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China acusa Filipinas de violação de soberania em zona de disputa
21 de julho de 2011

O governo chinês expressou seu "forte protesto" e acusou as Filipinas de violarem sua soberania territorial, depois que legisladores filipinos hastearam uma bandeira de seu país em uma ilhota do Mar do Sul da China, onde Pequim e países do sul da Ásia mantêm disputas territoriais.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Ma Zhaoxu, citado pela agência oficial Xinhua, assinalou que a China "tem uma soberania indiscutível sobre as ilhas do Mar do Sul da China e as águas que as cercam", e exigiu que Manila respeite o consenso internacional sobre o conflito na zona.

Pequim respondeu assim à iniciativa de cinco congressistas filipinos que na quarta-feira hastearam a bandeira de seu país na ilhota de Pagasa (que os chineses chamam de Zhongye), uma das centenas do arquipélago das Ilhas Spratly, cuja soberania é reivindicada por várias nações.

As novas tensões entre Pequim e Manila acontecem nos dias em que a China e as nações do sudeste asiático reunidas na Asean realizam uma cúpula de ministros das Relações Exteriores em Bali (Indonésia) na qual o conflito do Mar do Sul da China se transformou no principal ponto na agenda.

Na jornada de quarta-feira, China e Asean acordaram medidas para tentar diminuir a tensão, e continuarão a tratar do tema nesta quinta, nas reuniões multilaterais de seus chanceleres.

China, Vietnã, Filipinas, Taiwan, Malásia e Brunei reivindicam total ou parcialmente os arquipélagos das Ilhas Spratly e Paracel, no disputado mar, onde se acredita que esteja a terceira maior reserva de petróleo do mundo.

Why A War Between China And Vietnam Is Inevitable


Read more: http://www.businessinsider.com/sino-vie ... z1SkPUeXpH

Esta vai ser a primeira grande demonstração do que a China quer.
Mas os chineses não controlam completamente a situação.

Em primeiro lugar, é preciso ver a dimensão dos países que se encontram nesse mar.

Malásia: 28 milhões
Vietname: 90 milhões
Filipinas: 102 milhões
Dois deles são países de uma dimensão considerável.

Atrás destes países, encontra-se a Indonésia com os seus 240 milhões, que também não está interessada em ver os chineses demasiado próximos.

A China não quer (não pode querer) conflitos com estes países, porque precisa de fácil acesso ao Índico e ao continente onde se vai jogar o próximo grande conflito: A África.
É interessante acompanhar com quem é que estes países vão fazer exercicios militares navais.
A India, já começou a ser convidada e já participou de exercícios com os EUA e o Japão nas águas do Pacífico.

A China não pode aparecer como potência agressora aos olhos da sua própria opinião pública. Por muito controlo que o PC chinês tenha, alguma coisa acaba sempre por sair.

Históricamente, o Vietname é uma barreira que a China nunca conseguiu ultrapassar.

Historicamente o Vietnã é uma barreira que ninguém nunca ultrapassou.

Quer dizer que o regime comunista do Vietname confia nos imperialistas americanos para os proteger dos comunistas chineses e salvaguardar os seus recursos naturais.

Desde o dominio da dinastia Han no século IX, que ainda assim se viu condicionado na sua capacidade de progressão.

Os problemas do Vietname existem desde essa altura.
Durante 200 anos lutaram contra os Cham.
Depois, no século XIII lutaram durante 100 anos e derrotaram os mongóis.
Depois tiveram mais 300 de guerra de guerra com a China da dinastia Ming.
Depois quase 100 anos de ocupação francesa.
Depois 16 anos de dominio americano no sul.

A China é o problema mais complicado do Vietname

tflash escreveu:Quer dizer que o regime comunista do Vietname confia nos imperialistas americanos para os proteger dos comunistas chineses e salvaguardar os seus recursos naturais.

Por absurdo que pareça, se o Vietname quiser resistir mais uma vez, vai ter que ter apoio de alguém.
A opção mais lógica seriam os americanos, ainda que de forma indirecta.
O grande inimigo histórico do Vietname é o Império do Meio. Comparado com o periodo em que estiveram em guerra com os chineses, a guerra contra os americanos não passou de um punhado de areia comparado com uma praia.

Eles já estão a falar em exercicios militares e talvez cooperação nessa área.

Acho que devemos rever nossos conceitos. Da Guerra do Vietnã, mundialmente falando, só sobraram bons filmes e clássicos voadores (UH-1H).
Sem recentimentos...

É fato que os chineses sempre foram os maires inimigos dos povos da Indochina. Não há nada de anormal os vietnamitas se apoiarem nos americanos para salvaguardar seus interesses diretos. Eles são uma cultura diferente dos povos Han não querem ser dominados por eles.

Nem lembro onde foi que eu fiz esta mesma pergunta, mas vou repetir:

Quem está do lado da China (tirando a CN) neste balaio de gatos?


Ou então a estratégia chinesa é jogar todo mundo no colo dos EUA?



abraços]

Exercício militar entre EUA e Vietnã é osso, heim. Ô mundo maluco.

Bolovo escreveu:Exercício militar entre EUA e Vietnã é osso, heim. Ô mundo maluco.

Só faltam os observadores russos chineses e franceses!



Um abraço e t+

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Submarino tripulado chinês consegue descer a 5 mil metros
26 de julho de 2011

Um submarino chinês conseguiu pela primeira vez descer com tripulantes a bordo a mais de 5 mil m de profundidade, dentro do programa da China para explorar os recursos do fundo dos oceanos, informou a Agência de Assuntos Marítimos (SOA).

O "Jiaolong", nome inspirado num dragão da mitologia local, alcançou os 5.057 m com três tripulantes e se manteve a esta profundidade durante meia hora. A imersão durou um total de seis horas, informou a SOA em seu site.

A operação foi realizada sob as águas do nordeste do Oceano Pacífico, segundo a agência Nova China, que indica que a esta profundidade o submarino chinês é capaz de alcançar 70% dos fundos oceânicos do planeta.

Depois da volta do "Jiaolong" à superfície, a televisão estatal difundiu imagens da tripulação carregando uma bandeira chinesa.

Na quinta-feira passada o mesmo submarino havia alcançado os 4.027 metros de profundidade.

Nas últimas décadas, a China recuperou frente aos países desenvolvidos uma parte de atraso no campo da exploração marinha, polar e espacial, convertendo-se em 2003 no terceiro país do mundo a enviar um homem ao espaço.

No âmbito das profundezas marinhas, a China é o quinto país a superar a barreira dos 3.500 metros em missões com tripulação, afirmou a imprensa local.

O recorde de descida pertence a um submergível americano que, em 1960, chegou ao final da fossa das Marianas, a 11 mil m abaixo da superfície do mar das Filipinas.

O "Jiaolong", desenhado para superar os 7 mil m de profundidade, está destinado à pesquisa científica e à exploração das riquezas naturais dos fundos marinhos.

Os cientistas acham que estes fundos marinhos contém reservas potenciais de valiosos minerais, apesar de a profundidade em que se encontram tornar difícil extraí-los em grandes quantidades.

Para Jian Zhimin, diretor de um laboratório de geologia marinha da Universidade Tongji de Xangai, não vai demorar muito para a China desenvolver a mineração nestas profundidades.

A parte meridional do Mar da China, que Pequim reivindica total ou parcialmente, possui importantes reservas de petróleo e gás.

Também há quem expresse preocupação pelos possíveis usos militares dos avanços tecnológicos destas pesquisas por Pequim.

A descida a 5.000 metros de profundidade do submarino chinês aconteceu depois que os meios de comunicação japoneses afirmaram este ano que Tóquio planejava intensificar sua busca de minerais submarinos.

Dessa forma, pesquisadores japoneses afirmaram ter localizado no fundo do Pacífico amplas reservas de terras raras, substâncias utilizadas para eletrônica de alta tecnologia.

Quem está do lado da China (tirando a CN) neste balaio de gatos?

Quando um país se torna demasiado poderoso ele torna-se inevitavelmente foco de atenção e de preocupação especialmente para os vizinhos.

A China vende a todos a sua imagem de potência benigna que não afronta ninguém.
Os chineses pretendem assim distanciar-se das politicas ocidentais de intervenção.

Mas a realidade é que no passado, quando o império chinês também dependia das exportações de louças e tecidos luxuosos para manter a economia, a China também enviava embaixadas aos outros países para negociar.

Na altura, como hoje, os chineses também faziam a mesma coisa. Utilizavam preceitos do confucionismo e como hoje afirmavam:
«Nós não queremos guerra com vocês.
Apenas queremos que vocês comprem as nossas louças e os nossos tecidos»
Mas junto com os navios mercantes do Império, seguia silenciosa, mas à vista de toda a gente, a esquadra de juncos de guerra.
A China oferecia Paz e Comércio lucrativo para todos. Mas não dava a ninguém opção para recusar.

Podemos perguntar-nos uma coisa:
Se no século XIV a China já tinha esse poder, porque o perdeu ?

A resposta é sempre a mesma:
Por causa das divisões internas e da instabilidade politica dentro das fronteiras do império.
Esse é o grande temor da China.
A China sabe o que se passou há séculos várias vezes. E a China sabe que o ocidente também sabe o que se passou.

É por isso que a guerra mais terrível pela sobrevivência do império está provavelmente a ocorrer neste preciso momento, sem que nós entendamos o que se passa e enquanto nós contamos tanques e submarinos.

Eu sou um grande defensor, pelos indícios que vejo, de vários interesses dentro da China que competem entre si. Tem a china "comercial" que se quer aproximar do ocidente e a China imperialista que se quer impor (militares por exemplo). Até agora tem mantido o equilíbrio e transmitido ao imagem de união mas há uns pormenores que não batem certo.