Brasil assumirá o comando naval da missão da ONU no Líbano

[Andre Correa]

E você pretende mandar uma Embarcação de Patrulha do Brasil até o Líbano pra fazer o que???



A situação na costa libanesa, que é semelhante em extensão ao Estado do Espírito Santo, não demanda navios de porte maior, pois o problema principal daquela área é o trafico de armas/suprimentos para o Hesbollah e a prevenção de ataques pela linha da costa à Israel.

Avisos de patrulha e NaPa's da classe Grajaú seriam mais do que suficiente para o trabalho, junto a equipes de fuz nav. embarcadas e/ou fazendo o trabalho de patrulha/segurança da costa em embarcaçãoes rápidas, pneumáticas ou não.

Mas quem enfim decide como e se tudo isso vai ser, é o poder politico nacional, que não por acaso deve ter faltado a essa aula de história e RI...

abs

[luis F. Silva]

FÁBIO escreveu:

marino o senhor acha que com 14 navios escolta que a MB tem para agarantir nosso soberania ainda haverá navios para mandar para essa missão, se assim for o Brasil ficará mais vulneravel do que está

O Brasil não está em guerra com ninguém. Portanto enviar uma corveta para o Líbano, não altera em nada o dispositivo naval brasileiro. E quando mandam um submarino para os States?

[guilhermecn]

Acredito que não haja mal algum em mandar um embarcação(quem tem dinheiro para participar de treinamentos com outros países, têm para mandar 1 ou 2 embarcações para uma missão de paz). Talvez a Barroso fosse uma boa pedida.

[ciclope]

Seria ate um teste real de validação da embarcação!
Atrairiamos mais interessados em compra-los. E assim que o chamado mundo desenvolvido faz.
Manda o que tem de masi novo para atrair compradores e reduzir os próprios custos de manutenção de capacidade de construção.
Só uma OBS: Essa oportunidade do Brasil fazer presançã lá pode ser uma faca de dois gumes.
O pessoal de brasilia que não tá afim de gastar muito com defesa pode aproveitar a oportunidade e diser quê: Para o pais fazer esse tipo de operação não é necessário ter PA.
Basta se muito os escoltas e navios de desembarque.
È ai como é que fica?

[Marino]

O trabalho da FN da ONU no Líbano é fazer o registro dos mercantes que entram e saem do país e sua carga.
É como uma Capitania dos Portos aqui no Brasil.
Precisa mandar o São Paulo e todos os escoltas?

[gaitero]

O trabalho da FN da ONU no Líbano é fazer o registro dos mercantes que entram e saem do país e sua carga.
É como uma Capitania dos Portos aqui no Brasil.
Precisa mandar o São Paulo e todos os escoltas?

Qual navio pode carregar a maior bandeira do Brasil??

[Lord Nauta]

Prezados Senhores

Considerando a missão da Força Naval da ONU no litoral do Libano seria suficiente para a MB o envio de NaPaOc. Entretanto não temos no momento este tipo de meio, sendo uma alternativa o emprego de corvetas. Neste caso seria possível pensar em deslocar para aquele TOM a Barroso e uma corveta da classe Inhaúma. Estes navios dotados de helicópteros Esquilo contribuiriam para o efetivo controle do trafego marítimo naquela região em coordenação com navios de outros países. Penso que duas corvetas da MB na região e perfeitamente possível considerando a relação custo-beneficio.

Sds

Lord Nauta

[Andre Correa]

Lord Nauta, Marino ou gaitero, a Barroso e uma Fragata Niterói não seria válido também? Ou nenhuma das actuais aguenta uma viagem dessa sem altos custos de manutenção?

Dá até vergonha em saber que temos dificuldade pra isso, qdo a USN por exemplo, vive por aí a passear com seus Ticonderogas ou Burkes... é dura a realidade brasileira...

[lobo_guara]

marino o senhor acha que com 14 navios escolta que a MB tem para agarantir nosso soberania ainda haverá navios para mandar para essa missão, se assim for o Brasil ficará
mais vulneravel do que está

Mas vulnerável ao que? Pelo que saiba não estamos em guerra, e nossas escoltas somente saem do porto para operações de treinamento, pois não devem ser usadas rotineiramente para patrulhar o mar territorial em função de economia. Realmente não vejo tanto problema assim, pois fosse o caso e jamais poderíamos participar em treinamentos com a OTAN, US Navy, etc., a propósito, ainda neste fim de semana foi noticiada a passagem da CV Barroso pelo porto de Rio Grande no seu retorno do Chile, e a pouco tempo atrás foi amplamente noticiado a comissão realizada por esse mesmo navio pela costa africana, portanto... nada de mais uma das nossas escoltas passar um período de 6 -12 meses no mediterrâneo operando com unidades da OTAN. Não é para isso que existe a Esquadra. Com a palavra os especialistas.

[Marino]

As Niteroi foram para a Escócia, em Faslane, e operaram com a OTAN, inclusive afundando um PA da coalizão "contrária", esqueceu?
As Inhaúma já foram para Angola, Moçambique, África do Sul, França, Chile, Argentina, Uruguai, Venezuela, que eu me lembre.
Qualquer das classes pode cumprir a tarefa.
Mas já postei o que a FN da ONU faz no Líbano. A decisão de enviar meios é política, não da MB.
O que cabe à MB é ter o meio disponível e aguardar a decisão ordenando, ou não, a ida.

[gaitero]

Lord Nauta, Marino ou gaitero, a Corveta Barroso e uma Fragata Niterói não seria válido também? Ou nenhuma das actuais aguenta uma viagem dessa sem altos custos de manutenção?

Dá até vergonha em saber que temos dificuldade pra isso, qdo a USN por exemplo, vive por aí a passear com seus Ticonderogas ou Burkes... é dura a realidade brasileira...

Pô, eu não sei que custos seriam estes... Navio é feito pra navegar, aqui no Brasil ou lá no Libano..

Talvez fosse caro se a Logística fosse feita pelo Brasil, não sei como é feita, por isto não posso opinar..

Com relação a Barroso, ela já rodou o mundo todo neste ano... Creio que seria bom mandar uma Fragata.

Creio que se a F-45 já estiver em condições, esta seria a mais indicada, por estar saindo do PMG.

[lobo_guara]

Passo a transcrever abaixo o que já deixei registrado no topico sobre o Libano:

A MB com certeza, pelo profissionalismo de seu pessoal, tem cacife pra dar conta do recado.

Mas materialmente falando, estamos nos metendo em uma barca furada...

Sorte não será suficiente para obtermos êxito nessa missão.

Melhor seria que não nos metessemos nesse mato sem cachorro.

Estive em agosto em Israel, de ferias, e transitei pela cisjordania. Ninguém sabe onde começa um e termina o outro pela "bagunça" causada pelos assentamentos judeus e pelas cercas, arames farpados e muros erguidos pelos israelenses.

Aparentemente está tudo bem, mas apesar de você não ver conflitos como os na tv, reina uma inquietação perene no ar que deixa qualquer um nervoso.

Essa coisa de mandar o EB/MB para o Libano, por questões meramente politicas, cheira mais uma vez a indiferença e prepotência do MRE e de seu caudilho das intenções politicamente corretas, Celso Amorim, em relação ao MD e às FA's. Afinal não serão os diplomatas dele que estarão colocando o deles na reta, na zona de conflito, pra levar chumbo dos dois lados.

Alguém deveria questionar o NJ sobre qual é, e que tipo de autoridade possui o MD em relação ao envio de tropas ao exterior. Porque se é para todo mundo ou qualquer um no governo achar que mandar os milicos fazer o serviço de outrem só pra agradar A, B OU C e isso vai nos trazer uma moral ou uns trocados a mais, ou um assento em um conselho da ONU que não manda nada nem em ninguém, então estamos todos ferrados.

Ou culpados pelos sacos pretos que virão...

O Celso Amorim tem algo de sério e bom a dizer sobre isso às familias e amigos dos militares que morrerão por lá?

Abs

Meu caro FCarvalho,

Vou aqui arriscar-me a defender o pessoal do Itamaraty. Penso que cometes uma injustiça quando afirmas que não são os diplomatas que estarão colocando o deles na reta. Haja vista que são bastante comuns notícias na mída em geral a respeito de situações de risco passada por nossos diplomatas em missão fora do Brasil, e para quem conhece alguém que faz parte do nosso corpo diplomático sabe que situações de risco fazem parte da rotina do serviço deles. Claro que isso depende do país em que estão sediados. Uma coisa é ser diplomata brasileiro em Londres, NY, Paris, Genebra (para poucos), outra coisa é ser diplomata brasileiro em Luanda, Assunção, Abuja ou Cartum. Lembre-se que em Honduras quem ficou na linha de frente eram diplomatas brasileiros, também quando do resgate dos brasileiros do Libano, lembro que um grupo de diplomatas brasileiros arriscou-se no vale do Bekaa em um comboio de ônibus contratados para realizar o transporte de brasileiros, lembro de um desses diplomatas comentando que para evitar o bombardeio israelenses nossos diplomatas colocavam Bandeiras Brasileiras sobre os ônibus., também a algum tempo atrás (uns 15 ou 20 anos) o nosso Embaixador em Lima ficou trancafiado junto com os convidados da Embaixada Japonesa sob a mira de narcoguerrilheiros peruanos, portanto o corpo diplomático se expõem a riscos, e esses riscos aumentam em função da maior relevância do Brasil no cenário internacional.

[tflash]

Então e os custos? fica exponencialmente mais caro sustentar uma fragata ali. Isso é tarefa para os italianos ou gregos que estão a um ou dois dias das bases. O Brasil ia gastar uma quantidade de dinheiro enorme só para ter um navio parado por um periodo de tempo enorme. As peças de reposição tinham que ser levadas de avião até à Turquia e os mantimentos teriam que ser enviados do Brasil ou comprados localmente. Depois ainda tem o problema da interoperabilidade entre forças que eu mencionei atrás que teria que ser resolvido.

Isto tudo para controlar uns botes de borracha ou umas traineiras de pesca a contrabandearem armas. Faz muito mais falta os fuzileiros no terreno a garantirem a segurança da operação no terreno e o seu abastecimento é muito mais fácil e barato.

[Centurião]

Passo a transcrever abaixo o que já deixei registrado no topico sobre o Libano:

A MB com certeza, pelo profissionalismo de seu pessoal, tem cacife pra dar conta do recado.

Mas materialmente falando, estamos nos metendo em uma barca furada...

Sorte não será suficiente para obtermos êxito nessa missão.

Melhor seria que não nos metessemos nesse mato sem cachorro.

Estive em agosto em Israel, de ferias, e transitei pela cisjordania. Ninguém sabe onde começa um e termina o outro pela "bagunça" causada pelos assentamentos judeus e pelas cercas, arames farpados e muros erguidos pelos israelenses.

Aparentemente está tudo bem, mas apesar de você não ver conflitos como os na tv, reina uma inquietação perene no ar que deixa qualquer um nervoso.

Essa coisa de mandar o EB/MB para o Libano, por questões meramente politicas, cheira mais uma vez a indiferença e prepotência do MRE e de seu caudilho das intenções politicamente corretas, Celso Amorim, em relação ao MD e às FA's. Afinal não serão os diplomatas dele que estarão colocando o deles na reta, na zona de conflito, pra levar chumbo dos dois lados.

Alguém deveria questionar o NJ sobre qual é, e que tipo de autoridade possui o MD em relação ao envio de tropas ao exterior. Porque se é para todo mundo ou qualquer um no governo achar que mandar os milicos fazer o serviço de outrem só pra agradar A, B OU C e isso vai nos trazer uma moral ou uns trocados a mais, ou um assento em um conselho da ONU que não manda nada nem em ninguém, então estamos todos ferrados.

Ou culpados pelos sacos pretos que virão...

O Celso Amorim tem algo de sério e bom a dizer sobre isso às familias e amigos dos militares que morrerão por lá?

Abs

Meu caro FCarvalho,

Vou aqui arriscar-me a defender o pessoal do Itamaraty. Penso que cometes uma injustiça quando afirmas que não são os diplomatas que estarão colocando o deles na reta. Haja vista que são bastante comuns notícias na mída em geral a respeito de situações de risco passada por nossos diplomatas em missão fora do Brasil, e para quem conhece alguém que faz parte do nosso corpo diplomático sabe que situações de risco fazem parte da rotina do serviço deles. Claro que isso depende do país em que estão sediados. Uma coisa é ser diplomata brasileiro em Londres, NY, Paris, Genebra (para poucos), outra coisa é ser diplomata brasileiro em Luanda, Assunção, Abuja ou Cartum. Lembre-se que em Honduras quem ficou na linha de frente eram diplomatas brasileiros, também quando do resgate dos brasileiros do Libano, lembro que um grupo de diplomatas brasileiros arriscou-se no vale do Bekaa em um comboio de ônibus contratados para realizar o transporte de brasileiros, lembro de um desses diplomatas comentando que para evitar o bombardeio israelenses nossos diplomatas colocavam Bandeiras Brasileiras sobre os ônibus., também a algum tempo atrás (uns 15 ou 20 anos) o nosso Embaixador em Lima ficou trancafiado junto com os convidados da Embaixada Japonesa sob a mira de narcoguerrilheiros peruanos, portanto o corpo diplomático se expõem a riscos, e esses riscos aumentam em função da maior relevância do Brasil no cenário internacional.

Exato! Você relembrou e expressou com clareza os apuros pelos quais os nossos passaram.

[lobo_guara]

Uma fragata para quê? Mostrar bandeira? Ali a ameaça não vem do mar, uns patrulhas e sub para inteligência fazem bem o trabalho necessário.

E você pretende mandar uma Embarcação de Patrulha do Brasil até o Líbano pra fazer o que???

Ali tem que ser no mínimo uma fragata, e o ideal eram 2 Fragatas, uma de cada tipo, 1 NDCC e 1 Sub para se fazer presença como Comando Naval. Era o mínimo que se esperaria de um País grande como Brasil, que aspira ser um importante Player no cenário Internacional, e não apenas um espectador, e assim projectar poder, pois essa é a principal intenção do MRE e MD. Imaginem se chegarmos lá com todo esse material, o respeito que não ganharíamos no mundo todo? Nem que fosse ao menos um Woww...

Ou assume como deve ser, ou pede pra sair, como dizia o Capitão Nascimento...

Não existe isso de querer assumir o comando de algo e mandar uns quantos soldados para lá e meia dúzia de Altas Patentes... isso é motivo para ser piada por mais algumas décadas. Como vão nos respeitar se nós mesmos não nos respeitamos, e por nós eu digo esse governo que vangloria-se tanto, e não é capaz de nada.

Ou só temos uma Marinha para exercícios e demonstrações?

Cadeira permanente no CS da ONU... hahaha conta agora a do português...

Meu caro, mas nem os países da OTAN mandaram uma Força Tarefa completa como essa que tu estas propondo, acho que a Itália tinha um návio, a Alemanha uma Fragata, a Grécia mais uma e por aí vai. No máximo o Brasil teria que enviar um Navio-Tanque até a metade do caminho para reabastecer a escolta e extrapolando um Návio de transporte como o Garcia Dávila ou Matoso Maia para transportar os FN, embora pense que seria mais econômico, rápido e confortável, enviá-los por via aérea.