Fórum Defesa Brasil

Guerra escreveu:

prp escreveu:No ano passado tive conversas com o pessoal daqui da fronteira, com um amigo exmilitar que serviu no dito PF. O que se conta por aqui é que naquela operação não foi encontrado nenhum guerrilheiro, houve muitas mortes, mas nenhum guerrilheiro foi encontrado. A maioria das mortes eram de garimpeiros e moradores da região. Quando eu vi esse dialogo cheguei assustar como os fatos bateram.

.

Eu trabalhei com um coronel que participou das operações. Na epoca ela servia o B FEsp, ele disse que pegaram guerrilheiro sim, assim como quem dava guarita para os guerrilheiros, dai a historia de "só pegou garimpeiro". Ele disse que a ação dos guerrilheiros foi resposta a operações do B FEsp na area. Servi tb com um coronel que foi piloto nas operações. Assisti mais de 6 horas de video que ele gravou. Eu tinha os videos no PC que ele gravou em VHS e na epoca passou para DVD, mas perdi tudo. E como ele já tinha ido pra reserva nunca mais consegui os videos de volta.

Não sei!!!
A resposta dada pelo EB foi a altura e não se discute, mas...
Quando estive trabalhando por aquelas bandas pelo SIVAM, diziam que o ataque foi motivado por algumas "barbaridades" cometidas contra garimpeiros colombianos pelo Ten que comandava a guarnição anterior a que foi atacada.
Os guerrilheiros tomaram as dores dos locais etc e tal.
Pelo menos, ouvi isso de mais de uma pessoa.

Eu já ouvi a versão que o Ten comia a namorada do cmt da guerilha na area. Já ouvi a versão que os brasileiros cobravam pedagio no rio.
Essa versão que ouvi foi de quem participou da missão anterior e na resposta ao ataque da guerrilha. Deve ter algo de verddade.

Versão Marcelo, existia ordens na época para apertar a fronteira e não deixar passar armas para a guerrilha Farcs e ERP (presidente era o Collor)...O exercito estava fazendo um bom trabalho.

As farcs sentiram a diminuição de recursos e reclamaram dos intermediários em todos os locais, estes diziam que nada podiam fazer por que o problema era do lado brasileiro.

Esse foi o escolhido por que esse "grupo" iria voltar para frente de batalha. Afinal essa coluna (acho que essa divisão da farcs para 50 homens) estaria descansando, se reabastecendo em uma região e retornaria logo a ação no centro do país, era um ponto isolado em termos de comunicação.

Versão da esposa de um tenente na época do meu curso de direito, não era da minha classe mas eu estava adiantando matéria.

Se não estou enganado o exercito voltou a "fazer limpezas" na área, acho que até no fim do XX...

marcelo l. escreveu:Versão Marcelo, existia ordens na época para apertar a fronteira e não deixar passar armas para a guerrilha Farcs e ERP (presidente era o Collor)...O exercito estava fazendo um bom trabalho.

As farcs sentiram a diminuição de recursos e reclamaram dos intermediários em todos os locais, estes diziam que nada podiam fazer por que o problema era do lado brasileiro.

Esse foi o escolhido por que esse "grupo" iria voltar para frente de batalha. Afinal essa coluna (acho que essa divisão da farcs para 50 homens) estaria descansando, se reabastecendo em uma região e retornaria logo a ação no centro do país, era um ponto isolado em termos de comunicação.

Versão da esposa de um tenente na época do meu curso de direito, não era da minha classe mas eu estava adiantando matéria.

Se não estou enganado o exercito voltou a "fazer limpezas" na área, acho que até no fim do XX...

Não está enganado..., o EB vive dando umas faxinadas por lá. Mas ultimamente a coisa anda calma.

WalterGaudério escreveu:

marcelo l. escreveu:Versão Marcelo, existia ordens na época para apertar a fronteira e não deixar passar armas para a guerrilha Farcs e ERP (presidente era o Collor)...O exercito estava fazendo um bom trabalho.

As farcs sentiram a diminuição de recursos e reclamaram dos intermediários em todos os locais, estes diziam que nada podiam fazer por que o problema era do lado brasileiro.

Esse foi o escolhido por que esse "grupo" iria voltar para frente de batalha. Afinal essa coluna (acho que essa divisão da farcs para 50 homens) estaria descansando, se reabastecendo em uma região e retornaria logo a ação no centro do país, era um ponto isolado em termos de comunicação.

Versão da esposa de um tenente na época do meu curso de direito, não era da minha classe mas eu estava adiantando matéria.

Se não estou enganado o exercito voltou a "fazer limpezas" na área, acho que até no fim do XX...

Não está enganado..., o EB vive dando umas faxinadas por lá. Mas ultimamente a coisa anda calma.

Na vila militar do Bafururu (Manaus), se falava muito na morte de um tenente em combate na fronteira, no primeiro semestre de 2001.

Eu fico imaginando se o caso fosse repetido hoje, qual seria a nossa resposta?

A de sempre: chumbo quente.

Guerra escreveu:Eu já ouvi a versão que o Ten comia a namorada do cmt da guerilha na area. Já ouvi a versão que os brasileiros cobravam pedagio no rio.
Essa versão que ouvi foi de quem participou da missão anterior e na resposta ao ataque da guerrilha. Deve ter algo de verddade.

Isso mesmo,

Coisas por ai e um pouco pior.
Mas, acho que são coisas de uma época meio romântica, meio sem lei e sem estrutura.
As coisas hoje a meu ver melhoraram muito.
Mais profissionalismo e mais estrutura, e ainda precisa melhorar muito.

Uma duvida,as Farc,entraram em confronto com o exercito brasileiro la na divisa com a Colombia.Hoje em dia (esses últimos anos) as Farc ainda dao umas passadas por la?
e mais uma duvida,ja vi reportagem de um oficial do exercito brasileiro dizendo que membros das farc,entram no Brasil para pegar alimentos,mais eles entram como civis,existe algum acampamento das farc perto ou dentro do Brasil?

bielniteroi escreveu:existe algum acampamento das farc perto ou dentro do Brasil?

Não acredito na existencia de um acampamento das FARC no territorio Brasileiro, pelo menos não tenho informações sobre isso.

Mas você pode ter certeza que não tem, se tive-se o nosso exercito ia tirar eles de la na base da porrada (Ou melhor metralhada).

Osm politicos Brasileiros tem que aprender a levar a segurança nacional mais a sério. Com a forças militares dos EUA ao do lado, eu acredito que o Brasil tenha que fortalecer a prezença militar na região.

Temos que fazer de tudo para evitar que os outros tenham pretexto para intervir dentro do nosso territorio.

E veja que eu não sou anti-americanista, mais eu conheço a historia daquela país e sei que eles são capazes de muita coisa para atingir determinados objetivos.

meu vizinho, e meu sólido aliado de odes a Baco, é um gaudério cel. da reserva do EB 9não declino nome), que serviu praticamente toda sua vida militar na região norte oscilando entre os batalhões de fronteira. Uma das coisas que sempre me chamou atenção nele é o fato dele, sendo gaucho, parecer amar mais aquela região que seu próprio RS. tanto é que até hoje ele incursiona por lá (eu já fui duas vezes companheiro de suas aventuras - a última mandei-o pastar, pois ele queria ir em local que quase me perdi e ainda é corredor do tráfico e talvez das FARC)). Isto, para mim, é um exemplo de amor ao Brasil, como um todo, sem igual.

O caso é que sentar-se com ele e ouvir suas estórias é uma aula de Brasil e de fatos que nem sequer sonhávamos ocorrer em nosso território. Há episódios que adentram entre o assassinato de um cacique (coisas de forças ocultas) que ele investigou e presidiu o IPM, até a vigilância de uma enormidade de "missionários" e de "onguistas" que infestam áquela região do Brasil.
Trocamos nossas figurinhas e até lhe forneci coisa que o espantou - e que tenho a certeza que alguns daqui sabem (sobre o enorme avião da Heinz que caiu carregado de... "pedras". Mas isto é outra estória).
Especificamente sobre o episódio. Ele, que já estava em BSB, foi "convidado" a participar em face de sua experiência na região. Ele me disse o seguinte:
1) O EB fez um esforço hercúleo e só comparado á luta no Araguaia.
2) Demostrou-se o que os militares previam desde os tempso dos governos militares, da extrema e imperiosa necessidade em ocupar mais a região, tanto militarmente tanto com civis e o poder público em geral (onde anda o "Calha Norte" da era "Sir Ney"?).
3) Expôs a grande fragilidade, e falta de estrutura logística, se houvesse a necessidade em ampliar o contingente.
4) Houve uma demosntração de força, quase cinematográfica (mas não "pirotécnica"), onde procurou se passar a resposta que viria de um jeito ou de outro. mas, quem fez o trabalho foram poucos.
5) O trabalho foi feito e se alcançou, TODOS, os objetivos da missão e mais alguns opcionais.
Ele possui um grande acervo de fitas magnéticas (áudio e vídeo), mapas feitos à mão, fotos. O bagual é um museu vivo. Pena que muitas coisas não podem ser dadas a público.

Quanto a região, comparando-se o antes e o depois, ainda há muito por fazer.
Reparem que a preocupação em se "ocupar" a região só agora começa, efetivamente, a se listada como prioridade absoluta. Atentem que talobjetivo está implícito às coordenadas da END. Ou seja, a coisa vem sendo maturada há tempos.
Contudo, não é fácil, tanto do ponto de vista institucional como financeiro, movimentar e assentar grandes efetivos de tropa. Há óbices, como citei, enormes. Há militares, como também civis, que movem céus e terras para não sairem do "sul maravilha". sem dizer, obviamente, dos elevados custos para tal empreitada. Será coisa de anos.

Para se ter uma idéia: eu, quando na ativa, estive em uma missão com mais três colegas (saindo de Tabatinga pelo Solimões em direção ao Purus). Imaginem: 4 federais, 2 fuzis e 2 MPA5, 01 rádio que não pegava nem resfriado e um célular por satélite (que descobrimos no caminho que a bateria havia descarregado pouco depois de sairmos). Havia um GPS (modelo bem ruinzinho, pois a coisa era "nova") que pertencia a um dos dos colegas, mas que não sabia usá-lo. A bússola (do DPF) só era "lida" por mim e um colega (isto porque fizemos CPOR). Resultado, ficamos perto do fim do mundo e dias sem ver viva alma. Quando avistamos gente eram traficantes e trocamos tiros. Levou três dias até um helicóptero da FAB nos regatar, e foi graças a persistência de um sargento que já antevia nossa desgraça. Estávamos escondidos a beira de um igarapé e próximo ao Juruá (erramos o rio), sem comida, pouca munição e "mudos e surdos" para o mundo.
Só isto demonstra a imensidão que é a região. Se imaginam grande e desocupada podem multiplicar. E isto nem é da época do meu vizinho, isto não faz muitos anos.
O que eu vi soma-se aos relatos dele. A região é uma "avenida", por lá passa boi passa boiada e vai levar tempo para por ordem naquilo lá. Mas iremos disciplinar aquela terra sim, tenho certeza. A transferência de unidades de elite para lá (que já anda atrasada) vai fomentar maior ocupação e vigilância, além de apoiar ações do DPF. (O EB, a FAB e a MB, são imprescindíveis ao trabalho do DPF na região).

eu vi uma reportagem de um oficial do exercito brasileiro e ele tava falando que o grande problema da região amazonica é a logistíca e isto é fato,mais eu fico imaginando,o Ministerio da Defesa não criou nenhum plano emergencial para resolver este problema? pois nada adianta ter pelotões de fronteira e ficar isolado na região amazônica.
Jp,eu nao lembro sobre o enorme avião da Heinz que caiu carregado de... será que pode me dizer?

bielniteroi escreveu:eu vi uma reportagem de um oficial do exercito brasileiro e ele tava falando que o grande problema da região amazonica é a logistíca e isto é fato,mais eu fico imaginando,o Ministerio da Defesa não criou nenhum plano emergencial para resolver este problema? pois nada adianta ter pelotões de fronteira e ficar isolado na região amazônica.
Jp,eu nao lembro sobre o enorme avião da Heinz que caiu carregado de... será que pode me dizer?

Digamos que o resultado foi parecido com aquele do aeroporto de Manaus.
Toca o bonde.

Para ilustrar a discussão:

wilsonjsjr escreveu:

Guerra escreveu: Eu trabalhei com um coronel que participou das operações. Na epoca ela servia o B FEsp, ele disse que pegaram guerrilheiro sim, assim como quem dava guarita para os guerrilheiros, dai a historia de "só pegou garimpeiro". Ele disse que a ação dos guerrilheiros foi resposta a operações do B FEsp na area. Servi tb com um coronel que foi piloto nas operações. Assisti mais de 6 horas de video que ele gravou. Eu tinha os videos no PC que ele gravou em VHS e na epoca passou para DVD, mas perdi tudo. E como ele já tinha ido pra reserva nunca mais consegui os videos de volta.

Não sei!!!
A resposta dada pelo EB foi a altura e não se discute, mas...
Quando estive trabalhando por aquelas bandas pelo SIVAM, diziam que o ataque foi motivado por algumas "barbaridades" cometidas contra garimpeiros colombianos pelo Ten que comandava a guarnição anterior a que foi atacada.
Os guerrilheiros tomaram as dores dos locais etc e tal.
Pelo menos, ouvi isso de mais de uma pessoa.

Isso aí muito provavelmente é lenda de difamação espalhada por onguistas e simpatizantes das FARC, pela região.