Enviado: Sex Fev 29, 2008 12:05 pm
P44 escreveu:ps -Que tem o dia 16 de março?????
P44 escreveu:ps -Que tem o dia 16 de março?????
mas o Putin faz o melhor para o povo , o pinto de sousa é só f*** o povocabeça de martelo escreveu:Se o Putin pode...
http://www.semanarioeconomico.com/opini ... ollo3.html“Numa situação conjuntural particularmente grave dos mercados financeiros, o maior banco nacional pulveriza resultados”
07-03-2008, António Gaspar
“Nós, os pobres, somos com o algarismo zero, que por si só nada vale mas faz valer a cifra que a ele se junta – tanto mais quanto mais zeros lhe forem acrescentados”.
Mateo Alemán (1547-1614)
Os portugueses estão cada vez mais pobres.
A cada novo estudo que se faça nesta matéria, as conclusões vão agravando as dicotomias e assimetrias entre aqueles que cada vez vão tendo menos e os outros que cada vez vêm crescer com maior intensidade a sua fortuna e o seu património.
O último estudo importante conhecido na abordagem da pobreza em Portugal foi apresentado há poucos dias pela SEDES. Veio dizer o que todos já efectivamente suspeitávamos, mas veio alertar também para a urgência de se repensar a forma como se faz a distribuição da riqueza gerada, que em muitos casos roça a provocação e o insulto aqueles que a ajudam a crescer.
A distribuição da riqueza gerada em Portugal é cada vez mais dicotómica e assimétrica. Dicotómica, porque acentua e sublinha cada vez mais o fosso já de si enorme, entre os vários agentes que entram no processo produtivo. Assimétrica, porque dentro duma mesma empresa a forma como é distribuído o valor gerado penaliza sempre quem menores rendimentos aufere.
Qualquer aluno do primeiro ano de ciências económicas sabe que o principal objectivo de qualquer empresa é o lucro. Não obstante esta evidência tautológica, seria importante rever a forma como se distribui o valor. Este deve ser partilhado pelo accionista, pelo cliente (mercado), pelo investimento no processo produtivo, por algumas reservas e pelo colaborador de cada empresa. E aqui é que está o problema de todo este circuito. Falha. Como mero exemplo, gostaria de aqui referir o que o banco do Estado anunciou a semana passada. Registou um prejuízo em operações financeiras de quase 90 milhões de euros motivado pela crise financeira despoletada pelo mercado imobiliário americano, mas não obstante este relativo cataclismo, a mesma instituição terá registado no exercício de 2007 lucros recordes de quase 900 milhões de euros. É obra! Como é que isto se explica, sobretudo aqueles que ajudaram a criar esta riqueza? Numa situação conjuntural particularmente grave dos mercados financeiros, o maior banco nacional pulveriza resultados. Valentes! Nesta circunstância, as remunerações dos colaboradores não deveriam ter ido muito além dos 2,5% acertados com a instituição patronal? A distribuição do valor gerado, não deveria ter permitido um tipo de remuneração do factor trabalho de forma muito diversa? É evidente que sim. Este é um exemplo do muito que se passa na nossa economia. Nenhum cidadão medianamente informado consegue entender como é que em tempo de forte crise financeira, com o petróleo numa espiral de subida e com o desemprego a condicionar a procura, se conseguem atingir resultados de magnitude desajustada às condições dominantes.
Gostam muito de falar em gestão eficaz, gestão de excelência, gestão rigorosa, gestão optimizada e mais outros cinquenta conceitos de gestão, todos muito parecidos. Para mim não acolho qualquer um deles. Vejo as coisas com outro olhar. Vejo um desemprego de 8% que afasta todas as veleidades a quem trabalha de poder negociar e fazer valer o seu poder de negociação porque pura e simplesmente ele não existe. O medo de perder o trabalho (aqueles que o têm), acaba por tolher totalmente qualquer movimento indicativo de mal-estar. Gostava de ver os gestores de excepção e que muito gostam de, mais ou menos se endeusarem com auréolas bentas e pias, a gerirem numa situação de pleno emprego! Aí sim. Aí poder-se-ia ver quem de facto é bom gestor. Na conjuntura actual gerir uma grande empresa é como ser treinador do F.C. Porto – qualquer um se “arrisca” a vencer!
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 99736.htmlEntrevista: Maria Filomena Mónica 2008-03-12 00:05
“Se a ministra sair virá um igual ou pior”
Alternativa a este Governo só há uma: “Emigrar”, diz a socióloga.
Rita Tavares
Numa entrevista escrita, Maria Filomena Mónica aponta virtudes à reforma do Ensino e diz que “o que estragou tudo foi o esquema de avaliação” dos professores. Alternativa a Sócrates só há uma: “Emigrar”.
A actual contestação resulta de uma governação “áspera”, como diz Sócrates, ou da desistência face ao Governo?
Nem uma coisa nem outra: a governação não é nem particularmente áspera nem particularmente doce. Estes adjectivos não se aplicam à política, a não ser por gente que, como o primeiro-ministro, pensa que a forma equivale à substância. Os portugueses não desistiram: simplesmente não encontraram, no mercado político, quem possa substituir com vantagem este Executivo.
O descontentamento é localizado ou está generalizado?
É um desencanto submisso e fatalista.
Como acompanha a contestação dos professores?
Com atenção, não só por ser docente – do Ensino Superior – como por a minha primeira especialidade ter sido nesta área.
O que falhou na reforma?
Devo dizer que a ministra fez coisas boas: destaco a abertura das escolas das 9 da manhã às 5 da tarde, o encerramento das escolas pequenas e a tentativa de, em vez de um conselho directivo, as escolas passarem a ter um director. O que estragou tudo foi o esquema de avaliação que propôs. Avaliar professores é diferente de emitir juízos sobre empregados de empresa, funcionários públicos ou gestores de topo. Nestes casos, há objectivos definidos – vender sapatos, endereçar sobrescritos ou aumentar os lucros – o que não se passa no caso das escolas. É fácil conferir se os docentes faltam, se chegam atrasados ou se corrigem os testes. O mesmo se não pode dizer da capacidade para ensinar, que as faculdades de Ciência da Educação – uma das pragas dos tempos modernos – são supostas transmitir. Aqui, a cabecinha tecnocrática da ministra levou-a ao abismo.
O ensino tal como o conhecemos é inviável?
Nada é inviável: se fosse esse o caso, Portugal há muito que teria deixado de existir. Claro que tenho pena do caos que se vive na Educação, até porque, sendo de esquerda, me preocupam o destino dos filhos dos pobres e a forma como a escola impede os melhores de subir na vida.
O que falha na relação do Estado com os professores?
Muita coisa: da forma como se abriram, em 1974, as portas do ensino superior, sem o número de professores para ensinar os alunos que foram entrando, à maneira como os docentes são colocados nas escolas forçando-os a uma itinerância que destrói a sua vida pessoal, os desmotiva e impede a sua ligação aos alunos.
Quais as soluções para contornar a situação?
Não posso responder numa linha, nem sequer numa página.
A ministra tem condições para se manter no cargo?
O assunto interessa-me pouco: se ela sair, virá um ministro igual ou pior.
Que consequências podem advir do mau momento na rua que o Governo atravessa?
Sem oposição no parlamento, poucas ou nenhumas. Sócrates limitar-se-á a remendos, a fim de tentar apaziguar alguns professores, mas nada disto resolverá o problema de base, até porque ele próprio não faz a mínima ideia do que seja aprender ou ensinar: basta olhar a universidade que frequentou.
Faz sentido o ‘contra-comício’ que o Governo marcou para o próximo sábado?
É tão surrealista que pensei ser uma mentira divulgada pela oposição.
Porque é que a contestação não se nota nas sondagens?
Por não haver alternativa.
Menezes é alternativa a Sócrates?
Não. Aliás, quanto mais tempo se passar, mais claro isso se tornará.
Os portugueses têm opção de escolha?
Têm – emigrar – e é isso que estão a fazer em número crescente.
Há alguma possibilidade do PS não governar após 2009?
Só se o PSD mudar de cabo a raso. Como não votarei neste partido, o assunto só me interessa porque desejaria ter um PS melhor. Por nenhum dos maiores partidos terem feito o que haviam prometido – mudar o sistema eleitoral para as legislativas.
http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=9456262008-04-28 17:17
Moscavide
Grupo invade esquadra da PSP
Perseguição a um jovem terminou no interior da esquadra da polícia sob o olhar impotente do único agente de serviço.
[ Última actualização às 17:17 do dia 28/04/2008 ]
Um grupo de indivíduos invadiu, este domingo ao final da tarde, a esquadra da PSP de Moscavide, em Lisboa. O grupo perseguiu um jovem até ao interior do posto da polícia, onde estava apenas um único agente de serviço, que nada pôde fazer para impedir as agressões nem sequer identificar os agressores.
O jovem perseguido foi agredido e sofreu escoriações múltiplas, mas recusou tratamento hospitalar e não quis sequer explicar os motivos da contenda. O agredido também não quis apresentar queixa nem identificar os agressores, que deverão continuar anónimos, pois a esquadra não tem sistema de videovigilância.
A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia diz que não é o primeiro incidente do género e que em nada contribui para a credibilidade da PSP. Um incidente que apesar de tudo a PSP considera pontual.
TVI