Luso escreveu:E não me venham com conversas de democracia. Isso é para enganar tolos e só não vê quem não quer.
A democracia não tem nada a ver com isto. O que há são interesses que se
servem da liberdade – tipo com a verdade me enganas - para outros propósitos menos nobres, que no geral não dignificam nada nem ninguém e acabam por enfraquecer as instituições e todo um país que delas dependam. È o sistema em auto-controlo. O estado protege-se dos cidadãos, mas não protege os cidadãos. “O monstro precisa de amigos”.
Há uma subversão e distorções da lei, na atitudes e isso leva aos abusos da liberdade mesmo por parte do estado e neste caso de quem o gestiona, em que se recorre á mentira para encobrir verdades e certas práticas como a manipulação de dados em nome de um tal “desígnio nacional” de "acreditar que é possivel", em nome de uma moralização quando se recorre constantemente ao markting político (eufemisticamente chamado marketing político, porque na verdade não passa de mais publicidade barata (para não chamar definitivamente mentira até á concretização final daquilo que se anuncia), são práticas comuns num país qualquer como o nosso onde enganar e jogar com as palavras são acções/instrumentos considerados nobres de governação. O que vos parece que seja isto?
Se reflectirem bem, nem é necessário uma ditadura como sistema político vigente. A tirania, essa existe sob as mais diversas formas e alimentadas num qualquer país que tenha um sistema democrático pouco evoluído.
São vários tipos de atitudes muitas vezes incompreensíveis ou injustos á luz da mais brilhante racionalidade, numa sociedade que tem por principio a democracia em que toda a gente se respeita, que levam as pessoas a desacreditarem no sistema que está em vigor, porque aquilo que uma instituição de bem como o governo, pura e simplesmente, está-se nas tintas para isso tudo e isto tudo não passa de uma grande hipocrisia.
Então uma ditadura será melhor? Em 48 anos de Salazar não houve hipocrisia? Não mentiam com todos os dentes? Não perseguiam? NÃO MATAVAM? Hoje o que temos não é uma maravilha e também não é nenhum motivo de orgulho quando isto ou outra coisa pior se passa, vinda de quem se espera bons exemplos. Mas o que temos é um sistema que, embora não nos dê garantias, não impede que não se faça justiça.
Temos um sistema que permite ser incomodativo, porque o cidadão pode ter voz. E eles, os tiranos, sabem disso. É por isso que a voz do Zé Povinho pode ser desagradável quando injustiçado. Eles ouvem-nos? Não, não nos ouvem, por isso mesmo. Quanto menos nos chatearem melhor para nós (eles). Eles não nos ouvem, porque preferem fazer os seus truques de ilusionismo. Se não acreditamos num sistema, em que devemos acreditar quando este falha? E porque será que falha? De que forma é a natureza humana? Será ela perfeita?
Luso escreveu:Aos líricos digo: pimenta nos olhos dos outros para eles é refresco.
Decerto que já ouviu falar da expressão: "o que arde cura". Se todos os males fossem esses. Em que acredita? Não quero crer que o Luso seja um apologista de um sistema tirânico. Aquilo que o consome é a frustração. Mas estaja descançado que não é o único. Sou tão humano como você e também acredito em patriotismo, tal como você. Não só estou frustrado com aquilo que está a acontecer, como sinto muito desalento por uma situação que está a desenvolver demasiado rápido e escapar-me ao controle, a nivel pessoal e essa para mim é bem mais importante do que as falhas de qualquer governo.
Não será por causa disso que não encaro o dia-a-dia com um sorriso nos lábios. Se não o fizesse não suportaria ver-me ao espelho, sequer. Não sou melhor nem pior que o Luso, apenas busco referências que excedem de longe a capaciade humana. Referências essas que o Luso talvez não acredite ou não conhece, por ventura. Há outras doutrinas que são bem mais fortes que a melhor teoria do mais brilhante prémio nobel sem com isso retirar mérito nenhu ao pensamento humano. Apenas, par mim, tem o seu lugar próprio, mas que também me serve de referência, confesso.
Eu sinto-me triste como você, partilho dos mesmos sentimentos que você tem em relação a Portugal. A única coisa que não fiz foi baixar os braços. É por isso que posso dizer que, embora triste com tudo isto, de maneira nenhuma tenho razão para me sentir "morto e enterrado" com o que se está a passar. Aquilo que tenho a fazer é contrarir essa tendência perigosa das mais diversas formas.
O sentimento de posse sobre algo e, sobretudo, sobre o próprio homem é contrário a qualquer padrão civilizacional baseado no respeito pela dignidade humana. Isso implica ter-se um sentido de justiça apurado e não contraditório, ambigo-o ou contra-natura. O antiesclavagismo já era reprimida desde que os tiranos viram nisso uma ameaça aos seus interesses. Aos líricos digo que: o sabor a sangue mártir era um pitéu para leões e um regalo para os olhos de imperadores.
Tudo o que foi criado foi para ser utilizado e não para ser apoderado e manipolado. A natureza é generosa, mas também pode ser destrutiva. Não convém porvocar desequilibrios ajustando convenientemente as regras, sobre poderes que não se controlam e que perencem a só um.
Cumprimentos e saudações patrioticas
Viva Portugal.