Ilya Ehrenburg escreveu:
Ninjanki.
Antes de tudo, tenha a decência de fazer como eu e evitar esta mania tosca, de responder com suas argumentações em meio ao texto alheio. Denota apenas obsessão e profundo mau-gosto. Uma doença que deveria ser extinta aqui e em outros espaços.
Agora, lhe digo:
Argumentar com falácias, é um perigo. Partes de suposições e absurdos, tais como “Conselho vermelho". De onde tiraste isso? Além disto, onde há a palavra censura?
Não sei, melhor, acredito, que parte antes da aversão política contra a pessoa, do que de uma análise sobre o que acontece. Pois bem, apesar de ter-me situado sempre no campo oposto ao do finado Sr. Roberto Campos, nunca o chamei de "pulha" e coisa que o valha. Agora, com o sistema financeiro mundial arruinado pelas próprias ações, salvo pela intervenção dos Estados Nacionais, poderia muito bem estar a tripudiar sobre o cadáver deste pensador equivocado. Mas, observe... Não o faço! Sou superior às pequenezas.
O que o Sr. M. A. G. disse, sabe-se há muito, é um processo dirigido, com o claro objetivo de impor conceitos e afeições, em prol do império. Reclamou ele, de que não há em nosso país, produção cultural e vontade, para opor-se contra tal "invasão de lixo cultural". Alguém irá discordar?
Poucos sabem, mas nas vésperas do Golpe Militar de 1964, vivia-se nesta nação um momento de efervescência cultural. A criatividade era intensa e pontificava em várias capitais e grandes cidades do Brasil. E o que houve depois: uma morte programada da nossa cultura, pelas iluminadas mentes fardadas. Portanto, não venha dizer que haja proposição de censura, por parte do Sr. M. A. G, porque o sentido é inverso: que haja produções nacionais com qualidade e quantidade.
Em outras palavras: algo mais que novelas ridículas e "funk carioca" (Axé incluso).
Ilya,
Respondí no "texto alheio" porque não estava com tempo de fazer uma dissertação. Escrever um texto inteiro e lógico demanda algum planejamento e correções posteriores, e eu não queria faze-lo naquele momento. Ainda assim a sua crítica à forma não é justa. Se não gostou, azar...
Não são falácias, basta ver oque passou no PNDH para saber qual a idéia que o Sr. MAG tem para resolver o problema. Ou o MAG não assina embaixo do PNDH, assim como fez seu chefe, o Lula?
Quanto ao sistema financeiro arruinado, o evento em questão é normal, resultado de excesso de ganância e um pouco de irresponsabilidade coletiva. Mesmo que os estados nacionais nada fizessem, o sistema iria se regenerar. A capacidade produtiva e criativa não sumiu, nem a habilidade de gerenciar empreendimentos. A ocorrência de bolhas e fraudes são comuns nas atividades humanas, e sempre que estouram, aperfeiçoam o sistema. Claro que há um custo humano, de tempo, dinheiro e até vidas, mas esse custo é menor que o custo dos sistemas alternativos. De fato, as ações dos "Estados Nacionais" para lidar com a crise foram essenciais para reduzir seu impacto e acelerar a recuperação. Mas você esqueceu de dizer que regras e ações desses mesmos estados, antes da crise, foram fatores que aumentaram o tamanho do problema.
Saindo da discussão capitalismo/socialismo, até porque não é esse o problema a que me refiro, e pelo qual abomino o MAG, temos um indivíduo que age ideológicamente na área que deveria ser a mais pragmática de um estado, a das relações exteriores. E que sempre que pode, faz um discursinho pobre contra o Imperialismo americano, o Capitalismo desumano ou a necessidade de se combater a dominação cultural. Oque o Sr. MAG defende não é a nação brasileira, mas sim a ideologia socialista cubana. A dominação cultural americana o incomoda, não porque substitui a nossa rica cultura, agora sendo esmagada por estrangeirismos(francamente, um conceito meio bobo perante as mudanças que a globalização devem trazer ao longo do tempo. Bem ou mal, uma rede internacional de dados, livre, como a internet, vai conectar e influenciar culturas de uma forma inimaginavel, e provavelmente incontrolável), mas porque afasta cada vez mais o imaginario popular do mundo mitológico que ele desejaria existir na mente de milhões de pobres servis, como é em Cuba, na Coréia do Norte e, se o Chaves conseguir, será na Venezuela.
Praticamente tudo que já lí do MAG se reveste de um verniz socialista, de uma política e propaganda em linha com as idéias e conceitos para o estabelecimento de um estado totalitario de esquerda. Ele não dá ponto sem nó, e como eu sei disso, também não lhe dou o benefício da dúvida. Leio oque ele escreve com o preconceito doque ele pretende. É errado? Teóricamente sim, mas desconfio que no caso do MAG, o erro teórico acaba se mostrando um acerto prático...
E para completar, produção cultural e efervecência cultural sempre oscilaram durante o tempo. Mesmo em estados socialistas, muito pode se dizer sobre a pressão que exerceram contra a pluralidade e liberdade cultural. De fato, oque um governo pode fazer, ou mesmo a sociedade, é investir na produção de produtos de qualidade. Mas esses só farão isso se houver valor percebido, porque o mesmo dinheiro pode ser usado na saúde, na educação ou na segurança pública, pilares da manutenção da ordem na sociedade. Se oque falta é valor percebido, o problema é outro, e não a pressão estrangeira para nos entubar seus enlatados "imperialistas".
Allan
Allan