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Enviado: Seg Jul 30, 2007 4:41 pm
por rodrigo
Crise aérea
Narcotráfico voa livremente na Amazônia
De Jailton de Carvalho em O Globo, hoje:

"Na madrugada do dia 21, após a infindável sucessão de dramas no setor aéreo, o país foi surpreendido por um apagão no Cindacta 4, em Manaus, a base do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), um projeto de US$ 1,3 bilhão.

O problema aprofundou a crise aérea — que já havia sido agravada devido ao acidente com o avião da TAM e ao colapso do Aeroporto de Congonhas — e pôs em evidência as fragilidades de todo o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), o mais ambicioso projeto de segurança da região ao qual o Sivam é vinculado.

Depois de todo o investimento, o sistema não tem servido nem mesmo para conter o intenso tráfego de pequenos aviões a serviço do tráfico de cocaína entre Brasil, Colômbia, Bolívia, Peru e Suriname.

— Eles não repassam para nós nenhuma informação sobre aeronaves clandestinas. Nunca repassaram — afirma o coordenador de Operações Especiais de Fronteira, delegado da Polícia Federal Mauro Spósito.

Segundo o policial, a frota narcotráfico circula livremente na região. Alguns aviões só são interceptados a partir de denúncias ou de investigações da própria PF. É o mesmo modelo antiquado e ineficaz de combate ao tráfico que existia antes do Sivam.

A promessa original do sistema, centro da primeira crise no governo do ex-presidente Fernando Henrique, era reforçar a vigilância aérea e golpear duramente o comércio da cocaína na região, dependente quase exclusivamente de numerosa frota de pequenos aviões.

As queixas de Spósito são ampliadas por militares que estão em postos de comando na região. Segundo um deles, o Sivam não dispõe de recursos nem para a manutenção de alguns radares. Equipamentos estariam abandonados no meio do mato.

Esse militar, que falou com O GLOBO com a condição de não ter o nome divulgado, diz que os problemas são graves e expõem, de fato, as brechas do sistema de defesa nacional. O Sivam seria uma espécie de quartel-general de proteção da Amazônia em tempos de globalização.

— Não há dinheiro para nada. As estruturas estão sucateadas. Tem radares abandonados no meio do mato. Estou muito preocupado. O Sipam, que era voltado especialmente para a proteção do meio ambiente, está realmente comprometido em relação ao que imaginávamos — afirma o general."

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

Parece que a VEJA tinha um pouquinho de razão, ou será mais uma mentira???

Enviado: Seg Jul 30, 2007 5:20 pm
por artenobre
pior que nem ministro da defesa temos mais, o cara só preocupa com caos aéreo, enquanto o resto...........

Enviado: Seg Jul 30, 2007 6:14 pm
por orestespf
artenobre escreveu:pior que nem ministro da defesa temos mais, o cara só preocupa com caos aéreo, enquanto o resto...........


Pô! Pega leve, o cara assumiu "ontem" e o principal motivo da substituição do titular do MB foi o tal caos aéreo. Vamos dar um tempo, todos merecem algum crédito, críticas sim, mas só depois de algum tempo. O cara nem começou a trabalhar ainda e claramente que no ínicio o foco de trabalho dele será mesmo controle aéreo.

Sds,

Orestes

Enviado: Seg Jul 30, 2007 9:02 pm
por Berkeley Marques
Caros Fóristas onde está o comandante Saito para cobrar uma atitude firme do governo em relação ao caos aéreo (que em parte é de responsabilidade de nossa Força Aérea) e ao estado de sucateamento dos meios operados pela FAB????
Pois com um orçamento que mal paga o combustível das aeronaves e os parcos salários, como poderiamos manter a soberania sobre o território amazônico e conservar uma política de segurança eficiente?????
O Sr. Saito tem como dever cobrar essa participação do governo em relação a FAB, pois PIB e carga tributaria temos de sobra, já vergonha na cara para assumir totalmente as responsabilidades exigidas pela importância do cargo que se exerce parace ter se esgotado.

Perdão se me exaltei em minhas palavras ou ofendi qualquer pessoa no fórum, porém estou indignado com o total descaso que se é tratado o sistema de defesa de um país que se julga soberano.

Enviado: Seg Jul 30, 2007 9:37 pm
por orestespf
Berkeley Marques escreveu:Caros Fóristas onde está o comandante Saito para cobrar uma atitude firme do governo em relação ao caos aéreo (que em parte é de responsabilidade de nossa Força Aérea) e ao estado de sucateamento dos meios operados pela FAB????
Pois com um orçamento que mal paga o combustível das aeronaves e os parcos salários, como poderiamos manter a soberania sobre o território amazônico e conservar uma política de segurança eficiente?????
O Sr. Saito tem como dever cobrar essa participação do governo em relação a FAB, pois PIB e carga tributaria temos de sobra, já vergonha na cara para assumir totalmente as responsabilidades exigidas pela importância do cargo que se exerce parace ter se esgotado.

Perdão se me exaltei em minhas palavras ou ofendi qualquer pessoa no fórum, porém estou indignado com o total descaso que se é tratado o sistema de defesa de um país que se julga soberano.


Olá Berkeley Marques,

o Ministério da Aeronáutica acabou faz tempo. Sua cobrança é pertinente, mas cabe ao ministro da Defesa. A FAB tem sua responsabilidade sim, mas deve cobrar ao seu superior o MD e este ao presidente.

Existem outros órgãos que merecem atenção e estão intimamentes relacionados com suas reividicações: Anac, Infraero, FAB, etc. Não só a FAB. Existe hierarquia e neste caso, cabe a FAB "reclamar" com o MD e este tomar as providências cabíveis.

Vamos ver se o novo ministro dá "mais ouvidos" as nossas FFAA. Mas antes de tudo isso acontecer, o MD precisa dar uma resposta a sociedade sobre os problemas de controle aéreo, aeroportuários, etc.


Sds,

Orestes

Enviado: Ter Jul 31, 2007 1:04 am
por Luiz Bastos
Vi ontem uma coletiva do Jobim e me pareceu que muitos problemas relacionados ao trafego aéreo estão sendo resolvidas com remanejamento para outros aeroportos. Deve sair tudo hoje nos jornais. Me lembro que ele assumiu a responsabilidade total pela crise e vai criar um órgão fiscalizador no MD, pois segundo ele, se criavam as alterações mas ninguém fiscalizava para ver se funcionavam ou não. Gostei. Fui :wink:

Enviado: Ter Jul 31, 2007 11:01 am
por orestespf
Luiz Bastos escreveu:Vi ontem uma coletiva do Jobim e me pareceu que muitos problemas relacionados ao trafego aéreo estão sendo resolvidas com remanejamento para outros aeroportos. Deve sair tudo hoje nos jornais. Me lembro que ele assumiu a responsabilidade total pela crise e vai criar um órgão fiscalizador no MD, pois segundo ele, se criavam as alterações mas ninguém fiscalizava para ver se funcionavam ou não. Gostei. Fui :wink:


Olá Luiz,

são apenas medidas paliativas, mas que já deveriam ter sido adotadas. Por que isso não foi feito antes? Porque as companhias aéreas não queriam e tinham "apoio" da Anac (veja o caso do bilhete pago ao diretor do órgão tempos atrás). A Anac foi criada para ser uma agência regulamentadora, mas nunca fez o seu papel, de proteger o usuário, protegia as companhias aéreas.

Com a crise que sensibilizou a população, "permitiu" a troca do ministro do MD, facilitou certas medidas, deu mais força ao governo (através do novo ministro) e cabeças anunciadas rolarão, além de mais algumas.

Esta ação guilhotina só "limpa" o cenário, mas não adianta em nada se investimentos não ocorrem. Não basta anúncios de investimentos de infra-estrutura, precisa-se de um plano de desenvolvimento de curto, médio e longo prazo, que seja independente de governos e que seja dinâmico e duradouro.

Idem para as ações das FFAA e seus programas de reaparelhamento. Acredito que este ministro queira ouvir todos os três comandantes e faça valer uma reprogramação de idéias arcaicas e pré-concebidas. As forças que já entenderam o recado (já dado tempos atrás) e se anteciparam, conseguirão exibir novos meios em curto espaço de tempo. As "sonhadoras" continuarão "a ver navios" por algum tempo.


Sds,

Orestes

Enviado: Qua Ago 01, 2007 1:48 am
por Mapinguari
César escreveu:Vi mas não li a matéria. Embora possam existir problemas reais na mesma, me parece que ela não passa de um denuncismo barato, que "denuncia" coisas que são de conhecimento público, ou inventa outras.

Por exemplo, uma das "denúncias" é a de que os radares do SIVAM não captam adequadamente aviões a menos de 3.000 metros de altura. Não sei o valor da altura, mas é de conhecimento de todos que radares terrestres sempre tem uma limitação na sua detecção, em virtude da curvatura da terra. Assim, qualquer radar terrestre, e não apenas o SIVAM, teria esse problema.

Outra "denúncia" é a de que os caças da FAB que realizam interceptações de traficantes "tiveram" que ser deslocados para Goiás, e nunca realizaram interceptação nenhuma. Não precisa ser um gênio pra ver o tamanho do absurdo nessa afirmação, não só por que em Goiás ficam supersônicos que não interceptam traficantes, como também o fato de que quem realiza essa tarefa são aviões baseados em Campo Grande, Boa Vista e Porto Velho.

Em suma, entre denuncias verdadeiras ou falsas, o caráter da matéria, de depreciar o Sivam a todo custo, faz com que ela perca muito de sua credibilidade.

Abraços

César


A matéria é apenas denuncismo barato, assim com o a que foi publicada no jornal O Globo do dia 30/07, dizendo que os radares do Cindacta 4 estão inoperantes e sucateados e que a FAB nunca repassou informações à Polícia Federal sobre aeronaves de narcotráfico ou posições de pistas clandestinas (a denúncia seria do delegado Mauro Sposito, da PF). Pois bem, ontem (30/07) assisti a uma palestra apresentada pelo Cel Av Volkmer, chefe do Estado-Maior do Comar VII, e pelo Cel Av Carcavallo, comandante do Cindacta 4, na sede do Tribuinal Regional do Trabalho da 11ª Região, em Manaus.
1) Quase todo dia a FAB detecta, acompanha e muitas vezes, interpela tráfegos clandestinos na Amazônia (Cel Av Volkmer).
2) Apesar disso, a quantidade de vôos operados pelo narcotráfico caiu a quase zero, graças à Lei do Abate (Cel Av Volkmer).
3) O Cel Av Volkmer mostrou diversas fotos e vídeos de pistas clandestinas sendo destruídas pela FAB e /ou PF, com informações repassadas pelos R-99B. Mostro também várias fotos de homens da PF junto com pessoal da FAB, em helicópteros da FAB (UH-1H e UH-60) pousando em aeródromos e paresando aeronaves suspeitas. Isso contradiz o que o tal delegado da PF afirmou na matéria de O Globo.
4) De acordo com o Cel Av. Carcavallo, o único radar do Cindacta 4 fora de operação é um radar secundário em Tefé-AM. Ele aguarda a chegada de uma peça do RJ para colocá-lo em operação.
5) O Cel Av Carcavallo admite que tem problemas de pessoal, e isso não se refere somente à controladores de vôo, mas a engenheiros e técnicos que deixam a vida militar pela inciativa privada. Mas disse que chegaram alguns controladores no Cindacta 4 recentemente.
6) O sargento que colocou a FIR-MAO fora de operação na semana passada está preso, e foi aberto IPM para averiguar se houve intenção de derrubar o sistema e todos os seus backups!
7) O repórter que escreveu a matéria dizendo que os jatos da FAB foram transferidos para Anápolis confundiu A-29 com R-99. Segundo o CelAv Carcavallo, todo dia um R-99A sobrevoa a Amazônia. Além disso, são comuns as operações denominadas "Porteira Fechada", ao longo da fronteira, quando um R-99 é transferido para uma base de desdobramento, como São Gabriel da Cachoeira, junto com alguns caças (F-5, A-1, AT-26 e A-29) e controlam todo o tráfego que vem dos e para os países vizinhos.

Enviado: Qua Ago 01, 2007 3:52 am
por Luiz Bastos
Mapinguari escreveu:
César escreveu:Vi mas não li a matéria. Embora possam existir problemas reais na mesma, me parece que ela não passa de um denuncismo barato, que "denuncia" coisas que são de conhecimento público, ou inventa outras.

Por exemplo, uma das "denúncias" é a de que os radares do SIVAM não captam adequadamente aviões a menos de 3.000 metros de altura. Não sei o valor da altura, mas é de conhecimento de todos que radares terrestres sempre tem uma limitação na sua detecção, em virtude da curvatura da terra. Assim, qualquer radar terrestre, e não apenas o SIVAM, teria esse problema.

Outra "denúncia" é a de que os caças da FAB que realizam interceptações de traficantes "tiveram" que ser deslocados para Goiás, e nunca realizaram interceptação nenhuma. Não precisa ser um gênio pra ver o tamanho do absurdo nessa afirmação, não só por que em Goiás ficam supersônicos que não interceptam traficantes, como também o fato de que quem realiza essa tarefa são aviões baseados em Campo Grande, Boa Vista e Porto Velho.

Em suma, entre denuncias verdadeiras ou falsas, o caráter da matéria, de depreciar o Sivam a todo custo, faz com que ela perca muito de sua credibilidade.

Abraços

César


A matéria é apenas denuncismo barato, assim com o a que foi publicada no jornal O Globo do dia 30/07, dizendo que os radares do Cindacta 4 estão inoperantes e sucateados e que a FAB nunca repassou informações à Polícia Federal sobre aeronaves de narcotráfico ou posições de pistas clandestinas (a denúncia seria do delegado Mauro Sposito, da PF). Pois bem, ontem (30/07) assisti a uma palestra apresentada pelo Cel Av Volkmer, chefe do Estado-Maior do Comar VII, e pelo Cel Av Carcavallo, comandante do Cindacta 4, na sede do Tribuinal Regional do Trabalho da 11ª Região, em Manaus.
1) Quase todo dia a FAB detecta, acompanha e muitas vezes, interpela tráfegos clandestinos na Amazônia (Cel Av Volkmer).
2) Apesar disso, a quantidade de vôos operados pelo narcotráfico caiu a quase zero, graças à Lei do Abate (Cel Av Volkmer).
3) O Cel Av Volkmer mostrou diversas fotos e vídeos de pistas clandestinas sendo destruídas pela FAB e /ou PF, com informações repassadas pelos R-99B. Mostro também várias fotos de homens da PF junto com pessoal da FAB, em helicópteros da FAB (UH-1H e UH-60) pousando em aeródromos e paresando aeronaves suspeitas. Isso contradiz o que o tal delegado da PF afirmou na matéria de O Globo.
4) De acordo com o Cel Av. Carcavallo, o único radar do Cindacta 4 fora de operação é um radar secundário em Tefé-AM. Ele aguarda a chegada de uma peça do RJ para colocá-lo em operação.
5) O Cel Av Carcavallo admite que tem problemas de pessoal, e isso não se refere somente à controladores de vôo, mas a engenheiros e técnicos que deixam a vida militar pela inciativa privada. Mas disse que chegaram alguns controladores no Cindacta 4 recentemente.
6) O sargento que colocou a FIR-MAO fora de operação na semana passada está preso, e foi aberto IPM para averiguar se houve intenção de derrubar o sistema e todos os seus backups!
7) O repórter que escreveu a matéria dizendo que os jatos da FAB foram transferidos para Anápolis confundiu A-29 com R-99. Segundo o CelAv Carcavallo, todo dia um R-99A sobrevoa a Amazônia. Além disso, são comuns as operações denominadas "Porteira Fechada", ao longo da fronteira, quando um R-99 é transferido para uma base de desdobramento, como São Gabriel da Cachoeira, junto com alguns caças (F-5, A-1, AT-26 e A-29) e controlam todo o tráfego que vem dos e para os países vizinhos.



Eu sabia que havia algo errado. Era incompetência demais para pessoas que vivem o dia a dia das FFAAs e são treinadas para tal. Fui :wink:

Enviado: Qua Ago 01, 2007 3:52 am
por Luiz Bastos
Mapinguari escreveu:
César escreveu:Vi mas não li a matéria. Embora possam existir problemas reais na mesma, me parece que ela não passa de um denuncismo barato, que "denuncia" coisas que são de conhecimento público, ou inventa outras.

Por exemplo, uma das "denúncias" é a de que os radares do SIVAM não captam adequadamente aviões a menos de 3.000 metros de altura. Não sei o valor da altura, mas é de conhecimento de todos que radares terrestres sempre tem uma limitação na sua detecção, em virtude da curvatura da terra. Assim, qualquer radar terrestre, e não apenas o SIVAM, teria esse problema.

Outra "denúncia" é a de que os caças da FAB que realizam interceptações de traficantes "tiveram" que ser deslocados para Goiás, e nunca realizaram interceptação nenhuma. Não precisa ser um gênio pra ver o tamanho do absurdo nessa afirmação, não só por que em Goiás ficam supersônicos que não interceptam traficantes, como também o fato de que quem realiza essa tarefa são aviões baseados em Campo Grande, Boa Vista e Porto Velho.

Em suma, entre denuncias verdadeiras ou falsas, o caráter da matéria, de depreciar o Sivam a todo custo, faz com que ela perca muito de sua credibilidade.

Abraços

César


A matéria é apenas denuncismo barato, assim com o a que foi publicada no jornal O Globo do dia 30/07, dizendo que os radares do Cindacta 4 estão inoperantes e sucateados e que a FAB nunca repassou informações à Polícia Federal sobre aeronaves de narcotráfico ou posições de pistas clandestinas (a denúncia seria do delegado Mauro Sposito, da PF). Pois bem, ontem (30/07) assisti a uma palestra apresentada pelo Cel Av Volkmer, chefe do Estado-Maior do Comar VII, e pelo Cel Av Carcavallo, comandante do Cindacta 4, na sede do Tribuinal Regional do Trabalho da 11ª Região, em Manaus.
1) Quase todo dia a FAB detecta, acompanha e muitas vezes, interpela tráfegos clandestinos na Amazônia (Cel Av Volkmer).
2) Apesar disso, a quantidade de vôos operados pelo narcotráfico caiu a quase zero, graças à Lei do Abate (Cel Av Volkmer).
3) O Cel Av Volkmer mostrou diversas fotos e vídeos de pistas clandestinas sendo destruídas pela FAB e /ou PF, com informações repassadas pelos R-99B. Mostro também várias fotos de homens da PF junto com pessoal da FAB, em helicópteros da FAB (UH-1H e UH-60) pousando em aeródromos e paresando aeronaves suspeitas. Isso contradiz o que o tal delegado da PF afirmou na matéria de O Globo.
4) De acordo com o Cel Av. Carcavallo, o único radar do Cindacta 4 fora de operação é um radar secundário em Tefé-AM. Ele aguarda a chegada de uma peça do RJ para colocá-lo em operação.
5) O Cel Av Carcavallo admite que tem problemas de pessoal, e isso não se refere somente à controladores de vôo, mas a engenheiros e técnicos que deixam a vida militar pela inciativa privada. Mas disse que chegaram alguns controladores no Cindacta 4 recentemente.
6) O sargento que colocou a FIR-MAO fora de operação na semana passada está preso, e foi aberto IPM para averiguar se houve intenção de derrubar o sistema e todos os seus backups!
7) O repórter que escreveu a matéria dizendo que os jatos da FAB foram transferidos para Anápolis confundiu A-29 com R-99. Segundo o CelAv Carcavallo, todo dia um R-99A sobrevoa a Amazônia. Além disso, são comuns as operações denominadas "Porteira Fechada", ao longo da fronteira, quando um R-99 é transferido para uma base de desdobramento, como São Gabriel da Cachoeira, junto com alguns caças (F-5, A-1, AT-26 e A-29) e controlam todo o tráfego que vem dos e para os países vizinhos.



Eu sabia que havia algo errado. Era incompetência demais para pessoas que vivem o dia a dia das FFAAs e são treinadas para tal. Fui :wink:

Enviado: Qua Ago 01, 2007 3:57 am
por Luiz Bastos
Mapinguari escreveu:
César escreveu:Vi mas não li a matéria. Embora possam existir problemas reais na mesma, me parece que ela não passa de um denuncismo barato, que "denuncia" coisas que são de conhecimento público, ou inventa outras.

Por exemplo, uma das "denúncias" é a de que os radares do SIVAM não captam adequadamente aviões a menos de 3.000 metros de altura. Não sei o valor da altura, mas é de conhecimento de todos que radares terrestres sempre tem uma limitação na sua detecção, em virtude da curvatura da terra. Assim, qualquer radar terrestre, e não apenas o SIVAM, teria esse problema.

Outra "denúncia" é a de que os caças da FAB que realizam interceptações de traficantes "tiveram" que ser deslocados para Goiás, e nunca realizaram interceptação nenhuma. Não precisa ser um gênio pra ver o tamanho do absurdo nessa afirmação, não só por que em Goiás ficam supersônicos que não interceptam traficantes, como também o fato de que quem realiza essa tarefa são aviões baseados em Campo Grande, Boa Vista e Porto Velho.

Em suma, entre denuncias verdadeiras ou falsas, o caráter da matéria, de depreciar o Sivam a todo custo, faz com que ela perca muito de sua credibilidade.

Abraços

César


A matéria é apenas denuncismo barato, assim com o a que foi publicada no jornal O Globo do dia 30/07, dizendo que os radares do Cindacta 4 estão inoperantes e sucateados e que a FAB nunca repassou informações à Polícia Federal sobre aeronaves de narcotráfico ou posições de pistas clandestinas (a denúncia seria do delegado Mauro Sposito, da PF). Pois bem, ontem (30/07) assisti a uma palestra apresentada pelo Cel Av Volkmer, chefe do Estado-Maior do Comar VII, e pelo Cel Av Carcavallo, comandante do Cindacta 4, na sede do Tribuinal Regional do Trabalho da 11ª Região, em Manaus.
1) Quase todo dia a FAB detecta, acompanha e muitas vezes, interpela tráfegos clandestinos na Amazônia (Cel Av Volkmer).
2) Apesar disso, a quantidade de vôos operados pelo narcotráfico caiu a quase zero, graças à Lei do Abate (Cel Av Volkmer).
3) O Cel Av Volkmer mostrou diversas fotos e vídeos de pistas clandestinas sendo destruídas pela FAB e /ou PF, com informações repassadas pelos R-99B. Mostro também várias fotos de homens da PF junto com pessoal da FAB, em helicópteros da FAB (UH-1H e UH-60) pousando em aeródromos e paresando aeronaves suspeitas. Isso contradiz o que o tal delegado da PF afirmou na matéria de O Globo.
4) De acordo com o Cel Av. Carcavallo, o único radar do Cindacta 4 fora de operação é um radar secundário em Tefé-AM. Ele aguarda a chegada de uma peça do RJ para colocá-lo em operação.
5) O Cel Av Carcavallo admite que tem problemas de pessoal, e isso não se refere somente à controladores de vôo, mas a engenheiros e técnicos que deixam a vida militar pela inciativa privada. Mas disse que chegaram alguns controladores no Cindacta 4 recentemente.
6) O sargento que colocou a FIR-MAO fora de operação na semana passada está preso, e foi aberto IPM para averiguar se houve intenção de derrubar o sistema e todos os seus backups!
7) O repórter que escreveu a matéria dizendo que os jatos da FAB foram transferidos para Anápolis confundiu A-29 com R-99. Segundo o CelAv Carcavallo, todo dia um R-99A sobrevoa a Amazônia. Além disso, são comuns as operações denominadas "Porteira Fechada", ao longo da fronteira, quando um R-99 é transferido para uma base de desdobramento, como São Gabriel da Cachoeira, junto com alguns caças (F-5, A-1, AT-26 e A-29) e controlam todo o tráfego que vem dos e para os países vizinhos.



Eu sabia que havia algo errado. Era incompetência demais para pessoas que vivem o dia a dia das FFAAs e são treinadas para tal. Fui :wink:

Enviado: Qui Ago 02, 2007 10:14 am
por Marino
Pane derruba chefe do Cindacta 4

Para Juniti Saito, coronel Carcavallo não teve pulso para resolver o problema


BRASÍLIA. A pane elétrica que deixou às escuras o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo de Manaus (Cindacta-4), obrigando aviões que faziam vôos internacionais a retornar ao ponto de origem, na madrugada do último dia 21, derrubou o chefe do Cindacta 4, coronel Eduardo Antônio Carcavallo Filho. Sua demissão foi publicada ontem no Diário Oficial. Ele será substituído pelo coronel Carlos Eurico Peclat dos Santos.

A saída de Carcavallo, cuja promoção a brigadeiro era dada como certa, foi decidida na última sexta-feira pelo comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, e terá reflexos negativos na carreira do coronel. Para Saito, Carcavallo não teve pulso firme para evitar o problema, que é alvo de sindicância. Sem descartar a possibilidade de sabotagem, a Aeronáutica já concluiu que a pane foi causada por erros elementares na manutenção das instalações elétricas.

O Cindacta 4 é responsável pelos vôos que entram e saem do país com destino aos Estados Unidos e à América Central, além do tráfego nacional sobre a Amazônia.

Desde a colisão do Boeing da Gol com o jato Legacy, que matou 154 pessoas em 29 de setembro do ano passado, Carcavallo é o terceiro chefe de Cindacta a perder o cargo. O primeiro foi o coronel Lúcio Rivera, chefe do Cindacta 1, em Brasília, no fim de 2006. O mesmo ocorreu com o substituto de Rivera, o coronel Carlos Vuyk de Aquino.


FAB pode nomear só brigadeiros para Cindactas

A Força Aérea Brasileira (FAB) estuda nomear brigadeiros e não mais coronéis para a chefia dos Cindactas 1 e 4, dada a importância dos dois centros no controle do tráfego aéreo do país.

A pane elétrica em Manaus ocorreu às 23h15 no horário da capital amazonense. O fornecimento de energia ficou interrompido até a 1h32m, mas o controle aéreo por radar só foi retomado às 2h30 (horário de Manaus). Nesse período, os controladores tiveram de operar em situação de emergência, via rádio, valendo-se de informações sobre a velocidade dos aviões e dos ventos para calcular a posição de cada aeronave.

Enviado: Qui Ago 02, 2007 11:04 am
por Pedro Gilberto
Mapinguari escreveu:
César escreveu:Vi mas não li a matéria. Embora possam existir problemas reais na mesma, me parece que ela não passa de um denuncismo barato, que "denuncia" coisas que são de conhecimento público, ou inventa outras.

Por exemplo, uma das "denúncias" é a de que os radares do SIVAM não captam adequadamente aviões a menos de 3.000 metros de altura. Não sei o valor da altura, mas é de conhecimento de todos que radares terrestres sempre tem uma limitação na sua detecção, em virtude da curvatura da terra. Assim, qualquer radar terrestre, e não apenas o SIVAM, teria esse problema.

Outra "denúncia" é a de que os caças da FAB que realizam interceptações de traficantes "tiveram" que ser deslocados para Goiás, e nunca realizaram interceptação nenhuma. Não precisa ser um gênio pra ver o tamanho do absurdo nessa afirmação, não só por que em Goiás ficam supersônicos que não interceptam traficantes, como também o fato de que quem realiza essa tarefa são aviões baseados em Campo Grande, Boa Vista e Porto Velho.

Em suma, entre denuncias verdadeiras ou falsas, o caráter da matéria, de depreciar o Sivam a todo custo, faz com que ela perca muito de sua credibilidade.

Abraços

César


A matéria é apenas denuncismo barato, assim com o a que foi publicada no jornal O Globo do dia 30/07, dizendo que os radares do Cindacta 4 estão inoperantes e sucateados e que a FAB nunca repassou informações à Polícia Federal sobre aeronaves de narcotráfico ou posições de pistas clandestinas (a denúncia seria do delegado Mauro Sposito, da PF). Pois bem, ontem (30/07) assisti a uma palestra apresentada pelo Cel Av Volkmer, chefe do Estado-Maior do Comar VII, e pelo Cel Av Carcavallo, comandante do Cindacta 4, na sede do Tribuinal Regional do Trabalho da 11ª Região, em Manaus.
1) Quase todo dia a FAB detecta, acompanha e muitas vezes, interpela tráfegos clandestinos na Amazônia (Cel Av Volkmer).
2) Apesar disso, a quantidade de vôos operados pelo narcotráfico caiu a quase zero, graças à Lei do Abate (Cel Av Volkmer).
3) O Cel Av Volkmer mostrou diversas fotos e vídeos de pistas clandestinas sendo destruídas pela FAB e /ou PF, com informações repassadas pelos R-99B. Mostro também várias fotos de homens da PF junto com pessoal da FAB, em helicópteros da FAB (UH-1H e UH-60) pousando em aeródromos e paresando aeronaves suspeitas. Isso contradiz o que o tal delegado da PF afirmou na matéria de O Globo.
4) De acordo com o Cel Av. Carcavallo, o único radar do Cindacta 4 fora de operação é um radar secundário em Tefé-AM. Ele aguarda a chegada de uma peça do RJ para colocá-lo em operação.
5) O Cel Av Carcavallo admite que tem problemas de pessoal, e isso não se refere somente à controladores de vôo, mas a engenheiros e técnicos que deixam a vida militar pela inciativa privada. Mas disse que chegaram alguns controladores no Cindacta 4 recentemente.
6) O sargento que colocou a FIR-MAO fora de operação na semana passada está preso, e foi aberto IPM para averiguar se houve intenção de derrubar o sistema e todos os seus backups!
7) O repórter que escreveu a matéria dizendo que os jatos da FAB foram transferidos para Anápolis confundiu A-29 com R-99. Segundo o CelAv Carcavallo, todo dia um R-99A sobrevoa a Amazônia. Além disso, são comuns as operações denominadas "Porteira Fechada", ao longo da fronteira, quando um R-99 é transferido para uma base de desdobramento, como São Gabriel da Cachoeira, junto com alguns caças (F-5, A-1, AT-26 e A-29) e controlam todo o tráfego que vem dos e para os países vizinhos.


Parabens Mapi..... :wink:

Os comandantes do CINDACTA e COMAR deviam fazer uma coletiva com essas informacoes para deixar os caras da imp(r)ensa (os IMPENSANTES) com cara de tacho...... :lol:

[]'s

Enviado: Ter Ago 07, 2007 12:26 am
por Mapinguari
Marino escreveu:
Pane derruba chefe do Cindacta 4

Para Juniti Saito, coronel Carcavallo não teve pulso para resolver o problema


BRASÍLIA. A pane elétrica que deixou às escuras o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo de Manaus (Cindacta-4), obrigando aviões que faziam vôos internacionais a retornar ao ponto de origem, na madrugada do último dia 21, derrubou o chefe do Cindacta 4, coronel Eduardo Antônio Carcavallo Filho. Sua demissão foi publicada ontem no Diário Oficial. Ele será substituído pelo coronel Carlos Eurico Peclat dos Santos.

A saída de Carcavallo, cuja promoção a brigadeiro era dada como certa, foi decidida na última sexta-feira pelo comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, e terá reflexos negativos na carreira do coronel. Para Saito, Carcavallo não teve pulso firme para evitar o problema, que é alvo de sindicância. Sem descartar a possibilidade de sabotagem, a Aeronáutica já concluiu que a pane foi causada por erros elementares na manutenção das instalações elétricas.

O Cindacta 4 é responsável pelos vôos que entram e saem do país com destino aos Estados Unidos e à América Central, além do tráfego nacional sobre a Amazônia.

Desde a colisão do Boeing da Gol com o jato Legacy, que matou 154 pessoas em 29 de setembro do ano passado, Carcavallo é o terceiro chefe de Cindacta a perder o cargo. O primeiro foi o coronel Lúcio Rivera, chefe do Cindacta 1, em Brasília, no fim de 2006. O mesmo ocorreu com o substituto de Rivera, o coronel Carlos Vuyk de Aquino.


FAB pode nomear só brigadeiros para Cindactas

A Força Aérea Brasileira (FAB) estuda nomear brigadeiros e não mais coronéis para a chefia dos Cindactas 1 e 4, dada a importância dos dois centros no controle do tráfego aéreo do país.

A pane elétrica em Manaus ocorreu às 23h15 no horário da capital amazonense. O fornecimento de energia ficou interrompido até a 1h32m, mas o controle aéreo por radar só foi retomado às 2h30 (horário de Manaus). Nesse período, os controladores tiveram de operar em situação de emergência, via rádio, valendo-se de informações sobre a velocidade dos aviões e dos ventos para calcular a posição de cada aeronave.


O Cel Av Carcavallo disse que o blecaute no Cindacta IV foi o que motivou sua exoneração, em que pese a instalação de inquérito para apurar as causas. Acho que a FAB não está perdoando mais o menor deslize...

Enviado: Ter Ago 07, 2007 10:19 am
por Moccelin
Mapinguari escreveu:
Marino escreveu:
Pane derruba chefe do Cindacta 4

Para Juniti Saito, coronel Carcavallo não teve pulso para resolver o problema


BRASÍLIA. A pane elétrica que deixou às escuras o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo de Manaus (Cindacta-4), obrigando aviões que faziam vôos internacionais a retornar ao ponto de origem, na madrugada do último dia 21, derrubou o chefe do Cindacta 4, coronel Eduardo Antônio Carcavallo Filho. Sua demissão foi publicada ontem no Diário Oficial. Ele será substituído pelo coronel Carlos Eurico Peclat dos Santos.

A saída de Carcavallo, cuja promoção a brigadeiro era dada como certa, foi decidida na última sexta-feira pelo comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, e terá reflexos negativos na carreira do coronel. Para Saito, Carcavallo não teve pulso firme para evitar o problema, que é alvo de sindicância. Sem descartar a possibilidade de sabotagem, a Aeronáutica já concluiu que a pane foi causada por erros elementares na manutenção das instalações elétricas.

O Cindacta 4 é responsável pelos vôos que entram e saem do país com destino aos Estados Unidos e à América Central, além do tráfego nacional sobre a Amazônia.

Desde a colisão do Boeing da Gol com o jato Legacy, que matou 154 pessoas em 29 de setembro do ano passado, Carcavallo é o terceiro chefe de Cindacta a perder o cargo. O primeiro foi o coronel Lúcio Rivera, chefe do Cindacta 1, em Brasília, no fim de 2006. O mesmo ocorreu com o substituto de Rivera, o coronel Carlos Vuyk de Aquino.


FAB pode nomear só brigadeiros para Cindactas

A Força Aérea Brasileira (FAB) estuda nomear brigadeiros e não mais coronéis para a chefia dos Cindactas 1 e 4, dada a importância dos dois centros no controle do tráfego aéreo do país.

A pane elétrica em Manaus ocorreu às 23h15 no horário da capital amazonense. O fornecimento de energia ficou interrompido até a 1h32m, mas o controle aéreo por radar só foi retomado às 2h30 (horário de Manaus). Nesse período, os controladores tiveram de operar em situação de emergência, via rádio, valendo-se de informações sobre a velocidade dos aviões e dos ventos para calcular a posição de cada aeronave.


O Cel Av Carcavallo disse que o blecaute no Cindacta IV foi o que motivou sua exoneração, em que pese a instalação de inquérito para apurar as causas. Acho que a FAB não está perdoando mais o menor deslize...


Caraca... Deve ser uma 'posição' horrível, estar prestes a ser promovido a Brigadeiro e ser exonerado... Tem muita gente (Cmts dos outros CINDACTAS) que deve estar começando a ficar preocupado com os controladores e pessoal da menutenção...