugiados se infiltraram nas Colinas de Golã, ocupadas por Israel, através da Síria, ao longo de uma linha fronteiriça que tem sido há décadas muito tranquila.

Na tensa fronteira ao sul de Israel com a Faixa de Gaza, fogo israelense feriu 82 manifestantes que se aproximavam da cerca com o enclave governado pelo Hamas, disseram equipes médicas.

Em outro incidente, as forças israelenses disseram que atiraram em um homem que estava tentando colocar uma bomba perto da fronteira. Mais tarde, um corpo foi encontrado.

Em Tel Aviv, o centro comercial de Israel, um caminhão dirigido por um árabe-israelense bateu em dois veículos e em pedestres, matando um homem e ferindo 17 pessoas. A polícia estava tentando determinar se o incidente foi um acidente ou um ataque. Testemunhas disseram que o motorista, que foi preso, enlouqueceu e lançou o seu veículo deliberadamente.

A polícia jordaniana lançou gás lacrimogêneo no domingo para dispersar centenas de ativistas pró-palestinos que se reuniram em um vilarejo na fronteira com Israel.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3059 Mensagem por FOXTROT » Qui Mai 19, 2011 2:10 pm

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Obama: fronteiras de Israel e Palestina devem se basear em linhas de 1967
19 de maio de 2011

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira em seu discurso sobre o Oriente Médio que "as fronteiras de Israel e Palestina devem se basear nas linhas de 1967".
Em seu discurso no Departamento de Estado sobre os movimentos populares na região, Obama declarou que "o povo palestino deve ter o direito ao autogoverno, e a atingir seu potencial, em um Estado soberano e contíguo".




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3060 Mensagem por rodrigo » Qui Mai 19, 2011 3:18 pm

Israel cada vez mais isolado. E com radicais no poder. Eleitos.




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