«Portela+1»: Associação pagará estudo com meios próprios
O estudo da Associação Comercial do Porto (ACP) analisando uma alternativa à construção do aeroporto da Ota deverá ser integralmente financiado pela própria associação e elaborado por entidades portuguesas, nomeadamente meios universitários do Porto.
«Irei defender junto da direcção [da ACP] que o estudo seja custeado pela associação», afirmou o presidente, Rui Moreira, em declarações à agência Lusa, adiantando que o recurso ao financiamento por parte de empresas só acontecerá «se for absolutamente indispensável».
«Primeiro vou desenhar o estudo, depois orçamentá-lo e só depois decidir se temos meios próprios ou não«, disse.
«Mas julgo que temos os meios necessários», acrescentou.
Segundo adiantou Rui Moreira, o trabalho não será nunca «tão caro» como o da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), já que consistirá num modelo macroeconómico de análise custo/benefício da opção «Portela + 1» (manutenção do actual aeroporto de Lisboa com o apoio de uma infra-estrutura de menor dimensão) face ao aeroporto da Ota, não entrando em questões de engenharia.
Menos de 24 horas passadas desde o anúncio da decisão da ACP em avançar com mais este estudo, Rui Moreira diz não estar ainda definida a entidade que o desenvolverá.
Contudo, disse, é intenção da ACP «recorrer a meios universitários portugueses - nomeadamente do Porto, até por questões »de conveniência«, embora não esteja excluída a participação de outros investigadores - e não a empresas estrangeiras de consultoria».
De acordo com o dirigente associativo, estas questões irão ser oportunamente definidas pelo coordenador do estudo, a nomear pela ACP até segunda-feira.
Será também este coordenador que definirá quantas e quais as alternativas a estudar para apoio ao actual aeroporto de Lisboa, no âmbito da opção «Portela + 1».
«Até pode ser Alcochete, tudo vai depender da coordenação do estudo«, disse.
Independentemente destes aspectos, o objectivo da ACP é apresentar o estudo ao Governo ao mesmo tempo do do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC - a quem o executivo entregou a avaliação comparada entre as opções da Ota ou do Campo de Tiro de Alcochete, como defende o estudo da CIP), ou seja, antes do final do ano.
«Parece-me [um prazo] perfeitamente razoável, porque se o Governo vai esperar pelo estudo do LNEC para decidir e lhe deu seis meses, se nós entregarmos o nosso ao mesmo tempo não estaremos a adiar nenhuma decisão», sustentou Rui Moreira.
Diário Digital / Lusa
19-06-2007 12:56:00
Portugal: Aeroporto da OTA
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Ota: especialista do MIT adverte para «risco» e «incerteza»
Um especialista do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) aponta, num estudo divulgado hoje pelo Público, a localização do novo aeroporto na Ota como um risco para os investidores e aconselha a construção inicial de apenas uma pista.
Richard de Neufville, considerado um dos grandes especialistas em planeamento de sistemas aeroportuários, defende numa análise sobre o futuro do tráfego aéreo realizada em Março que o projecto de localização do novo aeroporto internacional de Lisboa na Ota, concelho de Alenquer, representa um «risco considerável» para os potenciais investidores privados.
«As receitas futuras de um investimento num grande aeroporto são imprevisíveis», devido à «incerteza considerável» quanto ao futuro do tráfego aéreo de passageiros em Portugal, refere o especialista.
O crescimento do tráfego aéreo em Portugal, e consequente saturação do aeroporto da Portela, tem sido apontado pelo governo como um dos argumentos em defesa da construção de uma nova estrutura aeroportuária.
O executivo decidiu ainda aliar a privatização da ANA à construção do novo aeroporto de Lisboa, um modelo que o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, disse ter sido escolhido independentemente da localização da estrutura.
Richard de Neufville sugere ainda que, numa primeira fase, seja construída apenas uma pista no novo aeroporto, deixando a segunda pista para quando o tráfego na área o justifique.
O especialista defende igualmente a realização de «investimentos que permitam o desenvolvimento de diferentes tipos de tráfego», oferecendo infra-estruturas dedicadas ao segmento de baixo custo.
«O potencial para aeroportos secundários sub-utilizados em Portugal pode ter um crescimento interessante», refere.
Richard de Neufville é docente de Engenharia de Sistemas e Engenharia Civil e Ambiental do MIT e consultor de vários governos para aeroportos, incluindo Londres, Sydney e Paris.
Em Portugal, é consultor da Brisa, empresa apontada pelo Público como sendo uma das interessadas no novo aeroporto.
Diário Digital /Lusa
21-06-2007 8:31:23
Um especialista do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) aponta, num estudo divulgado hoje pelo Público, a localização do novo aeroporto na Ota como um risco para os investidores e aconselha a construção inicial de apenas uma pista.
Richard de Neufville, considerado um dos grandes especialistas em planeamento de sistemas aeroportuários, defende numa análise sobre o futuro do tráfego aéreo realizada em Março que o projecto de localização do novo aeroporto internacional de Lisboa na Ota, concelho de Alenquer, representa um «risco considerável» para os potenciais investidores privados.
«As receitas futuras de um investimento num grande aeroporto são imprevisíveis», devido à «incerteza considerável» quanto ao futuro do tráfego aéreo de passageiros em Portugal, refere o especialista.
O crescimento do tráfego aéreo em Portugal, e consequente saturação do aeroporto da Portela, tem sido apontado pelo governo como um dos argumentos em defesa da construção de uma nova estrutura aeroportuária.
O executivo decidiu ainda aliar a privatização da ANA à construção do novo aeroporto de Lisboa, um modelo que o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, disse ter sido escolhido independentemente da localização da estrutura.
Richard de Neufville sugere ainda que, numa primeira fase, seja construída apenas uma pista no novo aeroporto, deixando a segunda pista para quando o tráfego na área o justifique.
O especialista defende igualmente a realização de «investimentos que permitam o desenvolvimento de diferentes tipos de tráfego», oferecendo infra-estruturas dedicadas ao segmento de baixo custo.
«O potencial para aeroportos secundários sub-utilizados em Portugal pode ter um crescimento interessante», refere.
Richard de Neufville é docente de Engenharia de Sistemas e Engenharia Civil e Ambiental do MIT e consultor de vários governos para aeroportos, incluindo Londres, Sydney e Paris.
Em Portugal, é consultor da Brisa, empresa apontada pelo Público como sendo uma das interessadas no novo aeroporto.
Diário Digital /Lusa
21-06-2007 8:31:23
Triste sina ter nascido português 
