CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3016 Mensagem por FOXTROT » Ter Jan 18, 2011 1:43 pm

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Medvedev afirma ser a favor de um Estado palestino
18 de janeiro de 2011

O presidente russo Dmitri Medvedev afirmou nesta terça-feira que é favorável à criação de um Estado palestino com Jerusalém Oriental como capital, durante um encontro com o dirigente palestino Mahmud Abbas em Jericó.

"Apoiamos a criação de um Estado palestino desde o século passado e a posição russa, ontem como hoje, é apoiar um Estado palestino independente com Jerusalém Orental como capital", disse Medvedev em uma coletiva de imprensa conjunta com Abbas.

A União Soviética reconheceu a declaração unilateral do Estado palestino pelo dirigente palestino histórico Yasser Arafat em novembro de 1988, em Argel.

Frente ao bloqueio persistente das negociações de paz com Israel, os dirigentes palestinos solicitaram recentemente a muitos países o reconhecimento do Estado palestino referente às fronteiras de junho de 1967, antes da guerra dos Seis Dias, uma reivindicação já cumprida por vários países latinos.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3017 Mensagem por Sterrius » Ter Jan 18, 2011 4:54 pm

Com a russia reconhecendo muito mais asiatico proximo deverá reafirmar o mesmo pra tentar gerar uma onda maior.

Ja que basicamente so a Europa e EUA não reconhecem.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3018 Mensagem por FOXTROT » Dom Jan 23, 2011 9:49 am

1º Piada de 2011 :evil: :evil: :evil:
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Ministro israelense elabora plano de Estado palestino interino
23 de janeiro de 2011

O ministro de Assuntos Exteriores israelense, Avigdor Lieberman, formulou uma iniciativa para o estabelecimento de um Estado palestino com fronteiras provisórias, sem a necessidade de evacuação das colônias judias, informa neste domingo o jornal "Haaretz".
Com base em fontes do Ministério de Assuntos Exteriores citadas pela publicação, Lieberman pretende assim "paralisar a situação existente nos territórios (palestinos), realizando mudanças menores".

A iniciativa pretende adiantar-se a um eventual reconhecimento internacional do Estado palestino pelas fronteiras de 1967 e reduzir a pressão sobre Israel transferindo o controle das áreas palestinas que de fato já controlavam sem evacuar as colônias judias do território ocupado.

"Depois que o Estado palestino for estabelecido com fronteiras provisórias, será possível retomar as negociações diplomáticas e talvez alcançar acordos sobre a transferência adicional de território", acrescentaram as fontes da Chancelaria israelense.

Lieberman já mostrou a iniciativa ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, embora ainda não tenha apresentado os mapas nos quais está projetado o Estado palestino com fronteiras provisórias.

O traçado também inclui uma rede de estradas e caminhos que conectaria as áreas sob controle palestino. Conforme as fontes diplomáticas israelenses, o mapa "fornece uma contiguidade territorial que permitirá que um Estado palestino com fronteiras provisórias seja viável".

Pelo projeto de Lieberman, que corresponde à segunda fase do Mapa de Caminho - o plano de paz da comunidade internacional aprovado por israelenses e palestinos em 2003 -, não inclui a evacuação de colônias judias nem a transferência de território adicional à Autoridade Nacional Palestina (ANP).

O Estado provisório compreende principalmente as zonas A e B da Cisjordânia, as já definidas pelos Acordos de Oslo. As primeiras estão sob controle pleno da ANP, enquanto as segundas só da população civil, embora não da segurança.

Estas áreas representam 42% do território ocupado da Cisjordânia, às quais a iniciativa de Lieberman poderia somar algo mais, até alcançar 45% e 50%.

A formulação do relatório está prevista para ser finalizada nas próximas semanas, após o qual Lieberman estuda enviá-lo ao Departamento de Estado e ao Congresso americano.

O presidente da ANP, Mahmoud Abbas, insistiu em repetidas ocasiões que não aceitará um Estado palestino com fronteiras provisórias.

Desde setembro, o processo de paz no Oriente Médio está estagnado, principalmente pela recusa israelense de frear a construção nos assentamentos judaicos.

Diante da detenção brusca na negociação os palestinos buscam há meses o reconhecimento internacional para um Estado com as fronteiras prévias à guerra de 1967.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3019 Mensagem por Brasileiro » Seg Jan 24, 2011 11:53 am

A Palestina não tem outra opção senão reivindicar seu território de forma integral.

Se ela aceitar uma fronteira provisória, isto será visto como um 'recuo' e ela correrá o risco de nunca mais conseguir os territórios que lhes são de direito.

Na minha experiência com movimentos sociais o que eu aprendi foi: Reivindique TUDO o que for direito reivindicar, JAMAIS aceitar soluções parciais, pois elas se tornam definitivas e são precedentes perigosos para futuras decisões.



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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3020 Mensagem por P44 » Ter Jan 25, 2011 11:00 am

o Nazi lieberman a definir a fronteira da palestina...que piada tão triste!




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3021 Mensagem por marcelo l. » Ter Jan 25, 2011 9:36 pm

Artigo do Haaratz

Ireland upgrades status of Palestinian mission to embassy
Palestinian delegation in Ireland will be upgraded to an official embassy, following France and Spain; U.K., Sweden, Belgium, Finland, Germany and Denmark expected to follow.

By Barak Ravid
Tags: Israel news Ireland Palestinians Middle East peace

The Irish government announced on Tuesday the decision to upgrade the Palestinian diplomatic status in the country to the status of an official embassy, joining a growing list of European countries that have made the same diplomatic move, including France and Spain.

Last month the Foreign Ministry ordered every Israeli envoy abroad to begin "urgent" diplomatic activity after reports reached Jerusalem that the Palestinian Authority was trying to persuade about a dozen European Union member states to upgrade the PA's diplomatic status

The Israeli assessment is that Britain, Sweden, Belgium, Finland, Germany, Denmark, Malta, Luxembourg, Austria and perhaps other states are considering a similar move.

In response to the announcement, the Foreign Ministry issued a statement saying that Israel expressed regret over Ireland's decision, adding that "we are not surprised by this move in light of the Ireland's longstanding slanted policy with regards to the Israel-Palestinian conflict."

"The Irish move does not help the peace process, as it strengthens the Palestinian illusion that the Palestinians can advance their interests without returning to the negotiations table,'" the Foreign Ministry statement read.

Meanwhile, Peru on Monday announced that it had recognized a Palestinian state, joining a growing number of Latin American countries in making an endorsement the United States has called premature.

Israel has warned that declarations by Brazil, Argentina, Chile, Uruguay, Bolivia, Ecuador and Guyana could undermine the Middle East peace process.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3022 Mensagem por rodrigo » Sex Jan 28, 2011 1:55 pm

Agora vai!

Paraguay reconoce a Palestina como estado libre e independiente

En un comunicado se aclararon varios puntos que motivaron el reconocimiento de Paraguay, como por ejemplo las relaciones diplomáticas que ambos países tienen desde marzo del 2005 mediante el intercambio de Notas Reversales, lo que implicó su reconocimiento.

“Palestina ejerce su representación diplomática ante nuestro país a través de su Embajada en Brasil, acreditada desde el 28 de mayo de 2009, y nuestra representación diplomática es ejercida a través de la Embajada nacional en Egipto desde el 29 de octubre de 2009”, explica la nota.

Pese a que Palestina no forma parte de la ONU, actúa como observador permanente, y a la fecha ya fue reconocido como estado por 108 países, 56% de los que integran la organización mundial.

Paraguay ha participado de forma activa en la solución del conflicto territorial entre Palestina e Israel, e incluso apoyó una condena a la ocupación israelí del territorio del nuevo estado.

La nota agrega que el gobierno reafirma su convicción de que las negociaciones entre Israel y Palestina deben reiniciarse a fin de alcanzar la paz y seguridad para ambas naciones.

“Por esta declaración, la República del Paraguay reitera expresamente el reconocimiento de ese Estado como libre e independiente con las fronteras del 4 de junio de 1967”, expresa finalmente.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3023 Mensagem por FOXTROT » Sex Jan 28, 2011 2:15 pm

Israel já tem uma nota de lamentação pronta :twisted:, só troca o nome do país que reconheceu a Palestina.
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Israel lamenta reconhecimento da Palestina pelo Paraguai
28 de janeiro de 2011

O governo de Israel lamentou nesta sexta-feira o anúncio do Paraguai de sua decisão de reconhecer a Palestina como "estado livre e independente" nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, de 1967.

"Lamentamos uma decisão que não contribui em nada para a paz", declarou à agência EFE o porta-voz do Ministério israelense de Relações Exteriores, Yigal Palmor, pouco depois da divulgação do anúncio.

Segundo o porta-voz, "esse tipo de decisão só serve para encorajar os palestinos a não aceitarem as negociações diretas e, portanto, só pode prejudicar a promoção de um processo de paz justo e duradouro".

O Ministério das Relações Exteriores paraguaio anunciou que seu país "reitera expressamente o reconhecimento" da Palestina como um Estado "livre e independente, com as fronteiras de 4 de junho de 1967", em comunicado no qual expôs os argumentos de sua resolução.

A decisão de Assunção segue os passos tomados recentemente por Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Equador e Peru.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3024 Mensagem por Brasileiro » Sex Jan 28, 2011 4:32 pm

Quem vê acha que a Palestina está cheia de cartas na manga. Não está, e a opção que vai se tornando cada vez mais viável e eficaz é a sua declaração unilateral de independência.



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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3025 Mensagem por FOXTROT » Sáb Jan 29, 2011 1:03 pm

Outro que deve renunciar após essa declaração.
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Abbas expressa solidariedade a Mubarak
29 de janeiro de 2011

RAMALLAH, Territórios Palestinas, 29 Jan 2011 (AFP) -O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, ligou para o presidente egípcio Hosni Mubarak neste sábado para expressar sua "solidariedade", dizendo esperar que o Egito supere em breve a crise.
"O presidente Mahmud Abbas telefonou para o presidente Mubarak e declarou sua solidariedade ao Egito e seu compromisso com a segurança e a estabilidade", afirma um comincado divulgado pelo gabinete de Abbas.

Além disso, o presidente da AP "expressou seu desejo de que Deus abençoe o Egito e seu povo, que sempre se mantiveram ao lado do povo palestino".




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3026 Mensagem por marcelo l. » Seg Jan 31, 2011 10:24 am

http://www.haaretz.com/print-edition/fe ... a-1.340270

Itai Granek tem 25 anos e diretor do Torani Garin - sionistas religiosos, que tentam ajudar as comunidades subdesenvolvidas. grupo Granek em Jaffa, que foi criada há três anos, inclui cerca de 50 famílias. Houve tensão com a população local que caracterizam as atividades do grupo como uma tentativa de colocar "um assentamento judaico em Jaffa."

Há duas semanas, membros Garin e jovens dos assentamentos na Judéia e Samaria desfilaram nas ruas. De acordo com pessoas em Jaffa, dezenas de jovens se reuniram em frente da mesquita em Jerusalém Nuzha Boulevard gritando "morte aos árabes" e atirando pedras na mesquita.

Os membros da Garin dizem que não agiu de forma inadequada. Pelo contrário, eles dizem que nos últimos dias cerca de 1.000 manifestantes protestaram em Jaffa contra a presença do Torani Garin na cidade.

Itai Granek, você cria uma solução no coração de Jaffa?

Eu tenho que entender o conceito de resolução de chamados. De entre os 46.000 cidadãos, 50 famílias Torá orientada viver aqui. É uma pessoa com um capuz na cabeça dele que fez três anos de serviço militar e usa um xale franjado um colono? Eu acredito em uma certa ideologia, então, se essa é a definição de uma solução, aí sim, nós estabelecemos um acordo.

Mas por isso mesmo, a comunidade de Jaffa reforma é um acordo. Eu não vou enganar e dizer que é uma mitsvá para liquidar a terra e eu estou defendendo-o com grande satisfação. Mas, para chegar e dizer que uma determinada comunidade é um colono - que não parece ser a palavra certa para mim.

Toda a idéia da criação de um Torani Garin nasceu da necessidade da comunidade local .... Por que foi criado aqui? Porque em Jaffa existem 45-50 sinagogas, em que quase não há Minyans. No passado, as sinagogas estavam cheios. Hoje, Graças a Deus, eles estão começando a voltar à vida.

Suas atividades na cidade não permitem que a população muçulmana a viver em paz.

Eu acho que os árabes em Jaffa apreciar este muito e quero viver em coexistência. Eles estão contentes que a comunidade jovem chegou, mesmo, uma comunidade religiosa, em Jaffa. É bom para a maioria dos cidadãos, e eles não me oponho a ela. Os que fazem o problema são os políticos que querem se beneficiar em detrimento do público. A maioria das pessoas entender que, se uma comunidade jovem, a qualidade vem aqui, melhora tudo - tanto da comunidade árabe e da comunidade judaica.

Estamos falando de uma comunidade cuja maioria dos membros em servir [exército] unidades especiais, e todos eles são licenciados. Eles são caras que fazem uma contribuição para o estado e fazer o dever de reserva, em outras palavras, o sal da terra. Então eu acho que todo mundo está se beneficiando, certamente a comunidade judaica, mas também a comunidade árabe. Isso é bom porque significa que não há crime. É claro que as nossas principais atividades são voltadas para o público judeu, mas isso não significa que os árabes não se beneficiam dele.

As 1.000 pessoas que se manifestaram no sábado, para protestar contra as suas atividades.

Se você olhar para os manifestantes, você verá que a maioria deles não eram de Jaffa. Disseram-me explicitamente que a maioria dos caras que apareceram não eram parte deles em tudo. Eu sei que esta comunidade, eu "ao vivo" da área, e [eu sei] que não têm objeções.

E a todos aqueles que fazem o objeto, eu digo: Isso é racismo. Assim como eu me oponho às manifestações de Bat Yam, é para demonstrar o racismo do outro lado. Tel Aviv-Jaffa é uma cidade na Terra de Israel, e todos estão autorizados a viver lá. Mas, para chegar e dizer que eu não quero essa comunidade a viver aqui, e especialmente quando é uma comunidade que contribui - que é o racismo. Não tenho outra palavra para descrevê-lo.

A nova construção em Jaffa pela empresa emunah, que é definida como para os jovens religiosos só, é o racismo.

Eu não estou ligada à construção, por Emunah. É uma empresa privada que constrói para casais religiosos em todo o país. Não é só em Jaffa. Eles constroem também em Yokne'am, por exemplo, porque os casais religiosos têm seus próprios padrões. Não é racismo, porque isso é em Jaffa.

Estamos nos referindo a um concurso livre. Mesmo uma empresa árabe poderia ter aplicado a este concurso. Não é que a empresa veio e disse "eu não vender para os árabes." Eles disseram: "Nós vendemos para pessoas religiosas, porque este é o sector em que nós construímos."

Mas você e outros membros da Torani Garin adquiriu um terreno em Tel Aviv. Não é este considerado "judaizante" Jaffa?

Da mesma forma, até mesmo meus pais poderiam comprar um lote. Eu comprei um lote de terreno com meus amigos e eu não vejo isso como racismo, certamente não. Eu não quero viver em um edifício com pessoas seculares. Pessoalmente, é um pouco perturbador para mim se há música no Shabat. Então eu prefiro viver com um vizinho que não vai tocar música. Ele definitivamente não é racismo, mas eu certamente não objeto que virá uma outra comunidade, independentemente da sua nacionalidade, que vai viver ao nosso lado.

Será que a marcha de protesto no sábado surpreendeu?

O que aconteceu então foi simplesmente o racismo, o que é importante para combater por qualquer meio. As pessoas Garin ter recebido ameaças de morte por telefone sobre as últimas duas semanas, e as queixas foram feitas à polícia. Isso está me assustando muito e fazendo a minha esposa mais do que algumas dúvidas sobre onde vivemos.

A situação nas duas últimas semanas tem sido muito, muito ruim. É razoável que as pessoas estão com medo de sair. A maioria da comunidade árabe ea maioria da comunidade judaica, incluindo a Torani Garin em Jaffa, querem convivência. Mas há lugares em Jaffa, assim como há em Lod e Ramle, que elementos criminosos, e nada pode ser feito.

Isso é assustador, mas este é o sionismo. Até os meus pais, 50 ou 60 anos atrás, não vivem em condições mais confortáveis. Eu tenho certeza que é mais confortável para se viver na Judéia e Samaria que em Jaffa. Eu não vim aqui por causa da dificuldade, mas não precisa me quebrar.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3027 Mensagem por FOXTROT » Sex Fev 18, 2011 9:01 pm

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EUA vetam resolução contra colônias no Conselho de Segurança da ONU
18 de fevereiro de 2011

O Governo dos Estados Unidos vetou nesta sexta-feira a adoção no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) de uma resolução palestina que reafirma a ilegalidade dos assentamentos judaicos em território ocupado e que contava com amplo respaldo internacional.
A delegação americana, que tem direito de veto por ser um membro permanente, foi a única dos 15 países do principal órgão de segurança internacional a votar contra a medida apoiada por mais de 100 países.

"Apesar de concordarmos com os outros membros, e de fato com o mundo em geral, sobre a insensatez e a ilegitimidade de continuar as atividades nos assentamentos israelenses, não nos parece sensato que o Conselho trate de resolver os assuntos cruciais entre israelenses e palestinos", explicou a embaixadora dos Estados Unidos perante a ONU, Susan Rice, pós a votação.

A representante americana advertiu que sua oposição à resolução palestina não pode ser interpretada como um respaldo aos assentamentos que Israel construiu nos territórios ocupados após a guerra de 1967.

"Ao contrário, rejeitamos firmemente a legitimidade das atividades nos assentamentos israelenses, que durante quatro décadas atingiu a segurança de Israel e a esperança da paz e a estabilidade na região", apontou.

Rice lembrou que "nenhum outro país" investiu mais capital político na busca de uma paz duradoura no Oriente Médio que os Estados Unidos, por isso que defendeu sua decisão de evitar que a resolução pudesse dificultar o processo.

Na sua opinião, a adoção da resolução promovida pelos países árabes abriria a porta para que qualquer uma das partes acudisse à ONU quando as negociações diretas entre eles enfrentassem dificuldades.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3028 Mensagem por FCarvalho » Sex Fev 18, 2011 10:51 pm

FOXTROT escreveu:terra.com.br

EUA vetam resolução contra colônias no Conselho de Segurança da ONU
18 de fevereiro de 2011

O Governo dos Estados Unidos vetou nesta sexta-feira a adoção no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) de uma resolução palestina que reafirma a ilegalidade dos assentamentos judaicos em território ocupado e que contava com amplo respaldo internacional.
A delegação americana, que tem direito de veto por ser um membro permanente, foi a única dos 15 países do principal órgão de segurança internacional a votar contra a medida apoiada por mais de 100 países.

"Apesar de concordarmos com os outros membros, e de fato com o mundo em geral, sobre a insensatez e a ilegitimidade de continuar as atividades nos assentamentos israelenses, não nos parece sensato que o Conselho trate de resolver os assuntos cruciais entre israelenses e palestinos", explicou a embaixadora dos Estados Unidos perante a ONU, Susan Rice, pós a votação.

A representante americana advertiu que sua oposição à resolução palestina não pode ser interpretada como um respaldo aos assentamentos que Israel construiu nos territórios ocupados após a guerra de 1967.

"Ao contrário, rejeitamos firmemente a legitimidade das atividades nos assentamentos israelenses, que durante quatro décadas atingiu a segurança de Israel e a esperança da paz e a estabilidade na região", apontou.

Rice lembrou que "nenhum outro país" investiu mais capital político na busca de uma paz duradoura no Oriente Médio que os Estados Unidos, por isso que defendeu sua decisão de evitar que a resolução pudesse dificultar o processo.

Na sua opinião, a adoção da resolução promovida pelos países árabes abriria a porta para que qualquer uma das partes acudisse à ONU quando as negociações diretas entre eles enfrentassem dificuldades.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3029 Mensagem por prp » Sáb Fev 19, 2011 7:34 pm

Pra que merda serve a ONU. :? :? :? :?




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#3030 Mensagem por Clermont » Seg Fev 21, 2011 3:54 pm

O GÊNIO SAIU DA GARRAFA.

Por Uri Avnery - 21 de fevereiro de 2011.

Esta é uma história saída direto das Mil e Uma Noites. O gênio escapou da garrafa, e nenhum poder na terra pode colocá-lo de volta.

Quando isto aconteceu na Tunísia, podia se dizer: certo, um país árabe, mas insignificante. Ele sempre foi um pouco mais progressista que os outros. Somente um incidente isolado.

E, então, isto aconteceu no Egito. Um país pivotal. O coração do mundo árabe. O centro espiritual do Islã sunita. Mas, se poderia dizer: o Egito é um caso especial. A terra dos faraós. Milhares de anos de história, antes mesmo de os árabes chegarem lá.

Mas, agora, isto se espraiou por todo o mundo árabe. Para a Argélia, Bahrein, Iêmen. Jordânia, Líbia, até mesmo o Marrocos. E para o Irã não-árabe e não sunita, também.

O gênio da revolução, da renovação, do rejuvenescimento, agora está assombrando todos os regimes na região. Os habitantes da "Aldeia na Selva" (Israel) podem acordar, uma manhã dessas, e descobrir que a selva se foi, e de que, agora, estamos cercados por uma nova paisagem.

Quando nossos pais sionistas decidiram estabelecer um abrigo seguro na Palestina, eles tinham a escolha entre duas opções:

Eles poderiam aparecer na Ásia Ocidental como conquistadores europeus, que viam a si próprios como uma cabeça-de-ponte do homem "branco" e como mestres dos "nativos", como os conquistadores espanhóis e os colonizadores anglo-saxões na América. Foi isto que os Cavaleiros Cruzados fizeram em sua época.

O segundo caminho seria ver, a si mesmos, como um povo asiático, retornando para sua terra natal, os herdeiros das tradições políticas e culturais do mundo semita, prontos para tomar parte, com os outros povos da região, na guerra de libertação da exploração européia.

Eu escrevi estas palavras, sessenta e quatro anos atrás, numa brochura publicada, apenas dois meses antes da eclosão da guerra de 1948.

Eu mantenho estas palavras, hoje:

Nestes dias, tenho uma crescente sensação de que estamos, de novo, diante de uma encruzilhada histórica. A direção que escolhermos, nos dias vindouros, determinará o destino do estado de Israel, pelos próximos anos, talvez, irreversívelmente. Se escolhermos a estrada errada, iremos "chorar por gerações", como afirma um dito hebreu.

E, talvez, o maior de todos os perigos é que não façamos nenhuma escolha, no final das contas, de que, nem mesmo, estejamos cientes da necessidade de tomar uma decisão, de que, apenas, continuemos na estrada que nos trouxe até onde estamos hoje. De que estejamos tão ocupados com trivialidades - a batalha entre o ministro da defesa e o chefe de estado-maior que esta de saída, a disputa entre Netanyahu e Lieberman sobre a nomeação de um embaixador, os não-eventos do Big Brother e similares insanidades televisivas - que nem mesmo notemos que a história está passando por nós, nos deixando para trás.

Quando nossos políticos e especialistas acham tempo o bastante - em meio a todas as distrações diárias - para lidar com os eventos à nossa volta, foi do velho e (tristemente) modo familiar.

Mesmo nos poucos programas de entrevistas, meio inteligentes, há muita hilaridade sobre a idéia de que "árabes" possam estabelecer democracias. Cultos professores e comentaristas da mídia, "comprovam" que uma tal coisa não pode acontecer - o Islã é "por natureza", antidemocrático e atrasado, sociedades árabes carecem de uma ética cristã-protestante, necessária para a democracia, ou dos fundamentos capitalistas para uma sólida classe média, etc. No melhor dos casos, um tipo de despotismo seria substituído por outro.

A mais comum conclusão é de que as eleições democráticas, inevitavelmente, levarão à vitória dos fanáticos "islâmicos", que estabelecerão brutais teocracias do estilo taliban, ou pior.

Parte disto, naturalmente, é deliberada propaganda, designada para convencer os ingênuos americanos e europeus que eles devem escorar os Mubaraks da região ou homens-fortes alternativos. Mas, muito disto é bem sincero: a maioria dos israelenses, realmente, acredita que os árabes, deixados por sua própria conta, estabelecerão mortíferos regimes "islâmicos", cujo principal objetivo será varrer Israel do mapa.

Israelenses comuns não sabem, quase nada, sobre o Islã e o mundo árabe. Como um general israelense (esquerdista), respondeu, sessenta e cinco anos atrás, quando indagado sobre como via o mundo árabe: "através da mira do meu fuzil." Tudo está reduzido à "segurança", e a insegurança impede, é claro, qualquer reflexão séria.

Esta atitude recua aos inícios do movimento sionista.

Seu fundador - Theodor Herzl - famosamente, escreveu em seu tratado histórico que o futuro estado judaico constituiria "uma parte da muralha da civilização" contra o barbarismo asiático (querendo dizer árabe). Herzl admirava Cecil Rhodes, o porta-bandeira do imperialismo britânico. Ele e seus seguidores compartilhavam da atitude cultural, então comum na Europa, que Eduard Said, posteriormente, rotulou de "orientalismo".

Visto em retrospecto, isto era, talvez, natural, considerando que o movimento sionista nasceu na Europa, próximo ao fim da era imperialista, e que ele planejava criar uma pátria judaica num território, no qual outro povo - um povo árabe - estava vivendo.

A tragédia é que esta atitude não mudou em cento e vinte anos, e que está mais forte, hoje, do que nunca. Aqueles de nós que propõem um caminho diferente - e sempre tem existido alguns - permancemos vozes no deserto.

Isto é evidente nestes dias na atitude israelense para com os eventos abalando o mundo árabe. Entre israelenses comuns, há um bocado de simpatia com os egípcios confrontando seus atormentadores na Praça Tahrir - mas tudo foi visto de fora, de longe, como se estivesse acontecendo na lua.

A única questão prática é: o tratado de paz israelo-egípcio será mantido? Ou vamos precisar formar novas divisões de exército para uma possível guerra contra o Egito? Quando, quase todos, os "especialistas em segurança" nos garantem de que o tratado está seguro, as pessoas perdem o interesse na questão toda.

Mas, o tratado - realmente, um armistício entre regimes e exércitos - só deveria ser de importância secundárias para nós. A mais importante questão é: qual será a aparência do novo mundo árabe? A transição para a democracia será, relativamente, suave e pacífica, ou não? Ela acontecerá, de uma vez, e significará que uma região islâmica mais radical emergirá - o que é uma distinta possibilidade? Poderemos ter qualquer influência no curso dos eventos?

Naturalmente, ninguém nos movimentos árabes de hoje, anseia por um abraço israelense. Seria um abraço de urso. Israel é visto, atualmente, praticamente por todos os árabes, como um estado anti-árabe, colonialista, que oprime os palestinos e disposto a desapossar quantos árabes for possível - embora exista, creio eu, também um bocado de silenciosa admiração pela tecnologia e outros feitos israelenses.

Mas, quando povos inteiros se levantam e a revolução altera todas as atitudes entranhadas, há a possibilidade de mudar velhas idéias. Se os líderes políticos e intelectuais israelenses, tomarem posição, hoje e, abertamente, declararem sua solidariedade com as massas árabes, em sua luta por liberdade, justiça e dignidade, eles poderão plantar uma semente que dará frutos nos anos vindouros.

É claro, tais declarações precisam sair do fundo do coração. Como uma superficial tramóia política, elas serão, justamente, desprezadas. Elas precisam ser acompanhadas por uma profunda mudança em nossa atitude para com o povo palestino. Eis por quê a paz com os palestinos, agora, e de uma vez por todas, é uma necessidade vital para Israel.

Nosso futuro não está na Europa ou América. Nosso futuro está nesta região, à qual pertence o nosso estado, para o bem ou para o mal. Não são, apenas, as nossas políticas que precisam mudar, mas nossa perspectiva básica, nossa orientação geográfica. Precisamos entender que não somos uma cabeça-de-ponte de alguma parte distante, mas uma parcela de uma região que está, agora - finalmente -, juntando-se à marcha humana rumo à liberdade.

O Despertar Árabe não é uma questão de meses ou uns poucos anos. Ele pode, bem, ser uma disputa prolongada, com muitos fracassos e derrotas, mas o gênio não voltará para a garrafa. As imagens dos dezoito dias na Praça Tahrir, serão mantidas vivas nos corações de uma nova geração inteira, de Marrakesh até Mosul, e qualquer nova ditadura que emergir, aqui ou acolá, não será capaz de erradicá-las.
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Em meus mais ardorosos sonhos eu não pude imaginar um curso mais sábio e atraente para nós, israelenses, do que nos juntarmos a esta marcha, de corpo e alma.


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Uri Avnery é um ativista da paz israelense de longa data. Desde 1948, ele tem advogado pelo estabelecimento de um estado palestino, ao lado de Israel. Em 1974, Uri Avnery foi o primeiro israelense a estabelecer contato com a liderança da OLP. Em 1982, ele foi o primeiro israelense a ter encontrado Yasser Arafat, após atravessar as linhas na sitiada Beirute. Ele serviu três vezes no Knesset israelense e é fundador do Gush Shalom (Bloco da Paz).




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