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Enviado: Sáb Nov 12, 2005 4:50 pm
por pafuncio
César, muito legal este livro.
O Keegan foi bem dúbio ao narrar Jutland (o autor é inglês, né?).
Outra coisa, legal a narrativa dos sérvios, extremamente durões.
Não é à toa que a OTAN não quis invadir a então Yugoslavja, há pouco tempo.
Torno a repetir: o Hobbsbawn fala que em muito sentidos, para a elite britânica, a primeira guerra foi muito mais cruenta que a segunda.
Acho interessante, aliás, uma comparação.
As mortes militares, comparando a primeira e a segunda guerra mundiais, envolvendo
URSS/Russia, Inglaterra, Alemanha, França, Bélgica e EUA.
Das potênciais ocidentais, creio que o moedor humano fora constante somente em relação à Alemanha e Rússia (muito mais no caso da segunda). Quanto aos demais países europeus, imagino que houve um decréscimo de mortes na guerra posterior.
Alguém tem os dados ?
Enviado: Sáb Nov 12, 2005 6:17 pm
por César
Salve Alexandre,
Encontrei o número de Baixas dos países envolvidos na WWI no Wikipedia. Não cheguei a ler tudo(o texto está enorme, não poderia ser diferente) mas, ainda assim, me parece muito bom.
Segue o link:
http://en.wikipedia.org/wiki/World_War_I
Por fim, seguem algumas citações desse link, sobre esse triste evento do século XX.
"Yesterday I visited the battlefield of last year. The place was scarcely recognisable. Instead of a wilderness of ground torn up by shell, the ground was a garden of wild flowers and tall grasses. Most remarkable of all was the appearance of many thousands of white butterflies which fluttered around. It was as if the souls of the dead soldiers had come to haunt the spot where so many fell. It was eerie to see them. And the silence! It was so still that I could almost hear the beat of the butterflies' wings." - a British officer, 1919.
"The First World War killed fewer victims than the Second World War, destroyed fewer buildings, and uprooted millions instead of tens of millions - but in many ways it left even deeper scars both on the mind and on the map of Europe. The old world never recovered from the shock." - Edmond Taylor, in "The Fossil Monarchies"
In Flanders fields the poppies blow
Between the crosses, row on row,
That mark our place; and in the sky
The larks, still bravely singing, fly
Scarce heard amid the guns below.
- John McCrae, from the poem "In Flanders Fields"
"Gott strafe England" was a common slogan of the German Army, which means "May God punish England".
"In war-time the word patriotism means suppression of truth." - S. Sassoon in 'Memoirs of an Infantry Officer'.
"In war there are three courses of action open to the enemy, and he usually chooses the fourth." - General Helmuth von Moltke'.
"We will support Britain to the last man and the last shilling." - Andrew Fisher, Australian Prime Minister at the outbreak of the war.
Ahh, e esquecemos de falar da(s) Batalha(s) do Marne!
Abraços
César
Enviado: Seg Nov 14, 2005 12:59 am
por VICTOR
MUITAS fotos, muito elogiado:
http://www.greatwar.nl/
Enviado: Dom Jul 02, 2006 3:18 am
por Naval
Então vcs acham q se os EUA não tivessem entrado na guerra os alemães ainda tinham chance? Ainda tinham reservas humanas?
Enviado: Dom Jul 02, 2006 5:21 pm
por FinkenHeinle
Naval escreveu:Então vcs acham q se os EUA não tivessem entrado na guerra os alemães ainda tinham chance? Ainda tinham reservas humanas?
Não sei!
Talvez o fator decisivo tenha sido a indecisão alemã sobre o Plano Geral de Guerra!
Eles alternaram entre lutar nos Fronts Oriental e Ocidental, perdendo recursos e TEMPO precioso!
O Front Oriental estava imobilizado pela Guerra de Trincheiras, de forma que talvez fosse mais interessante tirar a Rússia, quase moribunda, da Guerra, antes de um Ataque Total na Frente Francesa!
Enviado: Seg Jul 03, 2006 1:35 pm
por Wingate
Amigos,
Observando as discussões sobre a Primeira Guerra MUndial (a Guerra que iria acabar com todas as Guerras...) seria interessante recebermos comentários de nossos amigos portugueses, pois Portugal também participou ativamente da Primeira Guerra Mundial.
Um tio nosso, português (já falecido há muito) participou da Primeira Guerra Mundial e serviu como motorista. Não gostava de falar muito no assunto mas uma vez nos disse que a bronquite que o atormentava fora adquirida na Grande Guerra pois dirigia caminhões Vauxhall e Thorny Croft ingleses (com transmissão por correntes) sem pàra-brisa e apanhava diretamente o vento no peito.
Eu era muito criança na época e não tinha o conhecimento para perguntar mais, saber mais sobre aquela época terrível e ao mesm
o tempo romântica (romantismo esse que acabou nas trincheiras).
Abraços,
Roberto
Enviado: Seg Jul 03, 2006 8:30 pm
por Naval
Eu li em um livro que quando a guerra terminou a alemanha estava em vantagem, a rússia se rendeu, tinha derrotado o corpo expedicionário inglês e a frança estava agonizando. Somente os EUA poderiam rivalizar.
Por isso alguns alemães não entenderam quando o Kaiser se rendeu.
Enviado: Seg Jul 03, 2006 9:20 pm
por Naval
Olá finken,
essa indecisão alemã se repetiu na 2ºguerra tb, visto q hitler depois de derrotar a frança tinha q ir com tudo pra cima da Inglaterra, em vez disso preferiu abrir outra frente com os russos. Muita incompetência militar.
Enviado: Seg Jul 03, 2006 11:55 pm
por César
Naval escreveu:Eu li em um livro que quando a guerra terminou a alemanha estava em vantagem, a rússia se rendeu, tinha derrotado o corpo expedicionário inglês e a frança estava agonizando. Somente os EUA poderiam rivalizar.
Por isso alguns alemães não entenderam quando o Kaiser se rendeu.
O que mudou o quadro da guerra definitivamente foi a entrada dos Estados Unidos.
Em 1917, a Rússia tenta a sua última e desesperada tentativa de vitória contra a Alemanha: A ofensiva de Kerensky. Tudo termina em um enorme desastre militar. As tropas se rebelaram em massa, fugiram ou deserdaram. Em desespero a Rússia se rende e sai da guerra para, pouco tempo depois, acontecer a revolução que daria origem à União Soviética.
De qualquer forma, na mesma época os Estados Unidos entram na guerra do lado dos Franceses e Ingleses, e começam a treinar milhares de soldados, que fariam toda a diferença no Teatro de operações Europeu. Todos os beligerantes estavam exaustos e não tinham mais condições de continuar lutando por muito tempo. Motins estouraram em massa no exército Francês, e a força experidicionária britânica estava quase acabada.
O mesmo com os Alemães. Vendo que os Americanos, quando chegassem, definitivamente fariam franceses e ingleses vencerem, ela tenta uma última cartada: Transfere quantidades enormes de tropas da frente leste(que já não tinha mais adversários após a derrota da Rússia) para lançar uma última ofensiva, conhecida como
Kaiserschlacht (acho que significa "ofensiva do Kaiser"), cujo objetivo era separar os exércitos francês e britânico. Após isso, os alemães cercariam a força expedicionária britânica no norte, obrigando-a a voltar à Inglaterra. Com os franceses, era esperado que eles estivessem sem condições de continuar lutando e pedissem um armistício.
O objetivo era acabar com a Guerra antes que os americanos chegassem.
A ofensiva deu "certo", na realidade certo demais. Os alemães conseguiram romper as trincheiras inimigas e conquistar territórios, iniciando novamente uma guerra de manobras. Os aliados, para não se separarem, começaram a ceder território, e os alemães mudaram o foco da operação: De separar os exércitos para conquistar territórios antes tão difíceis de conquistar.
Como resultado do fracasso de romper a ligação entre os dois, a Guerra foi perdida. A ofensiva perdeu ímpeto em pouco tempo e terminou, com os Franceses, Ingleses e Americanos ainda na guerra.
Abraços
César
Re: Primeira Guerra Mundial
Enviado: Seg Out 12, 2009 9:31 pm
por Enlil
Marcado para atualização.
Re: Primeira Guerra Mundial
Enviado: Qua Out 14, 2009 12:15 pm
por Enlil
Atualizado em 14 de outubro, 2009 - 07:13 (Brasília) 10:13 GMT
Mussolini trabalhou para serviço secreto britânico, diz historiador
Um historiador da universidade britânica de Cambridge afirma que o ex-líder fascista da Itália, Benito Mussolini, trabalhou para o MI5, o serviço secreto britânico.
A revelação foi feita pelo historiador Peter Martland ao jornal britânico The Guardian.
Em 1917, Mussolini tinha 34 anos e trabalhava como jornalista. Segundo o historiador ele também recebia um salário de 100 libras esterlinas por semana do MI5 para defender, em seu jornal, a participação da Itália ao lado dos Aliados na Primeira Guerra Mundial.
"O parceiro menos confiável da Grã-Bretanha na guerra na época era a Itália, depois que a Rússia revolucionária abandonou o conflito. Mussolini recebeu 100 libras esterlinas por semana no outono de 1917 por pelo menos um ano para manter a campanha pró-guerra - equivalente a cerca de 6 mil libras esterlinas por semana nos dias de hoje", disse Martland ao Guardian, em reportagem publicada nesta quarta-feira.
Segundo a pesquisa do historiador, os pagamentos foram autorizados pelo parlamentar Samuel Hoare, que trabalhava para o MI5 em Roma. Ele gerenciava cerca de cem agentes britânicos na Itália.
Hoare mencionou o recrutamento de Mussolini em suas memórias, publicadas em 1954, mas os detalhes da quantia paga ao ex-líder italiano só foram revelados agora. O historiador encontrou as informações no arquivo pessoal de Hoare.
Mussolini também teria informado Hoare que mandaria um grupo de veteranos de guerra para agredir manifestantes pró-paz em Milão.
Hoare e Mussolini voltaram a se encontrar em 1935. Hoare, na condição de ministro das Relações Exteriores britânico, assinou o acordo de Hoare-Laval, que deu controle da Abissínia à Itália.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... 5_dg.shtml
Re: Primeira Guerra Mundial
Enviado: Qua Out 14, 2009 1:02 pm
por Tupi
A Royal Navy creditou ao nosso Contratorpedeiro Rio Grande do Norte, pertencente à Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG). O afundamento de um submarino inimigo na costa ocidental africana, na altura de Dakar.
Re: Primeira Guerra Mundial
Enviado: Qua Out 14, 2009 1:04 pm
por Enlil
É mesmo? Tens maiores informações?...
Re: Primeira Guerra Mundial
Enviado: Qua Out 14, 2009 6:36 pm
por talharim
A Alemanha perdeu as 2 guerras basicamente pq nunca teve domínio dos mares.
A Royal Navy tinha uma marinha de guerra 10 vezes maior que a da Alemanha.
Primeira Guerra Mundial
Enviado: Qui Out 15, 2009 12:38 pm
por magoo32
Interessante relato sobre a trégua de Natal de 1914.
http://www.grandesguerras.com.br/artigo ... art_id=125
Houve até um filme sobre este episódio da primeira guerra
Feliz Natal
(Joyeux Noel (Merry Christmas))
Status - Nas Lojas
Gênero - DRAMA
Formato: DVD
Classificação Ind.: 14 anos
Sinopse
Indicado ao Oscar®, Globo de Ouro® e BAFTA de Melhor Filme Estrangeiro, FELIZ NATAL conta a verdadeira história da trégua de véspera de Natal declarada pelas tropas escocesas, francesas e alemãs nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial. Os inimigos deixam suas armas por uma noite e se juntam em fraternidade e esquecem as brutalidades da guerra. Diane Krüger (Tróia), Daniel Brühl (Adeus, Lenin!) e Benno Fürmann (A Princesa e o Guerreiro) lideram um elenco internacional de primeira linha em um filme realmente poderoso e imperdível.