Prezados colegas,
Na minha opinião, o leque de missões e aplicações do CFN, mais especificamente da FFE que é constituída para as missões de caráter mais ofensivo, vai muito além do que simplesmente a invasão. A FFE é, por exemplo, uma força preparada para ser deslocada e desdobrada no TO Amazônico em apoio às unidades do EB alí presentes num tempo relativamente curto. Apesar de não possuir uma velocidade de resposta semelhante a da Bda Inf Pqdt e da Bda Op Esp, a FFE pode fazer a diferença quando no momento decisivo da batalha chegar em apoio às forças do EB. Imaginem só, no fragor da batalha, as forças do EB já entrando em deterioração operacional e aí, eis que surge uma tropa treinada e equipada com o que há de melhor em apoiar os esforços do nosso glorioso EB. A capacidade ofensiva pode ser empregada dentro do conceito da defesa ou de operações estritamente defensivas, assim como contribui para elevar o poder de dissuasão. Além disso tudo os fuzileiros servem como "laboratório de testes" para a produção do conhecimento militar nacional, preservando assim uma célula que preservará a operacionalidade das tropas terrestres brasileiras.
ADSUMOS irmãos fuzileiros
BRASIL ou PORTUGAL
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Estou meio sem tempo agora mas fazer um breve comentário.
Repito que não estou defendendo a "extinção" do FN pois ela é uma tropa extremamente capacitada e a sua falta se faria sentir em nosso poder militar.
O fato é que a nossa capacidade de projeção de poder é RIDÍCULA. Temos pouquíssimos navios de desembarque de tropas. Pouquíssimos navios de suporte logístico para manter uma frota Brasileira longe invadindo praias alheias. Temos um NAe da década de 60 equipado com aviões da mesma década(armados com bombas burras e mísseis WVR do início da década de 70). Não temos como prover defesa aérea para os navios de desembarque não serem afundados.
Portanto, em uma missão real, os Fuzileiros nem conseguiriam chegar nas praias, pois seus navios seriam afundados no meio do caminho devido a falta de segurança.
Assim, ou se investe realmente e melhora-se essa capacidade de projeção, dando condições para eles a executarem devidamente.... ou então os fuzileiros devem começar a frisar em seus treinamentos a defesa do território nacional(defesa de praias e pontos estratégicos para o Brasil).
Por o Brasil não ter uma política intervencionista e toda a sua estrutura militar estar voltada para defesa, vejo a segunda opção como a melhor.
Eu sei que o FN já faz atualmente missões desse tipo. Mas gostaria(EM MINHA OPINIÃO, POSSO ESTAR ERRADO) que essa passa-se a ser uma missão primária e não secundária.
Abraços
César
Repito que não estou defendendo a "extinção" do FN pois ela é uma tropa extremamente capacitada e a sua falta se faria sentir em nosso poder militar.
O fato é que a nossa capacidade de projeção de poder é RIDÍCULA. Temos pouquíssimos navios de desembarque de tropas. Pouquíssimos navios de suporte logístico para manter uma frota Brasileira longe invadindo praias alheias. Temos um NAe da década de 60 equipado com aviões da mesma década(armados com bombas burras e mísseis WVR do início da década de 70). Não temos como prover defesa aérea para os navios de desembarque não serem afundados.
Portanto, em uma missão real, os Fuzileiros nem conseguiriam chegar nas praias, pois seus navios seriam afundados no meio do caminho devido a falta de segurança.
Assim, ou se investe realmente e melhora-se essa capacidade de projeção, dando condições para eles a executarem devidamente.... ou então os fuzileiros devem começar a frisar em seus treinamentos a defesa do território nacional(defesa de praias e pontos estratégicos para o Brasil).
Por o Brasil não ter uma política intervencionista e toda a sua estrutura militar estar voltada para defesa, vejo a segunda opção como a melhor.
Eu sei que o FN já faz atualmente missões desse tipo. Mas gostaria(EM MINHA OPINIÃO, POSSO ESTAR ERRADO) que essa passa-se a ser uma missão primária e não secundária.
Abraços
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
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o leque de missões e aplicações do CFN, mais especificamente da FFE que é constituída para as missões de caráter mais ofensivo, vai muito além do que simplesmente a invasão.
Foi isso que eu quis dizer.
O CFN não faz missões somente ofensivas, é responsável tb em garantir a integridade das instalações da marinha, não pensem que é a marujada que faz a segurança, é errôneo pensar assim. Os fuzileiros navais são tropa de infantaria por excelência, vide os USMC no Vietnã, não foram empregados em invasões a praias, mas como tropa de infantaria na selva como o USARMY.
O CFN pode ser empregado em qualquer missão de caráter anfíbio, tipo:
Numa retomada litorânea do nosso próprio território que foi conquistado pelo inimigo numa ação de choque.
Uma ação ofensiva pode iniciar-se por via marítima, terrestre ou aérea.
Qual tropa especializada numa ofensiva vindo do mar?? Os navais.
Digo, todo treinamento voltado pra isso, desde o embarque em navios da esquadra, a vida no mar até o transbordo.
Já que somos um país voltado para política de defesa, pra quer ter uma tropa de caráter ofensivo?
Se não me engano o Brasil é o único país da América do Sul ou Latina a possuir tropa Para-quedista, pra que? DISSUASSÃO.
Mesma coisa os Fuzileiros Navais.
Quanto aos meios, a marinha toda é relativamente deficiente em proteção aérea de área e ponto, não é só a força anfíbia é a esquadra toda.
BRAVO ZULU!!!
"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração." (Thomas Jefferson)
- Rui Elias Maltez
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Ora aí está um tema interessante:
A capacidade de projecção de forças (ou a falta dela).
Prometo voltar ao tema, mas para já nem Portugal nem o Brasil a têm.
E não é o S. Paulo que resolve essa lacuna, sem aviões modernos e capazes.
O que faria mais falta ao Brasil seria uma força de 2 a 3 NPL bem dotados e de um LHD para projecção, e se poupassem na manutenção e operação do S. Paulo, talvez conseguissem desviar os fundos para essas outras vertentes de projecção oceânica.
Escoltadores já têm e sub's também.
A capacidade de projecção de forças (ou a falta dela).
Prometo voltar ao tema, mas para já nem Portugal nem o Brasil a têm.
E não é o S. Paulo que resolve essa lacuna, sem aviões modernos e capazes.
O que faria mais falta ao Brasil seria uma força de 2 a 3 NPL bem dotados e de um LHD para projecção, e se poupassem na manutenção e operação do S. Paulo, talvez conseguissem desviar os fundos para essas outras vertentes de projecção oceânica.
Escoltadores já têm e sub's também.