Star Trek + Ficção Científica

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Re: Star Trek

#31 Mensagem por Paisano » Seg Out 20, 2008 11:15 am

Submarino "Seaview", da série "Viagem ao Fundo do Mar" (Voyage to the Bottom of the Sea). :wink:




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Re: Star Trek

#32 Mensagem por Paisano » Seg Out 20, 2008 11:45 am






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Re: Star Trek

#33 Mensagem por Alcantara » Seg Out 20, 2008 2:01 pm

Momento dificílimo para a raça humana.

Babylon 5 - Battle of the Line Speech




Tá aí uma coisa que não se costuma ver nas outras séries de ficção científica. Em Babylon 5, a raça humana é apenas mais uma, dentre várias de raças. E não está entre as mais fortes, pelo menos no início. Mas como a raça humana é curiosa e, principalmente, engenhosa, dá um salto tecnológico gigantesco com a captura de algumas naves inimigas.

Discursos como este, nós aqui no Brasil nunca vimos. É uma chamada e tanto na galera.




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Re: Star Trek

#34 Mensagem por Sterrius » Seg Out 20, 2008 3:19 pm

Tá aí uma coisa que não se costuma ver nas outras séries de ficção científica. Em Babylon 5, a raça humana é apenas mais uma, dentre várias de raças. E não está entre as mais fortes, pelo menos no início. Mas como a raça humana é curiosa e, principalmente, engenhosa, dá um salto tecnológico gigantesco com a captura de algumas naves inimigas.
È o que traz as pessoas para Babylon 5, Battlestar galactica ou Star trek. A humanidade encontra altos e baixos.

No Star trek os humanos não são +inteligentes etc. Eles são apenas os mais diplomaticos conseguindo ser a unica raça a unir varias outras. Tanto é que a Federação de planetas é formada por umas 100 a 200 especies inteligentes.

Na verdade o Quadrante Alfa (Onde fica os romulanos/klingons/federação) é o quadrante +"jovem".

O Quadrante gamma de onde se originam os Borgs e os Dominions são muito +fortes em praticamente todos os sentidos. A ponto que o quadrante alfa ja teve que fazer alianças muito desgostosas apenas para segura-los.




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Re: Star Trek

#35 Mensagem por Alcantara » Seg Out 20, 2008 4:09 pm

Sterrius escreveu:
Tá aí uma coisa que não se costuma ver nas outras séries de ficção científica. Em Babylon 5, a raça humana é apenas mais uma, dentre várias de raças. E não está entre as mais fortes, pelo menos no início. Mas como a raça humana é curiosa e, principalmente, engenhosa, dá um salto tecnológico gigantesco com a captura de algumas naves inimigas.
È o que traz as pessoas para Babylon 5, Battlestar galactica ou Star trek. A humanidade encontra altos e baixos.

No Star trek os humanos não são +inteligentes etc. Eles são apenas os mais diplomaticos conseguindo ser a unica raça a unir varias outras. Tanto é que a Federação de planetas é formada por umas 100 a 200 especies inteligentes.

Na verdade o Quadrante Alfa (Onde fica os romulanos/klingons/federação) é o quadrante +"jovem".

O Quadrante gamma de onde se originam os Borgs e os Dominions são muito +fortes em praticamente todos os sentidos. A ponto que o quadrante alfa ja teve que fazer alianças muito desgostosas apenas para segura-los.
Sim, concordo. Contra os Dominions, por exemplo, a "vitória" só veio porque no final os Romulanos se juntaram à Federação e Klingons, desequilibrando a balança a favor das raças do quadrante Alpha.




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Re: Star Trek

#36 Mensagem por LeandroGCard » Seg Out 20, 2008 4:46 pm

Alcantara escreveu:
Sterrius escreveu: È o que traz as pessoas para Babylon 5, Battlestar galactica ou Star trek. A humanidade encontra altos e baixos.

No Star trek os humanos não são +inteligentes etc. Eles são apenas os mais diplomaticos conseguindo ser a unica raça a unir varias outras. Tanto é que a Federação de planetas é formada por umas 100 a 200 especies inteligentes.

Na verdade o Quadrante Alfa (Onde fica os romulanos/klingons/federação) é o quadrante +"jovem".

O Quadrante gamma de onde se originam os Borgs e os Dominions são muito +fortes em praticamente todos os sentidos. A ponto que o quadrante alfa ja teve que fazer alianças muito desgostosas apenas para segura-los.
Sim, concordo. Contra os Dominions, por exemplo, a "vitória" só veio porque no final os Romulanos se juntaram à Federação e Klingons, desequilibrando a balança a favor das raças do quadrante Alpha.
Acho que você quis dizer EQUILIBRANDO a disputa, pois se não fosse a revolta cardassiana no final o Dominion teria vencido a guerra assim mesmo, ainda mais depois da adesão dos Breen (é, sou fã mesmo...).

Um grande abraço,

Leandro G. Card




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Re: Star Trek

#37 Mensagem por LeandroGCard » Seg Out 20, 2008 4:56 pm

SGT GUERRA escreveu: Cara, eu leio Perry Rhodan...nada me assusta! :lol:
Nossa, cresci lendo Perry Rhodan. Até minha postura corporal mudou, pois adotei os "ombros orgulhosos" dos terranos, para alegria da minha mãe que vivia brigando comigo pela minha postura encurvada de nerd quando eu era criança.

Então tá bom, segue um conto aí abaixo, só para ver a reação. Espero que a moderação não fique brava com o tamanho do texto.

P.S. - Obrigado pelo texto da Falcon.

RÉQUIEM PARA UMA CIVILIZAÇÃO.


Há vinte anos eles haviam chegado. Estávamos ainda iniciando a exploração de nosso sistema solar, e eles já conquistavam as estrelas. Era a terrível invasão espacial, da qual tanto nos alertaram nossos autores de ficção científica.

De início sequer compreendemos exatamente o que estava acontecendo. Nossos radio-telescópios haviam vasculhado os céus durante anos, em busca de sinais inteligentes oriundos de outras estrelas, e durante anos nossos esforços haviam sido em vão. De repente, porém, todos passaram a receber aquelas mensagens, que saturaram as frequências normais de comunicação, bastante audíveis nas línguas de cada uma das nações onde estavam instalados os rádio-observatórios.

Uma intimação! Exigiam que nos rendêssemos, sem nenhuma explicação sobre como ou porquê. Nenhuma instrução sobre as presumíveis negociações de capitulação, ou sobre a também presumível ocupação. Apenas a ordem de não tentarmos resistir.

É claro que quase ninguém, além dos cientistas, acreditou na veracidade das mensagens recebidas. Dúvidas foram levantadas, idoneidades contestadas e as mútuas desconfianças quase levaram a uma catastrófica guerra nuclear. Entretanto, em breve foram detectadas diversas naves, gigantescas pelos nossos padrões, entrando em órbita ao redor de nosso planeta. Isto convenceu até os mais céticos e o pânico resultante teve o mérito de acelerar os preparativos para nossa defesa.

Todos os nossos veículos espaciais foram postos em condições de combate em apenas quatro dias. Cinco transportadores orbitais reutilizáveis com capacidades de carga variando entre seis e quarenta toneladas, além de vários foguetes convencionais descartáveis, foram carregados com poderosos mísseis nucleares, que haviam sido construídos para destruir a nós mesmos mas que serviriam agora a uma causa bem mais nobre. Os transportadores e os foguetes decolaram todos ao mesmo tempo, com a intenção de surpreender nossos inimigos através de um ataque maciço. Certamente suas naves sucumbiriam ante dezenas de poderosos artefatos termonucleares.

Mas nossos veículos nem mesmo chegaram a entrar em órbita. Raios de natureza desconhecida, dotados de imensa energia, os transformaram em nuvens de gases ionizados tão logo deixaram a atmosfera. Nossas esperanças de defesa literalmente dissiparam-se no espaço poucos instantes após partirem de suas bases de lançamento.

E o inferno então desceu à superfície de nosso mundo. Sem nenhum motivo além de termos sido impertinentes a ponto de tentarmos nos defender, diversas de nossas maiores cidades foram arrasadas por armas que para nós pareciam castigo dos céus. Centenas de milhões de indivíduos pereceram sob os escombros do que antes haviam sido grandes centros urbanos. Os invasores mostraram que não seriam complacentes. Exterminariam imediatamente qualquer foco de resistência.

Tivemos que nos entregar e permitir que suas naves pousassem. E só então ficamos sabendo a razão de tudo aquilo, o porquê de nos atacarem sem piedade. Nosso planeta possuía imensas jazidas de metais pesados, até por nós desconhecidas, os quais eram muito valiosos para a civilização dos alienígenas. Quando soubemos dos metais ficamos aturdidos pelo uso de tamanha violência por tão pouca coisa. Estaríamos dispostos a ceder-lhes de bom grado a exploração das minas, pois elas pouco nos importavam. Não teríamos mesmo condições de aproveitá-las por muito tempo ainda.

Mas as minas não eram todo o problema. Eles precisavam explorá-las, mas não desceriam pessoalmente a quilômetros de profundidade dentro de terra solta, lençóis de água e rocha sólida até alcançar os veios de minério. E nos túneis inconsistentes das minas os robôs, além de muito dispendiosos, não teriam um rendimento satisfatório. Eles usariam a nós para realizar o trabalho. Seríamos escravizados!

Quando soubemos de suas intenções tornamos a tentar atacá-los. As forças armadas de diversas nações tentaram, pelo menos, expulsá-los para fora de suas fronteiras. Tais nações deixaram de existir!

Fomos forçados a nos submeter, e o caos então se instalou em nosso mundo. Divisões políticas, geográficas e culturais não faziam o menos sentido para eles. Populações inteiras foram forçadas a se deslocar de suas regiões e países de origem para os locais onde seriam necessários aos objetivos dos invasores. As últimas grandes cidades foram abandonadas, todo o sistema de produção e comércio entrou em colapso e o desespero dominou a nossa raça.

Todas as indústrias importantes foram destruídas, sob a alegação de que desviavam mão de obra inutilmente. Parte da população era empregada nas minas, parte era confinada nas cidades como reserva, e o restante era obrigado a trabalhar nos campos para sustentar o resto. O ambiente nas minas era terrivelmente insalubre devido à elevada temperatura, à umidade, às emanações gasosas e à tóxica poeira metálica. Por isso a expectativa de vida dos mineiros era de apenas um quarto do tempo de vida normal, e a ocorrência de acidentes era bastante comum, mas para os invasores não fazia a menor diferença. Havia muitos de nós, poderíamos ser sacrificados.

Para a substituição das baixas foram criadas as “reservas”, que eram na realidade as cidades sobreviventes colocadas sob intensa vigilância e onde eram aglomeradas grandes massas da população, que seriam utilizadas para manter constante o número de trabalhadores nas minas apesar do grande número de mortes. Os que viviam nos campos eram forçados a trabalhar de maneira brutal, enquanto as péssimas condições de habitação e higiene ocasionavam constantes epidemias que matavam milhares de indivíduos por ano.

Vendo este terrível quadro os religiosos e os cientistas se uniram, tentando criar programas de saúde e assistência social em uma vã tentativa de melhorar as condições as quais estávamos submetidos e tornar a vida ao menos suportável. Foram devido a isto tomados como subversivos, perseguidos implacavelmente e exterminados, enquanto todas as atividades intelectuais e religiosas eram postas na ilegalidade.

Apenas alguns meses após a invasão os alienígenas montaram uma enorme cúpula geodésica sob a qual erigiram a sua cidade. Precisavam da cúpula, pois embora a gravidade de nosso planeta se assemelhasse bastante à do mundo deles, os gases que compunham nossa atmosfera lhes eram venenosos. Isto era uma boa mostra de quão diferentes eles eram de nós, tanto física quanto espiritualmente. Na realidade, o que havia sob a cúpula não era exatamente uma cidade mas uma poderosa base militar, montada com o intuito de vigiar nossas atividades e nos dissuadir de qualquer tentativa de levante.

Era da cúpula geodésica que partia a opressão. Com uma base em nosso próprio mundo eles lograram sustar todo o desenvolvimento de nossa raça e ainda nos fizeram regredir mais de um século em nossa civilização. Podíamos ver sob a cúpula todos os benefícios materiais de um grande avanço tecnológico, mas não tínhamos o direito de desfrutar dele. Afinal, éramos apenas escravos, à disposição de suas necessidades e caprichos.

Nossas crianças eram tomadas de nós ainda recém nascidas e condicionadas desde cedo a serem dóceis à escravidão. Devido a isto nossa população passou apresentar uma taxa de decréscimo bastante acentuada, o que os levou a selecionar casais segundo seus próprios critérios e a forçá-los a servirem como reprodutores.

Nas minas a revolta de um único mineiro podia facilmente levar a morte de dezenas de inocentes, enquanto eram realizados frequentemente ataques de intimidação contra as reservas, onde dezenas ou mesmo centenas de vítimas podiam perder a vida inapelavelmente. Os invasores estavam começando a criar o hábito de nos caçar!

Vinte anos! Toda uma geração com as mentes completamente destruídas. Em breve o futuro de nossa raça estaria totalmente arruinado. Após duas décadas de terror não poderíamos suportar mais. Iríamos nos sublevar! Esta era uma idéia antiga. Pensávamos constantemente nisto desde que fôramos conquistados, mas agora faríamos alguma coisa pois agora estávamos preparados!

O trabalho nas minas era realizado com o auxílio de diversos tipos de máquinas: Carretas motorizadas, martelos mecânicos, perfuratrizes laser e até mesmo bombas nucleares de baixa potência. Tal tecnologia, embora nós soubéssemos poder ser utilizada de forma letal em uma guerra, não impressionava os alienígenas nem um pouco, tão acostumados estavam a ela. Na verdade eles tinham apenas uma vaga idéia do perigo representado por estes equipamentos, e treinaram-nos para utilizá-los, consertá-los, e até mesmo produzi-los de forma a poder explorar as minas no ritmo que lhes era necessário. E contentavam-se apenas com um controle superficial destes artefatos.

Simulávamos então acidentes, às vezes com o sacrifício de alguns de nós, e juntávamos material para os nossos fins. Construímos depósitos nas minas onde ao longo dos anos montamos verdadeiros arsenais, os quais permaneceram totalmente secretos uma vez que os alienígenas jamais desciam pessoalmente às inseguras galerias que nos forçavam a cavar. E os robôs de vigilância eram facilmente ludibriados, sendo que por vezes até destruíamos alguns para roubar material e púnhamos a culpa nos frequentes desabamentos. Já contávamos com um verdadeiro exército, muito bem organizado, e esperávamos apenas por uma oportunidade.

E esta finalmente surgiu. Uma revolução em outra colônia ou uma guerra talvez, obrigou os invasores a deslocar as naves de guerra que vigiavam nosso sistema solar para uma estrela distante. Era a nossa chance!

Os minérios eram transportados em naves intra-orbitais das minas até os grandes cargueiros interestelares em órbita, para daí seguirem para onde quer que fosse o seu destino final. Estes transportes foram de início pilotados exclusivamente pelos próprios alienígenas, mas seu número cresceu tanto que eles se viram obrigados a nos incumbir de pilotar alguns deles. E agora quase todos eram pilotados pela nossa gente.

A um sinal de rádio a grande maioria dos transportes, cujo número se elevava às centenas, dirigiu-se para as aberturas secretas que havíamos escavado em ligação com os nossos arsenais, de onde receberam o material bélico que havíamos preparado transformando-se em naves de guerra. Receberam também a bordo milhares de soldados e veículos, armados com lasers portáteis e granadas, a base de nosso exército.

Os invasores estavam completamente desprevenidos, e a princípio não souberam como reagir ao desaparecimento das naves intra-orbitais. Pudemos completar nosso trabalho sem nenhuma interferência além da dos robôs, a qual eliminamos facilmente. Em poucas horas havíamos montado a nossa força de ataque.

Mas então os problemas começaram a surgir. Os alienígenas descobriram onde estavam nossas naves, e mandaram contra nós os vinte cruzadores atmosféricos que possuíam. Em pouco mais de meia hora de batalha aérea perdemos quase metade de nossa frota, mas utilizando a técnica suicida do abalroamento em vôo conseguimos vencer, e agora só restava a cúpula geodésica!

Desembarcamos nossa infantaria a vinte quilômetros da cúpula, atrás de uma cadeia de montanhas baixas. Não tínhamos coragem de expor nossas naves em um ataque direto, pois sabíamos que o inimigo contava com várias estações de rastreamento e no céu não existem acidentes geográficos que possam ocultar o avanço de uma nave. A ofensiva teria mesmo que ser por terra.

Foi um massacre! A cúpula estava dotada de armas suficientes para deter milhões de atacantes e pouco mais de mil soldados, mesmo que relativamente bem armados, nada representavam para suas defesas. Ao detectar qualquer movimento hostil através de seus veículos automáticos de observação os alienígenas lançavam mísseis inteligentes equipados com ogivas de anti-matéria contra ele, e trinta ou quarenta explosões foram o suficiente para acabar com o nosso exército. Houve pouco mais de dez dúzias de sobreviventes, e praticamente todo o equipamento foi perdido.

Estávamos desesperados! Mal podíamos acreditar que nosso levante, que começara tão bem, havia fracassado de forma tão miserável. Só nos restavam agora os transportes orbitais armados, alguns soldados aterrorizados e mais algumas centenas de indivíduos equipados com velhos fuzis, espingardas e bombas de antes da invasão, postados nas ruínas de uma cidade abandonada a quarenta quilômetros da cúpula. Os pilotos de nossas naves decidiram então decolar para um ataque final. Não havia esperança alguma de vencer, mas desistir agora seria traição para com nossa raça e para com aqueles que morreram tentando alcançar a liberdade para o nosso povo. As tripulações dos transportes prepararam-se para juntar-se à infantaria no reino dos mortos.

Porém, estávamos completamente enganados. Os alienígenas na cúpula haviam-se preparado para resistir a um forte ataque terrestre, pois a idéia de milhares de escravos lançando-se furiosamente sobre seu reduto é bastante natural a qualquer tirano, mas não contavam em ter que se haverem sozinhos contra um ataque aéreo. Em condições normais suas naves de combate em órbita poderiam detectar e destruir qualquer aeronave atacante com seus instrumentos e armas fabulosos. Mas tais naves não se encontravam em nosso sistema solar no momento, e os próprios mísseis de anti-matéria que haviam arrasado o nosso exército eram do tipo terra-à-terra, não se prestando a uma defesa aérea eficaz.

Nossos inimigos viram nossos transportadores orbitais aproximando-se nas telas de seus radares, mas pouco puderam fazer. Muitas de nossas naves foram destruídas, mas a maioria escapou das defesas e uma única bomba nuclear, detonada próximo à cúpula, foi suficiente para romper o envoltório, e a atmosfera de nosso mundo tomou conta de seu quartel general. Os poucos alienígenas que tiveram tempo de vestir seus trajes pressurizados foram eliminados poucas horas mais tarde, quando nossos combatentes penetraram na fortaleza, enquanto nossas naves davam cabo de alguns objetivos secundários.

Nosso planeta era nosso novamente! Conseguíramos nos livrar dos invasores e agora possuíamos a sua própria tecnologia para a nossa defesa, pois afora o rombo na cúpula geodésica e alguns danos menores sua fortaleza estava praticamente intacta. Capturamos todo o equipamento que era antes usado para nos oprimir: Armas portáteis, canhões iônicos, mísseis de anti-matéria e muitas coisas mais. Estes equipamentos poderiam transformar nossa frota de naves orbitais em uma força respeitável.

E entre o material capturado estavam um comunicador supra-luminal e um transceptor taquiônico, que nos permitiriam comunicação rápida ou mesmo imediata através das distâncias interestelares. Com estes aparelhos poderíamos interceptar as mensagens de nossos inimigos, descobrindo assim seus planos, e desta forma contávamos em poder preparar melhor as nossas defesas.

Sabíamos que todos os povos que habitavam as estrelas em um raio de pelo menos quinhentos anos luz haviam sido conquistados pela mesma raça que atacara nosso planeta e que, como nós, eles haviam sido obrigados a aprender a língua dos invasores pois estes jamais se rebaixavam a aprender a dos vencidos. Por isto podíamos ter a certeza de que não enfrentaríamos dificuldades para compreender as transmissões captadas. Todas elas seriam na odiosa língua dos invasores, incluindo é claro as deles próprios.

Parecia-nos que tudo iria funcionar. Contávamos em utilizar nossas naves agora bem equipadas para nos defender de um primeiro ataque, e assim ganhar tempo suficiente para nos preparar e enfrentar uma guerra de longa duração. Já estávamos organizando a produção em massa de mísseis nucleares de grande porte, equipados com computadores dotados de inteligência artificial, e os antigos estaleiros navais que não haviam sido destruídos serviriam para construir nossas naves de guerra blindadas. Com os conhecimentos que tínhamos capturado nos seus bancos de dados poderíamos em poucos anos construir armas semelhantes as que os próprios alienígenas utilizavam, e assim talvez pudéssemos conseguir que eles desistissem de ocupar o nosso mundo e nos deixassem em paz. Mas era tudo ilusão. As mensagens que as naves inimigas trocavam entre si e com suas bases não deixavam lugar para esperanças.

Subestimáramos nossos algozes. Eles haviam erigido um verdadeiro império estelar, e o que ocorrera fôra um simples problema fronteiriço. Uma poderosa frota com centenas de naves de combate estava se dirigindo ao nosso mundo, e pelo que podíamos ouvir sobre ela nossas poucas naves não teriam a menos chance de nos defender. As unidades inimigas alcançariam nosso planeta e nós já conhecíamos suas intenções, pois as outras transmissões captadas revelavam-nas a nós.

Ondas eletromagnéticas e taquiônicas reverberavam pela galáxia, testemunhas de catástrofes há muito ocorridas. Estrelas choravam a morte de suas raças filhas, vítimas do mesmo povo que nos escravizara, e nossa em breve seria mais uma entre elas.

Nosso planeta seria esterilizado! Bombas de anti-matéria gigantescas seriam detonadas em órbita de nosso mundo, e a quantidade de radiação gama assim produzida eliminaria qualquer forma de vida existente em sua superfície. Depois disto os alienígenas colonizariam novamente o planeta com outras formas de vida e outra espécie inteligente já “domesticada”, e retomariam a exploração das minas.

Seríamos nós as próximas vítimas desta terrível raça de carrascos galácticos oriunda de um mísero planetóide que gravita ao redor de uma minúscula estrela amarela, perdida na imensidão do cosmo.

Os malditos assassinos terráqueos!




Leandro G. Card




Editado pela última vez por LeandroGCard em Ter Out 21, 2008 10:21 am, em um total de 1 vez.
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Re: Star Trek

#38 Mensagem por Paisano » Seg Out 20, 2008 5:03 pm

Os Impérios Klingon e Romulano ficam bo quadrante Beta:

Imagem
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Fonte: http://www.ussventure.eng.br/




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Re: Star Trek

#39 Mensagem por P44 » Seg Out 20, 2008 5:55 pm

Battlestar Galactica 2003 mini-series opening scene





Battlestar Galactica: Pegasus Suicide Run


BSG: Adama Maneuver and the Demise of Pegasus [EPIC]


esta música de certeza que conhecem...


The Cylon Anthem - Battlestar Galactica (by Manowar) :twisted:


e um video de BABYLON 5 com tema musical "Requiem For a Dream"




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Re: Star Trek

#40 Mensagem por Sterrius » Seg Out 20, 2008 7:23 pm

de certeza????????????????????????????????????
na TV, quer vc dizer????
A quarta temporada estava programada para ser a ultima. Mas ela foi dividida sendo que a segunda parte so vem no inicio do ano que vem.

Logo pode-se dizer que Battlestar galactica tem 5 temporadas agora.

Eu to tentando explicar sem deixar spoilers ^^.




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Re: Star Trek

#41 Mensagem por P44 » Ter Out 21, 2008 5:43 am

então a temporada 4 que estão vendendo na amazon tá incompleta???? É isso???? :shock:

ranhosos dum cabresto




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Re: Star Trek

#42 Mensagem por Guerra » Ter Out 21, 2008 10:02 am

LeandroGCard escreveu:
SGT GUERRA escreveu: Cara, eu leio Perry Rhodan...nada me assusta! :lol:
Nossa, cresci lendo Perry Rhodan. Até minha postura corporal mudou, pois adotei os "ombros orgulhosos" dos terranos, para alegria da minha mãe que vivia brigando comigo pela minha postura encurvada de nerd quando eu era criança.

Então tá bom, segue um conto aí abaixo, só para ver a reação. Espero que a moderação não fique brava com o tamanho do texto.

P.S. - Obrigado pelo texto da Falcon.

RÉQUIEM PARA UMA CIVILIZAÇÃO.


Há vinte anos eles haviam chegado. Estávamos ainda iniciando a exploração de nosso sistema solar, e eles já conquistavam as estrelas. Era a terrível invasão espacial, da qual tanto nos alertaram nossos autores de ficção científica.

De início sequer compreendemos exatamente o que estava acontecendo. Nossos radio-telescópios haviam vasculhado os céus durante anos, em busca de sinais inteligentes oriundos de outras estrelas, e durante anos nossos esforços haviam sido em vão. De repente, porém, todos passaram a receber aquelas mensagens, que saturaram as frequências normais de comunicação, bastante audíveis nas línguas de cada uma das nações onde estavam instalados os rádio-observatórios.

Uma intimação! Exigiam que nos rendêssemos, sem nenhuma explicação sobre como ou porquê. Nenhuma instrução sobre as presumíveis negociações de capitulação, ou sobre a também presumível ocupação. Apenas a ordem de não tentarmos resistir.

É claro que quase ninguém, além dos cientistas, acreditou na veracidade das mensagens recebidas. Dúvidas foram levantadas, idoneidades contestadas e as mútuas desconfianças quase levaram a uma catastrófica guerra nuclear. Entretanto, em breve foram detectadas diversas naves, gigantescas pelos nossos padrões, entrando em órbita ao redor de nosso planeta. Isto convenceu até os mais céticos, e o pânico resultante teve o mérito de acelerar os preparativos para nossa defesa.

Todos os nossos veículos espaciais foram postos em condições de combate em apenas quatro dias. Cinco transportadores orbitais reutilizáveis, com capacidades de carga variando entre seis e quarenta toneladas, além de vários foguetes convencionais descartáveis, foram carregados com poderosos mísseis nucleares, que haviam sido construídos para destruir a nós mesmos, mas que serviriam agora a uma causa bem mais nobre.

Os transportadores e os foguetes decolaram todos ao mesmo tempo, com a intenção de surpreender nossos inimigos através de um ataque maciço. Certamente suas naves sucumbiriam ante dezenas de poderosos artefatos termonucleares.

Mas nossos veículos nem mesmo chegaram a entrar em órbita. Raios de natureza desconhecida, dotados de imensa energia, os transformaram em nuvens de gases ionizados tão logo deixaram a atmosfera. Nossas esperanças de defesa literalmente dissiparam-se no espaço, poucos instantes após partirem de suas bases de lançamento.

E o inferno então desceu à superfície de nosso mundo. Sem nenhum motivo além de termos sido impertinentes a ponto de tentarmos nos defender, diversas de nossas maiores cidades foram arrasadas por armas que para nós pareciam castigo dos céus. Centenas de milhões de indivíduos pereceram sob os escombros do que antes haviam sido grandes centros urbanos. Os invasores mostraram que não seriam complacentes. Exterminariam imediatamente qualquer foco de resistência.

Tivemos que nos entregar, e permitir que suas naves pousassem. E só então ficamos sabendo a razão de tudo aquilo, o porquê de nos atacarem sem piedade. Nosso planeta possuía imensas jazidas de metais pesados, até por nós desconhecidas, os quais eram muito valiosos para a civilização dos alienígenas. Quando soubemos dos metais ficamos aturdidos pelo uso de tamanha violência por tão pouca coisa. Estaríamos dispostos a ceder-lhes de bom grado a exploração das minas, pois elas pouco nos importavam. Não teríamos mesmo condições de aproveitá-las por muito tempo ainda.

Mas as minas não eram todo o problema. Eles precisavam explorá-las, mas não desceriam pessoalmente a quilômetros de profundidade dentro de terra solta, lençóis de água e rocha sólida até alcançar os veios de minério. E nos túneis inconsistentes das minas os robôs, além de muito dispendiosos, não teriam um rendimento satisfatório. Eles usariam a nós para realizar o trabalho. Seríamos escravizados!

Quando soubemos de suas intenções tornamos a tentar atacá-los. As forças armadas de diversas nações tentaram, pelo menos, expulsá-los para fora de suas fronteiras. Tais nações deixaram de existir!

Fomos forçados a nos submeter, e o caos então se instalou em nosso mundo. Divisões políticas, geográficas e culturais não faziam o menos sentido para eles. Populações inteiras foram forçadas a se deslocar de suas regiões e países de origem para os locais onde seriam necessários aos objetivos dos invasores. As últimas grandes cidades foram abandonadas, todo o sistema de produção e comércio entrou em colapso e o desespero dominou a nossa raça.

Todas as indústrias importantes foram destruídas, sob a alegação de que desviavam mão de obra inutilmente. Parte da população era empregada nas minas, parte era confinada nas cidades, como reserva, e o restante era obrigado a trabalhar nos campos, para sustentar o resto. O ambiente nas minas era terrivelmente insalubre, devido à elevada temperatura, à umidade, às emanações gasosas e à tóxica poeira metálica. A expectativa de vida dos mineiros era de apenas um quarto do tempo de vida normal, e a ocorrência de acidentes era bastante comum, mas isto para os invasores não fazia a menor diferença. Havia muitos de nós, poderíamos ser sacrificados.

Para a substituição das baixas foram criadas as “reservas”, que eram na realidade as cidades sobreviventes colocadas sob intensa vigilância, e onde eram aglomeradas grandes massas da população, que seriam utilizadas para manter constante o número de trabalhadores nas minas, apesar do grande número de mortes. Os que viviam nos campos eram forçados a trabalhar de maneira brutal, enquanto as péssimas condições de habitação e higiene ocasionavam constantes epidemias, que matavam milhares de indivíduos por ano.

Vendo este terrível quadro, os religiosos e os cientistas se uniram, tentando criar programas de saúde e assistência social, em uma vã tentativa de melhorar as condições as quais estávamos submetidos, e tornar a vida ao menos suportável. Foram devido a isto tomados como subversivos, perseguidos implacavelmente e exterminados, enquanto todas as atividades intelectuais e religiosas eram postas na ilegalidade.

Apenas alguns meses após a invasão os alienígenas montaram uma enorme cúpula geodésica, sob a qual erigiram a sua cidade. Precisavam da cúpula, pois embora a gravidade de nosso planeta se assemelhasse bastante à do mundo deles, os gases que compunham nossa atmosfera lhes eram venenosos. Isto era uma boa mostra de quão diferentes eles eram de nós, tanto física quanto espiritualmente. Na realidade, o que havia sob a cúpula não era exatamente uma cidade, mas uma poderosa base militar, montada com o intuito de vigiar nossas atividades e nos dissuadir de qualquer tentativa de levante.

Era da cúpula geodésica que partia a opressão. Com uma base em nosso próprio mundo eles lograram sustar todo o desenvolvimento de nossa raça, e ainda nos fizeram regredir mais de um século em nossa civilização. Podíamos ver sob a cúpula todos os benefícios materiais de um grande avanço tecnológico, mas não tínhamos o direito de desfrutar dele. Afinal, éramos apenas escravos, à disposição de suas necessidades e caprichos.

Nossas crianças eram tomadas de nós ainda recém nascidas, e condicionadas desde cedo a serem dóceis à escravidão. Devido a isto, nossa população passou apresentar uma taxa de decréscimo bastante acentuada, o que os levou a selecionar casais segundo seus próprios critérios e a forçá-los a servirem como reprodutores.

Nas minas, a revolta de um único mineiro podia facilmente levar a morte de dezenas de inocentes, enquanto eram realizados frequentemente ataques de intimidação contra as reservas, onde dezenas ou mesmo centenas de vítimas podiam perder a vida inapelavelmente. Os invasores estavam começando a criar o hábito de nos caçar!

Vinte anos! Toda uma geração com as mentes completamente destruídas. Em breve o futuro de nossa raça estaria totalmente arruinado. Após duas décadas de terror, não poderíamos suportar mais. Iríamos nos sublevar! Esta era uma idéia antiga. Pensávamos constantemente nisto desde que fôramos conquistados, mas agora faríamos alguma coisa, pois agora estávamos preparados!

O trabalho nas minas era realizado com o auxílio de diversos tipos de máquinas: Carretas motorizadas, martelos mecânicos, perfuratrizes laser e até mesmo bombas nucleares de baixa potência. Tal tecnologia, embora nós soubéssemos poder ser utilizada de forma letal em uma guerra, não impressionava os alienígenas nem um pouco, tão acostumados estavam a ela. Na verdade, eles tinham apenas uma vaga idéia do perigo representado por estes equipamentos, e treinaram-nos para utilizá-los, consertá-los, e até mesmo produzi-los, de forma a poder explorar as minas no ritmo que lhes era necessário. E contentavam-se apenas com um controle superficial destes artefatos.

Simulávamos então acidentes, às vezes com o sacrifício de alguns de nós, e juntávamos material para os nossos fins. Construímos depósitos nas minas onde ao longo dos anos montamos verdadeiros arsenais, os quais permaneceram totalmente secretos, pois os alienígenas jamais desciam pessoalmente às inseguras galerias que nos forçavam a cavar. E os robôs de vigilância eram facilmente ludibriados, sendo que por vezes até destruíamos alguns para roubar material, e púnhamos a culpa nos frequentes desabamentos. Já contávamos com um verdadeiro exército, muito bem organizado, e esperávamos apenas por uma oportunidade.

E esta finalmente surgiu. Uma revolução em outra colônia, ou uma guerra talvez, obrigou os invasores a deslocar as naves de guerra que vigiavam nosso sistema solar para uma estrela distante. Era a nossa chance!

Os minérios eram transportados em naves intra-orbitais das minas até os grandes cargueiros interestelares em órbita, para daí seguirem para onde quer que fosse o seu destino final. Estes transportes foram de início pilotados exclusivamente pelos próprios alienígenas, mas seu número cresceu tanto que eles se viram obrigados a nos incumbir de pilotar alguns deles. E agora quase todos eram pilotados pela nossa gente.

A um sinal de rádio, a grande maioria dos transportes, cujo número se elevava às centenas, dirigiu-se para as aberturas secretas que havíamos escavado em ligação com os nossos arsenais, de onde receberam o material bélico que havíamos preparado, transformando-se em naves de guerra. Receberam também a bordo milhares de soldados e veículos, armados com lasers portáteis e granadas, a base de nosso exército.

Os invasores estavam completamente desprevenidos, e a princípio não souberam como reagir ao desaparecimento das naves intra-orbitais. Pudemos completar nosso trabalho sem nenhuma interferência além da dos robôs, a qual eliminamos facilmente. Em poucas horas havíamos montado a nossa força de ataque.

Mas então os problemas começaram a surgir. Os alienígenas descobriram onde estavam nossas naves, e mandaram contra nós os vinte cruzadores atmosféricos que possuíam. Em pouco mais de meia hora de batalha aérea perdemos quase metade de nossa frota, mas utilizando a técnica suicida do abalroamento em vôo conseguimos vencer, e agora só restava a cúpula geodésica!

Desembarcamos nossa infantaria a vinte quilômetros da cúpula, atrás de uma cadeia de montanhas baixas. Não tínhamos coragem de expor nossas naves em um ataque direto, pois sabíamos que o inimigo contava com várias estações de rastreamento, e no céu não existem acidentes geográficos que possam ocultar o avanço de uma nave. A ofensiva teria mesmo que ser por terra.

Foi um massacre! A cúpula estava dotada de armas suficientes para deter milhões de atacantes, e pouco mais de mil soldados, mesmo que relativamente bem armados, nada representavam para suas defesas. Ao detectar qualquer movimento hostil, através de seus veículos automáticos de observação, os alienígenas lançavam mísseis inteligentes equipados com ogivas de anti-matéria contra ele, e trinta ou quarenta explosões foram o suficiente para acabar com o nosso exército. Houve pouco mais de dez dúzias de sobreviventes, e praticamente todo o equipamento foi perdido.

Estávamos desesperados! Mal podíamos acreditar que nosso levante, que começara tão bem, havia fracassado de forma tão miserável. Só nos restavam agora os transportes orbitais armados, alguns soldados aterrorizados e mais algumas centenas de indivíduos equipados com velhos fuzis, espingardas e bombas de antes da invasão, postados nas ruínas de uma cidade abandonada a quarenta quilômetros da cúpula. Os pilotos de nossas naves decidiram então decolar para um ataque final. Não havia esperança alguma de vencer, mas desistir agora seria traição para com nossa raça e para com aqueles que morreram tentando alcançar a liberdade para o nosso povo. As tripulações dos transportes prepararam-se para juntar-se à infantaria, no reino dos mortos.

Porém, estávamos completamente enganados. Os alienígenas na cúpula haviam-se preparado para resistir a um forte ataque terrestre, pois a idéia de milhares de escravos lançando-se furiosamente sobre seu reduto é bastante natural a qualquer tirano, mas não contavam em ter que se haverem sozinhos contra um ataque aéreo. Em condições normais, suas naves de combate em órbita poderiam detectar e destruir qualquer aeronave atacante com seus instrumentos e armas fabulosos. Mas tais naves não se encontravam em nosso sistema solar no momento, e os próprios mísseis de anti-matéria, que haviam arrasado o nosso exército, eram do tipo terra-à-terra, não se prestando a uma defesa aérea eficaz.

Nossos inimigos viram nossos transportadores orbitais aproximando-se nas telas de seus radares, mas pouco puderam fazer. Muitas de nossas naves foram destruídas, mas a maioria escapou das defesas e uma única bomba nuclear, detonada próximo à cúpula, foi suficiente para romper o envoltório, e a atmosfera de nosso mundo tomou conta de seu quartel general. Os poucos alienígenas que tiveram tempo de vestir seus trajes pressurizados foram eliminados poucas horas mais tarde, quando nossos combatentes penetraram na fortaleza, enquanto nossas naves davam cabo de alguns objetivos secundários.

Nosso planeta era nosso novamente! Conseguíramos nos livrar dos invasores, e agora possuíamos a sua própria tecnologia para a nossa defesa, pois afora o rombo na cúpula geodésica e alguns danos menores sua fortaleza estava praticamente intacta. Capturamos todo o equipamento que era antes usado para nos oprimir: Armas portáteis, canhões iônicos, mísseis de anti-matéria e muitas coisas mais. Estes equipamentos poderiam transformar nossa frota de naves orbitais em uma força respeitável.

E entre o material capturado estavam um comunicador supra-luminal e um transceptor taquiônico, que nos permitiriam comunicação rápida ou mesmo imediata através das distâncias interestelares. Com estes aparelhos poderíamos interceptar as mensagens de nossos inimigos, descobrindo assim seus planos, e desta forma contávamos em poder preparar melhor as nossas defesas.

Sabíamos que todos os povos que habitavam as estrelas em um raio de pelo menos quinhentos anos luz haviam sido conquistados pela mesma raça que atacara nosso planeta e que, como nós, eles haviam sido obrigados a aprender a língua dos invasores, pois estes jamais se rebaixavam a aprender a dos vencidos. Por isto podíamos ter a certeza de que não enfrentaríamos dificuldades para compreender as transmissões captadas. Todas elas seriam na odiosa língua dos invasores, incluindo é claro as deles próprios.

Parecia-nos que tudo iria funcionar. Contávamos em utilizar nossas naves, agora bem equipadas, para nos defender de um primeiro ataque, e assim ganhar tempo suficiente para nos preparar e enfrentar uma guerra de longa duração. Já estávamos organizando a produção em massa de mísseis nucleares de grande porte, equipados com computadores dotados de inteligência artificial e os antigos estaleiros navais que não haviam sido destruídos serviriam para construir nossas naves de guerra blindadas. Com os conhecimentos que tínhamos capturado nos seus bancos de dados poderíamos em poucos anos construir armas semelhantes as que os próprios alienígenas utilizavam. Assim talvez pudéssemos conseguir que eles desistissem de ocupar o nosso mundo, e nos deixassem em paz. Mas era tudo ilusão. As mensagens que as naves inimigas trocavam entre si e com suas bases não deixavam lugar para esperanças.

Subestimáramos nossos algozes. Eles haviam erigido um verdadeiro império estelar, e o que ocorrera fôra um simples problema fronteiriço. Uma poderosa frota, com centenas de naves de combate, estava se dirigindo ao nosso mundo, e pelo que podíamos ouvir sobre ela nossas poucas naves não teriam a menos chance de nos defender. As unidades inimigas alcançariam nosso planeta, e nós já conhecíamos suas intenções, pois as outras transmissões captadas revelavam-nas a nós.

Ondas eletromagnéticas e taquiônicas reverberavam pela galáxia, testemunhas de catástrofes há muito ocorridas. Estrelas choravam a morte de suas raças filhas, vítimas do mesmo povo que nos escravizara, e nossa em breve seria mais uma entre elas.

Nosso planeta seria esterilizado! Bombas de anti-matéria gigantescas seriam detonadas em órbita de nosso mundo, e a quantidade de radiação gama assim produzida eliminaria qualquer forma de vida existente em sua superfície. Depois disto os alienígenas colonizariam novamente o planeta com outras formas de vida e outra espécie inteligente já “domesticada”, e retomariam a exploração das minas.

Seríamos nós as próximas vítimas desta terrível raça de carrascos galácticos, oriunda de um mísero planetóide que gravita ao redor de uma minúscula estrela amarela, perdida na imensidão do cosmo.

Os malditos assassinos terráqueos!




Leandro G. Card
te mandei uma MP




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: Star Trek

#43 Mensagem por Paisano » Ter Out 21, 2008 11:54 am

LeandroGCard escreveu:
SGT GUERRA escreveu: Cara, eu leio Perry Rhodan...nada me assusta! :lol:
Nossa, cresci lendo Perry Rhodan. Até minha postura corporal mudou, pois adotei os "ombros orgulhosos" dos terranos, para alegria da minha mãe que vivia brigando comigo pela minha postura encurvada de nerd quando eu era criança.

Então tá bom, segue um conto aí abaixo, só para ver a reação. Espero que a moderação não fique brava com o tamanho do texto.

P.S. - Obrigado pelo texto da Falcon.

RÉQUIEM PARA UMA CIVILIZAÇÃO.


Há vinte anos eles haviam chegado. Estávamos ainda iniciando a exploração de nosso sistema solar, e eles já conquistavam as estrelas. Era a terrível invasão espacial, da qual tanto nos alertaram nossos autores de ficção científica.

De início sequer compreendemos exatamente o que estava acontecendo. Nossos radio-telescópios haviam vasculhado os céus durante anos, em busca de sinais inteligentes oriundos de outras estrelas, e durante anos nossos esforços haviam sido em vão. De repente, porém, todos passaram a receber aquelas mensagens, que saturaram as frequências normais de comunicação, bastante audíveis nas línguas de cada uma das nações onde estavam instalados os rádio-observatórios.

Uma intimação! Exigiam que nos rendêssemos, sem nenhuma explicação sobre como ou porquê. Nenhuma instrução sobre as presumíveis negociações de capitulação, ou sobre a também presumível ocupação. Apenas a ordem de não tentarmos resistir.

É claro que quase ninguém, além dos cientistas, acreditou na veracidade das mensagens recebidas. Dúvidas foram levantadas, idoneidades contestadas e as mútuas desconfianças quase levaram a uma catastrófica guerra nuclear. Entretanto, em breve foram detectadas diversas naves, gigantescas pelos nossos padrões, entrando em órbita ao redor de nosso planeta. Isto convenceu até os mais céticos e o pânico resultante teve o mérito de acelerar os preparativos para nossa defesa.

Todos os nossos veículos espaciais foram postos em condições de combate em apenas quatro dias. Cinco transportadores orbitais reutilizáveis com capacidades de carga variando entre seis e quarenta toneladas, além de vários foguetes convencionais descartáveis, foram carregados com poderosos mísseis nucleares, que haviam sido construídos para destruir a nós mesmos mas que serviriam agora a uma causa bem mais nobre. Os transportadores e os foguetes decolaram todos ao mesmo tempo, com a intenção de surpreender nossos inimigos através de um ataque maciço. Certamente suas naves sucumbiriam ante dezenas de poderosos artefatos termonucleares.

Mas nossos veículos nem mesmo chegaram a entrar em órbita. Raios de natureza desconhecida, dotados de imensa energia, os transformaram em nuvens de gases ionizados tão logo deixaram a atmosfera. Nossas esperanças de defesa literalmente dissiparam-se no espaço poucos instantes após partirem de suas bases de lançamento.

E o inferno então desceu à superfície de nosso mundo. Sem nenhum motivo além de termos sido impertinentes a ponto de tentarmos nos defender, diversas de nossas maiores cidades foram arrasadas por armas que para nós pareciam castigo dos céus. Centenas de milhões de indivíduos pereceram sob os escombros do que antes haviam sido grandes centros urbanos. Os invasores mostraram que não seriam complacentes. Exterminariam imediatamente qualquer foco de resistência.

Tivemos que nos entregar e permitir que suas naves pousassem. E só então ficamos sabendo a razão de tudo aquilo, o porquê de nos atacarem sem piedade. Nosso planeta possuía imensas jazidas de metais pesados, até por nós desconhecidas, os quais eram muito valiosos para a civilização dos alienígenas. Quando soubemos dos metais ficamos aturdidos pelo uso de tamanha violência por tão pouca coisa. Estaríamos dispostos a ceder-lhes de bom grado a exploração das minas, pois elas pouco nos importavam. Não teríamos mesmo condições de aproveitá-las por muito tempo ainda.

Mas as minas não eram todo o problema. Eles precisavam explorá-las, mas não desceriam pessoalmente a quilômetros de profundidade dentro de terra solta, lençóis de água e rocha sólida até alcançar os veios de minério. E nos túneis inconsistentes das minas os robôs, além de muito dispendiosos, não teriam um rendimento satisfatório. Eles usariam a nós para realizar o trabalho. Seríamos escravizados!

Quando soubemos de suas intenções tornamos a tentar atacá-los. As forças armadas de diversas nações tentaram, pelo menos, expulsá-los para fora de suas fronteiras. Tais nações deixaram de existir!

Fomos forçados a nos submeter, e o caos então se instalou em nosso mundo. Divisões políticas, geográficas e culturais não faziam o menos sentido para eles. Populações inteiras foram forçadas a se deslocar de suas regiões e países de origem para os locais onde seriam necessários aos objetivos dos invasores. As últimas grandes cidades foram abandonadas, todo o sistema de produção e comércio entrou em colapso e o desespero dominou a nossa raça.

Todas as indústrias importantes foram destruídas, sob a alegação de que desviavam mão de obra inutilmente. Parte da população era empregada nas minas, parte era confinada nas cidades como reserva, e o restante era obrigado a trabalhar nos campos para sustentar o resto. O ambiente nas minas era terrivelmente insalubre devido à elevada temperatura, à umidade, às emanações gasosas e à tóxica poeira metálica. Por isso a expectativa de vida dos mineiros era de apenas um quarto do tempo de vida normal, e a ocorrência de acidentes era bastante comum, mas para os invasores não fazia a menor diferença. Havia muitos de nós, poderíamos ser sacrificados.

Para a substituição das baixas foram criadas as “reservas”, que eram na realidade as cidades sobreviventes colocadas sob intensa vigilância e onde eram aglomeradas grandes massas da população, que seriam utilizadas para manter constante o número de trabalhadores nas minas apesar do grande número de mortes. Os que viviam nos campos eram forçados a trabalhar de maneira brutal, enquanto as péssimas condições de habitação e higiene ocasionavam constantes epidemias que matavam milhares de indivíduos por ano.

Vendo este terrível quadro os religiosos e os cientistas se uniram, tentando criar programas de saúde e assistência social em uma vã tentativa de melhorar as condições as quais estávamos submetidos e tornar a vida ao menos suportável. Foram devido a isto tomados como subversivos, perseguidos implacavelmente e exterminados, enquanto todas as atividades intelectuais e religiosas eram postas na ilegalidade.

Apenas alguns meses após a invasão os alienígenas montaram uma enorme cúpula geodésica sob a qual erigiram a sua cidade. Precisavam da cúpula, pois embora a gravidade de nosso planeta se assemelhasse bastante à do mundo deles, os gases que compunham nossa atmosfera lhes eram venenosos. Isto era uma boa mostra de quão diferentes eles eram de nós, tanto física quanto espiritualmente. Na realidade, o que havia sob a cúpula não era exatamente uma cidade mas uma poderosa base militar, montada com o intuito de vigiar nossas atividades e nos dissuadir de qualquer tentativa de levante.

Era da cúpula geodésica que partia a opressão. Com uma base em nosso próprio mundo eles lograram sustar todo o desenvolvimento de nossa raça e ainda nos fizeram regredir mais de um século em nossa civilização. Podíamos ver sob a cúpula todos os benefícios materiais de um grande avanço tecnológico, mas não tínhamos o direito de desfrutar dele. Afinal, éramos apenas escravos, à disposição de suas necessidades e caprichos.

Nossas crianças eram tomadas de nós ainda recém nascidas e condicionadas desde cedo a serem dóceis à escravidão. Devido a isto nossa população passou apresentar uma taxa de decréscimo bastante acentuada, o que os levou a selecionar casais segundo seus próprios critérios e a forçá-los a servirem como reprodutores.

Nas minas a revolta de um único mineiro podia facilmente levar a morte de dezenas de inocentes, enquanto eram realizados frequentemente ataques de intimidação contra as reservas, onde dezenas ou mesmo centenas de vítimas podiam perder a vida inapelavelmente. Os invasores estavam começando a criar o hábito de nos caçar!

Vinte anos! Toda uma geração com as mentes completamente destruídas. Em breve o futuro de nossa raça estaria totalmente arruinado. Após duas décadas de terror não poderíamos suportar mais. Iríamos nos sublevar! Esta era uma idéia antiga. Pensávamos constantemente nisto desde que fôramos conquistados, mas agora faríamos alguma coisa pois agora estávamos preparados!

O trabalho nas minas era realizado com o auxílio de diversos tipos de máquinas: Carretas motorizadas, martelos mecânicos, perfuratrizes laser e até mesmo bombas nucleares de baixa potência. Tal tecnologia, embora nós soubéssemos poder ser utilizada de forma letal em uma guerra, não impressionava os alienígenas nem um pouco, tão acostumados estavam a ela. Na verdade eles tinham apenas uma vaga idéia do perigo representado por estes equipamentos, e treinaram-nos para utilizá-los, consertá-los, e até mesmo produzi-los de forma a poder explorar as minas no ritmo que lhes era necessário. E contentavam-se apenas com um controle superficial destes artefatos.

Simulávamos então acidentes, às vezes com o sacrifício de alguns de nós, e juntávamos material para os nossos fins. Construímos depósitos nas minas onde ao longo dos anos montamos verdadeiros arsenais, os quais permaneceram totalmente secretos uma vez que os alienígenas jamais desciam pessoalmente às inseguras galerias que nos forçavam a cavar. E os robôs de vigilância eram facilmente ludibriados, sendo que por vezes até destruíamos alguns para roubar material e púnhamos a culpa nos frequentes desabamentos. Já contávamos com um verdadeiro exército, muito bem organizado, e esperávamos apenas por uma oportunidade.

E esta finalmente surgiu. Uma revolução em outra colônia ou uma guerra talvez, obrigou os invasores a deslocar as naves de guerra que vigiavam nosso sistema solar para uma estrela distante. Era a nossa chance!

Os minérios eram transportados em naves intra-orbitais das minas até os grandes cargueiros interestelares em órbita, para daí seguirem para onde quer que fosse o seu destino final. Estes transportes foram de início pilotados exclusivamente pelos próprios alienígenas, mas seu número cresceu tanto que eles se viram obrigados a nos incumbir de pilotar alguns deles. E agora quase todos eram pilotados pela nossa gente.

A um sinal de rádio a grande maioria dos transportes, cujo número se elevava às centenas, dirigiu-se para as aberturas secretas que havíamos escavado em ligação com os nossos arsenais, de onde receberam o material bélico que havíamos preparado transformando-se em naves de guerra. Receberam também a bordo milhares de soldados e veículos, armados com lasers portáteis e granadas, a base de nosso exército.

Os invasores estavam completamente desprevenidos, e a princípio não souberam como reagir ao desaparecimento das naves intra-orbitais. Pudemos completar nosso trabalho sem nenhuma interferência além da dos robôs, a qual eliminamos facilmente. Em poucas horas havíamos montado a nossa força de ataque.

Mas então os problemas começaram a surgir. Os alienígenas descobriram onde estavam nossas naves, e mandaram contra nós os vinte cruzadores atmosféricos que possuíam. Em pouco mais de meia hora de batalha aérea perdemos quase metade de nossa frota, mas utilizando a técnica suicida do abalroamento em vôo conseguimos vencer, e agora só restava a cúpula geodésica!

Desembarcamos nossa infantaria a vinte quilômetros da cúpula, atrás de uma cadeia de montanhas baixas. Não tínhamos coragem de expor nossas naves em um ataque direto, pois sabíamos que o inimigo contava com várias estações de rastreamento e no céu não existem acidentes geográficos que possam ocultar o avanço de uma nave. A ofensiva teria mesmo que ser por terra.

Foi um massacre! A cúpula estava dotada de armas suficientes para deter milhões de atacantes e pouco mais de mil soldados, mesmo que relativamente bem armados, nada representavam para suas defesas. Ao detectar qualquer movimento hostil através de seus veículos automáticos de observação os alienígenas lançavam mísseis inteligentes equipados com ogivas de anti-matéria contra ele, e trinta ou quarenta explosões foram o suficiente para acabar com o nosso exército. Houve pouco mais de dez dúzias de sobreviventes, e praticamente todo o equipamento foi perdido.

Estávamos desesperados! Mal podíamos acreditar que nosso levante, que começara tão bem, havia fracassado de forma tão miserável. Só nos restavam agora os transportes orbitais armados, alguns soldados aterrorizados e mais algumas centenas de indivíduos equipados com velhos fuzis, espingardas e bombas de antes da invasão, postados nas ruínas de uma cidade abandonada a quarenta quilômetros da cúpula. Os pilotos de nossas naves decidiram então decolar para um ataque final. Não havia esperança alguma de vencer, mas desistir agora seria traição para com nossa raça e para com aqueles que morreram tentando alcançar a liberdade para o nosso povo. As tripulações dos transportes prepararam-se para juntar-se à infantaria no reino dos mortos.

Porém, estávamos completamente enganados. Os alienígenas na cúpula haviam-se preparado para resistir a um forte ataque terrestre, pois a idéia de milhares de escravos lançando-se furiosamente sobre seu reduto é bastante natural a qualquer tirano, mas não contavam em ter que se haverem sozinhos contra um ataque aéreo. Em condições normais suas naves de combate em órbita poderiam detectar e destruir qualquer aeronave atacante com seus instrumentos e armas fabulosos. Mas tais naves não se encontravam em nosso sistema solar no momento, e os próprios mísseis de anti-matéria que haviam arrasado o nosso exército eram do tipo terra-à-terra, não se prestando a uma defesa aérea eficaz.

Nossos inimigos viram nossos transportadores orbitais aproximando-se nas telas de seus radares, mas pouco puderam fazer. Muitas de nossas naves foram destruídas, mas a maioria escapou das defesas e uma única bomba nuclear, detonada próximo à cúpula, foi suficiente para romper o envoltório, e a atmosfera de nosso mundo tomou conta de seu quartel general. Os poucos alienígenas que tiveram tempo de vestir seus trajes pressurizados foram eliminados poucas horas mais tarde, quando nossos combatentes penetraram na fortaleza, enquanto nossas naves davam cabo de alguns objetivos secundários.

Nosso planeta era nosso novamente! Conseguíramos nos livrar dos invasores e agora possuíamos a sua própria tecnologia para a nossa defesa, pois afora o rombo na cúpula geodésica e alguns danos menores sua fortaleza estava praticamente intacta. Capturamos todo o equipamento que era antes usado para nos oprimir: Armas portáteis, canhões iônicos, mísseis de anti-matéria e muitas coisas mais. Estes equipamentos poderiam transformar nossa frota de naves orbitais em uma força respeitável.

E entre o material capturado estavam um comunicador supra-luminal e um transceptor taquiônico, que nos permitiriam comunicação rápida ou mesmo imediata através das distâncias interestelares. Com estes aparelhos poderíamos interceptar as mensagens de nossos inimigos, descobrindo assim seus planos, e desta forma contávamos em poder preparar melhor as nossas defesas.

Sabíamos que todos os povos que habitavam as estrelas em um raio de pelo menos quinhentos anos luz haviam sido conquistados pela mesma raça que atacara nosso planeta e que, como nós, eles haviam sido obrigados a aprender a língua dos invasores pois estes jamais se rebaixavam a aprender a dos vencidos. Por isto podíamos ter a certeza de que não enfrentaríamos dificuldades para compreender as transmissões captadas. Todas elas seriam na odiosa língua dos invasores, incluindo é claro as deles próprios.

Parecia-nos que tudo iria funcionar. Contávamos em utilizar nossas naves agora bem equipadas para nos defender de um primeiro ataque, e assim ganhar tempo suficiente para nos preparar e enfrentar uma guerra de longa duração. Já estávamos organizando a produção em massa de mísseis nucleares de grande porte, equipados com computadores dotados de inteligência artificial, e os antigos estaleiros navais que não haviam sido destruídos serviriam para construir nossas naves de guerra blindadas. Com os conhecimentos que tínhamos capturado nos seus bancos de dados poderíamos em poucos anos construir armas semelhantes as que os próprios alienígenas utilizavam, e assim talvez pudéssemos conseguir que eles desistissem de ocupar o nosso mundo e nos deixassem em paz. Mas era tudo ilusão. As mensagens que as naves inimigas trocavam entre si e com suas bases não deixavam lugar para esperanças.

Subestimáramos nossos algozes. Eles haviam erigido um verdadeiro império estelar, e o que ocorrera fôra um simples problema fronteiriço. Uma poderosa frota com centenas de naves de combate estava se dirigindo ao nosso mundo, e pelo que podíamos ouvir sobre ela nossas poucas naves não teriam a menos chance de nos defender. As unidades inimigas alcançariam nosso planeta e nós já conhecíamos suas intenções, pois as outras transmissões captadas revelavam-nas a nós.

Ondas eletromagnéticas e taquiônicas reverberavam pela galáxia, testemunhas de catástrofes há muito ocorridas. Estrelas choravam a morte de suas raças filhas, vítimas do mesmo povo que nos escravizara, e nossa em breve seria mais uma entre elas.

Nosso planeta seria esterilizado! Bombas de anti-matéria gigantescas seriam detonadas em órbita de nosso mundo, e a quantidade de radiação gama assim produzida eliminaria qualquer forma de vida existente em sua superfície. Depois disto os alienígenas colonizariam novamente o planeta com outras formas de vida e outra espécie inteligente já “domesticada”, e retomariam a exploração das minas.

Seríamos nós as próximas vítimas desta terrível raça de carrascos galácticos oriunda de um mísero planetóide que gravita ao redor de uma minúscula estrela amarela, perdida na imensidão do cosmo.

Os malditos assassinos terráqueos!




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Re: Star Trek

#44 Mensagem por P44 » Ter Out 21, 2008 11:56 am

o texto é muito bom mas vcs escusavam de fazer copy-paste tanta vez :mrgreen: bando de Klingons :twisted:




Triste sina ter nascido português 👎
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Re: Star Trek

#45 Mensagem por P44 » Qua Out 22, 2008 9:14 am

Sterrius escreveu:
de certeza????????????????????????????????????
na TV, quer vc dizer????
A quarta temporada estava programada para ser a ultima. Mas ela foi dividida sendo que a segunda parte so vem no inicio do ano que vem.

Logo pode-se dizer que Battlestar galactica tem 5 temporadas agora.

Eu to tentando explicar sem deixar spoilers ^^.

já percebi parece que fizeram a Época 4.0, esta:

Imagem

e vai haver uma "4.5"
Season 4.5 Premiere Date
The Ausiello Files got SciFi Channel to give them the actual premiere date for the last set of BATTLESTAR GALACTICA episodes.



Good news: A Sci Fi source confirms to me exclusively that the last half of season 4 premieres on Friday, January 16, at 10 p.m. Which, by my calculations, puts the series finale (boo-hoo!) at Friday, March 20. Viewing party at Tim Stack's place and you're all invited!
também falam de
After 4.5 airs, there will be a 2-hour TV movie to look forward to.

SciFi has announced the film, BATTLESTAR GALACTICA: THE PLAN, will air sometime in 2009
. Shooting on this film is wrapped, and post-production is happening now, so let’s hope they can air it next year as promised.


CAPRICA’s future is unknown.

And what of the one other extension of the BSG franchise, the prequel CAPRICA? TV Squad mentioned last week that the delay in deciding the fate of the series is purely a budgeting/financial issue for SciFi Channel. As much it pains fans to hear it, they also point out that we may benefit from the delayed decision – in that our palate will be cleansed, if you will…and the BSG franchise will be extended farther into the future of SciFi’s program schedule.
vc conhece este site?
:arrow: http://galacticasitrep.blogspot.com/




Triste sina ter nascido português 👎
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