Enviado: Seg Mar 29, 2004 9:38 pm
OLA SRS
Alguns comentários e sugestões:
Uma boa maneira de influenciar políticos é enviar e-mails para comissão de relações exteriores da camara dos deputados solicitando informações e cobrando explicações. Ou enviar e-mails em particular para cada deputado em particular desta comissão.
Não concordo com a postura de vítima oferecida ao Ministro da Defesa e a Marinha. Eles são em última análise os orgãos políticos que defendem o interesses ligados a Defesa do país. Cabe por isso a eles influenciar tanto o Legislativo e o executivo no mantenimento da operacionalidade dos meios.
Declarações do Min Viegas dizem um pouco do que pode ser o pensamento deste numa entrevista posta no site defesanet:
" A nova missão dos militares
Ministro da Defesa quer maior participação das Forças Armadas na área social, conta como
está a disputada compra de novos caças para a FAB e fala sobre o envio de tropas brasileiras a serviço da ONU no Haiti
Claúdio Camargo e Mário Simas Filho
Colaborou: Eduardo Holanda
Em meio a uma situação de penúria orçamentária, as Forças Armadas brasileiras estão sendo obrigadas a "fazer mais com menos", na definição do ministro da Defesa, José Viegas. Para isso, Exército, Marinha e Aeronáutica estão redescobrindo sua função social, como nos tempos do marechal Rondon, atuando cada vez mais em meio às populações desassistidas dos rincões do País. "Não há emergências no Brasil em que os militares não tenham se mobilizado em 24 horas", diz Viegas. Aliadas à idéia dessa volta às origens, as Forças Armadas enfrentam necessidades prementes de modernização tecnológica, em alguns casos sob a ameaça de abrirem flancos devastadores à segurança, como no caso da substituição dos velhos caças Mirage III, baseados em Anápolis e que patrulham o espaço aéreo de Brasília. Mesmo assim, o Ministério da Defesa não descuida da inserção do País nas missões de paz, como a que o Conselho de Segurança da ONU aprovou para o Haiti. Lá, depois de o presidente Jean-Bertrand Aristide ter sido deposto, as Nações Unidas deverão enviar uma Força de Paz que pode ser liderada pelo Brasil. Em entrevista exclusiva a ISTOÉ, o ministro Viegas falou sobre esses e outros assuntos na quarta-feira 10 em seu gabinete.
ISTOÉ - O Brasil precisa modernizar suas Forças Armadas, está no final de um processo para a compra de caças supersônicos e ao mesmo tempo sofre com a escassez de recursos. Como equacionar isso?
José Viegas - A falta de dinheiro não se verifica apenas nas Forças Armadas. É o reflexo de uma situação ainda de escassez nas diversas áreas do governo. A atitude que temos de tomar é a de fazer mais com menos.
ISTOÉ - Isso é possível?
Viegas - Nos últimos 15 meses, as Forças Armadas têm se desdobrado nas ações sociais. Não há emergências no Brasil em que as Forças Armadas não tenham se mobilizado em menos de 24 horas, desde incêndio em Roraima, inundações no Amapá até o caso de derrames tóxicos em Minas Gerais e no Espírito Santo. Há também o apoio ao Programa Fome Zero, a implantação de cisternas no semi-árido, o transporte de água. São inúmeros os exemplos, sem contar as ações sociais do Programa Calha Norte e os navios-hospitais da Marinha, sobretudo na periferia amazônica. Então, há um desdobramento muito grande de nossas ações sociais."
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Observa-se bem o engajamento na política que facilmente aceitaria a baixa constante de navios e a anemia crônica das FFAA. A função social dos militares deveria ser uma função acessória as suas obrigações, não uma profissão de fé ! Neste aspecto o Ministro se torna ineficiente pois não cuida de mais uma de suas funções básicas.
Creio que para o Sr Ministro salvo um relato melhor falta ação política ( afinal o Min da Defesa é uma instituição política por definição ). Talvez a sua presença física nas cerimonias de descomissionamento dos navios cria-se um fato político - que é uma linguagem que este governo entende - e leva-se à discussão tais providências, mas ao que parece isto não ocorreu.
Na verdade creio que o Sr Ministro segue o ditado que "o cachimbo faz a boca torta". De tanto manter uma postura discreta profissionamente ( como diplomata ) ele é incapaz de uma atitude política clara e explícita dos interesses de seu Ministério. O pior é que uma outra caracterítica também afeita aos Diplomatas não parece presente no Sr Ministro, qual seja, a capacidade de negociar nos bastidores e conseguir resultados.
As duas qualidades só são interessantes quando juntas. Em separado de nada servem.
Outro ponto interessante é a análise sobre "A nova missão dos militares", ou seja servir as forças de paz. Esta rematada tolice também só deveria servir como acessória, não embotando as missões clássicas e consagradas de defesa. Isto parece um conceito inalcançável a todos os políticos que se envolvem atualmente com o assunto ( inclusive o Sr Ministro ).
O que me estimula agora por conta de tudo que se vê é que graças a Deus pelo menos por algum tempo no passado estes idiotas estiveram alegremente alijados de qualquer poder de mando.
Um abraço
Sundao
Alguns comentários e sugestões:
Uma boa maneira de influenciar políticos é enviar e-mails para comissão de relações exteriores da camara dos deputados solicitando informações e cobrando explicações. Ou enviar e-mails em particular para cada deputado em particular desta comissão.
Não concordo com a postura de vítima oferecida ao Ministro da Defesa e a Marinha. Eles são em última análise os orgãos políticos que defendem o interesses ligados a Defesa do país. Cabe por isso a eles influenciar tanto o Legislativo e o executivo no mantenimento da operacionalidade dos meios.
Declarações do Min Viegas dizem um pouco do que pode ser o pensamento deste numa entrevista posta no site defesanet:
" A nova missão dos militares
Ministro da Defesa quer maior participação das Forças Armadas na área social, conta como
está a disputada compra de novos caças para a FAB e fala sobre o envio de tropas brasileiras a serviço da ONU no Haiti
Claúdio Camargo e Mário Simas Filho
Colaborou: Eduardo Holanda
Em meio a uma situação de penúria orçamentária, as Forças Armadas brasileiras estão sendo obrigadas a "fazer mais com menos", na definição do ministro da Defesa, José Viegas. Para isso, Exército, Marinha e Aeronáutica estão redescobrindo sua função social, como nos tempos do marechal Rondon, atuando cada vez mais em meio às populações desassistidas dos rincões do País. "Não há emergências no Brasil em que os militares não tenham se mobilizado em 24 horas", diz Viegas. Aliadas à idéia dessa volta às origens, as Forças Armadas enfrentam necessidades prementes de modernização tecnológica, em alguns casos sob a ameaça de abrirem flancos devastadores à segurança, como no caso da substituição dos velhos caças Mirage III, baseados em Anápolis e que patrulham o espaço aéreo de Brasília. Mesmo assim, o Ministério da Defesa não descuida da inserção do País nas missões de paz, como a que o Conselho de Segurança da ONU aprovou para o Haiti. Lá, depois de o presidente Jean-Bertrand Aristide ter sido deposto, as Nações Unidas deverão enviar uma Força de Paz que pode ser liderada pelo Brasil. Em entrevista exclusiva a ISTOÉ, o ministro Viegas falou sobre esses e outros assuntos na quarta-feira 10 em seu gabinete.
ISTOÉ - O Brasil precisa modernizar suas Forças Armadas, está no final de um processo para a compra de caças supersônicos e ao mesmo tempo sofre com a escassez de recursos. Como equacionar isso?
José Viegas - A falta de dinheiro não se verifica apenas nas Forças Armadas. É o reflexo de uma situação ainda de escassez nas diversas áreas do governo. A atitude que temos de tomar é a de fazer mais com menos.
ISTOÉ - Isso é possível?
Viegas - Nos últimos 15 meses, as Forças Armadas têm se desdobrado nas ações sociais. Não há emergências no Brasil em que as Forças Armadas não tenham se mobilizado em menos de 24 horas, desde incêndio em Roraima, inundações no Amapá até o caso de derrames tóxicos em Minas Gerais e no Espírito Santo. Há também o apoio ao Programa Fome Zero, a implantação de cisternas no semi-árido, o transporte de água. São inúmeros os exemplos, sem contar as ações sociais do Programa Calha Norte e os navios-hospitais da Marinha, sobretudo na periferia amazônica. Então, há um desdobramento muito grande de nossas ações sociais."
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Observa-se bem o engajamento na política que facilmente aceitaria a baixa constante de navios e a anemia crônica das FFAA. A função social dos militares deveria ser uma função acessória as suas obrigações, não uma profissão de fé ! Neste aspecto o Ministro se torna ineficiente pois não cuida de mais uma de suas funções básicas.
Creio que para o Sr Ministro salvo um relato melhor falta ação política ( afinal o Min da Defesa é uma instituição política por definição ). Talvez a sua presença física nas cerimonias de descomissionamento dos navios cria-se um fato político - que é uma linguagem que este governo entende - e leva-se à discussão tais providências, mas ao que parece isto não ocorreu.
Na verdade creio que o Sr Ministro segue o ditado que "o cachimbo faz a boca torta". De tanto manter uma postura discreta profissionamente ( como diplomata ) ele é incapaz de uma atitude política clara e explícita dos interesses de seu Ministério. O pior é que uma outra caracterítica também afeita aos Diplomatas não parece presente no Sr Ministro, qual seja, a capacidade de negociar nos bastidores e conseguir resultados.
As duas qualidades só são interessantes quando juntas. Em separado de nada servem.
Outro ponto interessante é a análise sobre "A nova missão dos militares", ou seja servir as forças de paz. Esta rematada tolice também só deveria servir como acessória, não embotando as missões clássicas e consagradas de defesa. Isto parece um conceito inalcançável a todos os políticos que se envolvem atualmente com o assunto ( inclusive o Sr Ministro ).
O que me estimula agora por conta de tudo que se vê é que graças a Deus pelo menos por algum tempo no passado estes idiotas estiveram alegremente alijados de qualquer poder de mando.
Um abraço
Sundao