Fórum Defesa Brasil

Sou a favor do acordo, desde que não venha a interferir na capacidade de operação da empresa brasileira, não gostaria que um dia a Boeing viesse a fechar unidades fabris aqui (como a Eurocopter, que vem cogitando fechar a Helibrás), ou transferir o P&D para lá, se considerar mais vantajoso. Para possibilidades como esta, sou totalmente contra.

Agora, se isto vier a, num plano comercial, uma parceria em que a Boeing venda E-Jets como modelos de entrada para seus 7-series, ou que a Embraer venda os aviões da Boeing como continuação de seus próprios jatos, acho fantástico. É uma possibilidade de expansão da produção da Embraer vinculando seus produtos à marca da Boeing, muito mais difundida. Neste caso, cria-se uma nova empresa, um novo ente jurídico, que absorverá a capacidade de vender produtos Embraer com a marca da Boeing.

Brasileiro escreveu:Sou a favor do acordo, desde que não venha a interferir na capacidade de operação da empresa brasileira, não gostaria que um dia a Boeing viesse a fechar unidades fabris aqui (como a Eurocopter, que vem cogitando fechar a Helibrás), ou transferir o P&D para lá, se considerar mais vantajoso. Para possibilidades como esta, sou totalmente contra.

Agora, se isto vier a, num plano comercial, uma parceria em que a Boeing venda E-Jets como modelos de entrada para seus 7-series, ou que a Embraer venda os aviões da Boeing como continuação de seus próprios jatos, acho fantástico. É uma possibilidade de expansão da produção da Embraer vinculando seus produtos à marca da Boeing, muito mais difundida. Neste caso, cria-se uma nova empresa, um novo ente jurídico, que absorverá a capacidade de vender produtos Embraer com a marca da Boeing.

Penso eu ser essa solução acima a melhor, abrindo uma terceira empresa para atender às necessidades da empresa americana, sendo que tanto EMBRAER como BOEING preservariam suas marcas, produtos e interesses sem "tomadas" de controle.

Wingate

Boas Festas a todos os membros do fórum.

Se a Boeing, apresentar uma proposta de aquisição total ou parcial. Sugiro que o principal, juntamente com os acionistas Brasileiros.
Façam como na minha terra:

- Façam eles mesmos uma proposta de aquisição da Boeing por parte da Embraer.
- Se eles se mostrarem supreendidos passem um cheque em branco, dizendo "...ponham o valor que lhes convir".

Outra coisa contraria, é sair da frente que estão fora do negocio e evitar perdas maiores.

cumprimentos

Eu sou, no máximo, a favor de uma joint ventura como era a Harbin Embraer lá na China, que fabricou o ERJ 145 e o Legacy 650:




Se esse for o jeito de concorrer com os C-Series lá nos EUA, que seja. A Airbus comprou o controle de Bombadier pelo valor simbólico de 1 dólar para poder produzir os aviões canadenses no na fabrica da Airbus em Alabama, nos EUA. Isso para a Bombardier poder escapar da taxa de importação de 300% imposta, coisa que não sei se os aviões da Embraer feitos no Brasil sofrem. Agora a compra, total ou parcial, da Embraer pela Boeing eu sou absolutamente contra. Diferente da Bombardier no Canadá, a Embraer é uma empresa estratégica no Brasil por conta de seus projetos militares. Passar o controle dessa empresa para a Boeing seria perder soberania e ficar a mercê das vontades do governo americano (se bem que isso é um espécie de sonho molhado da elite brasileira).

Um pouco fora da questão principal, mas com ligações direta com o tema. Cada dia torna-se mais evidente a concentração da indústria da aviação comercial em apenas duas grandes empresas, a Boeing e a Airbus. Com a Bombardier comercializando sua produção junto com a Airbus e a Embraer fazendo um acordo com a Boeing, vai ser muito dificil alguém fazer uma viagem que não seja a bordo de uma aeronave das duas gigantes.
Haverá futuro para empresas independentes fora das duas irmãs? Pessoalmente sou contra a venda do controle acionário da Embraer. O risco de acabarem fechando a empresa no Brasil, se o negócio acontecer, é muito grande. Alguma coisa, no entanto, se houver um acordo a Embraer deverá ceder. Talvez comercializar seus aviões no mercado americano com o nome de BOEING.B , ou algo assim.

Os russos já andaram oferecendo parceiras lá pelos lados do Paraná, em relação a fabricação de partes e peças da serie MC-21. Até uma suposta linha de produção chegou a ser aventada.
A Embraer pode muito bem negociar alguma parceria com a Boeing em relação aos E-2 para vendas nos USA, e no resto do mundo, ela mesma dá conta da sua vida e dos seus negócios.
Uma parceria com os russos também seria algo interessante a se pensar, pois a aviação regional já chegou ao limite em termos de desenvolvimento de aviões com os C-Series e E-2. Não sei o que virá depois disso, mas é certo que nos próximos 10/15 anos a aviação regional irá mudar muito.
E quem sabe entrar em novos mercados com parceiros já bem estabelecidos seria algo a se pensar seriamente.

ps: dois programa interessam de verdade à Embraer a parceria com a Boeing: Super Tucano e KC-390. E justamente no maior mercado existente, os USA.

abs.

Pelo que li e ouvi, o interesse da Boeing é o mercado de aviação regional. A parte de aviação executiva e defesa estão fora. Assim podem surgir arranjos como a Embraer vender só a divisão de aviação regional ou que a parceria envolve a cooperação com foco na aviação regional.

Se quiser mais alguma coisa, a Embraer e o governo brasileiro vão ter que negociar e usar o poder da golden share. Então, se quer vender para os EUA ou aliados dos EUA, ter algum projeto conjunto ou adicional vai ter que negociar.

Não faz nenhum sentido a Embraer vender as operações da aviação regional dela para a Boeing, uma vez que se trata do carro chefe da empresa. Cooperação entre as empresas até pode ser, como eu disse acima, já que o mercado americano é o maior do mundo. É disso que está atrás a Airbus comprando a participação no C-Series.

No mais, os projetos da Embraer no campo da aviação executiva e militar não dependem da Boeing para nada. A empresa tem tido muito sucesso e o futuro de seus projetos é muito promissor, com ou sem os americanos.

É preciso lembrar também que a Embraer vem estudando novamente lançar um novo turbo-hélice para o mercado regional, e se isso for pra frente mesmo, novamente os USA são o alvo principal.

No mais, a Embraer já tem parcerias no ST e linhas de produção de seus jatos executivos nos USA; O que mais a Boeing poderia oferecer em termos de vantagem corporativa e institucional? Nada. Já estamos com um pé la dentro e estamos nos dando muito bem.

O que parece no final tudo isso é uma jogada de uma gigante americana querendo se livrar de um concorrente e atacar o outro na veia dentro da casa dela.

Bom para eles, mas nós não temos nada a ver com a gente.

Em briga de cachorro grande, vira-lata mete o rabo entre as pernas e late fino... ou então corre.

abs

Se eu fosse a Embraer, só para sacanear a Boeing e Airbus, sem deixar de focar nos seus principais nichos de mercado, eu faria uma parceira com a Irkut e colocaria a expertise da empresa a favor das vendas do MC-21 aqui por estas bandas do mundo.



Tem muito coisa nele que poderíamos fazer, mas só de entrar como parceira nas vendas/pós-vendas e manutenção, e futuramente no melhoramento/evolução do projeto, já nos traria um baita proveito.

Temos espaço aqui mesmo no Brasil para os E-2, novos trubo-hélices regionais, e mais ainda para aviões do tipo do MC-21. Para não falar do projeto de wide body que chineses e russos estão arrumando.

Se é para fazer parceria, e desenvolver a empresa, vamos fazer então com quem nos interessa e realmente pode ajudar, e não com quer nos ferrar disfarçadamente, fingindo angariar interesses mútuos.

abs

Sou contra vender la:

Primeiro porque um pais minimamente serio nunca entrega suas empresas estrategicas.

Nada contra que os acionistas.
Porém eles quando compraram ações da EMB já sabiam que existia uma coisa chamada Golden Share
Se não esta contente com a situação e com os já bons beneficios que essa empresa les gera, que ponham suas ações a venda.
Se a mim inclusive me da igual se o acionista da empresa é brasileiro ou norte americano.
Sempre que a empresa siga gerando resultados positivos para a defesa do pais e na manutenção da mão de obra de qualidade, local.

Já sabemos que alguns algoreiros prevem um futuro negro para a empresa se ela não for vendida.
Eu já não prevejo nenhum futuro ou beneficio para o Brasil se isso passa.

Associação ou algum tipo de parceria sim, sempre que suas decisões não sejam nocivas ao pais. (senão, se usa o golden share)


Segunda razão: Já temos um exemplo do que passa com as empresas aeronauticas que são vendidas pra uma empresa de USA na America do SUL.
Basta com olhar o caso da FMA (Argentina) vendida (creio que no governo de Menem, Menendez para eles) para a LM
OK que a EMB não é a FMA, mais para todos os efeitos nacionais o final vai terminar sendo o mesmo para o país.
A perda de uma capacidade lograda a partir do esforço de muitas décadas.

Ademas entra outra razão já de bom senso.
Como já foi dito por outros, nada disso seria sequer cogitado por eles, se isso fosse ao revés.
Porque eles sabem o valor que tem manter uma capacidade tecnologica dessas.

FCarvalho escreveu:

Frederico Vitor escreveu:Dentro do espectro parceria, vejo com bons olhos. Porém, vender por vender... Daí já não vejo vantagem.

O que a Embraer mais tem hoje com a Boeing são parcerias. E muito boas para ambas as empresas. E que devem aumentar no futuro.
Ademais, fica ainda a pergunta: com tantas parcerias benéficas para ambas empresas, quem realmente ganharia com essa conversa de comprar a Embraer?
Nós com certeza é que não.
Querem investir mais na empresa, compra ações. Querem por mais dinheiro, invistam nos projetos da empresa. Querem sacanear a Airbus, faz propaganda para o KC-390. Querem uma mãozinha junto ao governo americano? Ajudem a vender os ST para a USAF, USN e USMC.
Enfim, tem muitas formas diferentes de ajudar a Embraer e ainda ganhar dinheiro com isso sem ter de comprar a empresa.
Mas há, claro, sempre há aqueles que preferem o caminho "mais fácil" para arrumar um green card ou passaporte estadunidense dos seus sonhos.

abs.

Não gosto de repetir post, assim:

viewtopic.php?f=1&t=2114&p=5507614#p5507614

Eu votei em não mas, o que importa é o que está em jogo. Já foi dito que a Boeing quer TUDO, porém sabem que isso não vai ser permitido. Se o que interessa aos americanos bonzinhos é só os E-jets, que vendam a Embraer com E-jet, projetos, marca e tudo, se liquidarem a empresa é até melhor.
O importante para o Brasil é o setor de defesa E SUAS SUBSIDIÁRIAS, se as instalações e projetos em andamento forem passadas para a Novaer por exemplo (incluindo os jatos executivos) e a Bradar, Harpia entre outras para, por exemplo, a Avibras, com a Boeing dando compensações financeiras na fase de transição, o Brasil sairia ganhando.
Isso seria a chance de inclusive almentar a nacionalização dos aviões, seja com motores brasileiros da Polaris, avionica da Avibras e AEL etc... Tudo é uma questão de como as negociações vão se desenrolar. Eu já passei por todas as fases do luto e já estou na aceitação. O Brasil não precisa de uma Embraer, precisa de uma empresa capaz de tornar todo o conhecimento técnico em algo concreto.

Zelhos escreveu:á passei por todas as fases do luto e já estou na aceitação. O Brasil não precisa de uma Embraer, precisa de uma empresa capaz de tornar todo o conhecimento técnico em algo concreto.

E como a Embraer faria isso, sem o bandeirante, o Brasilia, os E-145, os E-Jet em todos os campos que ela atua na defesa e aviação executiva...

A aviação regional sempre foi o carro chefe da empresa, desde o começo. Portanto não há lógica nenhuma em vender a parte que mais gera lucros e dividendos tecnológicos e comerciais da empresa para ficar apenas com setores que representam apenas 1/5 das suas finanças.

Para não falar que é na aviação comercial que está o celeiro de cérebros pensantes da engenharia da Embraer.

Queres mesmo entregar tudo isso de bandeja para os americanos?

ps: o que ainda existe de empresas que lidam com o ramo aeroespacial e aeronáutico no Brasil deve sua existência a ex-funcionários da Embraer. Sem ela, tal como a conhecemos hoje, a vamos voltar a ser menos do que éramos em fins dos anos 60's quando ela começou.

abs

Parcialmente de acordo.

qual foi a parte que tu não gostou?

abs