Boas notícias para a FAP

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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JNSA
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#31 Mensagem por JNSA » Qui Fev 09, 2006 10:26 am

Rui Elias Maltez escreveu:No entanto eu gostaria que você e os outros colegas compreendessem que por mim penso que são sempre nebulosos os critérios para as escolhas.

Claro que são nebulosos, amigo Rui. Afinal, num programa de aquisição de armamento está a juntar simultaneamente políticos, militares, banqueiros, empresários, diplomatas, advogados e jornalistas... É impossível imaginar cenários mais nebulosos... :mrgreen:

Rui Elias Maltez escreveu:Relativamente ao exemplo que apontou dos Açores, creio que deveria ser esse tipo de serviço prestado por um conjunto de helis dos SNBPC (quem sabe, os Puma's) em vez de serem aviões da FAP a fazerem esse serviço.

Eu teoria, também concordo consigo, Rui. Mas a verdade é que, até agora, essa missão foi realizada por Pumas e Aviocars, e futuramente, tudo indica que será feita pelos EH-101 e C-295. Podemos olhar para isto sob dois pontos de vista - o de estar a usar aeronaves sobredimensionadas para a missão; ou então, o de estar a optimizar e maximizar aeronaves já destacadas para essa região, evitando assim duplicar estruturas logísticas, de manutenção, comando e treino.


Rui Elias Maltez escreveu:Vocês acham que eu são demasiadamete heterodoxo nas minhas ideias?

Se sou parvo, megalómano, visionário?

Respondam francamente que eu juro que não me chateio.

Mas é que de cada vez que eu defendo uma coisa, os colegas explicam logo que não pode ser, e que as decisões tomadas são sempre as acertadas.

Eu gosto de preconizar para o futuro coisas diferentes e novos rumos...

Mas digam de vossa justiça.


Ó amigo Rui, não se trata nada disso. Se todos tivéssemos a mesma opinião, os fóruns seriam extremamente aborrecidos... Poder discutir com quem não concorda connosco é uma forma de questionar constantemente as nossas próprias convicções, e de procurar novos argumentos para as sustentar. Quando não o conseguimos fazer, não devemos encarar isso como uma derrota pessoal, mas sim como uma espécie de "vitória colectiva", visto que se contribuiu para o confronto de posições... :wink:

O Rui tem claramente um enorme orgulho no nosso país e uma grande vontade que este se possa equipar de acordo com o que considera serem as suas necessidades. Isso é extremamente salutar, pelo menos do meu ponto de vista. O que por vezes acontece é que acaba por se afastar demais das nossas realidades orçamentais, ou de constrangimentos operacionais mais técnicos. Mas pelo menos propõe alternativas e suscita a discussão, e isso já é muito bom... :wink:

Por exemplo, o Rui diz várias vezes que nós aqui não estamos a gastar dinheiro, e que por isso não faz mal sonhar. É por isso que propõe, por exemplo, a compra dos AMX. Ora como eu já disse, o Rui encontrou aqui uma solução, mas que de facto, para mim não responde a nenhum problema real da FAP. No entanto, só essa sugestão já deu para alimentar um tópico com umas nove páginas, em que se discutiu uma enorme variedade de assuntos.

Portanto Rui, não desmoralize, e continue a participar e a sugerir... :wink:

Sabe, eu também gosto muito de "wish lists"... Mas quando as faço (e como o Rui muito bem diz, não estamos aqui a gastar dinheiro), gosto de propor aquilo que poderia mesmo valorizar a FAP - por exemplo, os Erieye, ou os Su-32FN de que eu e o Papatango tanto gostamos (ainda temos que patentear esta ideia... :mrgreen: )... Já que sonhar não custa, pelo menos que se sonhe com algo que represente mesmo um considerável aumento de capacidades...

Um abraço




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#32 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Fev 09, 2006 10:41 am

Manuel podes descrever esse sistema?




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#33 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Fev 09, 2006 12:03 pm

Pronto, JNSA:

Eu, como jugo que você e outros, temos uma visão estratégica para a Defesa do país e para o papel das FA's.

Não me repugna nada que a FAP ou os outros ramos façam serviços de Protecção Civil (o caso dos Açores), já que é uma forma de dar uso ao que temos.

E quando se tem uma ideia para o futuro, julgo que se deve ter presente que instrumentos (leia-se equipamentos) poderão consubstanciar essa visão.

Claro que sei que o país é pobre e pequeno, sei que não há no horizonte ameças à integridade do estado, embora potencialmente eu adivinhe certas ameaças de outra espécie, como o da partilha de recuros naturais no contexto peninsular, vejo a necessidade de Portugal se afirmar no seio do mundo lusófono, já que só uma presença forte junto desse mundo poderá dar a Portugal um papel acrescido no seio da UE, mais que outros países o terão, julgo ainda que devemos tomar conta do imenso mar que nos está entregue, sem deixar espaço estratégico livre para que outros paíse os "tomem", etc.

Par isso é preciso investimento, dinheiro, planeamento e querer.

E parece que como a Defesa nunca está na preocupação dos portugueses, já que o desemprego, a pobreza às claras e a encoberta, a estagnação económica, etc, estão mais presentes, os governos vão empurrando a Defesa para o fundo da agenda politica.

Por mim, considero que é um erro, porque a Deefsa, é das áreas da governação com efeitos e consequências mais estruturantes para um Estado.

Penso finalmente que se Portugal quiser continuar a ter um papel relevante no seio da NATO deve potenciar a sua participação e dar à NATO os meios de que dispõe.

Mas para isso é necessário ter esses meios.

Não é uma questão de sonho, mas de desejo, e de acreditar que será possível, desde que outros (quem manda) o queiram.

Tenho a idaia de que o nosso país não se pode esgotar paroquialmente numa venda de quermesse aos interesses económicos e politicos da UE.

Com uma economia internacionalizada e com os nossos interesses e posse económicas nas mãos de capital estrangeiro, e particularmente espanhol, que margem resta a Portugal para um dia dissuadir uma eventual "defesa dos interesse de outrem no nosso país" com recursos às armas?

Aquando do 25 de Abril e do PREC, com as nacionaizações e instabilidade politica, se os interesses económicos em Portugal nesse tempo estivessem nessa altura nas mãos de investidores espanhois, duvida de que não haveria essa intervenção armada "para defender os interesses" deles?

E acredito que Portugal só pode ser importante do seio do mundo lusófono, se tiver peso na Aliança e na UE.

Quando contesto certas escolhas no que se refere a compras, os colegas quase todos vêm logo dizer:

Rui, não, nem pensar, a escolha foi a acertada, foi a possível, etc.

60 F-16? para quê, se 40 chegam e sobram? e outras coisas.

Aviºoes de atque?

Disparate.

Mais de 6 C-130? nem penses nisso.


Está-se então a tentar compreender e interpretar as escolhas.

E de facto nem nos resta mais nada senão tentar compreender.

Mas pode-se sempre questionar.

Eu acredito que o que tem vindo a ser feito e continuará a ser feito não corresponde ao que eu preconizaria como sendo fundamental para Portugal e para o seu futuro.

Portugal dificilmente terá capacidade para se dotar de sistemas de armas em quantidade e qualidade para uma contribuição internacional condiga, mas pode apostar noutro campo, como o da projecção, com navios e aviões que nos confiram outras capacidades e colocar esses meios ao serviço da Aliança

Pode formar quadros e pessoal para os operar.

Não é uma fatalidade histórica que não tenhamos capacidade para isso.

Basta que a politica mude, e quem faz a politica são os homens e não Deus.

A Espanha parece que compreende o que quer e como o vai conseguir.

Portugal fica de braços cruzados.




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#34 Mensagem por Spectral » Qui Fev 09, 2006 1:44 pm

ou os Su-32FN de que eu e o Papatango tanto gostamos (ainda temos que patentear esta ideia... )...


eheheh, essas discussões já foram há uns anitos :mrgreen:




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#35 Mensagem por manuel.liste » Qui Fev 09, 2006 2:10 pm

cabeça de martelo escreveu:Manuel podes descrever esse sistema?


Se trata de un sistema integrado de sensores (radar, detector de anomalías magnéticas (MAD), TV, IFF, etc..) manejado por operadores dentro del avión. Ha sido desarrollado por EADS-CASA y se instalará en todos los C-295 de versión patrulla, además de los P-3B modernizados del Ejército del Aire español.

Para más información: EADS-CASA




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#36 Mensagem por JLRC » Qui Fev 09, 2006 2:23 pm

JNSA escreveu: por exemplo, os Erieye, ou os Su-32FN de que eu e o Papatango tanto gostamos


E eu também. A dupla Erieye (independente da plataforma) - SU-32FN (ou será SU-34?) na base do Sal em Cabo Verde permitiriam por exemplo controlar a passagem Atlântico Sul/Norte e então conjugados com algumas unidades do mesmo tipo em Porto Santo concederiam a Portugal um poder inimaginável permitindo controlar o tráfego maríitimo e aéreo entre o Atlântico Sul e o Mediterrâneo e o Atlântico Norte conferindo a Portugal uma importância estratégica invejável.




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#37 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Fev 09, 2006 3:08 pm

O sistema parece-me muito bom, porque é que será que os Aviocar C-212-300 que nós recebemos à uns anos não têm esse sistema?
Enfim, de qualquer maneira parece-me que a FAP fica bem servida!




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#38 Mensagem por Charlie Golf » Qui Fev 09, 2006 9:23 pm

Há uns posts atrás eu escrevi o seguinte:

Charlie Golf escreveu:(...) Em relação à Força Aérea Portuguesa, o contrato de aquisição é assinado no dia 17 de Fevereiro e contemplará igualmente doze aparelhos. Só subsistem ainda algumas dúvidas quanto ao número de aviões de cada versão a adquirir, se 7 para transporte + 5 de vigilância marítima e fiscalização costeira ou se serão 10 + 2. Entretanto, segundo o que circula na FAP, o destino mais provável dos C-295 é a Base Aérea nº 6, no Montijo, e não a BA1 em Sintra. Assim sendo, as Esq. 502 "Elefantes" e Esq. 401 "Cientistas" seriam relocalizadas na BA6.

A estratégia da FAP parece assim passar pela concentração das Esquadras vocacionadas para transporte e patrulha marítima numa só Base Aérea, ficando Sintra com as aeronaves da Academia da Força Aérea (Chipmunk e planadores), o crescente acervo aeronáutico do Museu do Ar e, mais tarde, a componente de treino humano que hoje se encontra na Ota (o Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea- CFMTFA) mas que terá de ser relocalizado quando se derem início aos trabalhos de construcção do novo Aeroporto Internacional.

Segundo o que parece, da frota Aviocar, ao serviço da FAP permanecerão os dois C-212-300 que executam a missão SIFICAP e que foram entregues a Portugal no final de 1994. :wink:


A juntar a tudo isto, anda igualmente a ser estudada a hipótese de deslocalizar a Esq. 601 "Lobos" (P-3 Orion) para o Aeródromo de Manobra nº 1 em Ovar. Tudo é ainda muito prematuro para se ter qualquer certeza a esse respeito mas sabe-se que a FAP tem este assunto em cima da mesa.




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#39 Mensagem por manuel.liste » Sex Fev 10, 2006 8:51 am

Charlie Golf escreveu:A juntar a tudo isto, anda igualmente a ser estudada a hipótese de deslocalizar a Esq. 601 "Lobos" (P-3 Orion) para o Aeródromo de Manobra nº 1 em Ovar. Tudo é ainda muito prematuro para se ter qualquer certeza a esse respeito mas sabe-se que a FAP tem este assunto em cima da mesa.


De sus palabras deduzco que la FAP operará con dos aviones de patrulla marítima: el C-295 y el P-3 Orion. ¿Es correcto?




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#40 Mensagem por Charlie Golf » Sex Fev 10, 2006 9:34 am

manuel.liste escreveu:De sus palabras deduzco que la FAP operará con dos aviones de patrulla marítima: el C-295 y el P-3 Orion. ¿Es correcto?

Correctíssimo, meu caro amigo galego. :wink:

Em relação aos EADS-CASA C-295MSA/MPA, ainda não se sabe ao certo a quantidade a ser adquirida, se 2 ou 5 aparelhos. Em princípio, o par de C-212-300 Aviocar permanecerá igualmente ao serviço da Força Aérea Portuguesa, juntamente com os recém-chegados 2 EH-101 Mk. 411 SIFICAP.




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#41 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Fev 10, 2006 9:41 am

Segundo a comunicação social, seriam 7 aparelhos para transporte táctico, e 5 para patrulha e fiscalização.




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#42 Mensagem por Charlie Golf » Sex Fev 10, 2006 10:15 am

Bom, se são 7 + 5 ou 10 + 2, só para a semana é que as dúvidas poderão ser dissipadas dado terem aparecido na comunicação social as duas versões. :|

Como é costume, há demasiada informação e contra-informação em todo este processo. Talvez o mais prudente seja mesmo aguardar por dia 17 de Fevereiro, data aprazada para a assinatura do contrato de aquisição dos C-295.

Novos aviões militares começam a chegar em 2007

DN Online, 21/01/06


Portugal assina no próximo dia 17 de Fevereiro o contrato de compra de doze CASA C-295 para a Força Aérea, disse ao DN fonte ligada ao processo. O ministro da Defesa, Luís Amado, anunciara para finais de Dezembro a assinatura desse programa de modernização das Forças Armadas. Contudo, explicou posteriormente o governante, dificuldades ligadas ao contrato de financiamento (regime de locação operacional) obrigaram a adiar a cerimónia.

A aquisição dos aviões novos implica assinar três contratos o do fornecimento dos aviões (sendo o primeiro entregue ano e meio depois), o do financiamento (279 milhões de euros, inscritos na Lei de Programação Militar) e o relativo às contrapartidas do fabricante a Portugal (que atingem os 460 milhões de euros). Os C-295, do construtor europeu EADS-CASA (consórcio em que participam vários países), destinam-se a substituir as duas dezenas de Aviocar que já estão no fim da vida útil (à excepção dos dois aparelhos, modelo 300, afectos à fiscalização das pescas).

Segundo fonte oficial da Força Aérea, dez dos novos aviões - entregues à cadência de um em cada 45 dias - vão para a Esquadra 502, cumprindo missões de transporte táctico e missões de interesse público. Os restantes dois serão equipados especificamente para a fiscalização das pescas e ficarão na Esquadra 401. No âmbito da reestruturação orgânica da FAP, a Esquadra 502 deverá criar um destacamento nos Açores (onde se extingue a Esquadra 711) de C-295, mantendo os mesmos três aviões. Em Porto Santo, Madeira, ficará outro dos aparelhos. Em aberto está a presença de um avião em São Tomé e Príncipe, no quadro da Cooperação Técnico-Militar, que se faz com um Aviocar.


Europa

A opção de Portugal pelos C-295 (em detrimento do modelo C-27J, da ítalo-americana Alenia) representou, desde logo, a inversão da política seguida pelo anterior ministro Paulo Portas e que favorecia a indústria de defesa dos EUA. Na prática, a decisão de Luís Amado dá seguimento ao que era a política do último ministro da Defesa socialista, Rui Pena, que nas vésperas de deixar o cargo assinara em Bruxelas a adesão de Portugal ao programa do futuro avião militar de transporte estratégico A400M (também da EADS).

Acresce que a escolha do C-295 faz com que Portugal tenha de comprar os A400M quando substituir os Hercules C-130, dado que os dois aviões da EADS são complementares no plano técnico, operacional e de apoio logístico. A EADS, que tem 1% do capital do consórcio que formou com a brasileira Embraer para adquirir 65% da OGMA-Indústria Aeronáutica de Portugal, aumentará agora esse montante até aos 30%, assinalou uma das fontes. Acresce que a EADS deu às OGMA a responsabilidade de construir a parte central - também conhecida como "troço nobre" - da fuselagem do C-295. Com as indústrias de defesa inseridas no Plano Tecnológico do Governo, Luís Amado irá sublinhar a importância do programa como pólo dinamizador de transferência de tecnologia e exemplo para a gestão de contrapartidas.



Negócio de 350 milhões de euros
Aquisição de doze aviões militares por Portugal deverá acontecer já este mês

A compra de doze aviões militares C-295 pelo Estado português à fabricante espanhola CASA (empresa integrada no consórcio europeu EADS), poderá ficar concluída já este mês, segundo a edição de hoje do «CincoDías», que cita fontes próximas do processo.

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Paulo Moutinho


A compra de doze aviões militares C-295 pelo Estado português à fabricante espanhola CASA (empresa integrada no consórcio europeu EADS), poderá ficar concluída já este mês, segundo a edição de hoje do «CincoDías», que cita fontes próximas do processo.

A companhia aeronáutica militar espanhola está a ultimar a venda dos aviões com o Ministério da Defesa de Portugal, um negócio de cerca de 350 milhões de euros, que poderá acontecer durante este mês de Fevereiro. Segundo fontes próxima das negociações, contactadas pelo diário espanhol, já «só falta a assinatura» e isso «pode acontecer a qualquer momento».

Dos doze aviões militares C-295 que Portugal vai adquirir, sete são de transporte militar e cinco C-295 serão destinados à patrulha marítima, sendo que, no caso dos cinco aparelhos para a patrulha, o preço por avião é de aproximadamente o dobro dos C-295 de transporte.

O valor de 350 milhões de euros, indicado por fontes do sector tendo em conta operações semelhantes com outros países, pode variar dependendo dos contratos de manutenção acordados com o Ministério da Defesa de Portugal.


Jornal de Negócios Online, 06/02/2006



É caso para dizer "descubram as diferenças". :?




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#43 Mensagem por manuel.liste » Sex Fev 10, 2006 10:19 am

Dos C-295 para fiscalización de pesca puede ser. Cinco es excesivo :!:




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#44 Mensagem por Charlie Golf » Sex Fev 10, 2006 10:54 am

manuel.liste escreveu:Dos C-295 para fiscalización de pesca puede ser. Cinco es excesivo :!:

Se não nos esquecermos que para a missão de vigilância marítima e fiscalização costeira/pesqueira ainda existirão dois C-212-300 e outros dois EH-101 Merlin, sim, concordo que 5 Persuader é um número excessivo.

De qualquer forma o mais conveniente é mesmo esperar por dia 17. A notícia publicada no jornal "Diário de Notícias" de 21 de Janeiro é a que tem mais lógica, se bem que o "Jornal de Negócios" tenha divulgado no dia 6 a notícia veiculada no jornal espanhol "CincoDías". A ver vamos.




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#45 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Fev 10, 2006 12:04 pm

Realmente é muita vigilância, priinciplaente se Portugal mantiver os 2 C-212-300.

Mas o que levará que que as notícias divirjam tanto assim...? :?

Segundo a notícia do DN a compra dos C-295 "obrigará" a que futuramente o Estado tenha que optar pelos A-400M.

Segundo o JNSA pode não ser bem assim, e eu também acho (e desejo) que não, embora a estratégia de compras possa indicar isso.

Entrar-se-ia no domínio da especulação.




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