Atirador de Elite do EB

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Balena
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#31 Mensagem por Balena » Qua Set 01, 2004 9:00 pm

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Spetsnaz
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#32 Mensagem por Spetsnaz » Qua Set 01, 2004 10:45 pm

até aonde eu sei as flechas usadas pelo EB possuem veneno alguém confirma???

PS. Pelo jeito essa parada d veneno vem dos indigenas que por sua vez são a grande maioria no CIGS




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#33 Mensagem por FinkenHeinle » Qua Set 01, 2004 10:55 pm

Spetsnaz escreveu:até aonde eu sei as flechas usadas pelo EB possuem veneno alguém confirma???

PS. Pelo jeito essa parada d veneno vem dos indigenas que por sua vez são a grande maioria no CIGS


Curare???




Atte.
André R. Finken Heinle

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Clermont
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#34 Mensagem por Clermont » Qua Set 01, 2004 10:56 pm

Spetsnaz, mesmo sem nunca ter lido nada sobre o assunto, digo sem medo de errar: isso de veneno em armas do Exército não existe e não pode existir.

Por um motivo muito simples: seria uma violação escandalosa da Convenção de Genebra. Portanto, jamais uma coisa dessas seria empregada por militares brasileiros.




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VICTOR
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#35 Mensagem por VICTOR » Qui Set 02, 2004 12:15 am

Balena escreveu:As flechas podem matar sim, isso eu não tenho dúvida, o que me intriga é se elas são capazes de matar rapidamente.

Tendo experiência com trauma penetrante de vários tipos, a minha opinião é de que elas não matam rapidamente. Esse tipo de arma é de baixa velocidade, causando morte rápida apenas nos poucos casos em que alguma estrutura vital for atingida. Principalmente se os projéteis tiverem aquelas pontas cônicas, mas os flechetes já são mais perigosos.

Eu tive a experiência de suturar o coração de um cara que tentou se matar com uma pistola de rebites. Ele foi pra casa cinco dias depois, em excelente estado. Na mesma época, um colega de residência suturou o coração de outro paciente, que levou um tiro de 22 que ( :shock: ) entrou e saiu do coração, e o paciente chegou vivo. Após suturar a lesão na face anterior do coração, houve necessidade de rodar o coração para suturar a lesão na face posterior. Também foi para casa vivo e bem. Claro que esse casos passam longe de ser regra.

Cito esses fatos para ilustrar o quão as armas de baixas velocidade (revólveres e armas brancas como facas e flechas) causam morte rápida apenas em determinados casos, e não em todos. Bem diferente de fuzil.

De qualquer forma, a balestra continua sendo uma boa opção, já que muitos dizem que é melhor ferir do que matar, já que o ferido grave consome um ou dois companheiros que têm que atendê-lo. Sem contar as outras vantagens que o Balena citou, como o silêncio.




Carlos Eduardo

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rodrigo
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#36 Mensagem por rodrigo » Qui Set 02, 2004 10:38 am

Mas pelo histórico de padronização das FAs, tenho que admitir que tenho medo do CFN arranjar algo totalmente diferente...

O CFN, conforme já foi dito em um post no início desse tópico, já usa o fuzil Parker-Hale inglês, muito superior ao AGLC.

propósito, tenho uma dúvida: a selva fechada não é um mau lugar para se usar tocaieiros? Afinal, a gente imagina que um especialista devotado a abater oficiais e sargentos inimigos há mais de 400 metros estaria sendo subutilizado se for empregado num teatro de operações onde um inimigo pode surgir, repentinamente, ao alcance de uma mijada. Bem, pelo menos é essa a impressão que os leigos (entre eles, eu) tem ao assistir reportagens do "Fantástico" sobre a Amazônia. Afinal, não é na selva que se dá mais valor ao uso de escopetas (além das favelas cariocas)?

Na selva, o sniper faz uso de sua invisibilidade total. Sua movimentação é muito lenta, sem gerar ruídos. Sua utilização é essencial do ponto de vista psicológico, como fizeram os EUA no Vietnã, onde abatiam oficiais inimigos à distâncias de 800m ou +. A movimentação da infantaria inimiga é detectada pelo sniper à longa distância, e posso dizer que é praticamente impossível ele ser emboscado. O SPOTTER, que é o companheiro do sniper, sempre porta um fuzil automático com lançador de granada, para gerar uma situação de fuga para a dupla. Em qualquer campo de combate, o maior risco para o sniper sempre será o sniper inimigo.

Qual seria a potência de aumento dessa Lunata???

4X, ou 8X???

André, não posso afirmar com certeza qual é o modelo da luneta na foto do site da Imbel. Estimo que seja uma Leupold MARK 3, de fabricação americana, com aumento de 8-16x. A arma nunca vem de fábrica com luneta, que sempre é de escolha da corporação ou do atirador. Essa MARK3 custa uns U$2.000 .

olha que eu ainda nem ouvi mencionar se o Exército irá ter condições de comprar alguns daqueles devastadores fuzis de precisão calibre .50.

O BFE do EB já está equipado com o fuzil BARRET .50 . Seu uso é antimaterial, isto é, não se atira em humanos, apenas no HARDWARE inimigo. Seus alvos prioritários são os sensores se aviões e helicópteros em terra, e ainda estações de radar, sensores de mísseis antiaéreos e etc.
Na série LENDAS, alguns cientistas brasileiros afirmaram que o foguete VLS que explodiu em Alcântara foi alvejado com um fuzil .50.

Na Segunda Guerra Mundial, se usou na Birmânia uma carabina calibre .45, a "De Lisle". Como essa munição é subsônica, ela é a mais adequada para ser usada em armas com silenciadores. Será que uma coisa assim, não seria mais útil do que uma besta?

As armas dotadas de silenciador são hoje o padrão mundial de equipamento para silenciamento de sentinelas. Mesmo alguns fuzis sniper já são equipados com silenciadores muito eficientes para essa missão. As bestas são uma opção barata, mas como citou o colega Balena, muito duvidosas, até porque além de não matar rápido, a vítima vai gritar muito!




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#37 Mensagem por Balena » Qui Set 02, 2004 11:56 am

Realmente o colega Dr. Victor tem razão,


Em outro tópico aqui neste fórum eu cheguei a comentar acerca de lesões em órgãos a distância causada por projetis de armas de fogo, tais lesões seriam causadas pela transmissão da energia cinética aos tecidos humanos. Tal evento se relacionaria diretamente com a energia cinética do projetil, podendo-se dizer que esta seria uma variável quase que diretamente proporcional. As flechas podem ser consideradas projetis de baixa velocidade e, como o Vitor citou muito bem, projetis de baixa velocidade como um 22 comum são relativamente pouco vulnerantes quando comparados aos mais potentes, mas cabe aqui dizer que este projetil possui algumas peculiaridades que o tornam perigoso também (toda arma é perigosa e merece respeito).




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#38 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qui Set 02, 2004 12:32 pm

Abrindo só um parêntese na conversa - excelente por sinal -, Balena, dê-se por satisfeito que a moda em BH é calibre 22, espere só até chegar no 7,62 pra você ver que legal. hahaha :lol: :lol:




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#39 Mensagem por VICTOR » Qui Set 02, 2004 1:28 pm

Vinicius Pimenta escreveu:Balena, dê-se por satisfeito que a moda em BH é calibre 22, espere só até chegar no 7,62 pra você ver que legal. hahaha :lol: :lol:

huahuahauhauahuehuehue :P :lol:




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#40 Mensagem por VICTOR » Qui Set 02, 2004 1:34 pm

Blz Balena,
Balena escreveu:atendi um paciente com um projetil desses alojado no glúteo, como estava bem superficial deu para retirá-lo. É mole??? No glúteo!!! Com tanto lugar pra acertar, ainda bem que não foi grave, poderia ter sido pior.

Podia mesmo. Uma das lesões mais assutadoras que existem é a lesão de veia ilíaca interna por facadas em glúteo. Não chegou nenhuma pra mim ainda, mas já mais de um cirurgião vascular experiente dizer que nunca viu ninguém sair, mesmo que chegue normotenso... :shock:

Balena escreveu:Mas é isso aí Victor, no momento eu tô parando com esse negócio de estágio, pois a prova da residência tá aí e é na residência que se aprende as coisas de fato. Agora eu tenho que me preparar psicologicamente e economicamente pra encarar o MEDCURSO ano que vem, hehehehehe!!! Se bobear vou tentar prova em algum serviço aí do Paraná ou Santa Catarina, fiquei sabendo serem muito bons, fora a muguegada daí que é show de bola.

Certeza! Será bem-vindo! As melhueres de Curitiba são show só que são mais difíceis. O paraíso mesmo é SC e RS, com todo respeito :P




Carlos Eduardo

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#41 Mensagem por Spetsnaz » Qui Set 02, 2004 2:35 pm

Clermont escreveu:Spetsnaz, mesmo sem nunca ter lido nada sobre o assunto, digo sem medo de errar: isso de veneno em armas do Exército não existe e não pode existir.

Por um motivo muito simples: seria uma violação escandalosa da Convenção de Genebra. Portanto, jamais uma coisa dessas seria empregada por militares brasileiros.


até ai...

os EUA tbm não respeitam a Convenção de Genebra usando Agente Laranja ou matando e deixando doente até os seus proprios soldados com Uranio Empobrecido ...




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#42 Mensagem por FRAJOLA PORCO » Qui Set 02, 2004 4:02 pm

.[/quote]
Tendo experiência com trauma penetrante de vários tipos, a minha :oops: :oops: :oops: .[/quote]

BRINCADEIRINHA




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#43 Mensagem por FinkenHeinle » Qui Set 02, 2004 5:18 pm

VICTOR escreveu:Certeza! Será bem-vindo! As melhueres de Curitiba são show só que são mais difíceis. O paraíso mesmo é SC e RS, com todo respeito :P


Eu que o diga...




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#44 Mensagem por Spetsnaz » Qui Set 02, 2004 6:30 pm

FRAJOLA PORCO escreveu:
Tendo experiência com trauma penetrante de vários tipos, a minha :oops: :oops: :oops: .


BRINCADEIRINHA


HUAHUAHUAHUAUHA :lol:




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#45 Mensagem por Clermont » Qui Set 02, 2004 6:50 pm

Balena escreveu: (...) como o Vitor citou muito bem, projetis de baixa velocidade como um 22 comum são relativamente pouco vulnerantes quando comparados aos mais potentes, mas cabe aqui dizer que este projetil possui algumas peculiaridades que o tornam perigoso também (...)


Imagine só o estrago que não fazem as munições .22 especiais de alta-velocidade, ricocheteando e se fragmentando dentro do corpo humano? Realmente, elas não abatem de imediato o inimigo - e isso é que importa num confronto armado - mas, com certeza, elas são mais difíceis de remendar do que um simples furo de um projétil 9 mm.

Agora, um pessoal que descobriu a utilidade da munição .22 foram os guerrilheiros chechenos, durante as lutas de rua contra os russos. Um disparo de projétil .22 oriundo de uma carabina comum, faz muito pouco ruído e clarão. Então, os chechenos no meio dos escombros, começaram a abater soldados russos, com tiros certeiros no rosto, dificultando a reação do inimigo que não os localizava.

O negócio parece ter preocupado tanto os russos que, depois da guerra, eles começaram a distribuir carabinas calibre .22, com silenciador (o que deve torná-las praticamente inaudíveis) para unidades especializadas em luta de rua.

Spetsnaz escreveu: até ai...

os EUA tbm não respeitam a Convenção de Genebra usando Agente Laranja ou matando e deixando doente até os seus proprios soldados com Uranio Empobrecido ...


Bem, em primeiro lugar, hoje em dia não se usa mais "agente laranja". Quanto à munição de urânio empobrecido a campanha para bani-la já está em andamento. Parece ser verdade que ela provoca danos terríveis que justificariam sua proibição, mas também é verdade que ela é imprescindível na luta antitanque.

Porém, enquanto uma decisão internacional não é tomada, o fato é que os americanos e outros países não estão cometendo nenhuma ilegalidade em utilizar tal armamento. Talvez estejam cometendo uma imoralidade, mas isso varia de acordo com pontos de vista.

Quanto ao uso de projéteis, deliberadamente envenenados, isso é ilegal há muito tempo. E também é imoral e sem valor militar nenhum. Afinal, o que importa é abater o inimigo, o mais rápido possível, para que não ofereça resistência. Envenenamento lento não garante tal objetivo.




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