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Enviado: Qua Jul 19, 2006 7:50 pm
por faterra
soultrain escreveu:faterra,

O que aconteceu? Pode-me explicar em resumo? Sou amigo de uma acessora da Rosinha, gostaria de saber.

Tks e [[]]'s


Isto é a íntegra do texto publicado na Revista Época, de 17/07/06, na parte "Bastidores" escrita por Thomas Traumann.
e-mail: ttraumann@edglobo.com.br
Não fiz comentários na esperança de que alguém saiba de alguma coisa mais.

Enviado: Qua Jul 19, 2006 7:57 pm
por soultrain
faterra,

mas o que é a máfia dos sanguessugas?

[[]]'s

Enviado: Qua Jul 19, 2006 8:18 pm
por pafuncio
Uma gang de hemofílicos, vindos da Transilvânia.

Consta que os pais dos mesmos são desconhecidos. As mães, uma época, trabalharam para a Tia Úrsu, digo, o Túlio.

Muitos deles têm formação jurídica, especializando-se na área de licitações.

Prosperaram aqui no Brasil.

Estamos à espera de um Professor Van Helsing ...

Enviado: Qua Jul 19, 2006 8:57 pm
por faterra
Trata-se de mais um golpe montado por parlamentares do Congresso aliados com prefeitos, atravessadores e empresários para vender ambulâncias a preços superfaturados às Prefeituras. Foi criada uma CPI, com o nome de "CPI das Sanguessugas" para investigar este esquema.
Agora descobriu-se que o "negócio" é maior do que se imaginava. Há fraudes também na compra de ônibus escolares, microônibus e vans escolares feita por dezenas de municípios. Os responsáveis, segundo as investigações são os mesmos empresários e parlamentares. O funcionamento também é igual.
De acordo com a Polícia Federal, a Planam, empresa de Cuibá, capital do Mato Grosso, era quem concentrava as vendas dos veículos. Mandava emissários procurar prefeitos e propor-lhes um negócio. A Planam conseguiria a verba da União para que o município comprasse os veículos. Exigência: os veículos teriam de ser comprados da Planam a preços superiores aos valores de mercado.
Uma vez fechado o "negócio", a Planam passava a atuar em Brasília. No Congresso, conseguia que deputados e senadores destinassem verbas destes programas para as Prefeituras envolvidas no esquema. O passo seguinte era pressionar pela liberação dos recursos no Ministério da Saúde e da Educação. Quando o dinheiro chegava, o prefeito montava uma concorrência dirigida e comprava os veículos da Planam.
As investigações sugerem que vários parlamentares e servidores receberam dinheiro no esquema das ambulâncias. Parace que quando foram descobertos, em maio, já começavam a desviar verbas para o programas de inclusão digital do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Estes esquemas prosperam no Brasil porque o Orçamento da União é uma porta aberta à corrupção. Anualmente, o Executivo envia o Orçamento ao Congresso. Os deputados e senadores devem modificá-lo e/ou aprová-lo. É na divisão dos recursos que a festa ocorre. Cada deputado e senador tem direito a reservar no orçamento R$ 5 milhões, por ano, para gastar como quiser. Este dispositivo é chamado de "emenda individual".
Esse dinheiro vai para os redutos eleitorais dos parlamentares, para patrocinar pequenas obras locais. Mudar este dispositivo é muito difícil, pela falta de interesse dos legisladores.
Foi através destas emendas que cresceram os negócios ilegais das sanguessugas.
A lista de parlamentares suspeitos é enorme. Está uma briga de foice no escuro para a divulgação desta lista. No Ministério Público o processo sob segredo de justiça. Já no Congresso...

Espero ter conseguido com este resumo corrido lhe dar uma vaga idéia do lodaçal em que está envolvido o Congresso. É possível que haja políticos envolvidos de todos os partidos.

Enviado: Qua Jul 19, 2006 9:07 pm
por soultrain
Tks fraterra :wink:

Enviado: Qua Jul 19, 2006 10:33 pm
por faterra
Revista Época - 17/07/06

SEU PAÍS
Paulo Guedes

A Cumplicidade Acabou

O crime voltou a aterrorizar a população de São Paulo na semana passada. Dois meses depois de paralisar a cidade em meio a boatos e pânico, a organização Primeiro Comando da Capital (PCC) promoveu mais de uma centena de ataques. Foram mortas oito pessoas, entre policiais, agentes penitenciários e seus parentes. Mais de 70 ônibus foram incendiados e 20 agências bancárias atingidas por tiros e coquetéis molotov. Supermercados e lojas de automóveis também foram vítimas de atentados. E a violência atingiu não somente a capital, mas também se irradiou por cidades do interior e da Baixada Santista.
A nova onda do terror volta a evidenciar como erros conceituais se transformam em políticas inadequadas, que levam, por fim, a resultados desastrosos. Há 21 anos, os sucessivos governos do PMDB, do PSDB e o PT vêem descuidando de uma das funções básicas do Estado, imperativa desde as sociedades primitivas: a segurança. Demonstraram enorme preocupação com "justiça social" e "direitos humanos" e pouquíssima com a justiça e o direito dos cidadãos propriamente ditos.
A luta contra o regime militar, quando a força era exercida para a manutenção de um poder ilegítimo, explica a ênfase na defesa dos direitos de quaisquer cidadãos, sejam pessoas de bem, sejam criminosos. Mas é inaceitável que, duas décadas depois da redemocratização do país, um Estado hipertrofiado ainda tolere a violação às leis, sob pretextos "sociais" ou "humanos", Pois, como afirma John Stuart Mill, na obra Sobre a Liberdade, de 1865, "o único propósito pelo qual a força pode ser apropriadamente exercida sobre qualquer membro de uma sociedade civilizada é evitar que ele fira os demais."
A chantagem na negociação parece tornar-se lugar-comum, Um "movimento social" pode invadir terras, estações experimentais, prédios públicos e até o Congresso Nacional para obter vantagens materiais. Da mesma forma que os sindicatos trabalhistas e patronais extraem verbas públicas à custo do restante da população. Outro exemplo vem dos próprios partidos políticos. Eles rotineiramente chantageiam o Executivo por cargos ou recursos públicos em troca de apoio parlamentar. São na realidade movimentos anti-sociais atentando contra a justiça, o direito e a ordem econômica de uma sociedade aberta.
A atual iniciativa do PCC, que pode se prolongar até o fim do ano, segundo desconfia a polícia de São Paulo, deu margem a uma interpretação politicamente incendiária. A versão de que o crime organizado estaria escolhendo um dos lados da disputa eleitoral, ao executar ações bombásticas no início da campanha televisiva para desacreditar o governo de São Paulo. Seria a comprovação do mau desempenho do ex-governador do PSDB Geraldo Alckimin, no combate ao crime organizado. A suposta prática teria antecedente, pois movimentos como o MST já operaram segundo o calendário das eleições em favor do PT. Não considero razoável tal suposição. A magnitude do problema, aos olhos do eleitor, é também uma denúncia de falhas do governo de Lula. Ele teria sido incapaz de coordenar uma política nacional de segurança e sonegado verbas para o setor, a ponto de só agora concluir a construção do primeiro presídio federal de segurança máxima, que ainda não abriga nenhum detento. Antes que algum situacionista ou oposicionista festeje irresponsavelmente a situação, de olho nos dividendos eleitorais que ela possa lhe render, a falta de segurança depões contra ambos.
Trabalho com uma hipótese alternativa. Acredito que o clima de enfrentamento seja uma reação do crime ao início da mobilização de forças para combatê-lo. Velhas alianças estão sendo rompidas, sob pressão da opinião pública. São batalhas episódicas de uma longa guerra deflagrada por uma sociedade que diagnosticou o problema e exige sua solução. A violência pode ser um dos atos finais do intolerável clima de cumplicidade com o crime organizado.

Enviado: Qua Jul 19, 2006 11:00 pm
por faterra
Revista Época - 17/07/06

Um Estímulo à Corrupção
Por que é preciso acabar com nomeações políticas para cargos técnicos

Existem na máquina federal 22 mil cargos de confiança. Para 4 mil, as nomeações têem de ser assinadas pelo presidente. Nos demais, elas constumam estar ligadas mais a critérios políticos que técnicos. Embora os especialistas sejam unânimes a o afirmar que esse loteamento estimula a corrupção e gera ineficiência na administração, a prática de trocar cargos em troca de apoio político continua vicejando no país.
Tome-se o caso dos Correios. A direção da estatal, então ligada ao PMDB, protagonizou o início do escândalo do mensalão. E é justamente pelos Correios que o governo começa a distribuir cargos ao PMDB, como pagamento pelo apoio de uma ala do partido à reeleição do presidente Lula. Há até uma chance de que os indicados pelo partido sejam gestores íntegros, éticos e competentes. Mas, se a história serve de lição, essa chance é remota.
Na prática nomeações políticas só fazem crescer a corrupção na administração pública. O Brasil poderia aprender com o exemplo dado pelo vizinho Chile. Lá, foram cortados 80% dos cargos preenchidos por indicação política. E o Chile é hoje o país da américa Latina com os melhores índices econômicos, as menores taxas de corrupção e o maior grau de atração para investimentos estrangeiros. Não é coincidência.

Enviado: Qua Jul 19, 2006 11:06 pm
por FinkenHeinle
faterra escreveu:Até quando os interesses políticos políticos e eleitorais vão atrapalhar o combate ao crime organizado?

A questão está errada...


Deveria ser feita assim:

"Até quando a demagogia e a hipocrisia vão atrapalhar o combate ao crime organizado"!

Enviado: Sex Ago 04, 2006 9:36 am
por Guerra
Pacifista é suspeita de ligação com ataques no ES

Ex-coordenadora da Pastoral Carcerária e integrante do Movimento Estadual de Direitos Humanos, Isabel Aparecida Borges está sendo investigada pela Polícia Civil do Espírito Santo por envolvimento em casos de queima de ônibus no Estado. Um inquérito foi instaurado no Núcleo de Repressão a Organizações Criminosas (Nuroc) depois que conversas telefônicas entre Isabel e presidiários foram interceptadas pela polícia. Em um dos diálogos, Isabel orienta um preso para que os bilhetes deixados nos locais dos ataques não mencionem que o crime foi cometido a pedido dos detentos.
O secretário de Segurança Pública, Evaldo Martinelli, afirmou não existirem dúvidas de que a voz nas gravações seja de Isabel. Mesmo assim, as fitas gravadas e os bilhetes passarão por exame de perícia, pois acredita-se que todos tenham sido escritos pela mesma pessoa. Martinelli acrescentou que a participação de Isabel em "outros eventos" também é investigada. Ela agora está proibida de entrar em prédios do sistema penitenciário.
"Há indícios de cometimento de crimes", disse o secretário de Segurança Pública. Em entrevista a uma emissora de televisão, Isabel admitiu ter mantido conversas telefônicas com presos, mas negou que tenha incitado os crimes. Ela não foi localizada pelo Estado.
Texto dos Bilhetes - A delegada Fabiana Maioral, do Nuroc, disse que é possível observar mudanças na estrutura do texto dos bilhetes antes e depois da orientação que teria sido dada por Isabel. "Nós investigamos os incêndios desde o início. Sempre extraímos cópias dos bilhetes. A orientação (dada pela ativista) foi seguida", disse a delegada.
A conversa de Isabel foi interceptada no dia 15 de julho e três dias depois um ônibus foi queimado, o 19º caso registrado no ano e último até agora. No mesmo dia do telefonema, um agente penitenciário foi assassinado e a polícia observou que um bilhete deixado no lugar da execução não mencionou os mandantes do crime. Todos os recados pedem a saída da Força Nacional de Segurança do complexo de presídios de Viana.
Fabiana não quis adiantar os crimes pelos quais Isabel pode ser indiciada. "O indiciamento só ocorre ao final do inquérito. Ainda não terminei minha investigação", disse a delegada.
O inquérito foi instaurado no dia 24 e o prazo para sua conclusão é de 30 dias, mas pode ser prorrogado. "O que fica claro nos diálogos é que ela é uma pessoa com grande ascendência sobre os presos", conta a policial.
Em outro trecho, Isabel orienta os presos para que se apresentem sujos em audiências com juízes e promotores. De acordo com a polícia, essa orientação também "tem sido cumprida à risca pelos detentos".

Enviado: Sex Nov 16, 2007 4:23 pm
por Tigershark
Opportunities emerge: global trends in defence spending
By Matt Smith
16 November 2007


With a combined spend of more than USD1 trillion in 2007, the 76 countries that account for the vast majority of global defence expenditure comprise a market that, on first glance, appears to be in rude health. However, look below the headline and it quickly becomes apparent that while some new markets are growing rapidly, other more traditional sources of high budgets are stagnating or even shrinking.

The United States remains the largest market by far, yet the defence budget (including supplemental spending) is expected to reach its peak in 2008 and 2009 as growth is driven by the demands and consequences of the war in Iraq. Traditionally, the relatively high spending countries in Western Europe are also seeing defence-budget increases slow as political and demographic changes lead to other areas of government spending being prioritised. In general, the growth levels among emerging economies are high, but with a varied spread of starting budgets they offer mixed levels of actual spending.

The key for defence companies looking for new markets is to identify those countries that are able to combine high growth, significant existing budgets and a strong commitment to defence.

In 2007, official outlay by the top 76 biggest national spenders reached USD1.3 trillion dollars with the US alone providing nearly half the global total. Outside the US, around 80 per cent comes from just 20 countries: seven in Europe (UK; France; Germany; Italy; Spain; Netherlands; and Greece); six in the Asia Pacific (Japan; China; South Korea; India; Taiwan; and Australia); three in the Middle East (Saudi Arabia; Israel; and Turkey); two in South America (Brazil and Colombia); and Russia in the Commonwealth of Independent States (CIS).

Expenditure in each region is dominated by one or two countries: the UK and France in Europe; Japan and China in Asia Pacific; Saudi Arabia in the Middle East and Russia in the former Soviet Union/CIS. The large budgets of these countries means that the bulk of global expenditure comes from Western Europe and Asia. However, whereas the traditionally high-spending countries in Europe are slowing the growth of their budgets, those in Asia - with the significant exception of Japan - are growing more quickly.

Spending growth is an important measure as it indicates that new money is being introduced to the budget, implying that new programmes are in prospect and that funding is not just incremental increases to pay for existing programmes. This is particularly important in the larger countries where small proportional increases can translate into budget increases that are used for current operations, rising personnel costs or continuing programmes; i.e: they do not necessarily mean a new procurement or service opportunity exists.

Spending growth alone is not sufficient to identify the largest potential markets: in the last five years the largest spending growth has predominantly been in countries with lower budgets such as Azerbaijan (more than 500 per cent growth between 2002 and 2007 to reach a budget of USD750 million in 2007) or Kazakhstan (more than 400 per cent growth during the same period to reach a budget of USD1.2 billion in 2007).

A review of the top 20 countries by defence budget and expected growth to 2010 shows that a combination of large defence budgets and large growth is most clearly evident in five countries: Russia; China; South Korea; India; and Saudi Arabia. These countries are all expected to grow by at least 30 per cent during the next three years - with Russia topping the list with growth of an enormous 67.5 per cent through the period. Together these countries are forecast to grow their budgets by a combined total of USD55 billion between now and 2010.

Fonte:Jane's

Enviado: Sáb Nov 17, 2007 5:54 pm
por Tigershark
Sábado, 17 de novembro de 2007, 10h00 Atualizada às 12h39
Hollywood africana é a terceira maior indústria de cinema do mundo


Danilo Saraiva



Apesar das dificuldades econômicas, a Nigéria tornou-se o terceiro maior pólo cinematográfico do mundo - atrás apenas de Hollywood, nos Estados Unidos e de Bollywood, na Índia - com um faturamento de US$ 250 milhões ao ano.

A conquista surpreendente do país africano, que está entre os 30 mais pobres do mundo, recebeu o nome de Nollywood, um trocadilho com a famosa Hollywood criado pelos meios de comunicação locais.

Apesar de sua precariedade - os filmes são feitos com orçamentos baixíssimos - há algo a se aprender com Nollywood. Com a grande demanda, a Nigéria foi o primeiro país a aperfeiçoar as técnicas do cinema digital. A edição, por exemplo, é feita em computadores caseiros pelos mais de 300 cineastas que atuam em Lagos, com recursos de multimídia disponíveis em programas à venda em qualquer loja de informática no mundo.

Em freqüente ascensão, Nollywood tem dado resultados positivos: o país aprendeu a criar uma verdadeira onda de celebridades emergentes, mais conhecidas do que líderes políticos. Consegue, também, produzir cerca de 1200 filmes no período, números impressionantes se compararmos esses padrões a Hollywood, por exemplo, cuja marca recorde é 400 produções anuais.

A Nigéria só aprendeu a conquistar este espaço em 1992, quando o clássico Living in Bondage, do diretor Chris Obi Rapu, foi comercializado em camelôs e acabou vendendo mais de 750 mil cópias. A partir daí, usando o VHS, muitas produtoras resolveram fazer seus próprios filmes, que começaram tímidos e amadores, mas depois foram se mostrando verdadeiras receitas de sucesso.

Esse "destaque-relâmpago" da indústria motivou dois documentários recentes, This is Nollywood, dos diretores Franco Sacchi e Robert Caputo, e Welcome to Nollywood, do californiano Jamie Meltzer.

O primeiro acompanha os bastidores do filme nigeriano Check Point, encomendado por apenas US$ 20 mil por uma produtora local. Já Welcome to Nollywood mostra o dia-a-dia de três cineastas nigerianos, que têm que lutar contra o tempo para finalizar seus filmes com baixo orçamento.

Em entrevista ao Terra, Meltzer disse que o que mais fascina na indústria é a rapidez com que as produções são feitas. "Eu queria saber como eles conseguiam fazer filmes extremamente bem-sucedidos e fascinantes em um período de tempo tão pequeno, com poucos fundos e recursos."

Inspiração para a independência
A viagem de Meltzer ao continente africano trouxe alguns resultados positivos. Além de se deparar com um ramo completamente formado - e que cada vez mais se consolida como atividade básica -, ele também abriu espaço para que a própria Nollywood fosse vista. Como grande parte dos filmes são recusados em festivais internacionais, com seu documentário, Meltzer pôde mostrar um pouco do "fazer arte" nigeriano, levando muito desta atenção para o país.

"Eu aprendi com os diretores de Nollywood que praticamente tudo é possível, desde que você tenha coragem de fazer acontecer com o que tem em mãos. É com essas circunstâncias que eles se encontram, não existe nenhuma desculpa para não se fazer filmes", explica.

Diante dos pequenos períodos de tempo, ninguém envolvido na produção tem uma real preocupação com cenários, figurinos específicos ou locações externas. Tudo é feito, em grande parte, no improviso, o que não parece incomodar seus espectadores.

"A Nigéria, relativamente pobre, é o único país que conseguiu nos mostrar uma forma realmente moderna de cinema digital. Tudo isso soa como algo positivo e moderno em relação à África, um antídoto para o que grande parte da mídia mundial divulga, esses estereótipos, que parecem reais. A África não é um continente feito de vítimas e tragédias e não pode ser reduzida a isso", dispara Meltzer.

Enviado: Seg Nov 19, 2007 9:07 am
por Tigershark
A briga dos Lobbyes está se acirrando....


Folha de São Paulo

Assunto: Brasil
Título: 1l Ofensiva russa tenta vender armas ao Brasil
Data: 19/11/2007
Crédito: Ricardo Bonalume Neto

Grandes aquisições de equipamentos pela Venezuela são usadas como justificativa para investimento do país no setor
Comitiva da empresa de vendas de armas russas veio ao país na semana passada para falar com autoridades no Rio, em Brasília e em SP
RICARDO BONALUME NETO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
A Rússia, principal fornecedora de armamento moderno para a Venezuela, iniciou ofensiva para vender armas para o Brasil, especialmente aviões de caça e helicópteros. Uma comitiva da empresa de vendas de armas russas Rosoboronexport veio ao país na semana passada para conversar com autoridades e técnicos militares no Rio, em Brasília e em São Paulo.
Militares brasileiros têm usado as grandes compras de equipamento pelo vizinho do norte como justificativa para aparelhar melhor as forças armadas. O item mais reluzente do arsenal chavista são os 24 caças russos Sukhoi-30, os mais modernos do continente. Chávez também comprou helicópteros e 100 mil fuzis de assalto AK-103, versão mais moderna do clássico AK-47, estrela da Guerra do Vietnã e de quase todo conflito subseqüente no Terceiro Mundo.
Os principais alvos dos russos são duas concorrências herdadas do governo FHC, conhecidas como F-X e CH-X.
Por problema de gestão e falta de recurso, a frota de aviões e helicópteros da Força Aérea Brasileira ficou em grande parte obsoleta já no governo FHC. A maior parte das aeronaves está sem condição de vôo.
É certo que o programa F-X de compra de novos caças de defesa aérea está sendo retomado. São basicamente os mesmos competidores de antes, mas com algumas diferenças.
Em vez de uma versão mais moderna do Mirage-2000, a França aposta no Rafale (mais caro) e na ligação com a Aviação de Caça, que operou o Mirage-3 e agora tem "novos" Mirage-2000 de segunda mão.
O sueco Gripen continua no páreo. Apesar de ser pequeno, ele tem a vantagem de ter sido comprado pela África do Sul, com quem o Brasil colabora em assuntos de defesa.
Cada vez com menos chance é o americano F-16. Além de ser um avião antigo, há a questão do armamento BVR (de maior alcance). Estaria o governo americano disposto a entregar mísseis de maior alcance para o Brasil? Um fator que pode tornar os EUA mais flexíveis é a presença dos modernos Su-30 na vizinha Venezuela.
Os russos e o ainda mais moderno Sukhoi-35 têm boas chances também. Em conversas com altos oficiais da FAB, foi possível perceber o interesse pelo Su-35. Vários o consideraram o melhor avião -embora ressalvando que a concorrência envolve também aspectos de offsets ("compensações") e transferência de tecnologia, além dos parâmetros técnicos.

"Offsets"
No passado, as forças armadas brasileiras compraram equipamento militar na base do "escambo" -submarinos italianos por café antes da Segunda Guerra, jatos britânicos por algodão depois dela. No governo Lula chegou-se a pensar em trocar caças por frangos.
Mas forças armadas pensam nos "offsets" como forma de gerar empregos e transferência de tecnologia, não de simples troca por produtos primários.
Igualmente cobiçado, e com mais chances para os russos, é o programa CH-X de compra de helicópteros pela FAB. Estão em pauta tanto helicópteros pesados de transporte de carga como vetores de ataque.
A aviação de asas rotativas no Brasil tem tradicionalmente comprado equipamento na Europa e nos EUA. Como é praxe, cada força cuida de suas necessidades; o Ministério da Defesa ainda pouco consegue em termos de padronização de equipamento. Uma espécie de padronização ocorreu de fato com a instalação da Helibrás, controlada pela Eurocopter, em Minas Gerais. As três forças usam o helicóptero Helibrás Esquilo, por exemplo, e os Eurocopter Super Puma/Cougar.
Na categoria de helicóptero pesado, os principais concorrentes são o russo Mi-26T e o americano Chinook CH-47. Como não se trata de compra de vulto -fala-se em 4 a 6 unidades- não se cogita produção local. Os dois têm condições de ser escolhidos, dependendo de preço (o que tende a ajudar o russo), capacidade de carga (também o russo ganha), mas há os imponderáveis fatores do suporte técnico e treinamento de pessoal. O Chinook é produzido pela Boeing, cuja presença mundial dispensa comentários.
Outros programas da FAB do plano de reequipamento do governo Fernando Henrique já estão equacionados. O programa C-X cuidou da compra de mais aeronaves usadas C-130 de transporte, e da sua modernização. O programa CL-X de avião de transporte leve adquiriu o espanhol Casa-295. O programa P-X de avião de patrulha optou por modernizar velhos Orion P-3 americanos.
Exército e Marinha têm menos interesse em armas russas. A FAB e o exército utilizam os mísseis russos Igla de curto alcance. Mas os números não são suficientes para a FAB proteger todas as suas bases aéreas. Com a entrada em operação de radares brasileiros modernos, fica faltando um míssil antiaéreo de alcance médio para aproveitar o equipamento de detecção.

Enviado: Seg Nov 19, 2007 10:28 am
por Sniper
Uma boa notícia sobre o CH-X. Nesse programa, sou franco torcedor do Mi-26! [009]

Enviado: Seg Nov 19, 2007 8:15 pm
por Tigershark
19/11/2007 - 19h49 - Atualizado em 19/11/2007 - 19h55

Paraguai e Bolívia consideram manobras militares brasileiras como rotineiras
Da EFE


Assunção, 19 nov (EFE).- Autoridades do Paraguai e da Bolívia reunidas em Assunção chamaram hoje as práticas militares realizadas pelo Brasil em área próxima à fronteira de de "rotineiras" e negaram qualquer instabilidade na região.



Os ministros das Relações Exteriores e da Defesa do Paraguai e da Bolívia, após o encontro, desmentiram rumores de jornais de Assunção que informavam que o Brasil faria manobras militares para preparar um eventual resgate de brasileiros residentes nos territórios paraguaio e boliviano.



O encontro periódico do mecanismo bilateral de diálogo reuniu em Assunção os ministros paraguaios Rubén Ramírez (Relações Exteriores) e Roberto González (Defesa) e seus respectivos colegas bolivianos David Choquehuanca e Walker San Miguel.



González disse que o que os militares brasileiros realizam "são treinamentos com base em uma hipótese de conflito, como também fazem as Forças Armadas do Paraguai e de outros países".



Declarou também que "quando as forças militares realizam um exercício militar, sempre põem como hipótese, cenário hipotético, a invasão de uma força armada de outro país, mas é uma hipótese, nada mais".



Por sua vez, Choquehuanca disse: "Por informação das autoridades brasileiras sabemos que é um exercício rotineiro, que parte de uma hipótese. Quero dizer-lhes que não se trata de uma hipótese de conflito".



Choquehuanca afirmou também que a relação entre seu país e o Brasil é muito boa e que está prevista, em breve, a visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a La Paz.

Enviado: Ter Nov 20, 2007 10:54 am
por Tigershark
Fonte: Agência Brasil

Economia Nacional
Lula anuncia hoje PAC para ciência e tecnologia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncia hoje à tarde um conjunto de medidas para o setor de ciência e tecnologia, que prevê investimentos federais de R$ 41,2 bilhões até 2010. A cerimônia ocorre às 16h, no Palácio do Planalto, com a presença dos ministros da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e da Educação, Fernando Haddad, entre outras autoridades.

Integrante do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e composto de quatro eixos centrais, o Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional buscará promover a expansão e consolidação do sistema de ciência e tecnologia; a implementação da inovação tecnológica nas empresas; a pesquisa e desenvolvimento em áreas estratégicas; e a ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social.

De acordo com o presidente, que anunciou ontem o plano, em Blumenau (SC), o investimento é resultado de discussões entre governo, empresários e a comunidade científica, e não um projeto de apenas um ministério. "Queremos apresentar um programa não para o meu governo, mas para o País", afirmou Lula, na abertura do Encontro Empresarial Brasil-Alemanha.

O presidente Lula informou que o governo anunciará a proposta de política industrial dentro de 15 dias, com forte "inovação tecnológica", e encaminhará ao Congresso Nacional até o dia 30 a reforma tributária.

O presidente disse que a reforma deve atender as necessidades dos governos federal, estaduais, municipais e dos empresários e dar ao País uma "política de tributo compatível com a inserção que o Brasil está adquirindo no mundo".

O presidente voltou a enfatizar o bom desempenho da economia e conclamou os alemães a investirem cada vez mais no País.

"Temos todas a chances de fazer o País crescer mais. Não importa se for 5%, 4,7% ou 5,5%. O que importa é que qualquer número que crescer precisa crescer para todos, para os empresários, mas também para a parte mais pobre, que durante o século passado foi esquecida nesse País", disse.

Lula justificou ainda os investimentos de seu governo na criação de escolas técnicas e extensões universitárias. "Sem investimento na educação, o nosso discurso termina no dia seguinte. Deixa de ser um vôo de um pássaro que quer ser gigante, para ser o vôo de uma galinha que não consegue ultrapassar dez ou 15m".


Tomara que efetivamente saia do papel. :D

Abs,

Tigershark