Brasil - Membro permanente do Cons. de Segurança da ONU

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fredom
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#31 Mensagem por fredom » Ter Jul 26, 2005 1:41 pm

otimo artigo, traz a realidade da politica externa brasileira apenos cito esta parte do artigo.

autor:Lindolpho Cademartori
Não tardará, portanto, até que alguém pergunte, de uma forma ou de outra: “O Brasil!...Quantas divisões tem o Brasil?”




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Arthur
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#32 Mensagem por Arthur » Ter Jul 26, 2005 4:06 pm

A visão do artigo vê as relações internacionais por um âmbito exclusivamente militarista.

As relações internacionais são de fato muito mais que isso. Conjugam fatores como influência política, porte econômico, credibilidade externa e, é claro, poderio militar. Hoje não se faz guerra com a facilidade de quem joga War como se fazia até a Segunda Guerra Mundial. Stálin que era louco mas não burro hoje se preocuparia muito mais com o papa do que quando cunhou a frase "o papa...mas quantas divisões têm o papa?". Afinal na era da informação em que vivemos hoje uma palavra, um pronunciamento de uma figura importante pode valer muito mais do que uma bala de canhão.

Um exemplo simples da lógica não somente militarista das relações internacionais. Como explicar o fato da França, primeira potência a ser derrotada na WWII, ter conseguido todos os benefícios reservados aos vencedores, tanto no que tange tanto a espaço no CS da ONU tanto quanto a direito a ocupar parte do território da Alemanha se não pela influência política do líder da sua resistência o General de Gaulle? Afinal, poder militar ele não tinha nenhum.....

A capacidade do Brasil se tornar membro permanente do CS da ONU dependerá muito mais da capacidade da própria ONU em se reformar e do Brasil em se firmar como uma potência média no contexto sul-americano e africano do que dos equipamentos militares que o Brasil adquirir até lá.

É lógico que após a entrada no CS da ONU o Brasil teria muito mais responsabilidades com a manutenção da segurança mundial e daí advinria a necessidade do país se armar melhor e mais efetivamente para enfrentar os desafios que se põem frente a segurança mundial.

Até mais

Arthur




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talharim
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#33 Mensagem por talharim » Sáb Set 17, 2005 7:18 pm

17/09/2005 - 14h58
Brasil abre debate da ONU insistindo na reforma do Conselho de Segurança

NOVA YORK (AFP) - Representado por seu ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o Brasil abriu os debates da 60ª Assembléia Geral das Nações Unidas insistindo na necessidade de ampliar o Conselho de Segurança da organização.

Movido pela ambição de obter uma cadeira permanente neste Conselho, o Brasil investiu muito no tema da renovação da ONU.


O ministro Celso Amorim fala na 60ª Assembléia Geral das Nações Unidas
"A reforma do Conselho de Segurança é a peça central do processo de reforma em que estamos envolvidos. A imensa maioria dos estados membros reconhece a necessidade de tornar o Conselho de Segurança mais representativo e mais democrático", discursou Amorim.

"Neste momento histórico, nenhuma reforma do Conselho de Segurança será significativa se não envolver o aumento do número de cadeiras, permanentes e não permanentes, com países em desenvolvimento africanos, latino-americanos e asiáticos", prosseguiu.

Amorim também revelou a intenção de seu país de trabalhar para uma maior integração e estabilidade regional.

"O Brasil tem como objetivos fortalecer uma aliança estratégica com seu maior parceiro na região, a Argentina, e promover uma América Latina mais próspera, integrada e politicamente estável", afirmou o chanceler.

"Vamos buscar incansavelmente progressos no Mercosul, tanto no âmbito político quanto no econômico", declarou.

Amorim também comentou a polêmica declaração final da Cúpula Mundial das Nações Unidas, que foi encerrada na sexta-feira.

"O documento final assinado ontem foi indubitavelmente insuficiente, diante de nossas aspirações iniciais", lamentou o ministro.

O chanceler brasileiro também mencionou o Haiti. "A presença brasileira e latino-americana no Haiti não tem precedentes, tanto em termos de número de tropas como de compromisso político", afirmou.

"Temos três grandes metas para o Haiti: estabelecer um ambiente seguro, promover o diálogo entre os diversos protagonistas políticos para conseguir uma verdadeira transição democrática, e reunir um apoio internacional significativo para a reconstrução institucional, social e econômica" do país, explicou Amorim.

Soldados de Brasil, Argentina, Chile e Uruguai representam a maior parte dos efetivos da Missão da ONU para a Estabilização no Haiti (Minustha), formada por 6.700 militares e 1.600 policiais civis.

O Brasil comanda a Minustha, e tem 1.200 soldados no país caribenho. A Argentina enviou 600 homens, o Uruguai, quase 800 e o Chile, 570.



Arthur escreveu:
A capacidade do Brasil se tornar membro permanente do CS da ONU dependerá muito mais da capacidade da própria ONU em se reformar e do Brasil em se firmar como uma potência média no contexto sul-americano e africano do que dos equipamentos militares que o Brasil adquirir até lá.


Mas Arthur,vc sabe muito bem como um membro desse fórum que o Brasil não possui FAs adequadas nem para nós próprios nos defender,imagine projetar poder em qualquer região desse planeta 24h depois do CS da ONU nos solicitar........

O Brasil não tem condições nenhumas de pleitear uma cadeira do CS da ONU,eu sou a favor que o conselho seja ampliado,o Japão deveria entrar,a Austrália,a África do Sul também,o número de membros rotativos deveria aumentar também........

MAS O BRASIL NÃO MERECE UMA CADEIRA NO CS DA ONU :evil:

O que vc está sugerindo é o seguinte : "O CS da ONU permite que o Brasil entre no Conselho,mas com a condição de aumentar e melhorar o efetivo das nossas FAs" - Quem em sã consciência na ONU daria um cheque em branco para o Brasil "com a condição de no futuro....."

Pelo que eu entendo a palavra Conselho de Segurança significa que seus membros são potências militares simplesmente porque seriam responsáveis pela manutenção da ordem e da paz em todo o mundo................o peso econômico é importante mas não fundamental como o peso militar.....


Agora com relação a essa notícia acima fica parecendo que só porque o Brasil mandou 1200 soldados para o Haiti nós já nos sentimos gabaritados a entrar no CS da ONU,pelo menos é a imagem que o Itamaraty está vendendo na ONU...........

O Haiti é um conflito de baixa densidade que fica na América Central,o Brasil mandou tropas para caçar terrosistas no Afeganistão ? Se o Brasil ficasse ao lado da Indonésia com o fraquíssimo poderio militar que temos os Indonésios parariam a matança em Timor ? Com certeza não e pagariam para ver a reação do Brasil ! Com a Austrália foi diferente e porque ?

Me respondam por favor :wink:




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Túlio
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#34 Mensagem por Túlio » Sáb Set 17, 2005 10:03 pm

Talvez nos aceitem se transformarem o CS num Conselho de Segurança Pública, que isso nós temos sobrando aqui no Brasil, tanto que vão até desarmar a população, tão seguras estão as nossas ruas... :twisted: Na verdade, Talharim, acreditar que o CS, formado apenas por Potências Nucleares, acolheria gente desarmada como nós, aceitando-nos como iguais, é abusar demais do direito de ser ingênuo - sem querer ofender...
No momento de uma grande crise, iríamos fazer o quê???? Mandar um 'poderoso' regimento de M41, apoiado por alguns 'devastadores' Tucanos e com 'sofisticados' F5 garantindo o Domínio Aéreo para impedir, por exemplo, que a Coréia do Norte invada a do Sul??? Pessoal, não interpetem minhas posições como anti-patrióticas, mas é duro saber que não somos conhecidos por josta nenhuma, uns fracotes com armas boas para, no máximo, lutar numa guerra como a da Coréia ou, COM APOIO, do Vietnã. A única coisa que o mundo respeita aqui é bunda, carnaval, futebol e a capacidade de corrupão dos nossos representantes eleitos... Sad But True... :cry:




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#35 Mensagem por Vinicius Pimenta » Dom Set 18, 2005 1:34 am

Para fazer parte do CS da ONU o país não precisa ser uma potência militar. É lógico que é aconselhável que se tenha forças capazes, mas não é necessariamente uma obrigação.

O CS é muito mais político do que militar. O poder militar é importante para tudo, o CS é apenas mais um detalhe.




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#36 Mensagem por suntsé » Dom Set 18, 2005 11:33 am

Vinicius Pimenta escreveu:Para fazer parte do CS da ONU o país não precisa ser uma potência militar. É lógico que é aconselhável que se tenha forças capazes, mas não é necessariamente uma obrigação.

O CS é muito mais político do que militar. O poder militar é importante para tudo, o CS é apenas mais um detalhe.


Esta bem vocês dizem que forças armadas adequadas não são prerrogativas necessarias para ser menbro do CS, mas poderio economico e politico, então se for assim a alemanha e o japão estão em melhores condissões que nós!

No entanto mesmo apessar de toda a imfluencia politica e economica do Japão e da Alemanha (que são aliados do EUA e possuem um envolvimento economico mais intimo com este país) não conseguiram convencer nenhuma potencia da necessidade da ampliação do conselho.

Todos os paises que tem a pretenção de ser menbro do conselho de segurança da ONU tem que no minimo não ser omiso com a própria segurança e desenvolvimento, porque o Brasil não investe nem em desenvolvimento da tecnologia aero espacial ( porpue a mentalidade subdesenvolvida deste país afirma que tecnologia aero espacial é "cara de mais" ).

Na teoria forças armadas poderosas são dispensaveir para fazer parte do CS mas na prática a coisa é outra, todos os paises menbros são potencias militares e não só ocupão uma posição estratégica que permite a eles ter uma influencia regional, mas tambem por que eles criaram condições de exercer esta influencia!




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#37 Mensagem por Túlio » Dom Set 18, 2005 1:52 pm

Sun-Tsé: apoiadíssimo, nada a acrescentar!!!!




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#38 Mensagem por talharim » Dom Set 18, 2005 2:15 pm

Viniciús Pimenta escreveu:
Para fazer parte do CS da ONU o país não precisa ser uma potência militar. É lógico que é aconselhável que se tenha forças capazes, mas não é necessariamente uma obrigação.

O CS é muito mais político do que militar. O poder militar é importante para tudo, o CS é apenas mais um detalhe.


Respeito sua posição mas discordo (pra variar um pouco :) )

Eu creio que não "é aconselhável que se tenha forças capazes",mas sim é fundamental que se tenha forças militares capazes.

O Brasil não precisa necessariamente ser uma potência militar no estilo da China ou Rússia,mas possuir forças capazes como um Japão ou Alemanha é decisivo para pleitearmos uma cadeira no CS da ONU.

Eu discordo de vc quando diz que o "CS da ONU é ápenas um detalhe",eu considero o CS da ONU o órgão mais importante dessa instituição.Seus membros podem decidir quando começar uma guerra,quem sofrerá boqueio militar,quem sofrerá embargo econômico,etc.

E esses membros do CS da ONU tem poder para fazerem isso não porque ele seria referendado pela maioria dos países membros da ONU e sim porque esses países membros possuem condicões militares para imporem e definitivamente porem em prática suas intenções apenas com os meios militares de seus países,não precisando de outros países não membro deste conselho para isto.

E mesmo que seu argumento fosse válido o Brasil não merece um acadeira no CS da ONU porque nosso poderio militar é nulo,ou seja,apesar de vc considerar como sendo apenas um detalhe para ingressarmos no CS da ONU não possuímos nem mesmo os requisitos mínimos para tal !!!.

A não ser que vc ache que o CS da ONU daria um "voto de confiança" para o Brasil aceitando a entrada do nosso país no conselho mas com a "condição de que o país invista mais nas suas FAs a ponto de podermos ter forças capazes de intervenção em qualquer região do mundo sem auxílio de outro país ou uma coalizão" - Coisa que diga-se de passagem todos os países do CS da ONU tem condições de fazer e outros pleiteantes que disputam uma cadeira também já o têm.

Se a intenção do Brasil ao adentrar no CS da ONU é fazer política de diálogo,deixando para último sempre a questão militar não existe a necessidade do nosso país entrar nesse conselho,nosso papael de mediador de conflitos já está consolidade no cenário mundial,já somos respeitados como eficientes mediadores.Até porque quando uma questão chega no CS da ONU é porque as vias diplomáticas já foram tentadas e retentadas e a viabilidade militar passa a ser uma alternativa "real".

Falows,




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#39 Mensagem por talharim » Dom Set 18, 2005 2:17 pm

Ah,e Suntsé,concordo contigo também ! :wink:




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#40 Mensagem por FinkenHeinle » Dom Set 18, 2005 3:37 pm

Vinicius Pimenta escreveu:Para fazer parte do CS da ONU o país não precisa ser uma potência militar. É lógico que é aconselhável que se tenha forças capazes, mas não é necessariamente uma obrigação.

O CS é muito mais político do que militar. O poder militar é importante para tudo, o CS é apenas mais um detalhe.

Vinícius!


Poder Militar, e uma Política Externa que tire proveito dele, são fundamentais.

O Brasil não tem nenhum dos dois, e nem sequer Poder Econômico.

E ainda quer "exigir" um Assento Permanente no CS-ONU?!

Absurdo.

"O Brasil não é um país sério" - Charles de Gaulle.

Isso, caros amigos, é pré-requisitos para o CS-ONU. O resto, é conseqüencia!




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#41 Mensagem por Malandro » Dom Set 18, 2005 4:33 pm

Para quem ainda acha que o PT não vai enterrar de vez nossa prentesões ao CS da ONU sugiro ler o artigo da Veja desta semana sobre a política externa feita pelo Mulla e suas influências "isquerdistas".




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#42 Mensagem por Vinicius Pimenta » Seg Set 19, 2005 1:43 am

Vamos falar abertamente. O CS da ONU hoje não vale nada. A reforma visa justamente torná-lo mais forte e representativo. Quando disse que era um detalhe, me referia que forças militares são importantes para o país em qualquer aspecto, o CS é mais um.

E quando discordo que não é preciso ser potência militar para entrar no novo CS é porque não tem. A reforma no CS visa exatamente dar maior representividade ao órgão, incluindo países em desenvolvimento. Não se pode esperar - seria até absurdo - que um país africano fosse uma potência militar ou mesmo que o Brasil - do jeito que é - fosse uma potência militar.

Portanto, para o novo CS não importaria necessariamente sua capacidade militar. É óbvio que é mais do que desejável. Mas acredito que o Brasil mesmo hoje tenha condições de ingressar no CS da ONU, pois está apto para desempenhar missões de interesse da organização como estamos fazendo hoje em vários países, inclusive liderando uma, a MINUSTAH. Fomos para um guerra mundial com muito menos preparo que hoje. Nossa situação não nos impede de participar de uma missão de paz nem muito menos de imposição de paz.

Podemos contribuir com navios da Marinha, mesmo que só com os de apoio, podemos contribuir com aeronaves de transporte, de ataque e com tropas terrestres bem treinadas como Fuzileiros Navais, PQDs e Forças Especiais.

Pelo que eu saiba, em nenhuma missão que o Brasil teoricamente teria que participar seria necessário que possuíssemos F-22, ICBM, mísseis de cruzeiro, até porque sempre estaríamos em coalizão.

Ou seja, seria aconselhável ter melhores forças? Seria. Mas não é algo imperativo para participar do novo CS.




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#43 Mensagem por Túlio » Seg Set 19, 2005 2:10 am

É mesmo, Pimenta? Não me leves a mal mas, no cenário que postulas, eu sugeriria então o Vaticano para O CS. Tem excelentes diplomatas, é rico, é Primeiro Mundo e, como só atuaria mesmo em coalizão, entraria com dinheiro e...capelães, claro. :twisted:
Além disso, representatividade é com o Vaticano mesmo, afinal, tem padres e missionários pelo mundo todo...




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#44 Mensagem por FinkenHeinle » Seg Set 19, 2005 1:58 pm

Vinicius Pimenta escreveu:Vamos falar abertamente. O CS da ONU hoje não vale nada. A reforma visa justamente torná-lo mais forte e representativo. Quando disse que era um detalhe, me referia que forças militares são importantes para o país em qualquer aspecto, o CS é mais um.

E quando discordo que não é preciso ser potência militar para entrar no novo CS é porque não tem. A reforma no CS visa exatamente dar maior representividade ao órgão, incluindo países em desenvolvimento. Não se pode esperar - seria até absurdo - que um país africano fosse uma potência militar ou mesmo que o Brasil - do jeito que é - fosse uma potência militar.

Portanto, para o novo CS não importaria necessariamente sua capacidade militar. É óbvio que é mais do que desejável. Mas acredito que o Brasil mesmo hoje tenha condições de ingressar no CS da ONU, pois está apto para desempenhar missões de interesse da organização como estamos fazendo hoje em vários países, inclusive liderando uma, a MINUSTAH. Fomos para um guerra mundial com muito menos preparo que hoje. Nossa situação não nos impede de participar de uma missão de paz nem muito menos de imposição de paz.

Podemos contribuir com navios da Marinha, mesmo que só com os de apoio, podemos contribuir com aeronaves de transporte, de ataque e com tropas terrestres bem treinadas como Fuzileiros Navais, PQDs e Forças Especiais.

Pelo que eu saiba, em nenhuma missão que o Brasil teoricamente teria que participar seria necessário que possuíssemos F-22, ICBM, mísseis de cruzeiro, até porque sempre estaríamos em coalizão.

Ou seja, seria aconselhável ter melhores forças? Seria. Mas não é algo imperativo para participar do novo CS.

Vinícius!


O CS-ONU tem um poder com características únicas!

Ele não pode impôr nada aos Países com Assentos Permanentes e Direito à Veto!

Entretanto, pode, como falei, vetar uma resolução, algo que dá ao país detento desse direito um poder de barganha muito grande!

É óbvio que não podemos esperar de um país africano que seja uma Potência Mundial, mas deve ser, no mínimo, uma Potência Regional. E nem isso o Brasil consegue. Além de termos forças comparativamente fracas no cenário Sul-Americano, e para que não dizer, Latino Americano, nossa Política Externa é excessivamente omissa no que diz respeito à isso?!

O Brasil, pelas suas características econômicas, sociais, deveria ter não só como área de sua influência a América do Sul, mas também boa parte da África. Isso estaria coerente com nossas pretensões, teoricamente.

Por isso, para pretender um Assento Permanente no CS-ONU, ter Poderio Militar é FUNDAMENTAL, porque Poder Político, Diplomático, e Influência Internacional requer Força Militar, nenhum deles é dissociável.




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#45 Mensagem por Einsamkeit » Seg Set 19, 2005 2:03 pm

Eu Acho melhor o Chile para o Conselho de Segurança, pelo Menos Parece ser um pais Serio, e acho inutil Ficar no Conselho de Segurança sem poder de veto.




Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
Moonspell - Full Moon Madness

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