Túlio escreveu: ↑Dom Jun 11, 2023 3:22 pm
Aqui é fácil:
NÃO! Pelo menos o Maia véio deve conhecer o C I Bld tão bem quanto eu (possivelmente melhor), e lembro do então CMT, TC Ribeiro (2013), voltar de uma visita à então "modelo para o mundo" Brigada Stryker deixando claro que fazer RECON com coisas como o Cascavel era típico do século passado, drones menores faziam muito melhor o trabalho e por uma fração do custo.
Vai ver se alguém deu bola...
Eu creio que temos hoje em plena terceira década do século XXI o mesmo problema que o EB de 1944 encontrou na Itália, que era ser um exército simplesmente de faixada, burocrático e sem qualquer intenção ou relação mais íntima com a sua missão básica, que é ser uma força voltada para a guerra, e não missões de ajuda humanitárias, apoio civil e muito menos de polícia.
Isto se dá em termos pela nossa posição geográfica no mundo, como sempre afastados, periféricos, indiferentes, indolentes, e por aí vamos.
O EB não sabe o que é uma guerra de verdade há quase um século. Mesmo Rui Barbosa dizendo que não se pode deixar de se preparar um único dia, nem isso fazemos direito, também.
Está aí as operações com os norte americanos, com o exército levando quase dois anos para treinar as poucas tropas que consegue, ou quer, equipar, para não passar vexame com os yankees, e estar em um nível mínimo de produtividade operacional.
Receber o Centauro 2 vai trazer uma enormidade de novidades doutrinárias e operacionais para o exército. E como de praxe, ele vai levar muito tempo até conseguir tirar tudo o que pode do bldo italiano. Inclusive que ele não é, e não pode ser usado, como se fosse apenas EE-9 do século XXI. Idem para os LMV, que o exército por enquanto usa do mesmo jeito que os Marruá AM-11REC. Porque o nosso manual ainda está assim. Preso à pós GM II.
Assim como os Leo 1A5 trouxeram enormes ensinamentos para a cav blda do EB, por mais atrasado e tosco que fosse quando recebido, em relação aos que havia de mais moderno no mundo, as VBC CC e VBC Fuz também vão forçar o exército a aprender, ou reaprender, a como fazer guerra blda, principalmente pela evolução da eletrônica de bordo, da guerra centrada em redes, das tecnologias de VANT, a integração de sistemas de sistemas, o uso de um canhão de calibre 120mm ou 130mm, algo absurdamente inédito no país em um veículo bldo nacional ainda hoje, etc.
É muita coisa para compensar em curto prazo para quem passa a maior do tempo ocupado com preocupações com questões que de militares não tem nada. Ao contrário.
Mas é aquele mesmo negócio de 1944. Já que só tem tu, então vai tu mesmo.