Fórum Defesa Brasil

BrasilPotência escreveu:

helio escreveu:Amigos
Eu sempre admirei a Argentina, a industria daquele pais por muitos anos esteve presente no desenvolvimento de equipamento militar.
Nos ultimos anos tem sofrido sérias restrições orçamentárias, o governo Kirchner (tanto Nestor como Christina) não se interessam pelas forças armadas, desprezando praticamente todos os investimentos necessários.
É impressionante a penuria que as FA enfrentam, mesmo assim mantem um minimo de disponibilidade dos seus meios.
O serviço militar naquele país não é mais obrigatório, o numero de interessados tem diminuido, pois não é mais uma carreira promissora. Visitei um regimento de cavalaria há alguns anos, onde havia um esquadrão completo inoperante, não por falta de verbas, mas por falta de pessoal!

Hélio

Hélio, eu estava vendo no fórum deles, e essa disponibilidade Mínima que você citou, é quase 0. Navios não navegam por falta de peças ( Paradas na alfândega ), quase 80% por cento dos aviões não voam, e o Exército nem preciso comentar, já que a cada dia que passa se recolhem mais e mais fuzis nas favelas Brasileiras.

A situação deles nunca foi tão ruim, eles fazem verdadeiros milagres com seus equipamentos, se existe um culpado disto é o governo federal.
Quando resolverem reinvestir, o estrago é tão grande que vai demorar anos para recuperar o status quo que tinham há dez anos atrás.
Entretanto não posso somente criticá-los pois nós também enfrentamos alguns problemas pontuais de disponibilidade.

Hélio

helio escreveu:A situação deles nunca foi tão ruim, eles fazem verdadeiros milagres com seus equipamentos, se existe um culpado disto é o governo federal.
Quando resolverem reinvestir, o estrago é tão grande que vai demorar anos para recuperar o status quo que tinham há dez anos atrás.
Entretanto não posso somente criticá-los pois nós também enfrentamos alguns problemas pontuais de disponibilidade.
Hélio

"...pois nós também enfrentamos alguns problemas pontuais de disponibilidade."

Hélio, o que consideras exatamente como sendo "problemas pontuais", que nós temos?

abs.

FCarvalho

Vou citar apenas um exemplo de cada força pois ficaria off-topic:

-Há quase 10 anos a MB dos 23 adquiridos, opera apenas 2 A-4(Um de caça e outro de treinamento). Teve alguns momentos que chegou a operar 5, mas por pouquissimo tempo. Nenhum piloto atual deste esquadrão, efetuou operações noturnas em um PA, aliás jamais pousou ou decolou num PA brasileiro (nem mesmo à luz do dia).

-Os RCB estão literalmente sem CC. Nem todos dos poucos Leo 1BE que poderão ser recuperados terão condição de tiro.

-Após muitos anos de atraso, finalmente a FAB opera 4 P3-A, entretanto não possuem armamento, os previstos Hapoon sequer foram adquiridos.

Hélio

Grato pela resposta Hélio.
Mas acho que nossos problemas pontuais, já deixaram de sê-lo há tempos, em todas as ffaa's. O quadro agora é de metástase generalizada.

abs.

FCarvalho escreveu:Grato pela resposta Hélio.
Mas acho que nossos problemas pontuais, já deixaram de sê-lo há tempos, em todas as ffaa's. O quadro agora é de metástase generalizada.

abs.

Eu não diria isto, existem algumas modernizações realmente em curso dignos de nota:
Como exemplo, apesar do EB ter problemas com os Leo 1 BE dos RCB, o nível de operacionalização dos Leo 1A5 é a melhor em toda historia da cavalaria. Além dos Guaranis, tivemos a oportunidade de verificar a modernização dos M113 in loco, e o nível tecnológico lá empregado, também foi uma grata surpresa.Sairá no próximo numero da T&D uma matéria de nossa autoria (eu,o Bacchi e o Paulo) com 7 páginas sobre o tema.

Um abraço

Hélio

Olá Hélio, concordo consigo quanto as modernizações, mas dentro de um quadro que julgo totalmente caótico sobre a real condição de operacionalidade de nossas ffaa's, estas modernizações soam mais como a aplicação de um band and em uma fratura exposta. Assim, convenhamos, nossa situação, apesar de "menos pior" da dos hermanos, não chega a ser motivo de louvor. Ou ainda será que o EB ainda anda pensando em ftravar as suas guerras com apenas "ilhas de modernidade". Aliás, acho que concordamos todos que andorinha só não faz verão.

Na espera pela próxima T&D.

abs.

FCarvalho escreveu:Olá Hélio, concordo consigo quanto as modernizações, mas dentro de um quadro que julgo totalmente caótico sobre a real condição de operacionalidade de nossas ffaa's, estas modernizações soam mais como a aplicação de um band and em uma fratura exposta. Assim, convenhamos, nossa situação, apesar de "menos pior" da dos hermanos, não chega a ser motivo de louvor. Ou ainda será que o EB ainda anda pensando em ftravar as suas guerras com apenas "ilhas de modernidade". Aliás, acho que concordamos todos que andorinha só não faz verão.

Na espera pela próxima T&D.

abs.

FCarvalho, hoje o EB esta fazendo um trabalho primoroso, aliás nunca vi algo desse nivel desde após a Segunda Guerra Mundial, com um nível de profissionalismo que realmente impressiona. O nivel de operacionalidade do EB hoje só encontra equivalentes nos Exércitos do Chile e da Colombia (detalhe, esses paises não desenvolvem nada, só compram), todo o restante do continente esta anos luz de nós, incluindo aí a Venezuela que esta com um lindo exército para desfiles


Abraços,
Paulo

Paulo Bastos escreveu:

FCarvalho escreveu:Olá Hélio, concordo consigo quanto as modernizações, mas dentro de um quadro que julgo totalmente caótico sobre a real condição de operacionalidade de nossas ffaa's, estas modernizações soam mais como a aplicação de um band and em uma fratura exposta. Assim, convenhamos, nossa situação, apesar de "menos pior" da dos hermanos, não chega a ser motivo de louvor. Ou ainda será que o EB ainda anda pensando em ftravar as suas guerras com apenas "ilhas de modernidade". Aliás, acho que concordamos todos que andorinha só não faz verão.

Na espera pela próxima T&D.

abs.

FCarvalho, hoje o EB esta fazendo um trabalho primoroso, aliás nunca vi algo desse nivel desde após a Segunda Guerra Mundial, com um nível de profissionalismo que realmente impressiona. O nivel de operacionalidade do EB hoje só encontra equivalentes nos Exércitos do Chile e da Colombia (detalhe, esses paises não desenvolvem nada, só compram), todo o restante do continente esta anos luz de nós, incluindo aí a Venezuela que esta com um lindo exército para desfiles


Abraços,
Paulo

????????????????????????? cade Jisuis???????????????????????

Pq não explicam melhor essa parte? Concordo, não é 100%, mas estamos tão bem assim?

joao fernando escreveu:

Paulo Bastos escreveu: FCarvalho, hoje o EB esta fazendo um trabalho primoroso, aliás nunca vi algo desse nivel desde após a Segunda Guerra Mundial, com um nível de profissionalismo que realmente impressiona. O nivel de operacionalidade do EB hoje só encontra equivalentes nos Exércitos do Chile e da Colombia (detalhe, esses paises não desenvolvem nada, só compram), todo o restante do continente esta anos luz de nós, incluindo aí a Venezuela que esta com um lindo exército para desfiles


Abraços,
Paulo

????????????????????????? cade Jisuis???????????????????????

Pq não explicam melhor essa parte? Concordo, não é 100%, mas estamos tão bem assim?

Como assim João???

O EB esta reformulando praticamente todas as suas armas e esta com um nivel de operacionalidade que nunca teve.

Sobre os projetos podemos citar:
_ O projeto Leopard esta concertando uma série de erros da nossa cavalaria Blindada;
_ O Projeto M113-BR esta colocando novamente em operação esses velhos blindados e, ao contrario do programa M113-B, melhorando sua performance;
_ Estamos criando um conceito de defesa AAe que sempre foi equivocado dentro da força. Gostando ou não, eles estão se mexendo, e buscando algo compatível dentro de sua realidade;
_ A Artilharia esta ganhando em quantidade e qualidade com os M109 e Astros 2020. Falta substituir os tubos rebocados, eu sei, mas já existem estudos sérios para isso;
_ Com o Programa Guarani o EB é um dos poucos do mundo que projeta um carro para as suas necessidades;
_ Finalmente esta saindo o substituto do FAL;
E por aí vai...

Em suma, o EB esta em um amplo plano de modernização e sei que falta muita coisa, mas pelo menos estamos pensando em operacionalidade, ou seja, operar bem e manter, e não apenas em belos desfiles, como é o caso da Venezuela.

E nas demais formas (MB e FAB) vê-se um movimento na mesma direção.


Abraços,
Paulo Bastos

FCarvalho escreveu:Olá Hélio, concordo consigo quanto as modernizações, mas dentro de um quadro que julgo totalmente caótico sobre a real condição de operacionalidade de nossas ffaa's, estas modernizações soam mais como a aplicação de um band and em uma fratura exposta. Assim, convenhamos, nossa situação, apesar de "menos pior" da dos hermanos, não chega a ser motivo de louvor. Ou ainda será que o EB ainda anda pensando em ftravar as suas guerras com apenas "ilhas de modernidade". Aliás, acho que concordamos todos que andorinha só não faz verão.
Na espera pela próxima T&D.
abs.

Carvalho, os argentinos fizeram varios programas de modernização em seus blindados.

Bacchi

Muito bom ouvir isso Paulo/Helio

Espero poder comprar a nova T&D quando estiver de férias no Brasil

[]s
CB_Lima

Paulo Bastos escreveu:

FCarvalho escreveu:Olá Hélio, concordo consigo quanto as modernizações, mas dentro de um quadro que julgo totalmente caótico sobre a real condição de operacionalidade de nossas ffaa's,... estas modernizações soam mais como a aplicação de um band and em uma fratura

FCarvalho, hoje o EB esta fazendo um trabalho primoroso, aliás nunca vi algo desse nivel desde após a Segunda Guerra Mundial, com um nível de profissionalismo que realmente impressiona. O nivel de operacionalidade do EB hoje só encontra equivalentes nos Exércitos do Chile e da Colombia (detalhe, esses paises não desenvolvem nada, só compram), todo o restante do continente esta anos luz de nós, incluindo aí a Venezuela que esta com um lindo exército para desfiles
Abraços,
Paulo

Paulo Bastos escreveu:Em suma, o EB esta em um amplo plano de modernização e sei que falta muita coisa, mas pelo menos estamos pensando em operacionalidade, ou seja, operar bem e manter, e não apenas em belos desfiles, como é o caso da Venezuela.

Paulo, boa noite. Acho que a questão toda está resumida nesta sua frase aí em cima. Se o EB realmente conseguir caminhar nesta direção, e creio, sua cada vez maior profissionalização e, afastamento diametral da politica interna do país, concentrando-se assim no que lhe é realmente importante, que é ser uma organização e uma instituição operacional de verdade hoje, aqui e agora, e não em vista de um futuro distante que nunca acontece, então estamos/estaremos bem.

Que assim permaneça. E assim seja.

abs.

Reginaldo Bacchi escreveu:

FCarvalho escreveu:Olá Hélio, concordo consigo quanto as modernizações, mas dentro de um quadro que julgo totalmente caótico sobre a real condição de operacionalidade de nossas ffaa's, estas modernizações soam mais como a aplicação de um band and em uma fratura exposta. Assim, convenhamos, nossa situação, apesar de "menos pior" da dos hermanos, não chega a ser motivo de louvor. Ou ainda será que o EB ainda anda pensando em ftravar as suas guerras com apenas "ilhas de modernidade". Aliás, acho que concordamos todos que andorinha só não faz verão.
Na espera pela próxima T&D.
abs.

Carvalho, os argentinos fizeram varios programas de modernização em seus blindados.
Bacchi

Bacchi, desconheço os projetos argentinos de modernização atuais. Do pouco que sei sobre o situação dos mesmos, tenho ciência apenas de que a penúria deles é, há décadas, muito maior que a nossa, e que esta chegou ao nível em que se encontra muito mais em função de uma ação deliberada e intencional de sucessivos governos argentinos, contra seus próprios militares, do que propriamente questões macro-econômicas do país.

Em fim, talvez porque aqui tivemos uma tal de lei da anistia que varreu para debaixo do tapete todos os podres - como é de costume da política e da cultura brasileira - tano de um lado quanto de outro, das pendengas da política interna, que podemos ainda vislumbrar uma luz no final do túnel a despeito da condição de nossas ffaa's em relação as argentinas.

Eles - os militares argentinos, apesar de sua integral profissionalização - e seus projetos, não tem para onde correr hoje. Nós, ainda, temos. Até quando comissões e meias-verdades governamentais permitirem.

abs.

Grato Paulo, fiz a pergunta e nem me lembrava disso...