François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?
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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?
Eles nem a nós nos pagaram (a nós, aos Gregos, etc).
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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?
Segundo o próprio Eurostat, os Alemães nem sequer são os mais produtivos da Europa. São os Belgas e até os Espanhóis tem indice de produtividade superior os germânicos.
As estatisticas também mostram que os portugueses têm uma produtividade que é cerca de 72% dos alemães para um custo de trabalho de apenas 30% no sector industrial em particular e 40% na Economia.
Como alguns aqui sabem, trabalhei na Alemanha.
Do que observei são metódicos de fazer um robô parecer laxista, têm a capacidade de resolver imprevistos de um calhau, são tão especializados numa função que se lhe trocam a marca da ferramenta de trabalho já não sabem operar com ela, etc, etc.
Não são rápidos a trabalhar, tudo está é descrito e rotinado de modo que não há "tempos mortos".
Poucos ou nenhuns sabem falar segunda língua (o que me complicou bastante a vida, pois alemão......)
Pegam cedo como tudo (nos países nórdicos também) para sair a meio da tarde.
As chefias não querem saber de onde vens, se és preto, azul, encarnado com bolinhas amarelas ou o raio que parta. Limitam a olhar para gráficos e relatórios de desempenho e promovem ou despedem consoante. Impessoais até dizer basta, mas sabem recompensar bem (€€€) quem cumpre o seu dever.
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Como alguns aqui sabem, trabalhei na Alemanha.
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Não são rápidos a trabalhar, tudo está é descrito e rotinado de modo que não há "tempos mortos".
Poucos ou nenhuns sabem falar segunda língua (o que me complicou bastante a vida, pois alemão......)
Pegam cedo como tudo (nos países nórdicos também) para sair a meio da tarde.
As chefias não querem saber de onde vens, se és preto, azul, encarnado com bolinhas amarelas ou o raio que parta. Limitam a olhar para gráficos e relatórios de desempenho e promovem ou despedem consoante. Impessoais até dizer basta, mas sabem recompensar bem (€€€) quem cumpre o seu dever.
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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?
Esta é bem verdade. Entram em pânico pura e simplesmenteDo que observei são metódicos de fazer um robô parecer laxista, têm a capacidade de resolver imprevistos de um calhau, são tão especializados numa função que se lhe trocam a marca da ferramenta de trabalho já não sabem operar com ela, etc, etc.
e nós com o nosso "desenrrascanço"....
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- cabeça de martelo
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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?
Eu nunca trabalhei com alemães, mas já tive uma francesa que faz exactamente o mesmo que eu a visitar o meu local de trabalho. Ela adorou o espaço, adorou a vila, adorou a comida, o clima, etc. Só quando ela percebeu como era estruturado o trabalho é que ela ficou aparvalhada, segundo ela deviamos ter mais uns 3/4 funcionários e uma distribuição completamente diferente... segundo o modelo a qual ela está habituada. É que aqui todos fazem tudo, incluindo carregar com material (quando é preciso), limpar o local de trabalho (quando é preciso), fazer trabalho técnico (o qual nós somos), fazer trabalho de técnicos superiores (o qual nós não somos), etc. Tudo por menos de 700€! Quando ela soube dessa...aí é que ia-lhe dando uma coisinha.
Acho que ela ficou com a impressão de que nós somos uma espécie de mistura entre os africanos e os chineses...
Também já cá tive brasileiros (que adoraram tudo e até disseram-nos que estava tudo excelente), espanhóis (que ficaram aparvalhados como nós conseguimos fazer tanto com tão pouco), americanos (que ficaram aparvalhados com tudo, mas sobre esses dava outro texto).
Acho que ela ficou com a impressão de que nós somos uma espécie de mistura entre os africanos e os chineses...
Também já cá tive brasileiros (que adoraram tudo e até disseram-nos que estava tudo excelente), espanhóis (que ficaram aparvalhados como nós conseguimos fazer tanto com tão pouco), americanos (que ficaram aparvalhados com tudo, mas sobre esses dava outro texto).
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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?
Volto ao tema com uma observação minha, pessoal. Penso que o senhor François Hollande está sendo uma decepção e não a Nova Esperança da Europa como esperava-se que fosse. Vejo ele como uma figura insossa, sem carisma, sem liderança. Não consegue cantar de galo nem em casa. A impressão que passa é que em casa ele apanha da atual mulher, como deveria apanhar da antiga. Sinto que a França vai mal com o François.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
- Clermont
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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?
O mau momento do presidente Hollande e da França.delmar escreveu:Vou dizer algo que vai custar-me algumas pedradas, chineladas e tomates apodrecidos. Penso que este tal de Hollande é a pessoa errada, no lugar errado e no tempo errado. Chegou até aqui por exclusão, ou seja, já que não tem mais ninguém vai tu mesmo. Não tem carisma e nem cara de um líder capaz de comandar uma virada na atual situação. Diria que ele é mais um sorvete de chuchu. Sinceramente, espero estar enganado, escrevendo asneiras e barbaridades como estas, recebendo com merecimento tijoladas de todos lados, mas não consigo acreditar no Hollande. O tempo é que dirá se realmente sou apenas um preconceituoso profeta do caos ou , alvíssaras, minha intuição estava certa.
O Globo - Editorial - 11.01.13.
Eleito em maio com uma agenda de reforma econômica antiausteridade, o presidente da França, François Hollande, continua deslizando, e o único fato notável que conseguiu, no mau sentido, foi ver seu índice de popularidade cair abaixo do que exibia o candidato derrotado, Nicolas Sarkozy.
O mais exótico foi o circo em torno da decisão do ator Gérard Depardieu de abandonar o país e obter cidadania russa, diante da intenção do governo socialista de taxar em 75% a renda de quem ganha acima de € 1 milhão anuais — a iniciativa depende de decisão judicial.
Algo muito embaraçoso para Hollande, no momento em que tenta convencer parceiros europeus e a comunidade internacional de que está comprometido com reformas para tornar mais ágil e competitiva a esclerosada economia francesa.
Ambiguidade, aliás, tem sido a tônica de Hollande. De um lado, elevou drasticamente a carga tributária sobre renda, riqueza e ganhos de capital. De outro, insiste estar construindo um “novo modelo francês”.
Ou, como disse o premier Jean-Marc Ayrault, “a França precisa se tornar mais aberta ao risco, à inovação social e econômica e à criação de empresas tanto quanto à criação artística”. Os atos não são compatíveis com as palavras.
O ministro da Indústria, Arnaud Montebourg, personifica essa ambiguidade. Em novembro, quando a indiana ArcelorMittal, uma das maiores produtoras de aço do mundo, anunciou que fecharia duas siderúrgicas na França, em razão da queda da demanda provocada pela crise, o ministro ameaçou nacionalizar as usinas — difícil imaginar algo mais eficaz para afugentar empresários e investidores.
Ao mesmo tempo, Montebourg é o encarregado do programa de estímulo à aquisição de produtos franceses, o “Say Oui to France” (“Diga sim à França”).
Até agora, Hollande não esteve à altura do desafio que ele mesmo se fez, de reanimar a economia francesa sem causar muitos problemas para os eleitores de esquerda (sindicatos, etc.). Por uma razão: é impossível.
Mas é bom ele definir logo a quem vai descontentar, além de ricaços como Depardieu. Pois os gastos públicos estão em 56% do PIB (a pior relação na zona do euro) e a dívida passou de 22% do PIB em 1981 para nada menos de 90% em 2012, impulsionada pela crise, é verdade. O desemprego entre a população jovem alcança 25%.
Hollande precisa mostrar que governa não apenas falando sobre reformas, mas pondo-as em prática. A Europa já emite sinais de vida; Espanha e Itália, que atravessaram momentos críticos, estão aumentando a competitividade com reformas que Paris reluta em fazer.
A França perde terreno e fica mais exposta, enfraquecendo a parceria com a Alemanha, que, de fato, comanda a UE.
Ambos, Hollande e a França, correm o risco de se tornar cada vez menos importantes. Frustrante para quem se apresentou como a alternativa ao modelo germânico de Angela Merkel. Este continua sem substituto viável.
- Bourne
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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?
E, novamente, a Alemanha derrota, invade e conquista os corações franceses. Acho que é interessante trocar o curso de francês por alemão. Preciso saber o que a europa pensa e tem muito alemão que não gosta de escrever em inglês.
Editado pela última vez por Bourne em Sex Jan 11, 2013 6:41 pm, em um total de 1 vez.
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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?
Podiam anexar a França logo, alias, já deviam ter feito isso em 1870.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
- Bourne
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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?
Não pense pequeno. Eles anexaram a Europa inteira e ainda criaram uma justificativa interna do por que devem ser os líderes.
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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?
É um giro e tanto passar do francês para o alemão.Bourne escreveu:E, novamente, a Alemanha derrota, invade e conquista os corações franceses. Acho que é interessante trocar o curso de francês por alemão. Preciso saber o que a europa pensa e tem muito alemão que não gosta de escrever em inglês.
Dom Pedro II, quando da visita ao campo de Batalha, Guerra do Paraguai.
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
- Clermont
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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?
O cidadão não conserta a economia da França e ainda gasta o dinheiro do contribuinte com aventuras militares no exterior. Aliás, não era isso que Sarkozy, o monstro de direita, adorava fazer? Combater terroristas islâmicos?
Aviação francesa ataca rebeldes islâmicos no Mali.
O Globo - 12.01.13.
As Forças Armadas da França realizaram nesta sexta-feira um ataque aéreo no Mali, na África Ocidental, em apoio à tentativa do governo local de conter o avanço de grupos rebeldes islâmicos. A aliança extremista já domina o Norte do país - uma vasta zona desértica - e agora avança para o Sul, onde concentram-se 90% da população e fica a capital, Bamako.
As potências ocidentais temem que a união de organizações radicais ligadas à al-Qaeda use o deserto malinês como plataforma de lançamento para ataques internacionais.
- A França levou suas forças hoje (ontem) para unidades do Exército de Mali que lutam contra terroristas - anunciou o presidente francês, François Hollande. - A operação militar vai durar o tempo que for necessário.
Hollande ressaltou que, segundo as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a investida francesa obedece às leis internacionais.
Soldados de Bamako organizaram uma contraofensiva esta semana para retomar o controle de Kona. A cidade fica na região de Mopti, no centro do Mali, e divide a área controladas pelo governo daquela sob o domínio dos rebeldes.
Foi em outra cidade de Mopti, Sevare, que soldados ocidentais aterrissaram na noite de quinta-feira. Além do aeroporto, Sevare conta com uma base militar, e a possibilidade de que ela fosse o próximo alvo dos extremistas causou pânico entre os habitantes locais.
Porta-voz do Ansar al-Dine, um dos grupos radicais mais atuantes no Mali, Sanda Ould Mama negou que a aliança rebelde tenha perdido o controle de Kona. Segundo ele, a entrada militar da França no Mali deixa evidente o viés anti-islâmico da operação. Ainda de acordo com Sanda, os rebeldes “deixarão claro nos próximos dias” que não desistiram da conquista de Sevare.
- Estamos em frente a uma gritante e ameaçadora agressão, que põe em risco a própria existência do Mali. A França não pode aceitar isso - afirmou Hollande, em seu discurso de Ano Novo para diplomatas. - Estaremos prontos para interromper esta ofensiva terrorista se ela se mantiver.
O ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, exortou os franceses radicados no Mali a deixarem o país. O governo local decretou estado de emergência. Oito civis franceses, capturados numa série de sequestros, estão nas mãos de grupos islâmicos no Saara.
- Devido à séria deterioração da segurança no Mali, a ameaça de ataques ou sequestros cresceu - anunciou. - É recomendável que as pessoas evitem uma exposição desnecessária a esses riscos.
O Conselho de Segurança da ONU determinou, em dezembro, a criação de um grupo, comandado por países africanos e com apoio de Estados europeus, para lidar com a situação malinesa.
- A França acredita que ela e a Europa enfrentam uma verdadeira ameaça à sua segurança com o que está acontecendo em Mali - analisou Jakkie Cillies, diretor-executivo do Instituto para Estudos de Segurança da África do Sul.
Mais de 20 anos de eleições pacíficas deram ao Mali a reputação de baluarte da democracia numa região da África conhecida pelas turbulências. O país teve seu renome posto à prova em março de 2012, ao sofrer um golpe militar.
Aviação francesa ataca rebeldes islâmicos no Mali.
O Globo - 12.01.13.
As Forças Armadas da França realizaram nesta sexta-feira um ataque aéreo no Mali, na África Ocidental, em apoio à tentativa do governo local de conter o avanço de grupos rebeldes islâmicos. A aliança extremista já domina o Norte do país - uma vasta zona desértica - e agora avança para o Sul, onde concentram-se 90% da população e fica a capital, Bamako.
As potências ocidentais temem que a união de organizações radicais ligadas à al-Qaeda use o deserto malinês como plataforma de lançamento para ataques internacionais.
- A França levou suas forças hoje (ontem) para unidades do Exército de Mali que lutam contra terroristas - anunciou o presidente francês, François Hollande. - A operação militar vai durar o tempo que for necessário.
Hollande ressaltou que, segundo as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a investida francesa obedece às leis internacionais.
Soldados de Bamako organizaram uma contraofensiva esta semana para retomar o controle de Kona. A cidade fica na região de Mopti, no centro do Mali, e divide a área controladas pelo governo daquela sob o domínio dos rebeldes.
Foi em outra cidade de Mopti, Sevare, que soldados ocidentais aterrissaram na noite de quinta-feira. Além do aeroporto, Sevare conta com uma base militar, e a possibilidade de que ela fosse o próximo alvo dos extremistas causou pânico entre os habitantes locais.
Porta-voz do Ansar al-Dine, um dos grupos radicais mais atuantes no Mali, Sanda Ould Mama negou que a aliança rebelde tenha perdido o controle de Kona. Segundo ele, a entrada militar da França no Mali deixa evidente o viés anti-islâmico da operação. Ainda de acordo com Sanda, os rebeldes “deixarão claro nos próximos dias” que não desistiram da conquista de Sevare.
- Estamos em frente a uma gritante e ameaçadora agressão, que põe em risco a própria existência do Mali. A França não pode aceitar isso - afirmou Hollande, em seu discurso de Ano Novo para diplomatas. - Estaremos prontos para interromper esta ofensiva terrorista se ela se mantiver.
O ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, exortou os franceses radicados no Mali a deixarem o país. O governo local decretou estado de emergência. Oito civis franceses, capturados numa série de sequestros, estão nas mãos de grupos islâmicos no Saara.
- Devido à séria deterioração da segurança no Mali, a ameaça de ataques ou sequestros cresceu - anunciou. - É recomendável que as pessoas evitem uma exposição desnecessária a esses riscos.
O Conselho de Segurança da ONU determinou, em dezembro, a criação de um grupo, comandado por países africanos e com apoio de Estados europeus, para lidar com a situação malinesa.
- A França acredita que ela e a Europa enfrentam uma verdadeira ameaça à sua segurança com o que está acontecendo em Mali - analisou Jakkie Cillies, diretor-executivo do Instituto para Estudos de Segurança da África do Sul.
Mais de 20 anos de eleições pacíficas deram ao Mali a reputação de baluarte da democracia numa região da África conhecida pelas turbulências. O país teve seu renome posto à prova em março de 2012, ao sofrer um golpe militar.
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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?
um autêntico flop...(mais um!!!!)
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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?
França lança intervenção militar para ajudar Mali contra radicais islâmicos
O Exército da França começou nesta sexta-feira uma operação aérea para ajudar os soldados do Mali a combater radicais islâmicos, levando o ex-poder colonial para uma intervenção militar para expulsar militantes vinculados à rede terrorista Al-Qaeda nove meses depois de eles tomarem o controle do norte do país.
A intervenção francesa aumenta dramaticamente o que está em jogo em um conflito travado em uma região deserta sem lei onde sequestros e brutalidade floresceram. Também acontece enquanto os islâmicos se aproximam cada vez mais da cidade mais ao norte ainda sob controle do governo e depois de eles terem entrado em choque com o Exército do Mali pela primeira vez em meses.
O presidente da França, François Hollande, disse nesta sexta que a operação duraria "o quanto necessário", afirmando ter o objetivo de proteger os 6 mil cidadãos franceses no Mali. Sequestradores atualmente estão em poder de sete reféns franceses no país. "Forças do Exército francês deram apoio nesta tarde a unidades do Mali para combater elementos terroristas", disse.
O chanceler Laurent Fabius disse: "Sobre a questão se houve uma intervenção aérea, a resposta é sim." Ele afirmou que não comentaria sobre tropas em campo, com o argumento de que isso "daria dicas aos terroristas". Segundo ele, a França discutiu a medida no início desta sexta com os EUA.
O anúncio da França foi feito depois de residentes no centro do Mali terem informado que viram militares ocidentais chegando à área e que aviões aterrissaram em um aeroporto durante a noite. O coronel Abdrahmane Baby, um conselheiro de operações militares para o Ministério de Relações Exteriores, também confirmou na capital Bamako que soldados franceses chegaram ao país. Ele não deu detalhes sobre quantos ou sobre sua função específica.
A França liderou os esforços diplomáticos por uma ação internacional no norte do Mali, mas esforços para montar uma força liderada pela África, ou para treinar o fraco Exército do país, não obtiveram avanços.
No fim do ano passado, 15 nações na África Ocidental, incluindo o Mali, concordaram em uma proposta para que uma força militar retomasse o norte e buscaram apoio da ONU. O Conselho de Segurança autorizou a intervenção , mas mas reivindicou que primeiramente haja progresso na reconciliação política, nas eleições e no treinamento de soldados e policiais africanos.
Uma resolução adotada de forma unânime pelo órgão mais poderoso das Nações Unidas argumentou que é necessário existir um plano com duas abordagens, política e militar, para reunificar o país, que está em tumulto desde um golpe de Estado em março , que criou um vácuo de segurança.
Isso permitiu que os tuaregues seculares, que por muito tempo se sentiam marginalizados pelo governo do país, transformassem metade do norte em sua terra natal . Mas, meses depois, os rebeldes foram expulsos por grupos islâmicos alinhados à Al-Qaeda, que agora impuseram a rígida lei da sharia (código islâmico) no norte.
Enquanto o Conselho de Segurança da ONU passou meses negociando qual ação tomar, o Ansar Dine (Defensores da Fé), grupo islâmico por trás de execuções públicas e amputações no norte do Mali, expandiu seu alcance. Os militantes, cujo território inclui Timbuktu , apedrejaram até a morte um casal acusado de adultério , cortaram as mãos de ladrões e recrutaram crianças com idades de 12 anos. Homens fortemente armados também atacaram bares que vendem álcool e proibiram homens e mulheres de socializarem nas ruas.
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/20 ... micos.html
O Exército da França começou nesta sexta-feira uma operação aérea para ajudar os soldados do Mali a combater radicais islâmicos, levando o ex-poder colonial para uma intervenção militar para expulsar militantes vinculados à rede terrorista Al-Qaeda nove meses depois de eles tomarem o controle do norte do país.
A intervenção francesa aumenta dramaticamente o que está em jogo em um conflito travado em uma região deserta sem lei onde sequestros e brutalidade floresceram. Também acontece enquanto os islâmicos se aproximam cada vez mais da cidade mais ao norte ainda sob controle do governo e depois de eles terem entrado em choque com o Exército do Mali pela primeira vez em meses.
O presidente da França, François Hollande, disse nesta sexta que a operação duraria "o quanto necessário", afirmando ter o objetivo de proteger os 6 mil cidadãos franceses no Mali. Sequestradores atualmente estão em poder de sete reféns franceses no país. "Forças do Exército francês deram apoio nesta tarde a unidades do Mali para combater elementos terroristas", disse.
O chanceler Laurent Fabius disse: "Sobre a questão se houve uma intervenção aérea, a resposta é sim." Ele afirmou que não comentaria sobre tropas em campo, com o argumento de que isso "daria dicas aos terroristas". Segundo ele, a França discutiu a medida no início desta sexta com os EUA.
O anúncio da França foi feito depois de residentes no centro do Mali terem informado que viram militares ocidentais chegando à área e que aviões aterrissaram em um aeroporto durante a noite. O coronel Abdrahmane Baby, um conselheiro de operações militares para o Ministério de Relações Exteriores, também confirmou na capital Bamako que soldados franceses chegaram ao país. Ele não deu detalhes sobre quantos ou sobre sua função específica.
A França liderou os esforços diplomáticos por uma ação internacional no norte do Mali, mas esforços para montar uma força liderada pela África, ou para treinar o fraco Exército do país, não obtiveram avanços.
No fim do ano passado, 15 nações na África Ocidental, incluindo o Mali, concordaram em uma proposta para que uma força militar retomasse o norte e buscaram apoio da ONU. O Conselho de Segurança autorizou a intervenção , mas mas reivindicou que primeiramente haja progresso na reconciliação política, nas eleições e no treinamento de soldados e policiais africanos.
Uma resolução adotada de forma unânime pelo órgão mais poderoso das Nações Unidas argumentou que é necessário existir um plano com duas abordagens, política e militar, para reunificar o país, que está em tumulto desde um golpe de Estado em março , que criou um vácuo de segurança.
Isso permitiu que os tuaregues seculares, que por muito tempo se sentiam marginalizados pelo governo do país, transformassem metade do norte em sua terra natal . Mas, meses depois, os rebeldes foram expulsos por grupos islâmicos alinhados à Al-Qaeda, que agora impuseram a rígida lei da sharia (código islâmico) no norte.
Enquanto o Conselho de Segurança da ONU passou meses negociando qual ação tomar, o Ansar Dine (Defensores da Fé), grupo islâmico por trás de execuções públicas e amputações no norte do Mali, expandiu seu alcance. Os militantes, cujo território inclui Timbuktu , apedrejaram até a morte um casal acusado de adultério , cortaram as mãos de ladrões e recrutaram crianças com idades de 12 anos. Homens fortemente armados também atacaram bares que vendem álcool e proibiram homens e mulheres de socializarem nas ruas.
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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?
Operação na Somália termina com morte de refém francês e soldados
O Ministério da Defesa da França anunciou neste sábado (12) que o militar francês Denis Allex, que desde 2009 estava em poder de sequestradores na Somália, dois soldados do país e 17 "supostos terroristas" morreram durante operação realizada na noite de sexta-feira, que tinha o objetivo de libertar prisioneiro.
Segundo um comunicado do Ministério, um pelotão militar enfrentou "uma forte resistência" durante a operação. O Ministério informou que os sequestradores mataram o refém e que dois soldados morreram na tentativa de libertá-lo. O governo francês deu sinal verde à operação "devido à intransigência dos terroristas, que durante três anos e meio rejeitaram qualquer negociação, e que retinham Allex em condições desumanas".
Allex foi sequestrado em 14 de julho de 2009 e desde então tinha aparecido em duas mensagens de vídeo divulgadas por sites islamitas, nas quais pedia às autoridades francesas que deixassem de apoiar o governo somali.
Na nota, o Ministério lembra que o militar francês foi sequestrado em Mogadíscio enquanto efetuava "uma missão oficial de apoio" ao governo somali de transição. A operação aconteceu em Bula Marir, cidade que fica a 120 quilômetros ao sul da capital.
As famílias das vítimas já foram informadas, acrescenta o comunicado do governo, no qual o governo manifesta seu pesar e elogia "a coragem e o destacável trabalho" dos militares.
Sequestradores afirmam que refém está vivo
Pouco depois da ação militar, o grupo islamista divulgou nota à agência de notícias "France Presse", enviada a Nairóbi, no Quênia, informando que, mesmo após a operação, o refém francês seguia vivo, mas "que seria julgado dentro de dois dias".
Os sequestradores informaram ainda que detinham em seu poder "um soldado francês ferido" e que o governo francês havia levado "vários" companheiros mortos ou feridos nos combates.
O grupo ameaçou o governo francês, que poderá sofrer "amargas consequências" devido à operação desta sexta-feira. "No final das contas, serão os cidadãos franceses que sofrerão inevitavelmente as amargas consequências da atitude inconsequente de seu governo". A Somália vive em um estado de caos e guerra civil desde a queda do presidente Siad Barre, em 1991.
*Com informações da EFE e da France Presse
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/ ... dados.html
O Ministério da Defesa da França anunciou neste sábado (12) que o militar francês Denis Allex, que desde 2009 estava em poder de sequestradores na Somália, dois soldados do país e 17 "supostos terroristas" morreram durante operação realizada na noite de sexta-feira, que tinha o objetivo de libertar prisioneiro.
Segundo um comunicado do Ministério, um pelotão militar enfrentou "uma forte resistência" durante a operação. O Ministério informou que os sequestradores mataram o refém e que dois soldados morreram na tentativa de libertá-lo. O governo francês deu sinal verde à operação "devido à intransigência dos terroristas, que durante três anos e meio rejeitaram qualquer negociação, e que retinham Allex em condições desumanas".
Allex foi sequestrado em 14 de julho de 2009 e desde então tinha aparecido em duas mensagens de vídeo divulgadas por sites islamitas, nas quais pedia às autoridades francesas que deixassem de apoiar o governo somali.
Na nota, o Ministério lembra que o militar francês foi sequestrado em Mogadíscio enquanto efetuava "uma missão oficial de apoio" ao governo somali de transição. A operação aconteceu em Bula Marir, cidade que fica a 120 quilômetros ao sul da capital.
As famílias das vítimas já foram informadas, acrescenta o comunicado do governo, no qual o governo manifesta seu pesar e elogia "a coragem e o destacável trabalho" dos militares.
Sequestradores afirmam que refém está vivo
Pouco depois da ação militar, o grupo islamista divulgou nota à agência de notícias "France Presse", enviada a Nairóbi, no Quênia, informando que, mesmo após a operação, o refém francês seguia vivo, mas "que seria julgado dentro de dois dias".
Os sequestradores informaram ainda que detinham em seu poder "um soldado francês ferido" e que o governo francês havia levado "vários" companheiros mortos ou feridos nos combates.
O grupo ameaçou o governo francês, que poderá sofrer "amargas consequências" devido à operação desta sexta-feira. "No final das contas, serão os cidadãos franceses que sofrerão inevitavelmente as amargas consequências da atitude inconsequente de seu governo". A Somália vive em um estado de caos e guerra civil desde a queda do presidente Siad Barre, em 1991.
*Com informações da EFE e da France Presse
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/ ... dados.html
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Re: François Hollande: Uma Nova Esperança para a Europa?
[Atualizado] Ataque aeromóvel francês em Mali
by PFF on 12 de janeiro de 2013 · 0 comments
Hoje o site Koaci.com (que foi citado em vários outros artigos como sendo uma fonte de credibilidade naquela região) noticiou que helicópteros franceses atacaram posições dos rebeldes islâmicos.
O ataque aeromóvel, realizado por duas aeronaves, teria ocorrido na noite de quinta-feira para apoiar um contra-ataque para restabelecimento de posições perdidas pelo Exército maliano naquela mesma tarde.
Embora o helicóptero que ilustre o artigo do Koaci.com seja um Tiger, o modelo das aeronaves empregadas no ataque não é citado no artigo. Eu acredito que as aeronaves na verdade sejam Gazelles. Essa situação já havia sido citada no twitter pela revista Combat Aircraft e Jean-Marc Liotier levanta vários indícios disso em seu blog.
A crise em Mali está se agravando e, com certeza, teremos informações mais consistentes nos próximos dias.
Foto: Helicópteros Gazelle-Viviane do Exército francês, armados com mísseis HOT. Yves Fauconnier
O Frag 01: Um helicóptero pode ter sido abatido
O New York Times diz que um dos helicópteros pode ter sido abatido durante o combate. O governo francês já afirmou que está apoiando os malianos, mas nada ainda foi dito oficialmente quanto a aeronave abatida.
O Frag 02, às 10h13: Jornais e blogs franceses estão publicando que não um, mas dois Gazelles franceses foram destruídos na operação. Ao menos um piloto foi morto. Acho que já é um consenso que as aeronaves empregadas foram Gazelles. Resta a dúvida sobre o resultado dos combates.
Segundo esses mesmos sites, as aeronaves empregadas são do 4º RHFS, a unidade de aviação de operações especiais do Exército francês. Quando escrevi sobre essa unidade há três anos, não sabia se eles já estavam empregando ou não os Tigers. Pelo jeito, ainda não estão (ou ao menos a transição não está completa).
http://vootatico.com.br/ataque-frances-mali/
by PFF on 12 de janeiro de 2013 · 0 comments
Hoje o site Koaci.com (que foi citado em vários outros artigos como sendo uma fonte de credibilidade naquela região) noticiou que helicópteros franceses atacaram posições dos rebeldes islâmicos.
O ataque aeromóvel, realizado por duas aeronaves, teria ocorrido na noite de quinta-feira para apoiar um contra-ataque para restabelecimento de posições perdidas pelo Exército maliano naquela mesma tarde.
Embora o helicóptero que ilustre o artigo do Koaci.com seja um Tiger, o modelo das aeronaves empregadas no ataque não é citado no artigo. Eu acredito que as aeronaves na verdade sejam Gazelles. Essa situação já havia sido citada no twitter pela revista Combat Aircraft e Jean-Marc Liotier levanta vários indícios disso em seu blog.
A crise em Mali está se agravando e, com certeza, teremos informações mais consistentes nos próximos dias.
Foto: Helicópteros Gazelle-Viviane do Exército francês, armados com mísseis HOT. Yves Fauconnier
O Frag 01: Um helicóptero pode ter sido abatido
O New York Times diz que um dos helicópteros pode ter sido abatido durante o combate. O governo francês já afirmou que está apoiando os malianos, mas nada ainda foi dito oficialmente quanto a aeronave abatida.
O Frag 02, às 10h13: Jornais e blogs franceses estão publicando que não um, mas dois Gazelles franceses foram destruídos na operação. Ao menos um piloto foi morto. Acho que já é um consenso que as aeronaves empregadas foram Gazelles. Resta a dúvida sobre o resultado dos combates.
Segundo esses mesmos sites, as aeronaves empregadas são do 4º RHFS, a unidade de aviação de operações especiais do Exército francês. Quando escrevi sobre essa unidade há três anos, não sabia se eles já estavam empregando ou não os Tigers. Pelo jeito, ainda não estão (ou ao menos a transição não está completa).
http://vootatico.com.br/ataque-frances-mali/