Diminuir para crescer?

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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#31 Mensagem por Guerra » Qui Set 01, 2005 11:04 am

[quote="AGasparNo entanto isto reforça ainda mais meu pensamento, quanto a necessidade de estarmos preparados para estes tipos de adversidades. :)[/quote]

AGaspar, quando o EB manda uma força de paz os militares passam por meses de preparação. Estudam não só a situação geral e particular da missão mas até a história e a cultura daquele povo. Foi assim em Angola, timor e no Haiti.
O Eb esta formando uma brigada para missões de paz, quem sabe não e esse o caminho?




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#32 Mensagem por Guerra » Qui Set 01, 2005 11:36 am

Belena a possibilidade dessa redução enfraquecer mais o EB existe. Acho que todo mundo aqui concorda que até mesmo o atual efetivo do EB é pequeno, mas não adianta manter algo que não funciona. É como você ter uma metralhadora em casa sem munição e o vizinho ter um 22 com muita munição e com um treinamento adequado para usar a arma. Quem vai poder defender melhor a propria casa?
O plano diretor do EB dividiu todas as OMs em 5 grupos de prioridades. As OMs prioridade um são só aquelas que a gente ouve falar a todo momento. Brigada paraquedista, leve, FE. As OMs de selva são prioridade 2, poucas brigadas são prioridade 3. As brigadas de infantaria que são prioridade 4, que praticamente exsitem só no papel e para manter a estrategia da presença, mas são em numero consideravel. A prioridade 5 é para OMs que estão fora da atividade fim do EB.
A maioria das OMs tem metade do seu efetivo de cabos e quase 40% do efetivo de soldados enganjados (efetivo profissional) e tem condições de ter 100% do efetivo dos oficiais e sargentos de carreira.
Não seria melhor manter 100% de todo o efetivo profissional no maior numero de brigadas? Acabar com as OMs prioridade 5 e algumas 4?
A ideia não fechar uma OM só para desfazer do patrimonio da OM. Essa experiencia do 5º B Log só foi citada aqui. O Eb vai continuar com o material, com o pessoal. O que seria economizado é agua, luz, telefone, material de expediente; material de construção, reforma e manutenção; material de higiene e tudo que é preciso para manter um quartel. Esse dinheiro seria redirecionado paracompra de equipamento.
Isso sem ddizer que a própria estrutura de uma OM pode ser reduzida. O exército americano esta fazendo uma experiencia de redução. É claro que a tecnologia americana garante o poder de uma brigada reduzida, mas eu acho que o EB tem condições de fazer algo parecido dentro das possibilidades atuais e que oderia vir com a compra de novos meios.




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#33 Mensagem por talharim » Qui Set 01, 2005 12:01 pm

Os Batalhões de Engenharia estão em que nível de prioridade ?

Creio que devem estar em nível 1,mas não por escolha do EB mas sim por imposição do governo federal,que está utilizando essas OMs para fazerem o "trabalho social" que deveria ser feito por outras pastas do governo.

Basta darem uma olhada no Diário Oficial da União para terem uma idéia da altíssima carga de trabalho dessas unidades.Todos os dias são comprados desde máquinários e matérias-primas(as centenas de toneladas diárias) até mesmo mão de obra terceirizada (tá parecendo uma Camargo Corrêa ou Oderbrecht da vida)

Só falta daqui a pouco o EB fazer obras de recuperação em estradas da Venezuela........

É um trabalho louvável o que o EB vem fazendo,mas está demais ! Ainda mais se estas verbas estiverem saindo do caixa do próprio EB.........

Falows,




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#34 Mensagem por Pablo Maica » Qui Set 01, 2005 1:05 pm

Tu tens razão Talharim, daqui um pouco são empresas privadas que vão contratar o EB pra fazer serviços de engenharia pro governo fazer um caixa extra! :?


Um abraço e t+ :D




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#35 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qui Set 01, 2005 3:51 pm

Batalhões de Engenharia são de suma importância para um Exército. Não reclamem se o governo está usando bastante esses batalhões. Isso vai garantir pelo menos pra eles a capacitação. Em tempos de paz eles servem pra isso mesmo. Por que ficar com máquinas e homens parados nos quartéis de engenharia se o Brasil tem tantos problemas que precisam desse tipo de ajuda? Manda os caras para lá. Pelo menos estão fazendo a sua missão. É diferente de pegar os soldados dos batalhões e mandar para as ruas. Essa não é a missão deles.

Não se enganem. Quanto menor as FFAA, menores os orçamentos.




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#36 Mensagem por Guerra » Qui Set 01, 2005 4:51 pm

talharim escreveu:Os Batalhões de Engenharia estão em que nível de prioridade ?

Creio que devem estar em nível 1,mas não por escolha do EB mas sim por imposição do governo federal,que está utilizando essas OMs para fazerem o "trabalho social" que deveria ser feito por outras pastas do governo.

Basta darem uma olhada no Diário Oficial da União para terem uma idéia da altíssima carga de trabalho dessas unidades.Todos os dias são comprados desde máquinários e matérias-primas(as centenas de toneladas diárias) até mesmo mão de obra terceirizada (tá parecendo uma Camargo Corrêa ou Oderbrecht da vida)

Só falta daqui a pouco o EB fazer obras de recuperação em estradas da Venezuela........

É um trabalho louvável o que o EB vem fazendo,mas está demais ! Ainda mais se estas verbas estiverem saindo do caixa do próprio EB.........

Falows,


As prioridades são por brigada então os batalhões variam de acordo com a subordinação, as unidades de engenharia divisionáris geralmente estão entre 3 e 5.




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#37 Mensagem por Balena » Qui Set 01, 2005 11:16 pm

Só tenho a lamentar...

Obrigado pelas novas informações SGT Guerra, mas é como eu já disse anteriormente: o EB necessitaria de uma força de aproximadamente 600 mil homens para defender o Brasil de forma adequada e elevar o poder dissuasório ao extremo...
Do jeito que as coisas estão indo, acredito que isto não passa de uma manobra "política" que visa apenas enfraquecer o poder terrestre brasileiro...

Só tenho a lamentar...




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#38 Mensagem por talharim » Sex Set 02, 2005 10:46 am

Vinicius Pimenta escreveu:
Batalhões de Engenharia são de suma importância para um Exército. Não reclamem se o governo está usando bastante esses batalhões. Isso vai garantir pelo menos pra eles a capacitação. Em tempos de paz eles servem pra isso mesmo. Por que ficar com máquinas e homens parados nos quartéis de engenharia se o Brasil tem tantos problemas que precisam desse tipo de ajuda? Manda os caras para lá. Pelo menos estão fazendo a sua missão. É diferente de pegar os soldados dos batalhões e mandar para as ruas. Essa não é a missão deles.

Não se enganem. Quanto menor as FFAA, menores os orçamentos


Concordo com vc :wink: A minha única preocupação é que todo esse "esforço" social do EB esteja sendo bancado com verbas do mesmo.

SGT GUERRA escreveu:
As prioridades são por brigada então os batalhões variam de acordo com a subordinação, as unidades de engenharia divisionáris geralmente estão entre 3 e 5.


Grato pela explicação.




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#39 Mensagem por J.Ricardo » Sex Set 02, 2005 11:01 am

Talharim, em relação as verbas, li na Folha em uma reportagem a esse respeito que as verbas viriam de outras pastas, como do Ministério dos Transportes e outras pastas a quem as FA prestam serviços.




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Luís Henrique
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#40 Mensagem por Luís Henrique » Sex Set 02, 2005 2:33 pm

Não se enganem. Quanto menor as FFAA, menores os orçamentos.


Concordo inteiramente com você Vinicius.

Se as forças armadas forem reduzidas em número o orçamento será menor também. Ou seja, não adianta nada. Eles vão calcular que ao invés de 24 bi 12 bi já resolve, então ao inves de destinarem 30 bi para as FA eles vão liberar 15.

O negócio é votar no Enéas que já falou mais de uma vez que em um primeiro momento dobraria ou triplicaria o tamanho das forças armadas.




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Clermont
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#41 Mensagem por Clermont » Dom Fev 05, 2006 2:33 pm

Essas brigadas que antigamente tinham dois batalhoes de infantaria blindado (a 3 companhia de fuzileiros) e um regimento de cavalaria (a 3 esquadrões) receberam mais um regimento e cada unidade (regiemnto e batalhão) vai receber mais uma subunidade. A ideia é que com tempo essas subunidades sejam remanejadas dentro da brigada. Então um batalhão de infantaria vai ficar com 3 cias de fuzileiros e um esquadrão de cavalaria, e o regimento vai ficar com 3 esquadrões e uma cia de infantaria.


Então, a brigada blindada ficará com dois BIB (3 Cia Fzo Bld e 1 Esq CC) e dois RCC (3 Esq CC e 1 Cia Fzo Bld).

Ou seja, 16 subunidades. Bem gordinhas, não?

E que tal se se eliminasse a especialidade de infantaria blindada e se constituísse duas brigadas de cavalaria blindada, cada uma com 3 Regimentos de Cavalaria Blindada (2 Esq CC e 2 Esq Fzo Bld)?

Afinal, a infantaria já tem tantas outras funções, bem que poderia abrir mão dessa. E haveria homogeneidade no comando e adestramento das forças blindadas brasileiras.


Quanto ao dominio de linguas estrangeiras. O EB deu uma relaxada nesse campo, mas nos ultimos 10 anos começou a incetivar os militares a se habilitarem em outras linguas. Desenvolveu ate um projeto de ensino muito bom. Eu não sei ate onde isso é tão importante, tem outros exércitos com objetivos bem além dos nossos que não dominam outras linguas da forma como voce colocou.


Levando-se em conta que o Brasil tem tantas colônias estrangeiras, talvez fosse interessante – claro, se houvesse uma dinheiro em caixa – criar alguma unidade de intérpretes das línguas mais prováveis de serem necessárias em algum possível desdobramento de força de paz: árabe, hebraico, chinês, russo etc.

Os alemães, na Segunda Guerra tinham uma seção especializada de intérpretes. E o Brasil sentiu uma falta terrível de intérpretes em italiano e alemão na Itália. O que mostra a completa falta de previsão do estado-maior da época: com tantos descendentes de alemães e italianos, incorporados nos pelotões de fuzileiros, não havia especialistas nas S2 e na seção de contra-informações de combate.

Balena escreveu: Não culpo os militares, mas por motivos orçamentários, um soldado brasileiro não recebe treinamento suficiente para usar sequer o próprio fuzil. Enquanto um marine executa uma média de 500-600 disparos de fuzil em seu treinamento básico, um fuzileiro brasileiro executa uma média de 20-30...


Mas o fato continua. Se não se dá 500-600 cartuchos de bala para o “pé-de-poeira” brasileiro disparar, dentro de um exército de uns 190 mil homens, como então se pode esperar que isso ocorra dentro de um exército com 600 mil?

Balena a possibilidade dessa redução enfraquecer mais o EB existe. Acho que todo mundo aqui concorda que até mesmo o atual efetivo do EB é pequeno, mas não adianta manter algo que não funciona. É como você ter uma metralhadora em casa sem munição e o vizinho ter um 22 com muita munição e com um treinamento adequado para usar a arma. Quem vai poder defender melhor a propria casa?


Não se enganem. Quanto menor as FFAA, menores os orçamentos.


O medo da incompetência e inação do poder político não pode servir de desculpas para deixar de tomar as medidas necessárias. Eu, da minha parte, não concordo que o efetivo seja pequeno. Pequeno em relação a que? A geografia do país? E o Brasil teve, tem ou algum dia terá, recursos para montar um exército que guarneça cada centímetro quadrado dessa nação?

Eu sou totalmente a favor do aumento de verbas para o aperfeiçoamento profissional das Forças Armadas brasileiras. Mas, se eu fosse parlamentar, só votaria a favor disso, depois de ter na minha mão, um planejamento do Ministério da Defesa para a reformulação completa e total da estrutura dessas corporações.

Profissionalização e corte de unidades incluídos...




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#42 Mensagem por Guerra » Dom Fev 05, 2006 5:08 pm

Então, a brigada blindada ficará com dois BIB (3 Cia Fzo Bld e 1 Esq CC) e dois RCC (3 Esq CC e 1 Cia Fzo Bld).

Ou seja, 16 subunidades. Bem gordinhas, não?


A detencia atual é que as brigadas tenham cada vez mais autonomia.
O exército americano esta testando um modelo com brigadas só de artilharia.




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#43 Mensagem por juarez castro » Ter Fev 07, 2006 6:40 pm

Clermont escreveu:
Essas brigadas que antigamente tinham dois batalhoes de infantaria blindado (a 3 companhia de fuzileiros) e um regimento de cavalaria (a 3 esquadrões) receberam mais um regimento e cada unidade (regiemnto e batalhão) vai receber mais uma subunidade. A ideia é que com tempo essas subunidades sejam remanejadas dentro da brigada. Então um batalhão de infantaria vai ficar com 3 cias de fuzileiros e um esquadrão de cavalaria, e o regimento vai ficar com 3 esquadrões e uma cia de infantaria.


Então, a brigada blindada ficará com dois BIB (3 Cia Fzo Bld e 1 Esq CC) e dois RCC (3 Esq CC e 1 Cia Fzo Bld).

Ou seja, 16 subunidades. Bem gordinhas, não?

E que tal se se eliminasse a especialidade de infantaria blindada e se constituísse duas brigadas de cavalaria blindada, cada uma com 3 Regimentos de Cavalaria Blindada (2 Esq CC e 2 Esq Fzo Bld)?

Afinal, a infantaria já tem tantas outras funções, bem que poderia abrir mão dessa. E haveria homogeneidade no comando e adestramento das forças blindadas brasileiras.


Quanto ao dominio de linguas estrangeiras. O EB deu uma relaxada nesse campo, mas nos ultimos 10 anos começou a incetivar os militares a se habilitarem em outras linguas. Desenvolveu ate um projeto de ensino muito bom. Eu não sei ate onde isso é tão importante, tem outros exércitos com objetivos bem além dos nossos que não dominam outras linguas da forma como voce colocou.


Levando-se em conta que o Brasil tem tantas colônias estrangeiras, talvez fosse interessante – claro, se houvesse uma dinheiro em caixa – criar alguma unidade de intérpretes das línguas mais prováveis de serem necessárias em algum possível desdobramento de força de paz: árabe, hebraico, chinês, russo etc.

Os alemães, na Segunda Guerra tinham uma seção especializada de intérpretes. E o Brasil sentiu uma falta terrível de intérpretes em italiano e alemão na Itália. O que mostra a completa falta de previsão do estado-maior da época: com tantos descendentes de alemães e italianos, incorporados nos pelotões de fuzileiros, não havia especialistas nas S2 e na seção de contra-informações de combate.

Balena escreveu: Não culpo os militares, mas por motivos orçamentários, um soldado brasileiro não recebe treinamento suficiente para usar sequer o próprio fuzil. Enquanto um marine executa uma média de 500-600 disparos de fuzil em seu treinamento básico, um fuzileiro brasileiro executa uma média de 20-30...


Mas o fato continua. Se não se dá 500-600 cartuchos de bala para o “pé-de-poeira” brasileiro disparar, dentro de um exército de uns 190 mil homens, como então se pode esperar que isso ocorra dentro de um exército com 600 mil?

Balena a possibilidade dessa redução enfraquecer mais o EB existe. Acho que todo mundo aqui concorda que até mesmo o atual efetivo do EB é pequeno, mas não adianta manter algo que não funciona. É como você ter uma metralhadora em casa sem munição e o vizinho ter um 22 com muita munição e com um treinamento adequado para usar a arma. Quem vai poder defender melhor a propria casa?


Não se enganem. Quanto menor as FFAA, menores os orçamentos.


O medo da incompetência e inação do poder político não pode servir de desculpas para deixar de tomar as medidas necessárias. Eu, da minha parte, não concordo que o efetivo seja pequeno. Pequeno em relação a que? A geografia do país? E o Brasil teve, tem ou algum dia terá, recursos para montar um exército que guarneça cada centímetro quadrado dessa nação?

Eu sou totalmente a favor do aumento de verbas para o aperfeiçoamento profissional das Forças Armadas brasileiras. Mas, se eu fosse parlamentar, só votaria a favor disso, depois de ter na minha mão, um planejamento do Ministério da Defesa para a reformulação completa e total da estrutura dessas corporações.

Profissionalização e corte de unidades incluídos...

Boa tarde! Parabéns Clermont, uma das colocações mais sensatas que já se postou neste fórum.
Estudos feitos mostram que o EB com aprox 115.000 militares, com boa parte profissionais, e com uma extrutura mais leve e móvel funcionaria muito melhor.
Grande abraço




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#44 Mensagem por Lauro Melo » Ter Fev 07, 2006 9:17 pm

juarez castro escreveu:Boa tarde! Parabéns Clermont, uma das colocações mais sensatas que já se postou neste fórum.
Estudos feitos mostram que o EB com aprox 115.000 militares, com boa parte profissionais, e com uma extrutura mais leve e móvel funcionaria muito melhor. Grande abraço

Boa Noite
Creio que existem muitas outras, mas acho que você acompanha a pouco tempo.
Mas geralmente o Clermont, escreve ótimos textos e bem realistas, isto desde 2003...
Mas sobre o tema :
Com boa parte profissionais

Isto é no mínimo discutível, já que em países da Europa :
Exército profissional x alistamento militar

http://www.defesanet.com.br/wars/dw_heer.htm

Exército profissional x alistamento militar
Nina Werkhäuser
Alemanha mantém serviço militar obrigatório, enquanto outros países europeus apostam no exército profissional. Este é mais bem preparado para as complexas tarefas da atualidade, mas custam mais aos cofres públicos.As negociações para a nova coalizão de governo em Berlim não estão concluídas; muitos pontos são controversos. Mas numa questão já existe consenso entre social-democratas de um lado e democrata-cristãos e social-cristãos de outro: a Alemanha vai se manter fiel ao princípio da obrigatoriedade do serviço militar.
Com isso, o país nada contra a corrente: muitas nações européias aboliram de uns anos para cá a obrigação de prestar serviço militar e passaram a apostar num exército profissional. É o caso da Espanha, Holanda, a França e do Reino Unido.
Batalhão de Vigilância das Forças Armadas alemãs
Soldos precisam ser atraentes
A Holanda já deixou de recrutar jovens para o serviço militar obrigatório em 1996. Na época, apenas um terço dos rapazes em idade hábil ia de fato para as casernas. E, dos que prestavam serviço militar, poucos se dispunham a participar de missões de paz no exterior. Os soldados só podiam ser enviados para fora do país se consentissem antes e podiam retirar seu consentimento até o dia de partida.
O governo em Haia considerava a situação insustentável: como manter nessas condições um exército moderno, apto a atuar com rapidez onde necessário? À decisão de profissionalizar o exército, seguiu-se a decepção. "No começo, foi muito difícil conseguir soldados", lembra-se o general reformado Henk van Bremen, ex-chefe do Estado Maior holandês
O soldo modesto era uma das razões da reticência dos holandeses. Afinal, o mercado de trabalho funciona naquele país e qual jovem está disposto a arriscar a vida, ainda mais sendo mal pago? A solução foi reduzir o contingente para 50 mil soldados e aumentar os recursos, para poder pagar um soldo mais atraente.
Holandeses treinam no norte da Alemanha antes de partirem para o Iraque
Faltam recursos para armas e equipamentos
A esperança de reduzir os custos com a ajuda de um exército profissional foi frustrada também na França, que realizou seu último alistamento militar obrigatório em 2001. Com a profissionalização, os soldados passaram a exigir melhor pagamento.
"Para nós o problema principal não foi recrutar soldados, e sim os custos de um exército profissional. Como subestimamos os custos de pessoal, agora temos grande dificuldade com o plano de aquisição de armas e equipamentos", resume o ex-chefe do Estado Maior da França, o almirante reformado Jacques Lanxade.
Treinamento mais abrangente
Fato é que os exércitos profissionais, embora menos numerosos, acabam custando mais aos cofres públicos do que os contingentes recrutados no alistamento militar. Em compensação, são mais aptos a ser enviados para missões no exterior, mesmo porque sua formação é diferente da dos recrutas tradicionais.
O marechal-de-campo Peter Inge, ex-chefe do Estado Maior britânico, lembra-se de como foi a transição no início dos anos 60, quando se profisionalizou o exército no Reino Unido.
"Nós instituímos um sistema de formação muito bom, mas muito caro. Fundamos academias militares, onde formávamos técnicos, especialistas em telecomunicação e mecânicos a partir dos 15 anos de idade. Lá os rapazes tinham não apenas um bom curso profissionalizante como também uma boa formação militar."
Diversificação de tarefas
A guerra no Iraque e outras missões no exterior levaram as Forças Armadas britânicas ao limite de sua capacidade. Por isso elas estão passando por uma reestruturação, para se tornar mais ágeis e flexíveis ainda.
O leque de tarefas dos exércitos europeus inclui hoje desde intervenções rápidas com tropas especiais até missões de paz de longo prazo, sem se esquecer da ajuda humanitária em situações de catástrofe e do combate ao terrorismo internacional.
Soldados profissionais são mais bem capacitados a cumprir essas tarefas altamente especializadas, quanto a isso não há dúvida. Mas existe também o perigo de a sociedade não se identificar mais com seu exército, vendo os soldados apenas como combatentes bem remunerados.
"Minha impressão é que o exército britânico é respeitado pela sociedade, mas ao mesmo tempo passou a ser uma coisa à parte, um grupo à margem. Se essa impressão se tornar ainda mais forte, eu acharia muito perigoso", alerta Peter Inge.




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#45 Mensagem por Luís Henrique » Ter Fev 07, 2006 11:26 pm

A solução que vejo para o problema Profissional x Serviço Obrigatório:

Eu utilizaria um serviço temporário sem ser obrigatório. Isto já existe em algumas áreas como administração, medicina, etc. Mas eu digo para aplicar isto nos combatentes.

Desta forma poderiamos ter pessoas entrando no EB como soldado e saindo como sargento ou cabo após 8 anos de trabalho. Esta pessoa sairá e irá direto para a Polícia Militar. Assim o EB reduz o gasto com reserva, mantém um pessoal melhor treinado, ja que não será um serviço obrigatório de apenas 1 ano, ou seja os temporários seriam divididos em 8 grupos. 1 grupo inexperiente com 1 ano, outro com 2 anos e assim consecutivamente. Sendo que soldados, cabos e sargentos com mais de 4, 5, 6 anos não seriam considerados novatos. Obviamente existiria uma força profissional permanente mas em escala menor. Isto nos daria profissionais experientes e uma tropa jovem e preparada para o combate sem o custo permanente e alto custo da reserva.

Talvez se 8 anos não for eficiente poderiamos pensar em outros números. 6, 10 sei lá.




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