Helicópteros de Atque

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Para quem deve ficar os helicópteros de ataque?

Para a FAB?
2
17%
Para o Exército?
10
83%
 
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Guilherme
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#31 Mensagem por Guilherme » Qui Abr 08, 2004 9:12 am

ALFREDO ANDRÉ escreveu:Tenho um vídeo em casa em que mostra um Hind sendo abatido por um Stinger, mesmo com uma manobra do piloto, o Heli foi atacado, matando todos os que ali estavam.


Podes compartilhar esse video com o pessoal do forum?




Spetsnaz
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#32 Mensagem por Spetsnaz » Qui Abr 08, 2004 10:48 am

Guilherme escreveu:
ALFREDO ANDRÉ escreveu:Tenho um vídeo em casa em que mostra um Hind sendo abatido por um Stinger, mesmo com uma manobra do piloto, o Heli foi atacado, matando todos os que ali estavam.


Podes compartilhar esse video com o pessoal do forum?


já postei aqui.. procura ae que está em algum lugar




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Guilherme
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#33 Mensagem por Guilherme » Qui Abr 08, 2004 11:12 am

Hummm. Tô lembrado desse video.

Mas esse video era na Chechenia, e nao no Afegnistao. O video mostra isso, no final.




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#34 Mensagem por Spetsnaz » Qui Abr 08, 2004 11:42 am

Guilherme escreveu:Hummm. Tô lembrado desse video.

Mas esse video era na Chechenia, e nao no Afegnistao. O video mostra isso, no final.


Isso na Chechenia ... o Hind aparentemente aguentou bemmm o missel tanto que continuou voando e foi descendo lentamente .. os pilotos tentaram fazer um pouso forçado mas não conseguiram ..




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#35 Mensagem por Marechal-do-ar » Qui Abr 08, 2004 2:44 pm

ALFREDO ANDRÉ escreveu:Imagine uma passagem lenta na copa das árvores para a procura de "tocas". Um avião não poderia fazer isso com a precisão de um Heli, por mais lento que seja.

Justamente essas passagens lentas devem ser evitadas, um helicoptero por mais silencioso que seja faz muito barulho e e muito mais facil para quem esta no solo achar um helicoptero voando baixo e lentamente do que o helicoptero achar alguem entocado no solo, o risco e muito alto, vale mais a pena usar a infantaria para isso.




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#36 Mensagem por ALFREDO ANDRÉ » Sex Abr 09, 2004 12:41 am

Salve Guilherme

Tenho esse e muitos outros. Porém, o problema é que estão no formato VHS (maldito seja VHS) e não tenho como passar para uma outra mídia, como o VCD ou DVD.

Não se trata do vídeo da Chechênia, que é muito bom por sinal.

Mas os que vi foram do Afeganistão. O interessante é que foram os próprios soviéticos que fizeram a maioria dos vídeos, pois era a tropa que filmava. O Hind passava soltando Chaff e o Stinger subiu. Tentou fazer uma curva, inútil e o míssil o atingiu, os chaffs não serviram para nada. O Heli caiu que nem uma pedra. Há outros também. E o mais dramático, em minha opinião, foi um Mi-8 que foi derrubado por uma 12,7mm. Não pararam de atirar até o Heli cair. O desespero foi tanto que alguns soldados do Spetsnaz simplesmente saltaram do Hip, numa altura que a morte era mais do que certa. O Hip foi sendo alvejado até colidir no chão. Esse vídeo passou num documentário na Tv a cabo recentemente.

Abraços
Alfredo André




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#37 Mensagem por ALFREDO ANDRÉ » Sex Abr 09, 2004 12:43 am

Salve Eduardo

São essas passagens lentas (150 Km/h) que fazem o maior estrago. O Heli, após tomar conhecimento do local, chega em baixa altitude e alta velocidade. Chegando no local, passa para uma velocidade baixa, pois assim tem maior visão detalhada, mais precisão e maior conhecimento do que ocorre. Contra traficantes, como no caso da FAB com o SIVAM, é uma reação brutal. Assim utilizou o Peru, Sri Lanka (este também na luta contra o narcotráfico) e quando a Nicarágua utilizou os seus Hinds contra o inimigo.

Mandar a infantaria seria o mesmo que ocorre sempre. Chegam no lugar muito tempo depois e só encontram os restos de uma fogueira. Por isso o uso do Heli de ataque. Devido à sua maior versatilidade, manobra, assim como sua rapidez, pega o inimigo de surpresa, sem chances de respostas ou tentativas de fuga. O resultado é a destruição do “local” em pouco tempo.

Por mais barulhento que seja, ele voa rente às árvores, quando no local da ação. Mesmo que o inimigo tente ver de onde vem, ele não conseguirá. Como o Heli vem a baixa altitude, não há como avistar de longe. Assim que ele ver o Heli, este estará a poucas dezenas de metros do local.

Um Heli detém uma série de aviônicos justamente para localizar o pessoal enfiado na mata. O Heli não sai passeando a procura por alvos de oportunidade. Quando ele decola, ele já sabe para onde ir e o que buscar. A coisa é diferente, não é tão simples.

Essa é a utilidade do uso do Heli, pela FAB, no SIVAM. Entretanto, se você se refere aos riscos de perda em caso de guerra, aí concordo com você.

Mas se olhar pelo uso no SIVAM, as chances são mínimas. Quantos Helis, em vôo, foram derrubados pelos narcotraficantes na Amazônia em território brasileiro até hoje? Já te respondo agora: nenhum. Nem mesmo Heli civil.

Um Abraço
Alfredo André




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#38 Mensagem por Marechal-do-ar » Sex Abr 09, 2004 2:27 pm

Alfredo,
Para combater traficantes ate concordo, mas em guerra e muito arriscado...




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#39 Mensagem por ALFREDO ANDRÉ » Sex Abr 09, 2004 11:05 pm

Salve Eduardo

Opino que o uso de um Heli de ataque, em linha de frente, em uma guerra, é altamente arriscado. Mas isto não quer dizer que o vetor seja inútil, pois caso contrário, não se teria tantas modernizações, armamentos e novos modelos de vetores. E não estou me referindo aqui ao RAH-66.

Todavia, o uso de um Heli de ataque em nosso país seria altamente viável.

Abraços
Alfredo André




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#40 Mensagem por Marechal-do-ar » Sáb Abr 10, 2004 12:26 am

Alfredo, se ate em guerras de baixa intensiadade como Iraque e Afeganistao os helicopteros levam surra imagine com toneladas de AAA e muitos avioes no ceu em uma guerra de grande intensiade, eles nao duram 2 min, helis de ataque sao bons quando o inimigo nao tem como derruba-lo, se tiver, o serviço e arriscado demais.




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#41 Mensagem por FinkenHeinle » Sáb Abr 10, 2004 12:37 am

Marechal-do-ar escreveu:Alfredo, se ate em guerras de baixa intensiadade como Iraque e Afeganistao os helicopteros levam surra imagine com toneladas de AAA e muitos avioes no ceu em uma guerra de grande intensiade, eles nao duram 2 min, helis de ataque sao bons quando o inimigo nao tem como derruba-lo, se tiver, o serviço e arriscado demais.


Marechal, o emprego dos Helicópteros de Ataque deve ser repensado. É necessária uma reflexão em torno do que ocorreu no Iraque.

Isso porque o pensamento que se teve do uso de helis lá é mais ou menos o que Hitler tinha de sua LuftWaffe: "uma extensão da artilharia".

Eles usaram os Apaches como "main battle chopter". Apesar da brincadeira, o que quero dizer é que usaram o Apache como arma de ataque, o que é errado, considerando que as doutrinas não evoluíram corretamente, após a Guerra Fria.

Sem me delongar, acho que é isso...




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#42 Mensagem por Vinicius Pimenta » Sáb Abr 10, 2004 12:46 am

Concordo com você, Finken. Também acredito que parte do insucesso dos Helicópteros de Ataque se deve principalmente a falhas nas doutrinas de emprego. Acredito que o uso de helicópteros no apoio de blindados é arriscado, mas se bem executado pode desequilibrar um conflito. Mas acho que da maneira como é feita hoje, eles ainda são vulneráveis para essa tarefa. Talvez com a evolução dos armamentos eles possam ser empregados a uma distância mais segura, ficando mais fora do alcance do fogo inimigo.

A FAB pensa em usá-los como supressor de defesas aéreas. Acho que essa pode ser uma excelente saída para os Helos de Ataque.




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#43 Mensagem por Fox » Dom Abr 11, 2004 3:20 am

Blz pessoal,

Na minha opinião o EB e a MB (CFN) deveriam possuir helicópteros de ataque.

Para MB adquirir alguns helicópteros de ataque, seria necessário que a mesma tivesse algum(s) navio que pudesse comportar esses vetores (exemplo: R-97 Jeanne D'Arc = entre 6 e 8 helicópteros ; ou Austin = 4 helicópteros, sendo adquirido pelo menos 2 embarcações). Como nós sabemos, a MB está sofrendo muitas dificuldades, então pensar em helicópteros de ataque hoje seria praticamente um sonho. Caso houver recurso em um futuro próximo para investimentos em helicópteros, a MB deveria priorizar a substituição do Sea King, uma possível modernização dos S. Lynx e também a aquisição de mais células desse helicóptero. Então o helicóptero de ataque da MB estaria em segundo e quem sabe em terceiro plano. A MB pode suprir hoje essa necessidade com os próprios S. Lynx, já que foram adquiridos tanques de combustíveis extras, que são colocados no interior das aeronaves, possibilitando o aumento do raio de ação. Com isso os S. Lynx poderiam utilizar foguetes com cabeça de guerra anti edificações/carro (veículos levemente blindado) e anti-pessoal, metralhadoras laterais e canhão.

Não vejo necessidade da MB utilizar helicópteros de ataque dentro do território nacional, pois na minha opinião essa função e responsabilidade do EB.

Se o EB puder dispor nos próximos anos de um orçamento para investimento, na minha opinião, deveria ser utilizado na aquisição de algumas baterias de SAM com alcance médio de 10 km (por exemplo: Tunguska e Pantsyr S1), porque hoje o que temos nessa área e quase insignificante.

As FA’s brasileira antes de adquirir qualquer modelo de helicóptero, deveriam executar um estudo visando o futuro das asas rotatórias para os próximos 10 anos, e na minha opinião a primeira atitude a ser adotada seria diminuir o numero de modelos de helicópteros existente atualmente, e também diminuir a quantidade de helicópteros utilizado no treinamento. O helicóptero de treinamento seria alocado em uma só força, e todos os custos (aquisição, manutenção, operação, etc) seriam divididos entres as três forças. Uma boa localidade para alocar todos os helicópteros de treinamento seria na base aérea de Santos, onde a FAB já executar os treinamentos básicos dos seus pilotos de helicópteros. Nesse local poderiam acontecer os adestramentos básicos para as operações navais e terrestres, e posteriormente os pilotos seriam enviados para seus esquadrões, onde aconteceria a conversão para as aeronaves de ataque, transporte, etc

Com todos os helicópteros de treinamento alocado em uma só força, esse vetores poderiam ser diminuídos gradativamente, e esse esquadrão seria formado por um único modelo. Vejamos o exemplo da Itália, que possui hoje aproximadamente 543 helicópteros (ataque, transporte, SAR, treinamento, etc) sendo que 51 MD500 são destinadas para o treinamento (9,4 % da frota total de helicópteros). Se considerarmos a metade da frota de esquilo da FAB (15 aeronaves) + 12 Esquilo do EB + 19 Jet Ranger da MB, temos 46 helicópteros destinados para o treinamento, que corresponde há 18,9 % da frota total de helicópteros.

Os helicópteros das FA’s hoje:

- Cougar = 21 (mais 3 encomendados, que deverão ser entres nesse ano).
- Blackhawk = 4
- Sea King = 13
- S. Lynx = 12
- Panther = 35
- Esquilo (mono e bi-turbina) = 91
- Jet Ranger = 21
- UH-1H = 44

Quantidade total da frota = 243 aeronaves
Quantidade (treinamento) = mais ou menos 46 aeronaves
Total (modelos) = 8

Podemos constata e que a FA’s brasileira possui uma quantidade satisfatória de helicóptero. Para que possamos ter uma idéia, temos mais helicóptero que o Canadá, que pertencente ao G-7 e a OTAN. O Canadá possui hoje 156 helicópteros divididos em 4 modelos diferentes (Sea King = 30; Bell 412 = 100; CH-46 = 13; UH-1H = 13).

A frota de helicópteros em 2015 poderia ser a seguinte:

FAB:

- Cougar (8 aeronaves modernizadas para versão EC 725 Cougar e outras 17 aquisições desse modelo) = 26 (25 Transporte, CSAR, MEDEVAC, VERTREP, etc + 1 VIP).
- Esquilo AS-350 (mono-turbina) = 42 (treinamento e SAR).
- Esquilo AS-355 (Bi-turbina) = 2 (VIP)*.
- Jet Ranger = 19 (treinamento e SAR)**.

MB:

- Cougar (AS 332 F1/AS 5532 F1 = 10; AS 532 SC = 8; EC 725 = 6) = 24 (ASW, Asuw, CSAR, transporte, MEDEVAC, VERTREP, etc)
- S. Lynx 300 (7 S.Lynx MK 21A modernizados para S.Lynx 300 e 13 novas aquisições) = 20 (ASW, AsuW, SAR, etc)
- Esquilo AS-355 (Bi-turbina) = 12 (SAR, ataque leve)

EB:

- Rooivalk = 24 (ataque, reconhecimento, CSAR)
- Esquilo AS 550 (todos os AS 350, seriam convertidos para AS 550, que pelo que me consta, a diferença entre esses modelos são mínimas ou até mesmo nulas)= 35 (Utilitário, SAR, ataque leve).
- Cougar (AS 532 U2) = 16 (transporte, SAR, MEDEVAC, VERTREP, etc)
- Panther = 35 (transporte, SAR, MEDEVAC, VERTREP, etc)

Quantidade total da frota = 255 aeronaves
Quantidade (treinamento) = mais ou menos 40 aeronaves
Total (modelos) = 6

* = 3 Esquilo AS-355 da FAB seriam destinado a MB, que somaria então 12 helicópteros do tipo. O AS 355 e Bi-motor, tornando sua operação ao mar mais segura.
** = Todos os Jet Ranger seriam enviados a FAB, para a função de formação dos novos pilotos.

Entre 2015 e 2025 um dos principais objetivo seriam substituir todos os esquilos e Jet Ranger por aeronaves novas do mesmo porte (Esquilo, BO-105, etc), que somariam um total de 70 aeronaves, 20 para o EB (SAR e ataque leve), 20 para a MB (SAR e ataque leve) e 30 para a FAB (treinamento e SAR). Então as FA’s trocariam 110 por 70 aeronaves do mesmo padrão, possibilitando a compra de maior quantidade de aeronaves especificas como S.Lynx, Cougar, Blackhawk, Rooivalk, etc.

Para terminar (porque já esta ficando muito grande essa mensagem), uma coisa interessante também seria reunir todos helicópteros das três forças em alguns (2 ou 3) centros de manutenção geral, por exemplo:

- Cougar (66), Esquilo (91) e Panther (35), mesmo centro de manutenção.
- Rooivalk (24), Jet Ranger (19) e S. Lynx (20), mesmo centro de manutenção.

Hoje o Cougar, por exemplo, sofre manutenção em cada força de forma independente, então porque não reunir essas aeronaves em um único centro de manutenção, obtendo o mesmo padrão de qualidade, diminuindo custos, entre outros?

Depois eu falo mais um pouco, porque essa mensagem esta ficando muito grande.

Até mais.............................................................................................

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#44 Mensagem por Fox » Dom Abr 11, 2004 3:21 am

Continuando ..................................

Foi mencionado em algumas mensagens deste tópico, que umas das funções dos possíveis helicópteros de ataque da FAB seria a utilização na Amazônia no apoio ao projeto SIVAM. Na minha opinião, deveriam ser utilizados nesses casos helicópteros de transporte, que pudessem contar com armamentos (foguetes, metralhadoras laterais e canhões). Agora eu não concordaria que a FAB utilizasse meio específicos, caro de operar, sendo que essas operações podem ser perfeitamente executadas por helicópteros não especializados.

Os helicópteros de ataque foram projetados visando enfrentar os ambientes mais hostis possível, podendo se deparar em uma missão com caças, helicópteros de combate, mísseis (principalmente os MANPAD) e injetores de diversos calibres (de 5,56; 12,7; 7,62; 20; 30; e 40 mm). A FAB estaria constantemente em combate contra os narcotraficantes, coisa que não seriam nem a metade de um combate de guerra, pois não me consta que traficante hoje possuam helicópteros com potencial ar-ar, mísseis MANPAD, injetores com calibres superiores a 20 mm (na pior das hipóteses eles possuem injetores de 12,7 mm), entre outras. Ou não? Estou enganado? Então não vejo a necessidade da FAB utilizar vetores que não são nem um pouco versáteis, caro de adquirir e utilizados em missões que outros helicópteros mais versáteis poderiam fazer.

O EC 725 Cougar (por exemplo) e capaz de suporta ataques de projeteis de até 12,7 mm (se não estou enganado), podendo carregar em uma missão padrão 1 casulo com 19 foguetes de 20 mm e 1 canhão com 180 projeteis, sem contar os 12 combates prontamente armados que esse vetor pode levar nessa mesma missão.

O raio de combate também e bastante interessante, pois o EC 725 Cougar pode ir e volta de uma missão sem nenhum reabastecimento a uma distancia de 500 km. Pode ir e voltar de Porto velho e Boa Vista com um único reabastecimento aéreo (pois possui sonda de REVO) e com dois vai e volta em Rio Branco. Então fica claro que esses helicópteros partindo de poucas localidades podem chegar em qualquer ponto da região Amazônica. Um Ah-1Z, por exemplo, não conseguiria executar um percussor entre a capital paulista e carioca (373 km), pois seu raio de combate com 2 tanques de combustíveis extra (291 litros de combustível extra) e de 334 km.

Então na minha opinião 2 EC 725 Cougar (38 foguetes + 320 projeteis + 24 soldados prontamente armados) são mais eficiente do que 1 helicóptero de ataque + 1 de transporte (no caso uma dupla entre Ah-1Z + Cougar = 38 foguetes + 720 projeteis + 25 combatentes). A grande diferença entre as duas proposta seria a versatilidade e o raio de combate, e nesses quesitos a primeira proposta ganha disparada.

Imagem
Imagem

Para apoiar os helicópteros em operações a longa distancia, bastaria a FAB deslocar os seus KC-130 para Manaus. Hoje temos dois KC-130, mais a FAB poderia perfeitamente converter (ou até mesmo adquirir) mais duas aeronaves para essa função (podendo essa conversão ser parcial, então não seria afetada a capacidade de transporte de cargas), sendo que essas aeronaves poderiam partir de pista preparada (base aérea) ou de dispersão.

Agora para o CSAR (em guerra), ai sim seria necessário o uso do helicóptero de ataque, mas mesmo assim na minha opinião eles seriam do EB. Não vejo problema algum em a FAB e o EB trabalharem junto nesse tipo de missão (H. de ataque do EB + H. transporte da FAB).

Um helicóptero que seria bastante interessante para o Brasil serio o Rooivalk, pois possui um raio de combate de 500 Km (com dois tanques extras), pode levar nessa missão entre 2 e 4 mísseis ar-ar, 36 foguetes e 1.400 projeteis. Talvez poderia até ser adicionado uma sonda de reabastecimento no Rooivalk (igual a utilizada no EC 725 Cougar), aumentando ainda mais o raio de ação dessa aeronave.

Antes que eu me esqueça.......................

Não gosto da idéia de adquirir somente 12 helicópteros de ataque (mesmo que seja para um começo), pois temos que pensar no grau de disponibilidade dessas aeronaves. Esse lote com 12 aeronaves, aplicando um bom grau de disponibilidade de 75 %, então teríamos constantemente 9 aeronaves a disposição. Se o EB quer ter uma capacidade mínima, deveria adquirir pelos menos 18 aeronaves, pois teríamos constantemente 12 aeronaves a disposição.

Depois eu completo mais alguma coisa................

Até mais..............................................................................................

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#45 Mensagem por ALFREDO ANDRÉ » Dom Abr 11, 2004 2:42 pm

Fox

Quem mencionou o uso dos Helis de ataque pela FAB no SIVAM fui eu.

Não é uma hipótese, mas sim estudos que a própria FAB fez. Se puder, tente ir atrás de palestras e artigos internos. Uma pessoa aqui, o Sebástian/ Ted Striker, tem parentes na FAB e eles são diretos. Trata-se de estudos muito discutidos por lá.

Acerca desse seu panorama para daqui a 15 anos. Creio que a coisa difere um pouco, mas só um pouco. A FAB, assim como o EB e a Marinha, fazem estudos todos os anos para prazos de 5, 10 e 15 anos. Não é de tempos em tempos e sim todo ano. A tendência agora, e espero que seja mesmo, é a padronização das asas rotativas. E pelo incrível que pareça, o mais indicado para essa padronização não é nenhum Heli francês e sim o Blackhawk e suas variantes. Porém é como eu disse no Asasnet. Se a Força Armada pede 100 para a União, só recebe 60.

Falou e disse ao centro de treinamento. Tomo como ideal a realização desse treino na base de Santos.

Na Amazônia, a arma de calibre mais pesado apreendido até hoje foi uma .30. Nada mais do que isso. MANPADs, 20mm, 30mm eles não tem.

Porém, faço um comentário aqui. Um Heli de ataque não é versátil? Poderia explicar isso melhor? Versátil aqui além dó tipo de tarefa , é também o rendimento do vetor em seu uso. Como pode um Heli não ter versatilidade?

São bem mais versáteis do que o Cougar ou qualquer que seja o vetor adaptado. Já pude ver o Cougar do EB fazendo manobras e pude ver os AH-1 espanhóis fazerem o mesmo. A diferença é gritante. Uma simples curva que um faz ou ascensão faz muita diferença. Por isso que a FAB defende o uso desse tipo de Heli na Amazônia. Particularmente sou contra, para mim, somente o Exército teria esse tipo de vetor.

E por fim, o Heli de ataque não foi criado para fazer frente a MANPADs, 30 mm etc. Mas sim mero apoio terrestre. Os franceses saíram na frente quando guerrearam na Argélia na década de 50. Com o tempo, o Heli de ataque passou a ser adaptado às novas condições da guerra. Assim, modernizações, blindagem, aprimoramentos foram uma constante, assim como o tipo de missão a ser realizado. O problema errôneo é que muitos pensam que um Heli de ataque faz somente uma única função, quando na verdade ele faz várias como mesmo vetor. Somente como exemplo. Se der uma olhada nos A109 italianos, verão que fizeram todas as suas missões com sucesso quando estiveram na Somália. E era um vetor fraco, blindagem fraca e mal armado. Os Russos usaram o Hnd como apoio de tropas, transporte de soldados e anti tanque, e assim vai.

Um Abraço
Alfredo André




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