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Enviado: Dom Nov 19, 2006 12:59 am
por Luís Henrique
1 - Produziríamos somente um SNA?
2 - Nosso orçamento não é proporcional ao PIB permitindo que no médio prazo tenhamos mais dinheiro para os projetos? Além da projetada diminuição da relação dívida/PIB (estimada em 40% para 2010) que permitiria alocar mais dinheiro para o orçamento?


Exatamente. Um SNA teria uma vida útil de no mínimo 30 anos. Construindo 1 a cada 5 anos, teriamos um total de 6 submarinos.
Com um aumento no orçamento e com o PIB crescendo, creio que não seria muito um SNA a cada 5 anos ou a cada 3 anos.
Dai uma força de 6 a 10 SNA não seria tão difícil assim.

o que falta neste país é pessoas no poder que tenham compromisso com a grandeza deste país, ai sim seremos uma potencia não apenas como vendedores de produtos primários


verás que o Brasil ja esta melhor do que parece. Exportamos produtos manufaturados. Somos o único país da América do Sul que tem uma pauta de exportações bem diversificada.

As coisas estão andando. Devagar mas estamos chegando la. :wink:

Enviado: Dom Nov 19, 2006 4:51 am
por Mapinguari
PRick escreveu:Muito interessante mesmo a nota,

gostaria de saber aonde o Godoy descobriu este termo "assinatura eletrônica de sistemas" :lol: :lol:

Vai ver que o sonar assinou alguns cheques sem fundo. :twisted:

[ ]´s


Pior é o tamanho que ele atribuiu ao ex-futuro SNA da MB: 9200 t e 110 metros de comprimento!
Até onde sei, o SNA brasileiro deslocaria mais ou menos 3.000 t, teria uns 75 m e navegaria submerso a uns 25/27 nós. Portanto, seria pouco maios que um SNA francês da Classe Rubis/Amethiste e não algo como um SSN da classe Los Angeles.

Enviado: Dom Nov 19, 2006 4:57 am
por Mapinguari
Jet Crash® escreveu:
Sniper escreveu:
Rui Elias Maltez escreveu:Mas seria um brinquedo caro demais, e só um.

Fariam melhor e mais com 4 ou 6 bons SSK do estilo U-214.


Francamente Rui querer comparar o poder disuasório de um Submarino nuclear de 9000 Ton com um Submarino Disel/Elétrico de pouco mais de 2000 ton é brincadeira né?! :evil:


O Classe Song da Marinha Chinesa que o diga né? :twisted:

Apareceu no meio do Grupo de Batalha da U.S. Navy sem ser detectado.

E é convencional.


O Submarino Tamoio da MB já conseguiu "afundar" o Principe de Asturias no meio de um GT da OTAN e aidna conseguiu 3 contatos contra um Los Angeles que fazia parte do GT antes antes de ser detectado. Foi num exercício Linked Seas, creio que em 1996.

Enviado: Dom Nov 19, 2006 5:03 am
por Mapinguari
Rui Elias Maltez escreveu:Tudo bem com os vossos argumentos.

Mas isso denota uma mudança na estratégia e doutrina de uso.

O submarino, ou eventualmente no futuro, mais que um, passariam a ser armas de ataque, ao navegarem por todo o Atlântico, representando uma revolução na doutrina defensiva das FA's brasileiras.

O que acontece é que para construirem um ou mais submarinos movidos a propulsão nuclear teriam que ter muito bem desenvolvida a sua tecnologia.

Ou ficariam como a Inglaterra que tem há anos um SNB avariado em Gibraltar, e sem saber o que fazer com ele.

Simplesmente a Inglaterra como a França e outras potencias têm interesses geo-estratégicos globais, têm territórios ultramarinos, estão engajados em políticas de alianças militares, actuam em forças da ONU em mais que um teatro de operações, com forças armadas de imposição e/ou manutenção de paz, etc.

O que não tem sido o caso do Brasil.

A relação custo/benefício em possuir uma frota de SNB's brasileiros não me parece compensadora, ainda que essa frota fosse constituida por 2 ou 3 unidades.

Se for só uma, então nada feito, já que os periodos de paragem deixariam esse capital empatado parado e acostado num porto por meses, para manutenção.

A flexibilidade de uso de 6 SSK's é maior e não menos dissuasória para realidade geo-estratégica em que o Brasil se insere.

Desde que aposte paralelamente em novos meios de superfície de que necessita de se prover até 2020, como novos navios de projecção de forças, respectivas escoltas ASW e AAW, uma aviação embarcada moderna, etc.

Ora ese programas poderiam ficar seriamente comprometidos com um programa de construção de um ou 2 SNB's.

Mas claro que esta é só a minha opinião.


Rui, os planos da MB previam a construção de 3 SNA, complementados por ao menos 9 SSK, num total de 12 navios.

Enviado: Dom Nov 19, 2006 12:36 pm
por Matheus
Tb acho que a síndrome de vira-lata não pode tomar conta, pois já diria a minha avó, quem muito abaixa mostra a bunda! Agora deve haver um planejamento sério, prioridades de investimento, comprometimento com a instituição para que seja feita a cobrança a classe política dos valores devidos a B para que possa exercer sua função, considerando a imensidão e riquezas do nosso país. Quem tem o potencial do Brasil no mundo? India, China e Rússia...o resto falta território e/ou mercado e/ou recursos. Comparem as Fas do Brasil com as demais destes grandes países e verás como estamos atrás. Não podemos, enquanto país continental, querer ter FA's de um país pequeno.

Enviado: Dom Nov 19, 2006 1:01 pm
por Luís Henrique
Marinha do Brasil
Defesanet 17 Novembro 2006
OESP 16 Novembro 2006

Submarino da Marinha será financiado por bancos europeus
Consórcio pretende financiar R$ 882,4 milhões
do R$ 1 bilhão do empreendimento

Roberto Godoy

RIO DE JANEIRO - Um consórcio de bancos europeus vai financiar a aquisição de um novo submarino convencional (diesel-elétrico), da classe IKL-214, para o Comando da Marinha do Brasil. Segundo o Estado, o acordo de longo prazo - liderado pelo grupo ABN-Amro - prevê o pagamento de R$ 882,4 milhões do montante necessário, cabendo ao governo brasileiro responder pelos R$ 135,9 milhões restantes.

O projeto do novo submarino é da HDW alemã, subsidiária da ThyssenKrupp Marine Systems, e deve ser executado no Arsenal da Marinha, no Rio de Janeiro. Atualmente, a frota nacional conta com cinco navios - quatro da classe Tupi, do tipo 209, e um único da linha Tikuna, modificado por engenheiros brasileiros. Todos eles também devem ser modernizados com o dinheiro do financiamento.

O contrato de aquisição do novo submarino foi aprovado oficialmente esta semana, dois meses após a Comissão de Financiamento Externos (Cofiex) ter autorizado a operação. As negociações foram assessoradas em grande parte pelo escritório do ex-chanceler Gerard Schröeder, que teria vindo ao Brasil para tratar da questão.

A nova embarcação terá um torpedo DM2 4A, da Atlas Eletronik, de 1,722 tonelada e 6,50 metros de comprimento, capaz de atingir alvos a 50 quilômetros de distância. A carga de ataque é um bloco de 260 quilos de um novo explosivo, que produz o efeito de um impacto direto de 700 quilos de TNT.

Além dessas transações, o Comando da Marinha pretende ainda encomendar de dois a seis navios de ataque leve, da classe Vigilante - de tecnologia francesa. O projeto foi comprado por US$ 20 milhões e as duas primeiras embarcações estão a cargo do Inace, do Ceará. Cada uma desloca 400 toneladas e transporta 27 tripulantes.

Na última quarta-feira, a Marinha do Brasil adiou por prazo indeterminado a construção de um submarino movido a energia nuclear, o SNA. A idéia era colocá-lo em operação até 2020, após um processo que custaria cerca de US$ 1,2 bilhão.

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não vi essa notícia aqui....então ta ai.

Enviado: Dom Nov 19, 2006 3:05 pm
por Centurião
Luís Henrique escreveu:verás que o Brasil ja esta melhor do que parece. Exportamos produtos manufaturados. Somos o único país da América do Sul que tem uma pauta de exportações bem diversificada.

As coisas estão andando. Devagar mas estamos chegando la. :wink:


Isso. Um exemplo de produto manufaturado de alto nível de tecnologia são os aviões da Embraer.

Na verdade, somos o único país verdadeiramente industrializado da América do Sul. Digo mais, da América Latina, visto que as grandes indústrias no México são em sua maioria "maquiladoras".

Enviado: Seg Nov 20, 2006 12:45 pm
por Morcego
Senhores eu fico a me perguntar, será possível que não conseguimos separar 100 mi por ano para dominar tão importante técnologia por inteiro??


vamos analisar, ainda que fosse 1 BI por ano, teriamos usinas, o maldito sub e toda uma rede e cadeia cientifica trabalhando e gerando CONHECIMENTO AQUI.


lamentávelmente parece que OPTAMOS em continuar vendendo saco de SOJA e ração para vaca feita com resto de laranja.

Enviado: Seg Nov 20, 2006 1:13 pm
por WalterGaudério
ERRO

Enviado: Seg Nov 20, 2006 1:13 pm
por WalterGaudério
morcego escreveu:Senhores eu fico a me perguntar, será possível que não conseguimos separar 100 mi por ano para dominar tão importante técnologia por inteiro??


vamos analisar, ainda que fosse 1 BI por ano, teriamos usinas, o maldito sub e toda uma rede e cadeia cientifica trabalhando e gerando CONHECIMENTO AQUI.


lamentávelmente parece que OPTAMOS em continuar vendendo saco de SOJA e ração para vaca feita com resto de laranja.


Báh!, mas é claro, dinheiro para quem faz depredação no Congresso Nacional, não falta. Mas na hora de se defender soberania, que é o principal legado de tecnologia própria aí... é coisa misteriosa.
Dinheiro para financiar churrascada com Chavez e ir a Cuba tb não faltam.
Construir ponte na Colômbia, Metrô no Peru etc.
(refinarias na Bolívia...)

Êtcha Brasil qdo. é que tu vai tomar jeito...

Walter

Enviado: Ter Nov 21, 2006 2:11 am
por Centurião
cicloneprojekt escreveu: Construir ponte na Colômbia, Metrô no Peru etc.
(refinarias na Bolívia...)

Êtcha Brasil qdo. é que tu vai tomar jeito...

Walter


Walter, respeito muito suas opiniões aqui no fórum e aprendo muito lendo os seus posts. Mas é preciso esclarecer alguns pontos.

Quando empresas brasileiras constroem pontes e expandem o metrô dos nosso vizinhos, significa que estamos fazendo exportação de serviços. Vou citar alguns benefícios advindos de tais feitos: Primeiro, exportamos serviços e produtos relacionados contribuindo para a balança comercial, também criamos uma relação de dependência (benéfica) com esses países, geramos empregos dentro do país, arrecadamos mais impostos e etc... Outro grande benefício: tirar uma grande empresa estrangeira concorrente do páreo.

Às vezes as coisas não saem como o planejado, e daí é preciso minimizar os danos. Mas se saímos no lucro, ainda continuamos fazendo negócio. Isso não aconteceu com a gente somente, vários países desenvolvidos já sofreram esse tipo de problema como o da Bolívia.

As regras do jogo dos negócios no mundo são essas, visto que os países desenvolvidos sempre fizeram o mesmo, só que antes da gente. Cabe a gente querer participar ou não. Não adianta reclamar e ficar na periferia do mundo. Nós já fizemos isso por muito tempo e simplesmente não podemos nos dar ao luxo de fazer de novo.

O Brasil está tomando jeito porque está aproveitando essas oportunidades.

Enviado: Ter Nov 21, 2006 9:08 am
por artenobre
pÔ mas ponte com o dinheiro do BNDES, ai é foda né

Enviado: Ter Nov 21, 2006 9:31 am
por Sniper
artenobre escreveu:pÔ mas ponte com o dinheiro do BNDES, ai é foda né

Ponte, estrada, metrô... :?

Quantas metrópoles no Brasil têm realmente um metrô eficiente ?

Enquanto isso se investe no Peru... :x

Enviado: Ter Nov 21, 2006 1:28 pm
por Centurião
artenobre escreveu:pÔ mas ponte com o dinheiro do BNDES, ai é foda né


O BNDES ajuda no financiamento de alguns investimentos, até mesmo porque sem esse dinheiro esse negócios não existiriam. Mas a contra-partida é que as empresas contratadas e os produtos usados sejam brasileiros.

Como eu disse, não somos só nós que fazemos isso. Quer um exemplo bem próximo deste fórum? Então responda-me, de onde são os bancos que estão financiando a compra do IKL pela marinha brasileira? (Dica: a resposta está nesta mesmíssima página) Viu como isso também se aplica a nós?

Enviado: Ter Nov 21, 2006 1:46 pm
por Centurião
Sniper escreveu:
artenobre escreveu:pÔ mas ponte com o dinheiro do BNDES, ai é foda né

Ponte, estrada, metrô... :?

Quantas metrópoles no Brasil têm realmente um metrô eficiente ?

Enquanto isso se investe no Peru... :x


Esse é o ponto da questão, suponho.

"Se o BNDES tem tanto dinheiro porque não investe no Brasil primeiro?" (Rimou! Hehe!)

A questão é que esse dinheiro do BNDES serve para gerar negócios, e não para ser dado aos outros. Isso significa que quando o banco empresta algo, se assume que o tomador tem condições de pagar. No caso das nossas metrópoles, alguns estados (ou mesmo o governo federal) já passaram do limite de endividamento e vão ter que melhorar suas finanças se quiserem melhorar sua infra-estrutura.

É uma forma fria de encarar as coisas, admito. Mas veja que ao ignorar essas regras básicas, ao longo da nossa história criamos vários "esqueletos" no nosso país, que guardamos no armário enquanto era possível (a inflação elevada ajudava a mascarar isso). Hoje em dia, temos a oportunidade de ver nossos governantes (FHC + Lula) e suas equipes econômicas serem mais responsáveis financeiramente e gastarem somente aquilo que é possível sem gerar mais dívidas.

É por isso que se diz que o nosso país hoje em dia está em uma situação ímpar. Onde os fundamentos macroeconômicos são sólidos o suficiente para permitirem um crescimento sustentável. Isso é uma situação inédita. Todas as vezes que crescemos no passado, sabíamos que não duraria muito, pois crescíamos em cima de algum problema (dívida externa, dívida interna, inflação). Hoje em dia esse crescimento é saudável. Só precisamos crescer mais.

Eu não estou inventando isso. Também não sofri lavagem cerebral de nenhum economista do governo. É só olhar para os números.

Claro que esse cenário positivo só vai se manter e melhorar se fizermos as reformas necessárias. A começar pela tributária e a previdenciária. Estas são de suma importância para o futuro do nosso país.