Fórum Defesa Brasil

Galera, existem países que, literalmente, estão "esperando pela guerra que ainda não chegou".

São os casos de Israel, Irã e seus vizinhos, Coréia do Norte e Coréia do Sul, China e Taiwan e compania e outros casos por aí afora.

Outros são países que foram atacados ou ameaçados no passado e que ' por seguança' se mantém armados, como a presença militar britânica nas Malvinas, EUA e Rússia que já foram rivais.

Não nos encaixamos em nenhum desses casos. Ninguém nos atacou para que precisemos ficar com os dois pés atrás, não estamos esperando nenhuma guerra já que não há ninguém descontente com a nossa posição geopolítica ou fronteira atuais.

É perfeitamente desejável a criação de uma dotação capacitada e muito bom treinamento. Porém, a criação de um estoque de guerra, para ficar parado nos paióis acho completamente desnecessário.
Que tenhamos então uma indústria capaz de alimentar um estoque em uma possível crise, mas fazer isto desde já, não tem razão para isso.



abraços]

Fazer/capacitar A INDÚSTRIA eu acho que tem sim; quanto a enormes estoques, concordo.

Depende da definição de enormes. A grandes parte seria renovada em ciclos devido ao uso em treinamento. Se surgir uma situação que necessita de ação em semanas não vou ter tempo de produzir e capacitar a indústria. Não é a segunda guerra mundial. É necessária uma quantidade de equilíbrio que permita flexibilidade ação.

Túlio escreveu:Fazer/capacitar A INDÚSTRIA eu acho que tem sim; quanto a enormes estoques, concordo.

Estoque para 1 mês de guerra pelo menos. não falo apenas de munição, mas tb de sobressalentes, e de material médico.

Marino escreveu:

Juseara escreveu:Senhores. Basta analisar que não temos fábricas suficentes. Tanto produtoras próprias de armamento e munição quanto outras que pudessem ser mobilizadas.

E também as FFAA em geral não mantém ou possuem paóis especificamente para o fim de um conflito. Por incrível que pareça ninguém nunca pensou em manter um estoque para esta finalidade. O máximo que se tem é para adestramento, o que por si só é pouquíssimo.

Essa merece ir para as imortais.

Incrível

WalterGaudério escreveu:

Túlio escreveu:Fazer/capacitar A INDÚSTRIA eu acho que tem sim; quanto a enormes estoques, concordo.

Estoque para 1 mês de guerra pelo menos. não falo apenas de munição, mas tb de sobressalentes, e de material médico.

Disso que estou falando.

WalterGaudério escreveu:

Marino escreveu: Essa merece ir para as imortais.

Incrível

Por quê? É mentira?

Eu nunca entendo como é que se pode analisar um estoque, digamos, "cronologicamente".

Como é que podemos saber para quantos meses um estoque desses poderia durar?

Isso não dependeria do inimigo? Como é que diabos fazem esse cálculo?

jumentodonordeste escreveu:Eu nunca entendo como é que se pode analisar um estoque, digamos, "cronologicamente".

Como é que podemos saber para quantos meses um estoque desses poderia durar?

Isso não dependeria do inimigo? Como é que diabos fazem esse cálculo?

Cadência de tiro do armamento(máxima, média, mínima), capacidades do oponente, perdas prováveis, capacidade logística de remuniciamento/reparos, amplitude da frente de combate, qte, de forças amigas a apoiar, tempo estimado de engajamento, dependendo do objetivo a ser alcançado pelas forças amigas:

_bloquear o inimigo na fronteira.
_Destruir a força inimiga na fronteira/linha de contato.
_"Empurrar" o inimigo de volta a linha de partida.

Etc.

WalterGaudério escreveu:

Túlio escreveu:Fazer/capacitar A INDÚSTRIA eu acho que tem sim; quanto a enormes estoques, concordo.

Estoque para 1 mês de guerra pelo menos. não falo apenas de munição, mas tb de sobressalentes, e de material médico.

Mas aí estamos falando em estoque. Não acho que esta seja a única nem a principal variável de medição do nível de prontidão de um país.

É uma variável tão parcial que não considera o fato de que na iminência do conflito espera-se que se dispare a produção de munições, sobressalentes e material médico. Não só na iminência como durante o conflito, uma produção de insumos num ritmo muito superior àqueles verificados em condições de paz.
Por isso, acho que em tempos de paz, a capacidade da produção de tais insumos em uma hipotética crise é muito mais importante do que o tamanho em si dos estoques destes materiais.



abraços]

Se for lutar a segunda guerra mundial sim.

Por outro lado se uma ação pontual que necessite de uma ação rápida são necessários estoques para por em curso a ação. É o básico que qualquer país preparado faz. Situações assim se formam em semanas. Não existe tempo de mudar a estrutura produtiva e reconstruir os estoques. Esse tipo de reestruturação demoram semestres e as primeiras entregas anos.

Em uma situação hipotética, imagina que deu alguma merd@a com a FARC ou algum país vizinhos e é necessário ação rápida de alguns milhares de soldados e ação de bombardeio por dias. Chega na hora e espera seis meses ou um ano para elas chegarem. Dependendo do equipamento ou peça de reposição até mais. Se quiser fazer mesmo vai passar vergonha e emprestar de alguém que tenha um bom coração.

Isto não é romance militar. Nos últimos anos a FARC atacou um posto do exército no começo dos anos 1990. Mais recentemente, a os problemas com a Bolívia, a quase guerra entre Venezuela e Colômbia, destituição do presidente do Paraguai e missão de paz no Haiti. Não levaram a uma ação militar, mas poderiam inclusive com a chancela da ONU. São situações que podem e ocorrem. Longe de uma guerra total. Então, as forças armadas deveriam ter capacidade de levar diante as ações se necessário. Não dá para esperar mais de um ano para chegar o armamento e peças de reposição.

Antes que falem a constituição não permite guerra de conquista. Não é problema. As ações citadas acima são em auto-defesa ou sob a chancela da ONU. No caso de uma eventual Guerra entre Venezuela e Colômbia esperava que as FA's brasileiras estivessem presentes na fronteira em alerta para evitar ser usado por algum dos lados. Para isso tem que estar pronto para guerra.

credito: Andre Gustavo Stumpf Filho

Em resumo, estoques militares, ou de interesse, - de todos os tipos - no Brasil, são mínimos e pouco críveis... sejam para ações reativas imediatas, prolongadas ou de continuidade...

É aquela péssima mania nacional de deixar sempre para depois as coisas por fazer-se agora.

Enfim, nossa logística militar está tão aquém e além do necessário e desejável quanto sempre esteve... desde Caxias. E continua a estar.

ps: parece que ninguém leu meu post mesmo.

abs

Túlio escreveu:

WalterGaudério escreveu: Incrível

Por quê? É mentira?

Sim!

Alguém sabe dizer quantos tiros se dá no 1o ano de EB? No meu tempo eram 20 por mês, apenas 5 tiros por posição, isso melhorou???