Guerra no tráfico no RJ - mais um capítulo
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- interregnum
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Haha que piada ridícula que se transformou o site do JB. Vejam as respostas a pesquisa promovida por eles que perguntava se a criminalidade teria caído com o exército na rua ou não.
Como se isso já não fosse um FATO divulgado pela Polícia Civil.
Me lembra a Folha que ontem ainda tentava empurrar o caso do meníno morto no confronto para o exérctio mesmo depois de a polícia ter divulgado que o ângulo do tiro mostrava que o tiro teria vindo do alto do morro onde não havia soldados.
Como se isso já não fosse um FATO divulgado pela Polícia Civil.
Me lembra a Folha que ontem ainda tentava empurrar o caso do meníno morto no confronto para o exérctio mesmo depois de a polícia ter divulgado que o ângulo do tiro mostrava que o tiro teria vindo do alto do morro onde não havia soldados.
- lelobh
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interregnum,
Aquela reportagem do JB nem merece comentário.
Para eles então é o EB que está afrontando? Essa foi brava.
Não adianta a imprensa reclamar.
A ação do EB tem o apoio da população.
Aquela reportagem do JB nem merece comentário.
Para eles então é o EB que está afrontando? Essa foi brava.
Não adianta a imprensa reclamar.
A ação do EB tem o apoio da população.
Dom Pedro II, quando da visita ao campo de Batalha, Guerra do Paraguai.
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
Me fez lembrar do que o Talharim falou sobre, oq aconteceria se comessace a faltar droga para as elites.
http://oglobo.globo.com/online/rio/plan ... 217835.asp
MP Federal entra com ação contra operação do exército nas favelas do Rio
Paulo Roberto Araújo - O Globo
RIO - O Ministério Público Federal entrou com ação cautelar, preparatória de ação civil pública, nesta sexta-feira, com pedido de liminar para que a Justiça Federal determine à União a suspensão da "Operação Asfixia", que visa a recuperar fuzis roubados do Estabelecimento Central de Transportes do Exército (ECT).
Além disso, foi instaurado procedimento para apurar possíveis arbitrariedades cometidas pelos militares contra os cidadãos.
Os procuradores da República Fábio Aragão e Vinícius Panetto alegam, na ação, que a Constituição Federal não está sendo cumprida, pois o Exército vem realizando funções exclusivas das polícias civil e militar, como revistar carros e moradores que entram e saem dos morros cariocas.
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O EB comessa a ser atacado de tds os lados... Já dizem q a "ocupação" pode terminar mesmo sem encontrar as armas, "elas podem ter sido fundidas".
Inté!! =/
http://oglobo.globo.com/online/rio/plan ... 217835.asp
MP Federal entra com ação contra operação do exército nas favelas do Rio
Paulo Roberto Araújo - O Globo
RIO - O Ministério Público Federal entrou com ação cautelar, preparatória de ação civil pública, nesta sexta-feira, com pedido de liminar para que a Justiça Federal determine à União a suspensão da "Operação Asfixia", que visa a recuperar fuzis roubados do Estabelecimento Central de Transportes do Exército (ECT).
Além disso, foi instaurado procedimento para apurar possíveis arbitrariedades cometidas pelos militares contra os cidadãos.
Os procuradores da República Fábio Aragão e Vinícius Panetto alegam, na ação, que a Constituição Federal não está sendo cumprida, pois o Exército vem realizando funções exclusivas das polícias civil e militar, como revistar carros e moradores que entram e saem dos morros cariocas.
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O EB comessa a ser atacado de tds os lados... Já dizem q a "ocupação" pode terminar mesmo sem encontrar as armas, "elas podem ter sido fundidas".
Inté!! =/
- Clermont
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XBASIC escreveu:O EB comessa a ser atacado de tds os lados... Já dizem q a "ocupação" pode terminar mesmo sem encontrar as armas, "elas podem ter sido fundidas".=/
Então, além dos lados, o Exército está sendo atacado de dentro pra fora. Pois, tal declaração foi dada por ninguém menos do que o próprio relações-públicas do Comando Militar do Leste, um coronel.
E, como parece que esse papo de "armas fundidas" é um grande absurdo, fica a pergunta: porque os próprios militares começam a trabalhar com essa hipótese? Preparando o terreno para uma "retirada honrosa"? Ou é só para despistar os traficantes, e então aplicar um golpe-surpresa, em algum lugar da cidade?
- Alcantara
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XBASIC escreveu:Me fez lembrar do que o Talharim falou sobre, oq aconteceria se comessace a faltar droga para as elites.
http://oglobo.globo.com/online/rio/plan ... 217835.asp
MP Federal entra com ação contra operação do exército nas favelas do Rio
Paulo Roberto Araújo - O Globo
RIO - O Ministério Público Federal entrou com ação cautelar, preparatória de ação civil pública, nesta sexta-feira, com pedido de liminar para que a Justiça Federal determine à União a suspensão da "Operação Asfixia", que visa a recuperar fuzis roubados do Estabelecimento Central de Transportes do Exército (ECT).
Além disso, foi instaurado procedimento para apurar possíveis arbitrariedades cometidas pelos militares contra os cidadãos.
Os procuradores da República Fábio Aragão e Vinícius Panetto alegam, na ação, que a Constituição Federal não está sendo cumprida, pois o Exército vem realizando funções exclusivas das polícias civil e militar, como revistar carros e moradores que entram e saem dos morros cariocas.
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O EB comessa a ser atacado de tds os lados... Já dizem q a "ocupação" pode terminar mesmo sem encontrar as armas, "elas podem ter sido fundidas".
Inté!! =/
Essa ação do MP não tem fundamento jurídico pois os militares agem com base em mandados de segurança, que lhes autoriza buscar e aprender materiais. Agem, por tanto, dentro da lei.
"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
- talharim
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Os procuradores da República Fábio Aragão e Vinícius Panetto
Esses 2 aí devem estar desesperados.Devem estar com uma abstinência braba pela falta de cocaína e crack no cérebro.
Ou então eles estão fazendo isso por causa da pressão dos filhinhos drogados deles..........
Logo logo vai ter artista famoso da globo dando entrevista na TV criticando o EB.
É bom que esse tipo de coisa aconteça porque a gente começa a separar o joio do trigo.
- Vinicius Pimenta
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Armas foram roubadas pelo CV e não estão em morro, diz facção
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
A operação montada pelo Exército provocou a mobilização de líderes da facção criminosa CV (Comando Vermelho) para que as armas sejam entregues, segundo uma pessoa ligada à facção.
Segundo afirmou ontem à Folha, membros da facção foram os autores do roubo e seus líderes os estão pressionando a devolver as armas, porque a venda de droga está prejudicada. O assalto foi uma tentativa do CV de recuperar armamento -oito fuzis- perdido na frustrada invasão da Rocinha, em fevereiro.
Os dez fuzis e a pistola roubados, segundo relatado à Folha, não estão em um morro, mas em uma favela plana do Rio, em área próxima ao quartel do Estabelecimento Central de Transporte, em São Cristóvão (zona norte), de onde foram levadas. As principais favelas planas nessa área são Manguinhos, Jacarezinho e Barreira do Vasco, todas dominadas pelo CV. O Exército está em Manguinhos e em Jacarezinho.
"As armas já estão para aparecer. O prejuízo que a ação do Exército está causando [ao tráfico de drogas] já dava para comprar muito mais do que dez fuzis", disse a pessoa, que deu entrevista sob a condição de anonimato.
A intenção do Exército é justamente asfixiar o comércio de drogas para forçar o tráfico a entregar o armamento. Segundo ele, o CV, sem dinheiro, optou por uma ação de risco para obter as armas. Cada fuzil tem valor estimado em R$ 15 mil. Outra conseqüência identificada pela pessoa ouvida pela Folha é a interrupção do contrabando de armas e drogas devido aos bloqueios do Exército nas estradas de acesso ao Rio.
Parte da ação psicológica do Exército, a distribuição de panfletos em toda a cidade, está tendo efeito. Em locais cuja venda de droga é dominada pelo CV, os criminosos têm medo de que venham a ser alvo da ação.
Se as armas de fato forem devolvidas em breve, será a repetição do que já aconteceu em outras ocasiões de roubos semelhantes em unidades das Forças Armadas. Um desses casos foi em julho de 2004, quando três fuzis foram desviados do Museu Histórico do Exército no Forte de Copacabana. Três dias após 70 homens da Polícia do Exército ocuparem o Vidigal, os fuzis foram achados por meio de denúncia anônima.
--
Para governo, ação do Exército é de alto risco
Alencar e Forças Armadas temem vítimas civis, mas apóiam a operação no Rio; militares querem forçar tráfico a achar armas
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
O presidente interino da República e ministro da Defesa, José Alencar, classificou a operação do Exército nas favelas do Rio como de "alto risco", ontem, em conversas reservadas. O grande temor dele e do restante do governo e das próprias Forças Armadas é que haja vítimas civis, principalmente mulheres e crianças.
Apesar do risco, o governo apóia a ação -considerada no Exército uma "guerra de resistência" ou uma "guerra de nervos" com a cúpula do tráfico de drogas no Rio. Ao ameaçar só sair das favelas após reaver as armas roubadas de um quartel, a intenção é pressionar o comando dos traficantes a devolver as armas para se livrar do cerco rapidamente.
Há a suspeita, no Comando do Exército, de que as armas não estejam mais nos morros e até de que não tenham sido roubadas pelo tráfico organizado, mas sim por bandidos comuns. A pressão da Força, portanto, seria para que os próprios chefes do tráfico tratassem de descobrir os autores, recuperassem as armas e encerrassem assim a operação militar.
A suspeita de participação de bandidos comuns se baseia em duas avaliações:
1) o tráfico sabia que, ao roubar quartéis, atrairia as tropas e abriria uma guerra muito mais pesada do que a que está habituado;
2) se tivesse sido, de fato, um ato dos traficantes, eles já teriam entregue as armas para se livrar dos soldados e do cerco.
Como parte dessa "guerra de resistência", o Exército fechou as principais portas de entrada das favelas, inclusive a nevrálgica via Dutra, para, como foi descrito à Folha, "desidratar as fontes de recursos do tráfico". Ou seja, impedir o trânsito de drogas entre fornecedores, traficantes e usuários.
A idéia é cercar o tráfico em dois sentidos: o físico, geográfico, e o financeiro -sem drogas, não há dinheiro. Até que as armas apareçam. Caso contrário, o próprio Exército admite que a situação ficará delicada, pois não teria como justificar uma retirada de mãos abanando. Seria desmoralizante.
A operação no Rio foi de risco, mas não repentina. Na verdade, vem sendo preparada há anos e apenas esperava um "momento certo", uma justificativa consistente e que atraísse a aprovação e simpatia da sociedade.
Na avaliação do governo federal e das Forças Armadas, a participação do Exército é bem aceita entre os cariocas, mas era preciso vencer resistências em áreas de fora do Estado, especialmente na área acadêmica e entre os chamados "formadores de opinião".
A ousadia dos bandidos, sejam ou não líderes do tráfico, de entrar num quartel e roubar o Exército foi o estopim que a Força Armada esperava. "É inadmissível", ouviu a Folha de mais de um oficial ao longo da semana.
A preparação da ação estava, inclusive, nos cálculos e planos estratégicos do próprio envio de soldados para o Haiti, onde o Brasil comanda a força de paz da ONU. Entre outros objetivos, está o de "treinamento" para atuar em conflitos envolvendo civis, como é o típico caso do Rio.
Oficiais têm destacado as diferenças entre as favelas do Rio e do Haiti. Enquanto as cariocas são controladas pelo tráfico, altamente armado e rico, as haitianas são habitadas por bandidos comuns, geralmente pobres e desarmados (ou mal armados). No Rio, são organizados. Lá, apenas gangues.
Fonte: O Globo
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
A operação montada pelo Exército provocou a mobilização de líderes da facção criminosa CV (Comando Vermelho) para que as armas sejam entregues, segundo uma pessoa ligada à facção.
Segundo afirmou ontem à Folha, membros da facção foram os autores do roubo e seus líderes os estão pressionando a devolver as armas, porque a venda de droga está prejudicada. O assalto foi uma tentativa do CV de recuperar armamento -oito fuzis- perdido na frustrada invasão da Rocinha, em fevereiro.
Os dez fuzis e a pistola roubados, segundo relatado à Folha, não estão em um morro, mas em uma favela plana do Rio, em área próxima ao quartel do Estabelecimento Central de Transporte, em São Cristóvão (zona norte), de onde foram levadas. As principais favelas planas nessa área são Manguinhos, Jacarezinho e Barreira do Vasco, todas dominadas pelo CV. O Exército está em Manguinhos e em Jacarezinho.
"As armas já estão para aparecer. O prejuízo que a ação do Exército está causando [ao tráfico de drogas] já dava para comprar muito mais do que dez fuzis", disse a pessoa, que deu entrevista sob a condição de anonimato.
A intenção do Exército é justamente asfixiar o comércio de drogas para forçar o tráfico a entregar o armamento. Segundo ele, o CV, sem dinheiro, optou por uma ação de risco para obter as armas. Cada fuzil tem valor estimado em R$ 15 mil. Outra conseqüência identificada pela pessoa ouvida pela Folha é a interrupção do contrabando de armas e drogas devido aos bloqueios do Exército nas estradas de acesso ao Rio.
Parte da ação psicológica do Exército, a distribuição de panfletos em toda a cidade, está tendo efeito. Em locais cuja venda de droga é dominada pelo CV, os criminosos têm medo de que venham a ser alvo da ação.
Se as armas de fato forem devolvidas em breve, será a repetição do que já aconteceu em outras ocasiões de roubos semelhantes em unidades das Forças Armadas. Um desses casos foi em julho de 2004, quando três fuzis foram desviados do Museu Histórico do Exército no Forte de Copacabana. Três dias após 70 homens da Polícia do Exército ocuparem o Vidigal, os fuzis foram achados por meio de denúncia anônima.
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Para governo, ação do Exército é de alto risco
Alencar e Forças Armadas temem vítimas civis, mas apóiam a operação no Rio; militares querem forçar tráfico a achar armas
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
O presidente interino da República e ministro da Defesa, José Alencar, classificou a operação do Exército nas favelas do Rio como de "alto risco", ontem, em conversas reservadas. O grande temor dele e do restante do governo e das próprias Forças Armadas é que haja vítimas civis, principalmente mulheres e crianças.
Apesar do risco, o governo apóia a ação -considerada no Exército uma "guerra de resistência" ou uma "guerra de nervos" com a cúpula do tráfico de drogas no Rio. Ao ameaçar só sair das favelas após reaver as armas roubadas de um quartel, a intenção é pressionar o comando dos traficantes a devolver as armas para se livrar do cerco rapidamente.
Há a suspeita, no Comando do Exército, de que as armas não estejam mais nos morros e até de que não tenham sido roubadas pelo tráfico organizado, mas sim por bandidos comuns. A pressão da Força, portanto, seria para que os próprios chefes do tráfico tratassem de descobrir os autores, recuperassem as armas e encerrassem assim a operação militar.
A suspeita de participação de bandidos comuns se baseia em duas avaliações:
1) o tráfico sabia que, ao roubar quartéis, atrairia as tropas e abriria uma guerra muito mais pesada do que a que está habituado;
2) se tivesse sido, de fato, um ato dos traficantes, eles já teriam entregue as armas para se livrar dos soldados e do cerco.
Como parte dessa "guerra de resistência", o Exército fechou as principais portas de entrada das favelas, inclusive a nevrálgica via Dutra, para, como foi descrito à Folha, "desidratar as fontes de recursos do tráfico". Ou seja, impedir o trânsito de drogas entre fornecedores, traficantes e usuários.
A idéia é cercar o tráfico em dois sentidos: o físico, geográfico, e o financeiro -sem drogas, não há dinheiro. Até que as armas apareçam. Caso contrário, o próprio Exército admite que a situação ficará delicada, pois não teria como justificar uma retirada de mãos abanando. Seria desmoralizante.
A operação no Rio foi de risco, mas não repentina. Na verdade, vem sendo preparada há anos e apenas esperava um "momento certo", uma justificativa consistente e que atraísse a aprovação e simpatia da sociedade.
Na avaliação do governo federal e das Forças Armadas, a participação do Exército é bem aceita entre os cariocas, mas era preciso vencer resistências em áreas de fora do Estado, especialmente na área acadêmica e entre os chamados "formadores de opinião".
A ousadia dos bandidos, sejam ou não líderes do tráfico, de entrar num quartel e roubar o Exército foi o estopim que a Força Armada esperava. "É inadmissível", ouviu a Folha de mais de um oficial ao longo da semana.
A preparação da ação estava, inclusive, nos cálculos e planos estratégicos do próprio envio de soldados para o Haiti, onde o Brasil comanda a força de paz da ONU. Entre outros objetivos, está o de "treinamento" para atuar em conflitos envolvendo civis, como é o típico caso do Rio.
Oficiais têm destacado as diferenças entre as favelas do Rio e do Haiti. Enquanto as cariocas são controladas pelo tráfico, altamente armado e rico, as haitianas são habitadas por bandidos comuns, geralmente pobres e desarmados (ou mal armados). No Rio, são organizados. Lá, apenas gangues.
Fonte: O Globo
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Exército faz tráfico perder até 70%
Polícia teme enfrentamento maior do tráfico com soldados no fim de semana, o período mais lucrativo
Karine Rodrigues
Uma semana após o início da Operação Cerco Total do Exército no Rio, a pistola e os dez fuzis roubados de um quartel em São Cristóvão continuam desaparecidos, mas o tráfico já começa a sentir os efeitos da presença dos militares nas favelas. Segundo a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), a venda de drogas caiu significativamente, e há favelas onde a redução chegou a 70%. O cerco provocou ainda reflexos na intensa comunicação por rádio e telefone mantida pelos criminosos. "Os grampos estão calados", revelou ontem a inspetora da DRE Marina Maggessi. Ontem o Exército mantinha 1.200 homens em dez favelas e em duas estradas, a Via Dutra e a Washington Luís.
Em palestra na Associação dos Magistrados do Estado do Rio (Amaerj), a inspetora disse que o Exército, já confrontado pelos traficantes em trocas de tiros no Morro da Providência e em Manguinhos, deverá enfrentar resistência ainda maior com a proximidade do fim de semana. É nesses dias que usuários eventuais, maior fonte de lucro dos bandidos, procuram as bocas-de-fumo.
"Eles vão ter problemas a partir de amanhã (hoje)", disse Marina, citando como exemplo o Morro da Mangueira. "Os traficantes da Mangueira são hoje os grandes milionários, porque a zona sul é Mangueira. Eles (jovens de classe média) adoram freqüentar a quadra, as bocas de lá", disse. "Viciado não sustenta boca. Eles são minoria."
Marina disse, porém, achar difícil o Exército recuperar as armas. "Não acredito que elas estejam em um lugar só. Já devem ter sido distribuídas. E enterradas. Pois ninguém é doido de andar com elas por aí."
Na própria Polícia Civil, há quem aposte numa solução mais rápida para o caso, pelos prejuízos que o tráfico tem sofrido. Uma fonte da área de inteligência levantou a hipótese de que, até o domingo, "surjam boas notícias". "As informações que estamos levantando são esparsas. Eles não estão se falando muito por meio de aparelhos de comunicação. Mas talvez as armas sejam devolvidas logo", disse um investigador, que pediu anonimato.
Organizador da palestra, o presidente do Fórum Permanente de Execução Penal, Álvaro Mayrink da Costa, disse que a ocupação do Exército é uma forma de controle social. Mas afirmou que a estratégia, muitas vezes, sofre intervenção de políticos. "Cada morro vale muitos votos. Vale um deputado federal, três estaduais, um governador. Ou será que todos nós fingimos que não sabemos disso? Os políticos que atuam nestas comunidades tudo fazem para evitar que haja choque, pois isso impediria que eles subissem e os eleitores descessem para votar." Ele disse ter sofrido pressão de políticos em 2002, quando presidia o Tribunal Regional Eleitoral, para dispensar o reforço de tropas federais nas eleições.
--
Sala de Guerra coordena ação
ROBERTO GODOY
O Exército criou um centro de de situação do tipo 3C&I (Comando, Controle, Comunicações e Inteligência) rico em sistemas eletrônicos, para coordenar as ações dos 1.500 militares envolvidos na ocupação de 8 favelas do Rio. No momento, há apenas uma outra Sala de Guerra em atividade nas Forças Armadas brasileiras, montada para dar suporte à tropa enviada ao Haiti. Os dados coletados pelos agentes de informações, os deslocamentos de equipes avançadas e todo o planejamento passam pela unidade 3C&I. O local onde está instalada e seus recursos são mantidos em segredo. Monitores de vídeo, mapas digitais e convencionais, associados a comunicações em tempo real, permitem integrar e expandir o rendimento da tropa, armas e equipamento alocados.
Fonte: O Estado de São Paulo
Polícia teme enfrentamento maior do tráfico com soldados no fim de semana, o período mais lucrativo
Karine Rodrigues
Uma semana após o início da Operação Cerco Total do Exército no Rio, a pistola e os dez fuzis roubados de um quartel em São Cristóvão continuam desaparecidos, mas o tráfico já começa a sentir os efeitos da presença dos militares nas favelas. Segundo a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), a venda de drogas caiu significativamente, e há favelas onde a redução chegou a 70%. O cerco provocou ainda reflexos na intensa comunicação por rádio e telefone mantida pelos criminosos. "Os grampos estão calados", revelou ontem a inspetora da DRE Marina Maggessi. Ontem o Exército mantinha 1.200 homens em dez favelas e em duas estradas, a Via Dutra e a Washington Luís.
Em palestra na Associação dos Magistrados do Estado do Rio (Amaerj), a inspetora disse que o Exército, já confrontado pelos traficantes em trocas de tiros no Morro da Providência e em Manguinhos, deverá enfrentar resistência ainda maior com a proximidade do fim de semana. É nesses dias que usuários eventuais, maior fonte de lucro dos bandidos, procuram as bocas-de-fumo.
"Eles vão ter problemas a partir de amanhã (hoje)", disse Marina, citando como exemplo o Morro da Mangueira. "Os traficantes da Mangueira são hoje os grandes milionários, porque a zona sul é Mangueira. Eles (jovens de classe média) adoram freqüentar a quadra, as bocas de lá", disse. "Viciado não sustenta boca. Eles são minoria."
Marina disse, porém, achar difícil o Exército recuperar as armas. "Não acredito que elas estejam em um lugar só. Já devem ter sido distribuídas. E enterradas. Pois ninguém é doido de andar com elas por aí."
Na própria Polícia Civil, há quem aposte numa solução mais rápida para o caso, pelos prejuízos que o tráfico tem sofrido. Uma fonte da área de inteligência levantou a hipótese de que, até o domingo, "surjam boas notícias". "As informações que estamos levantando são esparsas. Eles não estão se falando muito por meio de aparelhos de comunicação. Mas talvez as armas sejam devolvidas logo", disse um investigador, que pediu anonimato.
Organizador da palestra, o presidente do Fórum Permanente de Execução Penal, Álvaro Mayrink da Costa, disse que a ocupação do Exército é uma forma de controle social. Mas afirmou que a estratégia, muitas vezes, sofre intervenção de políticos. "Cada morro vale muitos votos. Vale um deputado federal, três estaduais, um governador. Ou será que todos nós fingimos que não sabemos disso? Os políticos que atuam nestas comunidades tudo fazem para evitar que haja choque, pois isso impediria que eles subissem e os eleitores descessem para votar." Ele disse ter sofrido pressão de políticos em 2002, quando presidia o Tribunal Regional Eleitoral, para dispensar o reforço de tropas federais nas eleições.
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Sala de Guerra coordena ação
ROBERTO GODOY
O Exército criou um centro de de situação do tipo 3C&I (Comando, Controle, Comunicações e Inteligência) rico em sistemas eletrônicos, para coordenar as ações dos 1.500 militares envolvidos na ocupação de 8 favelas do Rio. No momento, há apenas uma outra Sala de Guerra em atividade nas Forças Armadas brasileiras, montada para dar suporte à tropa enviada ao Haiti. Os dados coletados pelos agentes de informações, os deslocamentos de equipes avançadas e todo o planejamento passam pela unidade 3C&I. O local onde está instalada e seus recursos são mantidos em segredo. Monitores de vídeo, mapas digitais e convencionais, associados a comunicações em tempo real, permitem integrar e expandir o rendimento da tropa, armas e equipamento alocados.
Fonte: O Estado de São Paulo
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- Wagner L Carvalho
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Sugiro a vcs que acessem a pagina do jornal, http://www.jb.com.br . Tem muitos depoimentos de apoio à ação do exército, de todas as partes do Brasil e não somente do Rio de Janeiro.
Um abraço,
Wagner
Um abraço,
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Dizem que o pau vai cantar no fim de semana, quando aumenta enormemente a demanda de drogas.
Então, aparecem os filhinhos de papai na Mangueira para fazer grau e comprar drogas. Justamente no final de semana que os traficantes se enchem de dinheiro.
Logo ...
Agora há pouco li no http://www.terra.com que houve feridos em um confronto de MORADORES com o Exército, restando machucados um homem, uma mulher e uma criança, possivelmente agindo como massa de manobra dos criminosos. Então, os traficantes começaram a atirar naquele bolo de gente; O site noticiou que os soldados chegaram a ser agredidos pelo populacho ...
Walter Faganello Maierovitch, que escreve na Carta Capital (ex juiz de direito paulista e grande conhecedor das máfias e quetais), disse que pior que "o crime organizado só o crime desorganizado". Este, zoneado, extremamente violento e sem considerações , não tem quaisquer escrúpulos ...
Salu2, alexandre.
Então, aparecem os filhinhos de papai na Mangueira para fazer grau e comprar drogas. Justamente no final de semana que os traficantes se enchem de dinheiro.
Logo ...
Agora há pouco li no http://www.terra.com que houve feridos em um confronto de MORADORES com o Exército, restando machucados um homem, uma mulher e uma criança, possivelmente agindo como massa de manobra dos criminosos. Então, os traficantes começaram a atirar naquele bolo de gente; O site noticiou que os soldados chegaram a ser agredidos pelo populacho ...
Walter Faganello Maierovitch, que escreve na Carta Capital (ex juiz de direito paulista e grande conhecedor das máfias e quetais), disse que pior que "o crime organizado só o crime desorganizado". Este, zoneado, extremamente violento e sem considerações , não tem quaisquer escrúpulos ...
Salu2, alexandre.
"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
- lelobh
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MP Federal entra com ação contra operação do exército nas favelas do Rio
Dom Pedro II, quando da visita ao campo de Batalha, Guerra do Paraguai.
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
'Me fez lembrar do que o Talharim falou sobre, oq aconteceria se comessace a faltar droga para as elites.
O problema é essa ideologia vagabunda da "isquerda" que não é nem marxista nem p. nenhuma . A criminalidade caiu 50% nas aéreas controladas pelo Exército mas isso não interessa para uma "isquerda"que ainda tem orgasmos imaginando um futuro trio maravilha MST + FARCS + traficantes cariocasd numa guerillha "isquerdista".
Esses 2 aí devem estar desesperados.Devem estar com uma abstinência braba pela falta de cocaína e crack no cérebro.
Eu apostaria num financiamento de traficantes ou ameaça a algum membro viciado da família deles .
P.S: perto de onde moro vi um jovem de classe média que para mim parecia dorgado pedindo diheiro desesperadamente em um telefone poúblico . Parece que o preço da droga inflacionou .