Mais dois navios da MB desativados

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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SUNDAO
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#31 Mensagem por SUNDAO » Seg Mar 29, 2004 9:38 pm

OLA SRS

Alguns comentários e sugestões:

Uma boa maneira de influenciar políticos é enviar e-mails para comissão de relações exteriores da camara dos deputados solicitando informações e cobrando explicações. Ou enviar e-mails em particular para cada deputado em particular desta comissão.

Não concordo com a postura de vítima oferecida ao Ministro da Defesa e a Marinha. Eles são em última análise os orgãos políticos que defendem o interesses ligados a Defesa do país. Cabe por isso a eles influenciar tanto o Legislativo e o executivo no mantenimento da operacionalidade dos meios.

Declarações do Min Viegas dizem um pouco do que pode ser o pensamento deste numa entrevista posta no site defesanet:

" A nova missão dos militares

Ministro da Defesa quer maior participação das Forças Armadas na área social, conta como

está a disputada compra de novos caças para a FAB e fala sobre o envio de tropas brasileiras a serviço da ONU no Haiti

Claúdio Camargo e Mário Simas Filho
Colaborou: Eduardo Holanda

Em meio a uma situação de penúria orçamentária, as Forças Armadas brasileiras estão sendo obrigadas a "fazer mais com menos", na definição do ministro da Defesa, José Viegas. Para isso, Exército, Marinha e Aeronáutica estão redescobrindo sua função social, como nos tempos do marechal Rondon, atuando cada vez mais em meio às populações desassistidas dos rincões do País. "Não há emergências no Brasil em que os militares não tenham se mobilizado em 24 horas", diz Viegas. Aliadas à idéia dessa volta às origens, as Forças Armadas enfrentam necessidades prementes de modernização tecnológica, em alguns casos sob a ameaça de abrirem flancos devastadores à segurança, como no caso da substituição dos velhos caças Mirage III, baseados em Anápolis e que patrulham o espaço aéreo de Brasília. Mesmo assim, o Ministério da Defesa não descuida da inserção do País nas missões de paz, como a que o Conselho de Segurança da ONU aprovou para o Haiti. Lá, depois de o presidente Jean-Bertrand Aristide ter sido deposto, as Nações Unidas deverão enviar uma Força de Paz que pode ser liderada pelo Brasil. Em entrevista exclusiva a ISTOÉ, o ministro Viegas falou sobre esses e outros assuntos na quarta-feira 10 em seu gabinete.

ISTOÉ - O Brasil precisa modernizar suas Forças Armadas, está no final de um processo para a compra de caças supersônicos e ao mesmo tempo sofre com a escassez de recursos. Como equacionar isso?
José Viegas - A falta de dinheiro não se verifica apenas nas Forças Armadas. É o reflexo de uma situação ainda de escassez nas diversas áreas do governo. A atitude que temos de tomar é a de fazer mais com menos.

ISTOÉ - Isso é possível?
Viegas - Nos últimos 15 meses, as Forças Armadas têm se desdobrado nas ações sociais. Não há emergências no Brasil em que as Forças Armadas não tenham se mobilizado em menos de 24 horas, desde incêndio em Roraima, inundações no Amapá até o caso de derrames tóxicos em Minas Gerais e no Espírito Santo. Há também o apoio ao Programa Fome Zero, a implantação de cisternas no semi-árido, o transporte de água. São inúmeros os exemplos, sem contar as ações sociais do Programa Calha Norte e os navios-hospitais da Marinha, sobretudo na periferia amazônica. Então, há um desdobramento muito grande de nossas ações sociais."
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Observa-se bem o engajamento na política que facilmente aceitaria a baixa constante de navios e a anemia crônica das FFAA. A função social dos militares deveria ser uma função acessória as suas obrigações, não uma profissão de fé ! Neste aspecto o Ministro se torna ineficiente pois não cuida de mais uma de suas funções básicas.

Creio que para o Sr Ministro salvo um relato melhor falta ação política ( afinal o Min da Defesa é uma instituição política por definição ). Talvez a sua presença física nas cerimonias de descomissionamento dos navios cria-se um fato político - que é uma linguagem que este governo entende - e leva-se à discussão tais providências, mas ao que parece isto não ocorreu.

Na verdade creio que o Sr Ministro segue o ditado que "o cachimbo faz a boca torta". De tanto manter uma postura discreta profissionamente ( como diplomata ) ele é incapaz de uma atitude política clara e explícita dos interesses de seu Ministério. O pior é que uma outra caracterítica também afeita aos Diplomatas não parece presente no Sr Ministro, qual seja, a capacidade de negociar nos bastidores e conseguir resultados.

As duas qualidades só são interessantes quando juntas. Em separado de nada servem.

Outro ponto interessante é a análise sobre "A nova missão dos militares", ou seja servir as forças de paz. Esta rematada tolice também só deveria servir como acessória, não embotando as missões clássicas e consagradas de defesa. Isto parece um conceito inalcançável a todos os políticos que se envolvem atualmente com o assunto ( inclusive o Sr Ministro ).

O que me estimula agora por conta de tudo que se vê é que graças a Deus pelo menos por algum tempo no passado estes idiotas estiveram alegremente alijados de qualquer poder de mando.

Um abraço

Sundao




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Guilherme
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#32 Mensagem por Guilherme » Ter Mar 30, 2004 8:26 am

Sobre a desativação dos navios, já mandei e-mails para o gabinete do presidente Lula e para o Eduardo Suplicy (presidente de Comissao de Rel. Exteriores e Defesa do Senado). Mandei faz 2 semanas, e não tive resposta. Isto me dá uma idéia do quanto a defesa nacional é importante para esses dois senhores.




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#33 Mensagem por FinkenHeinle » Ter Mar 30, 2004 1:51 pm

Agora, eu me pergunto,


Porque não desativar os CT Pará, que são velhos e caros de se manter, e ficar com os Greenhalgh.

Só ficam com esses CTs na MB para dizer que possuem Contratorpedeiros... Sacanagem...




Atte.
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#34 Mensagem por Guilherme » Ter Mar 30, 2004 2:18 pm

Concordo, FinkenHeinle.

Podiam ter desativado todos os CTs, e ficado com as Greenhalg. No lugar dos CTs da classe Pará, comprava-se 2 contra-torpedeiros britanicos usados. Se nao quiserem comprar CTs, podem melhorar algumas fragatas, em suas capacidades anti-aérea e anti-submarino.




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#35 Mensagem por alex » Ter Mar 30, 2004 2:59 pm

manteve-se um contratorperdeiro na ativa porque ele esta com todas as peças dos outros tres desativados.
Só por isso.




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#36 Mensagem por SUNDAO » Ter Mar 30, 2004 6:52 pm

Para não parecer amargo e com constante mau-humor oferecerei uma visão otimista.

A desativação ( reserva ) destes navios pode ser um prenuncio de que no futuro, quando a situação da economia melhorar estes serão os primeiros navios a serem reativados após a uma extensa reforma.

Vocês acreditam nisto ?

Sundao

PS : Existem duas comissões de Realções Externas e Defesa Nacional. Uma na Camara e outra no Senado. Todos são pacientes no caso so envio de e-mails. Neste caso acredito que a regra é persistir ( todo político é meio surdo, né ?!?!? )

Sundao




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#37 Mensagem por Guilherme » Ter Mar 30, 2004 7:29 pm

SUNDAO escreveu:Para não parecer amargo e com constante mau-humor oferecerei uma visão otimista.

A desativação ( reserva ) destes navios pode ser um prenuncio de que no futuro, quando a situação da economia melhorar estes serão os primeiros navios a serem reativados após a uma extensa reforma.

Vocês acreditam nisto ?

Sundao

PS : Existem duas comissões de Realções Externas e Defesa Nacional. Uma na Camara e outra no Senado. Todos são pacientes no caso so envio de e-mails. Neste caso acredito que a regra é persistir ( todo político é meio surdo, né ?!?!? )

Sundao


Mas os navios foram desativados mesmo, ou apenas "encostados" ?




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#38 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qua Mar 31, 2004 12:03 am

Infelizmente, reserva na MB significa o fim. As duas embarcação deram mostra de desarmamento.




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#39 Mensagem por Fuznav » Sex Abr 02, 2004 12:53 am

Os dois navios não poderão voltar a ativa, só em casos d emergência, ou seja entrarmos em guerra.
Uma breve explicação quanto ao ct Pará: ele permanece na ativa por dois motivos, o primeiro é por causa do sistema ASROC muito eficaz por sinal e o único na américa latina, para s ter uma idéia é um sitema da década d 1950 e os norte americanos utilizam até hj, já o segundo é o último ct da MB e como a marinha tem um enorme respeito a eles.
Corre nos bastidores (boatos lá d cima) q em 2006 ou 2007 um destróier usado será adquirido quando o ct der baixa, provavelmente será o da classe Spruance.

Abraços.




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#40 Mensagem por Guilherme » Sex Abr 02, 2004 8:32 am

Fuznav escreveu:Os dois navios não poderão voltar a ativa, só em casos d emergência, ou seja entrarmos em guerra.
Uma breve explicação quanto ao ct Pará: ele permanece na ativa por dois motivos, o primeiro é por causa do sistema ASROC muito eficaz por sinal e o único na américa latina, para s ter uma idéia é um sitema da década d 1950 e os norte americanos utilizam até hj, já o segundo é o último ct da MB e como a marinha tem um enorme respeito a eles.
Corre nos bastidores (boatos lá d cima) q em 2006 ou 2007 um destróier usado será adquirido quando o ct der baixa, provavelmente será o da classe Spruance.

Abraços.


O que significa ASROC ?




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#41 Mensagem por Fuznav » Sex Abr 02, 2004 11:43 am

Caro Guilherme o sistema ASROC é um torpedo guiado por foguetes, arma d uso anti subs e pode chegar até 13 kms. Esta sistema é único no continente sul americano. A MB recentimente realizou uma modernização neste sistema q s encontra no estado da arte.

Abraços.




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#42 Mensagem por Naval » Sáb Abr 03, 2004 12:52 am

Caro Fuznav, o Instituto de Pesquisas da Marinha (Ipqm) desenvolveu ou está desenvolvendo um foguete semelhante ao ASROC. Muito legal, eu vou postar a foto do dito cujo de procedência nacional, só que tô com preguiça...

Abraços.




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#43 Mensagem por Fuznav » Sáb Abr 03, 2004 5:30 pm

Caro Naval, vc está correto e vale lembrar q Ipqm tb remotorizou os ASROC.

Abraços.




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Mais dois navios da mb desativados

#44 Mensagem por edson.jesus » Dom Abr 04, 2004 12:01 am

Olá Colegas!

Sou novato no forum e admirador incondicional de assuntos militares, principalmente do Brasil. Desde o recrutamento (20 anos passados) venho acompanhando de forma amadora as formas armadas. Antigamente dava orgulho falar das nossas formas armadas, inclusive dos antigos desfiles de 7 de setembro, tendo desfilado em vários e antes do inicio das aulas assistir o asteamento da bandeira e conto do hino.
É perturbador para nós, que somos aqueles poucos admiradores incondicionais de assuntos militares, chegar a conclusão que no Governo FHC e principalmente no inicio da gestão LULA o respeito pelas nossas Forças Armadas parece estar sendo deixado em 2º plano, algo que considero perigoso para a nossa soberania amazonica e oceânica.
Como sou muito otimista, espero que este governo (PT) mostre que todos nos sempre estivemos errados, que eles não tem ódio mortal pelos militares e que com compras de oportunidade, consigar recuperar a situação das nossa formas armadas.
No caso da Marinha Brasileira, para melhora-la considero as seguintes opções:

1º Aguardar a previsivel queda do governo Bush e a moderação no tom dos últimos enfrentamentos diplomáticos com os americanos, para adquirirmos algumas belonaves. Na rapidez em que eles estão gastando, "tudo" fica velho muito rápido e logo vão estar com grandes excedentes.

2º Aguardar as opções Inglesas que serão muito boas, mas antecipar as negociações, porque a procura pelos seus excedentes é grande.

3º Outras opções européias. (Holanda, Itália, Alemanha.

Opno como reflexão :

Apesar de ser de uma configuração totalmente diferente da ocidental, os Russos também não teriam algum excedente ou até navios da ativa que poderiamos adquirir (Talvés até na forma de escambo/troca por mercadorias do nosso estoque regulador (agricultura))/

Obrigado pela oportunidade, um Abraço a todos.




Minha Pátria é como minha familia "tudo". É nosso dever manter a paz e a nossa soberania, devemos estar preparados e prontos.
edson.jesus
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Mais dois navios da mb desativados

#45 Mensagem por edson.jesus » Dom Abr 04, 2004 12:03 am

Olá Colegas!

Sou novato no forum e admirador incondicional de assuntos militares, principalmente do Brasil. Desde o recrutamento (20 anos passados) venho acompanhando de forma amadora as formas armadas. Antigamente dava orgulho falar das nossas formas armadas, inclusive dos antigos desfiles de 7 de setembro, tendo desfilado em vários e antes do inicio das aulas assistir o asteamento da bandeira e conto do hino.
É perturbador para nós, que somos aqueles poucos admiradores incondicionais de assuntos militares, chegar a conclusão que no Governo FHC e principalmente no inicio da gestão LULA o respeito pelas nossas Forças Armadas parece estar sendo deixado em 2º plano, algo que considero perigoso para a nossa soberania amazonica e oceânica.
Como sou muito otimista, espero que este governo (PT) mostre que todos nos sempre estivemos errados, que eles não tem ódio mortal pelos militares e que com compras de oportunidade, consigar recuperar a situação das nossa formas armadas.
No caso da Marinha Brasileira, para melhora-la considero as seguintes opções:

1º Aguardar a previsivel queda do governo Bush e a moderação no tom dos últimos enfrentamentos diplomáticos com os americanos, para adquirirmos algumas belonaves. Na rapidez em que eles estão gastando, "tudo" fica velho muito rápido e logo vão estar com grandes excedentes.

2º Aguardar as opções Inglesas que serão muito boas, mas antecipar as negociações, porque a procura pelos seus excedentes é grande.

3º Outras opções européias. (Holanda, Itália, Alemanha.

Opno como reflexão :

Apesar de ser de uma configuração totalmente diferente da ocidental, os Russos também não teriam algum excedente ou até navios da ativa que poderiamos adquirir (Talvés até na forma de escambo/troca por mercadorias do nosso estoque regulador (agricultura))/

Obrigado pela oportunidade, um Abraço a todos.




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