Tristeza com a FAB e todas as nossas forças armadas

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
JOSE CARNEIRO
Júnior
Júnior
Mensagens: 119
Registrado em: Seg Mai 08, 2006 10:40 pm
Localização: Brasília

#31 Mensagem por JOSE CARNEIRO » Qui Dez 14, 2006 3:38 pm

A iniciativa privada não paga mal por que quer, não é interessante para ela pagar mal... essa lógica não existe.

O Brasil tem reconhecidamente um dos ambientes menos propicios para se abrir uma empresa: Burocracia, impostos altos, máquina pública inchada, mão de obra desqualificada etc.

Esse alto desemprego no Brasil é consequência da incompetência do setor pública em melhorar o ambiente para a criação de empresas. Quem gera emprego é empresa e não governo!

Por todos esses fatores as empresas brasileiras não conseguem ser competitivas e não sendo competitivas não conseguem pagar melhor e não atraem pessoal mais qualificado. É um ciclo...

Se o funcionalismo público é mais atraente que o privado é um claro sinal que as coisas não estão no caminho certo...


Perfeita colocação.

O governo se apropria de 47% do PIB, a iniciativa privada fica reduzida (carga tributária excessiva, falta de infra-estrutura, instituições de direito fracas etc), a população cresce, a oferta de mão-de-obra aumenta, a demanda não, conseqüentemente o salário real (iniciativa privada) cai. O governo gera um enorme peso morto, é ineficiente, corrupto e fraco, logo temos uma gigantesca falha de mercado que gera capacidade ociosa e desemprego de fatores (mão-de-obra).
O habitante comum percebe que não se ganha dinheiro gerando renda (já que o governo se apropria de boa parte da renda gerada), ou seja, percebe que não é o mercado, mas sim o governo que decide quem é rico e quem é pobre, temos então o clássico conflito “engenheiros x advogados” (pq sociedades com mais engenheiro que advogados crescem mais?). O sucesso financeiro não é determinado pela competência em se produzir, mas sim pela sua capacidade de lobby. Quer ser de classe-média, seja funcionário público. Quer ser rico, seja político ou então tenha uma empresa que preste serviços para o governo.
Assim, vamos “evoluindo”, passando de uma nação industrializada para uma imensa república de bananas.

E nossos representantes, a revelia do crescimento ridículo, dos constantes escândalos de corrupção, se acham merecedores de um aumento de 100% em seus salários.

Abraços




Avatar do usuário
talharim
Sênior
Sênior
Mensagens: 9831
Registrado em: Sex Mai 07, 2004 11:40 pm
Localização: Santos-SP
Agradeceram: 212 vezes

#32 Mensagem por talharim » Qui Dez 14, 2006 3:55 pm

Ué, a vida na Légion Étrangére deve ser mais movimentada, POWS!!!


O único problema é a língua. 8-]




"I would rather have a German division in front of me than a French

one behind me."

General George S. Patton.
Avatar do usuário
trabuco
Avançado
Avançado
Mensagens: 686
Registrado em: Qui Fev 02, 2006 11:03 pm

#33 Mensagem por trabuco » Qui Dez 14, 2006 4:00 pm

JOSE CARNEIRO escreveu:
A iniciativa privada não paga mal por que quer, não é interessante para ela pagar mal... essa lógica não existe.

O Brasil tem reconhecidamente um dos ambientes menos propicios para se abrir uma empresa: Burocracia, impostos altos, máquina pública inchada, mão de obra desqualificada etc.

Esse alto desemprego no Brasil é consequência da incompetência do setor pública em melhorar o ambiente para a criação de empresas. Quem gera emprego é empresa e não governo!

Por todos esses fatores as empresas brasileiras não conseguem ser competitivas e não sendo competitivas não conseguem pagar melhor e não atraem pessoal mais qualificado. É um ciclo...

Se o funcionalismo público é mais atraente que o privado é um claro sinal que as coisas não estão no caminho certo...


Perfeita colocação.

O governo se apropria de 47% do PIB, a iniciativa privada fica reduzida (carga tributária excessiva, falta de infra-estrutura, instituições de direito fracas etc), a população cresce, a oferta de mão-de-obra aumenta, a demanda não, conseqüentemente o salário real (iniciativa privada) cai. O governo gera um enorme peso morto, é ineficiente, corrupto e fraco, logo temos uma gigantesca falha de mercado que gera capacidade ociosa e desemprego de fatores (mão-de-obra).
O habitante comum percebe que não se ganha dinheiro gerando renda (já que o governo se apropria de boa parte da renda gerada), ou seja, percebe que não é o mercado, mas sim o governo que decide quem é rico e quem é pobre, temos então o clássico conflito “engenheiros x advogados” (pq sociedades com mais engenheiro que advogados crescem mais?). O sucesso financeiro não é determinado pela competência em se produzir, mas sim pela sua capacidade de lobby. Quer ser de classe-média, seja funcionário público. Quer ser rico, seja político ou então tenha uma empresa que preste serviços para o governo.
Assim, vamos “evoluindo”, passando de uma nação industrializada para uma imensa república de bananas.

E nossos representantes, a revelia do crescimento ridículo, dos constantes escândalos de corrupção, se acham merecedores de um aumento de 100% em seus salários.

Abraços


Essa comparação de Advogados X Engenheiros é interessante... só complementando...

Qual profissão vocês acham que é mais valorizada nos EUA??? Advogado ou Administrador???

Enquanto no Brasil a maioria dos jovens pretende ser advogado nos EUA a maioria quer ser administrador... querem ter empresa e agregar valor!
A conjuntura é toda favorável.




Avatar do usuário
Carlos Lima
Sênior
Sênior
Mensagens: 18932
Registrado em: Qui Mai 12, 2005 6:58 am
Agradeceram: 631 vezes

#34 Mensagem por Carlos Lima » Qui Dez 14, 2006 8:39 pm

A iniciativa privada não paga mal por que quer, não é interessante para ela pagar mal... essa lógica não existe.

O Brasil tem reconhecidamente um dos ambientes menos propicios para se abrir uma empresa: Burocracia, impostos altos, máquina pública inchada, mão de obra desqualificada etc.

Esse alto desemprego no Brasil é consequência da incompetência do setor pública em melhorar o ambiente para a criação de empresas. Quem gera emprego é empresa e não governo!

Por todos esses fatores as empresas brasileiras não conseguem ser competitivas e não sendo competitivas não conseguem pagar melhor e não atraem pessoal mais qualificado. É um ciclo...

Se o funcionalismo público é mais atraente que o privado é um claro sinal que as coisas não estão no caminho certo...


Concordo plenamente com o colega, e vi e vivi isso na pele, pois para a empresa que eu trabalhava no Brasil foi mais fácil eles me mandarem viver no exterior (eventualmente voltando para o Brasil para "consultoria"), do que me manter no Brasil. O motivo era, a carga tributária, burocracia, e as leis trabalhistas. Eu não acreditava nisso, até quando um colega que passou pela mesma situação me mostrou alguns dados... é simplesmente muito mal.

Se engana muito quem acha que as leis do trabalho no Brasil protegem o trabalhador, elas ajudam a informalidade e a sonegação.

Me lembro de um emprego que tive aonde ganhava 1 salário mínimo (para trabalhar igual a um louco), mas ganhava um pouco mais "por fora".
Era assim comigo e era assim com todos os outros, e a justificativa era sempre... "se tenho que pagar todos os impostos, vou ter que demitir e ter menos empregados. Bom... para um pai de família e/ou uma pessoa que tinha que ajudar com as despesas de casa (como no meu caso), era aceitar ou porta da rua".

Mas não se enganem, pois vários países de primeiro mundo possuem o mesmo tipo de problemas com a burocracia e direitos trabalhistas (na França é quase pior do que no Brasil).

Além disso vários países europeus como França, Inglaterra e Alemanha estão com uma bomba relógio nas mãos por vários fatores, dentre eles:

Aumento do emprego informal (imigração excessiva, altas taxas, etc).

Competição pela vinda de milhares de imigrantes (leste europeu, África e Ásia) - mão de obra qualificada e beeeem barata

Envelhecimento da população e problemas com a previdência pública.

O que tem mantido essa bomba meior que contida é que são economias muito fortes e muitos desses governos já estão tomando atitudes para diminuir esse problema.

Na minha opnião, para "simplificar", se o Brasil conseguir arrumar uma solução para a previdência e para a carga tributária daremos um salto fenomenal em termos de economia e nação!

Mas esses 2 passos simples... não são fáceis não :( !

Com relação a Advogados x Administrador, o que sei sobre o assunto é:

Visto - Eu não acho que nenhuma das 2 profissões é qualificada como categoria de "emergência", (significa que o volume de americanos que se formam nessas áreas é o suficiente para a demanda do mercado menos 10 - 15%). Sendo assim haveria uma disputa maior por parte de estrangeiros interessados em vagas nessas áreas.

Honestamente, acho que as 2 profissões são bem disputadas e remuneradas, mas a rotatividade é grande também (pois toda hora surgem "propostas" - pelo menos é o que vejo acontecendo com amigos meus por aqui).

Meus 2 cents :)

[]s
CB_Lima




CB_Lima = Carlos Lima :)
Avatar do usuário
Naval
Sênior
Sênior
Mensagens: 1505
Registrado em: Dom Jul 27, 2003 10:06 am
Agradeceram: 43 vezes

#35 Mensagem por Naval » Qui Dez 14, 2006 10:47 pm

Sniper escreveu:Compartilho do mesmo desapontamento rslrdx :(


No meu caso eu penso em entrar para as FA's não por dinheiro, mas porque acho que o meu futuro é ser miltar !

Vou fazer a prova pra SFN, se entrar vou passar alguns anos morando longe e ganhando uma merreca (700 reais ) mas apesar de tudo acho que vale a pena!

Abraços!


Olá sniper, fui Naval durante 04 anos e não me arrependo. Vivi momentos marcantes que nunca serão esquecidos (viajar de navio, voar de helicóptero, atirar etc.), muitas coisas que aprendi na caserna e levo pra minha vida civil.

Porém é preciso pensar muito se é esse tipo de vida q vc quer, pois como já disse antes, é muito sacrificante. Meu sonho desde menino era ser militar, eu havia tentado antes na Escola Naval e não passei da segunda fase, então como tava na época de servir mesmo fiz a prova pra Soldado Fuzileiro Naval.

Eu, por exemplo, entrei cheio de planos e sonhos em seguir a carreira estudar etc. O que encontrei? escala de serviço apertada que impedia vc de fazer uma faculdade, ou então como servi numa OM muito operativa (batalhão humaitá e depois artilharia) só vivia no mar ou no mato, ou seja, a não ser q vc seja peixe dificilmente irá ter tempo de estudar e isso com o tempo vai te desgastando te frustando.

Não adianta, pra ser militar tem q ter vocação, o pessoal aqui fora enxerga com outros olhos, o glamour, a farda, mas a verdade q é uma vida castrante.

Isso me fez parar pra pensar, como ainda era novo, tinha curso técnico resolvi arriscar e dar baixa recuperarando os 4 anos e fazer minha faculdade.
Cara não estou querendo te desanimar, se vc acha q nasceu pra isso tudo bem, se vai conseguir viver assim 30 anos, só não entre iludido, é uma vida muito dura e não tô dizendo de ralação não, é ter sua vida limitada mesmo.
Agora, se for pra passar uma temporada e uma experiência tudo bem, acho até que fica faltando alguma coisa na vida do indivíduo q não passa por isso é uma fase necessária, de aprendizado de valores como, união, disciplina etc.
Ah, na minha turma de recruta tinha um pessoal aí de Minas.
Valeu.




"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração." (Thomas Jefferson)
Arthur
Sênior
Sênior
Mensagens: 887
Registrado em: Seg Fev 21, 2005 9:34 am

#36 Mensagem por Arthur » Sex Dez 15, 2006 7:25 pm

JOSE CARNEIRO escreveu:Perfeita colocação.

O governo se apropria de 47% do PIB, a iniciativa privada fica reduzida (carga tributária excessiva, falta de infra-estrutura, instituições de direito fracas etc), a população cresce, a oferta de mão-de-obra aumenta, a demanda não, conseqüentemente o salário real (iniciativa privada) cai. O governo gera um enorme peso morto, é ineficiente, corrupto e fraco, logo temos uma gigantesca falha de mercado que gera capacidade ociosa e desemprego de fatores (mão-de-obra).
O habitante comum percebe que não se ganha dinheiro gerando renda (já que o governo se apropria de boa parte da renda gerada), ou seja, percebe que não é o mercado, mas sim o governo que decide quem é rico e quem é pobre, temos então o clássico conflito “engenheiros x advogados” (pq sociedades com mais engenheiro que advogados crescem mais?). O sucesso financeiro não é determinado pela competência em se produzir, mas sim pela sua capacidade de lobby. Quer ser de classe-média, seja funcionário público. Quer ser rico, seja político ou então tenha uma empresa que preste serviços para o governo.
Assim, vamos “evoluindo”, passando de uma nação industrializada para uma imensa república de bananas.

E nossos representantes, a revelia do crescimento ridículo, dos constantes escândalos de corrupção, se acham merecedores de um aumento de 100% em seus salários.

Abraços


Eu te começo perguntando de onde você tirou que o governo se apodera de 47% do PIB? Fazendo um exercício simples temos que a carga tributária é de uns 37% do PIB o que somado ao déficit nominal de uns 3% do PIB nos fornece um número de 40% do PIB. Só que isso em termos brutos. Qualquer um que conhece o mínimo de contabilidade nacional sabe que a Renda Disponível das Famílias é o PIB menos os IMPOSTOS mais as transferências do governo para as famílias (pagamento de pensões e aposentadorias, Bolsa-Família e juros). Portanto, se tiramos as transferências temos um governo que abocanha uns 20% do PIB brasileiro, o que é muito menos dos que os 47% por você mencionados. É esse quinto do PIB que o governo tem para gastar com custeio, salários, educação, saúde, defesa, investimento, corrupção, etc.

Não digo que é pouco nem que o dinheiro é mal gasto. Apenas corrigi seu número para dar uma informação melhor de quanto o governo realmente têm para gastar. Aliás, nesse sentido é interessante notar que isso significa que o governo (em seus três níveis) tem R$2.200 para gastar com cada cidadão brasileiro.

Quanto às transferências governamentais o problema delas é sua regressividade. Em linhas gerais, o governo piora a distribuição de renda ao pagar juros e previdência (8% e 11% do PIB, respectivamente) e melhora a distribuição de renda ao pagar Bolsa-Família e afins (1% do PIB). É fácil ver que o resultado geral é uma renda mais concentrada.

Em segundo lugar, você culpa o governo e a falha de mercado que ele gera pelo desemprego. Se você me mostrar um mercado, no mundo moderno, que não têm falhas eu te dou um Prêmio Nobel na hora. Além disso, me parece claro que Keynes, em sua Teoria Geral, mostra como mesmo em mercados 'competitivos' ('perfeitos') é possível a existência de equilíbrio com desemprego. Portanto, essa que não fossem as barreiras que o governo impõe no mercado de trabalho (como salário mínimo, férias, FGTS) não haveria desemprego é balela. Não há nada que garanta que uma reforma no mercado de trabalho vá garantir a ausência de desemprego. Além disso, existe uma substancial evidência teórica e empírica que em países em desenvolvimento o crescimento econômico é liderado pelos salários (wage-led), i.e., em países como o nosso o crescimento será maior se a participação dos salários na renda estiver aumentando, uma vez que tal fato eleva a demanda agregada. Portanto, políticas como o salário mínimo que mudem a distribuição entre lucros e salários de maneira favorável aos últimos levam a taxas de crescimento maiores.




Piffer
Sênior
Sênior
Mensagens: 1930
Registrado em: Qui Fev 16, 2006 11:07 pm
Agradeceram: 1 vez

#37 Mensagem por Piffer » Sex Dez 15, 2006 7:52 pm

talharim escreveu:
O único problema é a língua. 8-]


Tenho certeza que você aprende rapidinho lá... :twisted:




Carpe noctem!
Avatar do usuário
cabeça de martelo
Sênior
Sênior
Mensagens: 39191
Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
Localização: Portugal
Agradeceram: 2784 vezes

#38 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Dez 15, 2006 8:14 pm

Piffer escreveu:
talharim escreveu:
O único problema é a língua. 8-]


Tenho certeza que você aprende rapidinho lá... :twisted:


Em 4 meses apenas... :twisted:
Mas para isso é só falares com o Miguel. :wink:




Avatar do usuário
trabuco
Avançado
Avançado
Mensagens: 686
Registrado em: Qui Fev 02, 2006 11:03 pm

#39 Mensagem por trabuco » Sex Dez 15, 2006 8:45 pm

Arthur escreveu:
Eu te começo perguntando de onde você tirou que o governo se apodera de 47% do PIB? Fazendo um exercício simples temos que a carga tributária é de uns 37% do PIB o que somado ao déficit nominal de uns 3% do PIB nos fornece um número de 40% do PIB. Só que isso em termos brutos. Qualquer um que conhece o mínimo de contabilidade nacional sabe que a Renda Disponível das Famílias é o PIB menos os IMPOSTOS mais as transferências do governo para as famílias (pagamento de pensões e aposentadorias, Bolsa-Família e juros). Portanto, se tiramos as transferências temos um governo que abocanha uns 20% do PIB brasileiro, o que é muito menos dos que os 47% por você mencionados. É esse quinto do PIB que o governo tem para gastar com custeio, salários, educação, saúde, defesa, investimento, corrupção, etc.


Certo, que seja 40 % do PIB. Isso é dinheiro entrando no caixa do governo, é recurso para ele utilizar em suas políticas públicas, ou seja, o governo defini o rumo. Transferência de recursos como Bolsa-família é resultado dessas políticas.

A questão é: 40% do dinheiro gerado é manipulado pelo governo, ele dcidi o que fazer, essa intervenção é drástica num país como o nosso em que a INCOMPETÊNCIA reina.

Quanto às transferências governamentais o problema delas é sua regressividade. Em linhas gerais, o governo piora a distribuição de renda ao pagar juros e previdência (8% e 11% do PIB, respectivamente) e melhora a distribuição de renda ao pagar Bolsa-Família e afins (1% do PIB). É fácil ver que o resultado geral é uma renda mais concentrada.


Pra você ver como a previdência PÚBLICA é nociva.

Em segundo lugar, você culpa o governo e a falha de mercado que ele gera pelo desemprego. Se você me mostrar um mercado, no mundo moderno, que não têm falhas eu te dou um Prêmio Nobel na hora. Além disso, me parece claro que Keynes, em sua Teoria Geral, mostra como mesmo em mercados 'competitivos' ('perfeitos') é possível a existência de equilíbrio com desemprego. Portanto, essa que não fossem as barreiras que o governo impõe no mercado de trabalho (como salário mínimo, férias, FGTS) não haveria desemprego é balela. Não há nada que garanta que uma reforma no mercado de trabalho vá garantir a ausência de desemprego.


Mas ninguém aqui afirmou que o ideal é o pleno emprego ou afirmou???
O desemprego vai e deve sempre existir, isso gera competição, tem seu lado bom.

As barreiras que o governo impoe no mercado de trabalho no Brasil AUMENTAM em muito o desemprego, veja quantas pessoas estão na informalidade no Brasil. Temos leis de primeiro mundo que não condizem com a realidade.

A situação é alarmante, quantas empresas estão na informalidade??? Quantas pessoas não tem a carteira assinada??? Agora veja as causas disso...

A política tributária é míope, pois ninguém está na informalidade porque quer, se houvesse uma flexibilização milhares de novas empresas estariam legalizadas e a arrecadação até aumentaria. Metade da nossa economia é informal!!!

Além disso, existe uma substancial evidência teórica e empírica que em países em desenvolvimento o crescimento econômico é liderado pelos salários (wage-led), i.e., em países como o nosso o crescimento será maior se a participação dos salários na renda estiver aumentando, uma vez que tal fato eleva a demanda agregada. Portanto, políticas como o salário mínimo que mudem a distribuição entre lucros e salários de maneira favorável aos últimos levam a taxas de crescimento maiores.


Políticas de redistribuição de renda são necessárias mas devem ser paliativas. Senão o inchaço da máquina pública será eterno.




Avatar do usuário
JOSE CARNEIRO
Júnior
Júnior
Mensagens: 119
Registrado em: Seg Mai 08, 2006 10:40 pm
Localização: Brasília

#40 Mensagem por JOSE CARNEIRO » Sex Dez 15, 2006 9:56 pm

BH, és do Cedeplar?

Eu te começo perguntando de onde você tirou que o governo se apodera de 47% do PIB?


Respondendo sua pergunta, quando digo o governo se apropria, quero dizer que ele, não o mercado, determina a alocação dos recursos e não a participação da carga tributária sobre o PIB mais o déficit, no restante do post este sentido fica claro. Mas, se o caso é o número, em tese, salvo o peso morto, tudo que é arrecadado pelo governo volta à sociedade. Devo ter sido até modesto nesses 47%, Carlos Alberto Longo, em “Uma Quantificação do Setor Público” estimou que, em 1980, a participação do governo no PIB girava em torno de 47,5%.

Seu número, 37% do PIB é a primeira frase do prefácio de “Economia do Setor Público” (ed. Campus), seus 40% são a continuação do prefácio, estas afirmação, do prof. Yoshiaki Nakano, são do ano de 2004. Há um estudo da FGV que estima a carga tributária de 2006 (buscarei a referência) em algo acima dos 42%.
Apenas como fator de comparação, Nakano alega uma carga tributária de 37% em 2004, já a Receita Federal (Estudos Tributários 15, agosto de 2006) afirma que esse número era de 35,88%. Ainda em “Economia do Setor Público” (Cap. 8), Paulo Roberto Arvate define como tamanho do governo: soma da formação bruta de capital fixo e consumo final, seus resultados são razoavelmente constantes, em 1980 seria de 35,7738% do PIB, já em 1999 (último ano da série) 36,3846%. O Werneck (ANPEC, 2005), da PUC, aponta que a SRF estimou em 37% a carga para 2005, a receita, em 2006, confirmou 37,37% do PIB.


Fazendo um exercício simples temos que a carga tributária é de uns 37% do PIB o que somado ao déficit nominal de uns 3% do PIB nos fornece um número de 40% do PIB. Só que isso em termos brutos. Qualquer um que conhece o mínimo de contabilidade nacional sabe que a Renda Disponível das Famílias é o PIB menos os IMPOSTOS mais as transferências do governo para as famílias (pagamento de pensões e aposentadorias, Bolsa-Família e juros). Portanto, se tiramos as transferências temos um governo que abocanha uns 20% do PIB brasileiro, o que é muito menos dos que os 47% por você mencionados. É esse quinto do PIB que o governo tem para gastar com custeio, salários, educação, saúde, defesa, investimento, corrupção, etc.


Não digo que é pouco nem que o dinheiro é mal gasto. Apenas corrigi seu número para dar uma informação melhor de quanto o governo realmente têm para gastar. Aliás, nesse sentido é interessante notar que isso significa que o governo (em seus três níveis) tem R$2.200 para gastar com cada cidadão brasileiro.


Esse seu valor (R$ 2.200) é a arrecadação de 2005 (724,11 bi – receita) vezes 0,54 dividido pela pop em 2005?

Talvez eu não entenda tanto assim sobre contabilidade nacional. Obrigado pela correção, mas como acho que ficou claro, estamos falando de coisas diferentes. Se tiver mais “toques” meu e.mail é: jose.oliveira@ipea.gov.br.

Quanto às transferências governamentais o problema delas é sua regressividade. Em linhas gerais, o governo piora a distribuição de renda ao pagar juros e previdência (8% e 11% do PIB, respectivamente) e melhora a distribuição de renda ao pagar Bolsa-Família e afins (1% do PIB). É fácil ver que o resultado geral é uma renda mais concentrada.

Em segundo lugar, você culpa o governo e a falha de mercado que ele gera pelo desemprego. Se você me mostrar um mercado, no mundo moderno, que não têm falhas eu te dou um Prêmio Nobel na hora. Além disso, me parece claro que Keynes, em sua Teoria Geral, mostra como mesmo em mercados 'competitivos' ('perfeitos') é possível a existência de equilíbrio com desemprego. Portanto, essa que não fossem as barreiras que o governo impõe no mercado de trabalho (como salário mínimo, férias, FGTS) não haveria desemprego é balela. Não há nada que garanta que uma reforma no mercado de trabalho vá garantir a ausência de desemprego. Além disso, existe uma substancial evidência teórica e empírica que em países em desenvolvimento o crescimento econômico é liderado pelos salários (wage-led), i.e., em países como o nosso o crescimento será maior se a participação dos salários na renda estiver aumentando, uma vez que tal fato eleva a demanda agregada.


Bom, aqui acho que vc faz algumas confusões sobre o que eu disse. Eu não culpei o governo, mas já percebi que seguimos escolas diferentes, vc gosta de Keynes, eu prefiro Friedman.
Sobre o mercado de trabalho e os direitos trabalhista o disse foi:
uma empresa só contrata quando os custos do empregado são atrativos, não importa como é chamado o salário (ela olha o custo de contratação e, dependendo da elasticidade da oferta e da demanda por trabalho, pode ser o empregado que assume o ônus real dos direitos trabalhistas), no setor privado o que vale é o custo de contratação. Com salário mínimo ativo na restrição, o resultado é desemprego.

Prove que isso está errado e o Nobel é seu!
Te parece claro que
Keynes, em sua Teoria Geral, mostra como mesmo em mercados 'competitivos' ('perfeitos') é possível a existência de equilíbrio com desemprego
, me parece claro que os Monetaristas provam que a Teoria Geral não estava tão certa assim.
Não preciso nem da ironia nem do Nobel. A proposta de que os governos podem gerar grandes falhas de mercado, ou pirar as existentes, NÃO É MINHA. É do PRÊMIO NOBEL, Joseph E. Stiglitz (conhece?).
Há também uma substancial evidência empírica que o que aumenta os salários e o PIB é a produtividade e não a intervenção do governo.

Vou recortar o que disse e explicar.

O governo se apropria de 47% do PIB, a iniciativa privada fica reduzida (carga tributária excessiva, falta de infra-estrutura, instituições de direito fracas etc), a população cresce, a oferta de mão-de-obra aumenta, a demanda não, conseqüentemente o salário real (iniciativa privada) cai. O governo gera um enorme peso morto, é ineficiente, corrupto e fraco, logo temos uma gigantesca falha de mercado que gera capacidade ociosa e desemprego de fatores (mão-de-obra).


A carga tributária excessiva desestimula a produção (Stigltz – Economics of Public Sector), a degradação da infra-estrutura compromete o comércio inter-regional, aumenta os custos de transporte (gera um tipo de “tributo” indireto), reduz o produto e aumenta o nível de preços (Krugman, Fujita e Vanables – Economia Espacial). As instituições fracas e o governo corrupto comprometem as expectativas (Drazen). Temos então população crescente, um governo que provoca capacidade ociosa, pois além de o grande alocador de recursos é extremamente ineficiente. Capacidade ociosa = desemprego! (ou vc não acredita em peso morto).

Portanto, políticas como o salário mínimo que mudem a distribuição entre lucros e salários de maneira favorável aos últimos levam a taxas de crescimento maiores.


Isso aqui é piada né!! Já foi empresário ou é só teórico? Com a nossa carga tributária sobre o setor produtivo sua proposta gera é desemprego.

Me parece que vc é seguidor da segunda agenda tributária. Certo?

O dilema engenheiro x advogado é um clássico exemplo de rent seeking.

Agora, uma última observação, creio que vc seja do CEDEPLAR, me parece que vc tem um bom e bem fundamentado conhecimento em economia, portanto, sabes tudo que eu disse nessa resposta, mesmo que não concorde com a corrente. Pergunto, se os 47% fosse um erro, tua tentativa de correção foi agressiva, irônica e arrogante, vc realmente acha que isso demonstra sabedoria?




Avatar do usuário
Túlio
Site Admin
Site Admin
Mensagens: 61293
Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
Localização: Tramandaí, RS, Brasil
Agradeceram: 6578 vezes
Contato:

#41 Mensagem por Túlio » Sex Dez 15, 2006 10:35 pm

Pediria humildemente aos colegas Arthur e JOSE CARNEIRO que contivessem um pouco o tom agressivo dos posts mas MANTIVESSEM a discussão, ainda que off-topic: É MUITÍSSIMO INSTRUTIVA, POWS!!!

Ainda estou decidindo o lado em que vou ficar... 8-]




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Arthur
Sênior
Sênior
Mensagens: 887
Registrado em: Seg Fev 21, 2005 9:34 am

#42 Mensagem por Arthur » Sex Dez 15, 2006 10:35 pm

duplicada




Editado pela última vez por Arthur em Seg Dez 18, 2006 6:47 pm, em um total de 1 vez.
Arthur
Sênior
Sênior
Mensagens: 887
Registrado em: Seg Fev 21, 2005 9:34 am

#43 Mensagem por Arthur » Sex Dez 15, 2006 10:35 pm

trabuco escreveu:Mas ninguém aqui afirmou que o ideal é o pleno emprego ou afirmou???
O desemprego vai e deve sempre existir, isso gera competição, tem seu lado bom.


O José Camargo afirmou em seu post que o desemprego é fruto das rigidezes do mercado de trabalho. Eu discordei da visão dele.

Para mim, o desemprego não é consequencia de uma falha, mas sim fruto das próprias caracteríticas do sistema capitalista.

No entanto, não creio que o desemprego seja bom. O pleno emprego é a condição desejável de qualquer sociedade que se preocupe com o bem-estar dos seus cidadãos. Por isso, quando o mercado não leva ao pleno emprego o governo deve intervir e tentar conduzir a economia à essa direção.

Além disso, ao contrário do que você escreve, o desemprego tem efeitos nocivos sobre a economia. Existe na economia um efeito chamado learning by doing que faz com que a produtividade dos trabalhadores cresça à medida que eles se especializam em uma função. Por exemplo, um operador de máquina que acabou de ingressar em uma empresa certamente tem produtividade menor do que um operador que está na empresa a alguns anos e está familiarizado com o processo de produção. Daí, quando a economia cresce e o desemprego é pequeno os trabalhadores se especializam e cresce a produtividade (consequentemente, cresce a renda). No entanto, se há alto desemprego existe um efeito reverso, i.e., os trabalhadores perdem produtividade devido a sua inatividade. Isso ocorre tanto porque os skills desse trabalhador se tornam defasados seja porque ele perde a disciplina de trabalho. Portanto, o desemprego contribui para menor produtividade na economia no longo prazo.

As barreiras que o governo impoe no mercado de trabalho no Brasil AUMENTAM em muito o desemprego, veja quantas pessoas estão na informalidade no Brasil. Temos leis de primeiro mundo que não condizem com a realidade.

A situação é alarmante, quantas empresas estão na informalidade??? Quantas pessoas não tem a carteira assinada??? Agora veja as causas disso...

A política tributária é míope, pois ninguém está na informalidade porque quer, se houvesse uma flexibilização milhares de novas empresas estariam legalizadas e a arrecadação até aumentaria. Metade da nossa economia é informal!!!


Concordo com você que a situação da informalidade é alarmante. Mas ela é um reflexo das condições estruturais de uma economia na qual a mão-de-obra de setores atrasados do campo foi para a cidade mas não foi completamente absorvida pelos modernos setores urbanos e daí foi trabalhar na informalidade.

Nesse sentido, o máximo que uma reforma trabalhista poderia fazer é transferir mão-de-obra de setores informais de baixa tecnologia e produtividade para setores formais de baixa tecnologia e produtividade.

No entanto, há de se admitir que a formalização tem efeitos positivos. Um deles é aumentar a base tributária. Isso poderia levar a uma queda dos tributos da economia em geral e/ou a um aumento dos investimentos públicos. Tudo mais constante, tais medidas farão crescer a rentabilidade das firmas. E maior rentabilidade significa maior investimento e maior crescimento.

Mas tal efeito positivo pode ser anulado caso a reforma trabalhista signifique uma queda da participação dos salários na renda. Tal queda faria cair a demanda tal queda se refletindo em menor rentabilidade das firmas, afetando negativamente a acumulação de capital.

Pode-se ver, portanto, que uma reforma trabalhista tem efeitos ambíguos sobre a economia. Por isso, tal tema deve ser tratado com cuidado. Na minha opinião, a contribuição patronal à previdência deveria passar a incidir sobre o valor agregado da empresa e não mais sobre seus salários. Isso reduziria o custo de contratar e estimularia ainda mais a formalização. Por outro lado, o governo deveria manter políticas de valorização do salário mínimo pois estas estimulam a demanda agregada. Buscaria-se assim captar apenas os efeitos positivos de uma reforma trabalhista.

Abs

Arthur




Sniper
Sênior
Sênior
Mensagens: 9654
Registrado em: Dom Fev 15, 2004 9:28 pm
Localização: Contagem - MG
Agradeceram: 7 vezes
Contato:

#44 Mensagem por Sniper » Sáb Dez 16, 2006 11:25 am

Naval escreveu:
Sniper escreveu:Compartilho do mesmo desapontamento rslrdx :(


No meu caso eu penso em entrar para as FA's não por dinheiro, mas porque acho que o meu futuro é ser miltar !

Vou fazer a prova pra SFN, se entrar vou passar alguns anos morando longe e ganhando uma merreca (700 reais ) mas apesar de tudo acho que vale a pena!

Abraços!


Olá sniper, fui Naval durante 04 anos e não me arrependo. Vivi momentos marcantes que nunca serão esquecidos (viajar de navio, voar de helicóptero, atirar etc.), muitas coisas que aprendi na caserna e levo pra minha vida civil.

Porém é preciso pensar muito se é esse tipo de vida q vc quer, pois como já disse antes, é muito sacrificante. Meu sonho desde menino era ser militar, eu havia tentado antes na Escola Naval e não passei da segunda fase, então como tava na época de servir mesmo fiz a prova pra Soldado Fuzileiro Naval.

Eu, por exemplo, entrei cheio de planos e sonhos em seguir a carreira estudar etc. O que encontrei? escala de serviço apertada que impedia vc de fazer uma faculdade, ou então como servi numa OM muito operativa (batalhão humaitá e depois artilharia) só vivia no mar ou no mato, ou seja, a não ser q vc seja peixe dificilmente irá ter tempo de estudar e isso com o tempo vai te desgastando te frustando.

Não adianta, pra ser militar tem q ter vocação, o pessoal aqui fora enxerga com outros olhos, o glamour, a farda, mas a verdade q é uma vida castrante.

Isso me fez parar pra pensar, como ainda era novo, tinha curso técnico resolvi arriscar e dar baixa recuperarando os 4 anos e fazer minha faculdade.
Cara não estou querendo te desanimar, se vc acha q nasceu pra isso tudo bem, se vai conseguir viver assim 30 anos, só não entre iludido, é uma vida muito dura e não tô dizendo de ralação não, é ter sua vida limitada mesmo.
Agora, se for pra passar uma temporada e uma experiência tudo bem, acho até que fica faltando alguma coisa na vida do indivíduo q não passa por isso é uma fase necessária, de aprendizado de valores como, união, disciplina etc.
Ah, na minha turma de recruta tinha um pessoal aí de Minas.
Valeu.


Valew Naval! :D Estava até pensando em te mandar uma MP sobre o assunto... :P :wink:

Abraço!




Imagem
Avatar do usuário
Naval
Sênior
Sênior
Mensagens: 1505
Registrado em: Dom Jul 27, 2003 10:06 am
Agradeceram: 43 vezes

#45 Mensagem por Naval » Sáb Dez 16, 2006 7:43 pm

Sniper escreveu:
Naval escreveu:
Sniper escreveu:Compartilho do mesmo desapontamento rslrdx :(


No meu caso eu penso em entrar para as FA's não por dinheiro, mas porque acho que o meu futuro é ser miltar !

Vou fazer a prova pra SFN, se entrar vou passar alguns anos morando longe e ganhando uma merreca (700 reais ) mas apesar de tudo acho que vale a pena!

Abraços!


Olá sniper, fui Naval durante 04 anos e não me arrependo. Vivi momentos marcantes que nunca serão esquecidos (viajar de navio, voar de helicóptero, atirar etc.), muitas coisas que aprendi na caserna e levo pra minha vida civil.

Porém é preciso pensar muito se é esse tipo de vida q vc quer, pois como já disse antes, é muito sacrificante. Meu sonho desde menino era ser militar, eu havia tentado antes na Escola Naval e não passei da segunda fase, então como tava na época de servir mesmo fiz a prova pra Soldado Fuzileiro Naval.

Eu, por exemplo, entrei cheio de planos e sonhos em seguir a carreira estudar etc. O que encontrei? escala de serviço apertada que impedia vc de fazer uma faculdade, ou então como servi numa OM muito operativa (batalhão humaitá e depois artilharia) só vivia no mar ou no mato, ou seja, a não ser q vc seja peixe dificilmente irá ter tempo de estudar e isso com o tempo vai te desgastando te frustando.

Não adianta, pra ser militar tem q ter vocação, o pessoal aqui fora enxerga com outros olhos, o glamour, a farda, mas a verdade q é uma vida castrante.

Isso me fez parar pra pensar, como ainda era novo, tinha curso técnico resolvi arriscar e dar baixa recuperarando os 4 anos e fazer minha faculdade.
Cara não estou querendo te desanimar, se vc acha q nasceu pra isso tudo bem, se vai conseguir viver assim 30 anos, só não entre iludido, é uma vida muito dura e não tô dizendo de ralação não, é ter sua vida limitada mesmo.
Agora, se for pra passar uma temporada e uma experiência tudo bem, acho até que fica faltando alguma coisa na vida do indivíduo q não passa por isso é uma fase necessária, de aprendizado de valores como, união, disciplina etc.
Ah, na minha turma de recruta tinha um pessoal aí de Minas.
Valeu.


Valew Naval! :D Estava até pensando em te mandar uma MP sobre o assunto... :P :wink:

Abraço!


Pode mandar Sniper, o que puder te ajudar brother, blz.




"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração." (Thomas Jefferson)
Responder