ferrol escreveu: Qui Fev 10, 2022 9:35 am
E, en todo ese seu discurso, ¿onde entra a libre determinación dunha nación democrática, Ucrania, que quere pertencer á UE e á OTAN?¿Ten Ucrania, unha nación independente, dereito a asociarse con quen queira cando lle dea a gana ou non ten ese dereito?¿Ese dereito de libre asociación o ten Brasil?
Ou seja, "livre associação" para estabelecer bases militares de Países hostis ao outro como dos EUA em relação à Rússia: e o contrário? Quem na América - especialmente Central e Caribe - pode permitir alguma grande base militar da China ou Rússia em seu território, o que, em termos de NATO, inclui pelo menos a possibilidade de em algum momento haver armas nucleares envolvidas? Vimos como foi em 1962, os EUA quase explodiram o planeta todo para impedir, e eram e são os "defensores do mundo livre": que tipo de "liberdade" é essa, que só vale para alguns? Sobre o Brasil, ainda nos permitem fazer parte dos BRICS, mas só enquanto for um bloco puramente comercial, porque no que passar a ter alguma conotação militar, ou abandonamos de imediato ou seremos passados automaticamente ao "eixo do mal" e levaremos com sanções de todos os tipos, vindo precisamente dos EUA e UE: que "liberdade" é essa, que só vale para um lado?
ferrol escreveu: Qui Fev 10, 2022 9:35 am
O certo é que eu non son moito de etiquetar...bondadosas, racionais, defensoras do medio ambiente...non deixan de ser apelidos que se les poñen ás ideas(1). Eu gosto máis dos feitos que das ideas, e a min gustaríame que calquera páis puidera exerce-la súa independencia de asociarse a calquera organización á súa vontade(2). Así, gustaríame que Brasil puidese asociarse a algunha organización sen que EE.UU a ameazase ou que Ucrania se puidese asociar a calquera organización sen que Rusia a ameazase(3).
1 - Eu uso isso mais como ironia (daí o constante uso de aspas - ¿comillas? - em termos assim), deste modo, concordo contigo nisso. P ex, vejas como volta e meia emprego os termos "direita", "esquerda" e "centro", é sempre assim porque sequer acredito na realidade destes conceitos, são apenas rótulos (etiquetas), geralmente muito imprecisos. Demonstrar é fácil: se um Hippie dos anos 60 encontrasse hoje um cara que ele costumava chamar de fascista naquela época, se veria defendendo ideias praticamente iguais às que repudiava então, enquanto o "facho" estaria defendendo outras muito parecidas com as que ele mesmo (o Hippie) defendia, como liberdade de expressão, movimento, reunião, etc.
2 - São exatamente os FEITOS que mostram a diferença: clama-se pela liberdade da Ucrânia de associar-se à NATO mas como seria se esta mesma negociasse com os Russos, em troca da devolução da Criméia (ou algo assim), associar-se a algum tipo de Pacto de Varsóvia 2.0? Ou melhor ainda, se a Alemanha, de olho nos benefícios do Nordstream 2 e alegando um bondoso esforço em prol da paz, permitisse a presença de tropas Russas em seu território (dos EUA já as tem) e ainda passasse a fazer exercícios com elas? Como isso seria recebido pelo resto da EU, os US e especialmente a NATO? Exigir liberdade mas apenas se for para fazer o que nos beneficia e ao mesmo tempo prejudica o outro não é nem nunca foi liberdade.
3 - Penso ligeiramente diferente: o ideal seria que ninguém precisasse se associar a bloco militar algum por sua absoluta desnecessidade; mas, como o mundo em que vivemos é BEM diferente disso, pelo menos poder escolher livremente um "lado" sem sofrer represálias do outro já seria útil. Só que, por razões mais do que óbvias, não é possível, e aí aparece quem defenda que possibilitar a instalação de forças militares (inclusive nucleares, nunca esqueçamos) na vizinhança de um mas nunca na do outro é correto e justo: sério? Vejas, para os EUA a parte Européia da NATO não é mais do que o AUKUS e outras alianças que fazem por aí, apenas uma maneira de lutar as guerras deles no território dos outros, que são os que deverão suportar as baixas entre sua população civil e infraestrutura. Penses por um instante: no caso de um conflito entre Rússia e NATO (e supondo-se que seja limitado apenas a armas convencionais), qual lugar te parece mais provável de ser bombardeado, Galiza ou Texas? Ou, se estivéssemos tendo esta conversa em 1802, eu te perguntaria algo como "no caso de o conflito entre França e Inglaterra se estender mais, onde seria mais provável de as tropas napoleônicas darem de beber aos seus cavalos, no Tejo ou no Thames?"
ferrol escreveu: Qui Fev 10, 2022 9:35 am
Entendo que vostede pensa diferente, por eso son importantes os feitos mais que a palabras, porque eu estou a favor do feito da libre asociación e vostede non, aínda que seguro que é case tan bondadoso, racional e ecoloxista coma min...
Como em todo prejulgamento, há aqui vários erros: sou totalmente favorável à liberdade de associação (e a muitas outras), apenas não considero como liberdade aquilo que já chega engessado num limite extremamente rígido, algo como "tens a liberdade de fazer o que quiseres, desde que seja bom para mim e mau para meu alvo/rival"; assim, gracias por me permitires demonstrar na prática a diferença entre liberdade e "liberdade".
Racional acho que já está amplamente demonstrado, em mais de uma década e meia de DB, que sou mesmo; já "bondoso", se isso significa ser coletivista, não sou nem nunca fui, pois ninguém me deu nada de presente, tive que trabalhar bastante para poder me reformar com um bom rendimento (em termos de Brasil, claro) e em troca o estado me rouba escandalosamente para dar dinheiro a quem não quer nada com trabalho ou é simplesmente pouco produtivo ou mesmo improdutivo: como eu seria a favor disso?
Por fim, Ecologia aparece de um jeito na mente de um Europeu (cuja flora e fauna original estão quase extintas e cuja energia é majoritariamente produzida de maneira altamente poluente) e de outro na de um Brasileiro (maior parte da fauna e flora intactas - mais de meio Brasil, ou seja, mais do que a Europa Ocidental inteira - e maior parte da energia produzida por hidrelétricas, eólicas e outros meios "ecologicamente corretos", como painéis solares; até as térmicas vão sendo cada vez mais convertidas de carvão para gás natural. As "ambiciosas metas" de vossos líderes já são realidades antigas aqui, embora vossos media digam o contrário).
ferrol escreveu: Qui Fev 10, 2022 9:35 am
Sí, bueno, supoño que eso depende da gráfica...
https://www.xe.com/currencycharts/?from ... RL&view=5Y
Na gráfica o enlace, hai 5 anos se necesitaban pouco máis de 3 reais para para facer un dólar e agora fan falta máis de 5...é dicir, eu non usaría a expresión "o dólar enfraquece ate perante o ridículo BRL..." máis ben ó revés, ¿non lle parece?
Comparemos co euro:
https://www.xe.com/currencycharts/?from ... UR&view=5Y
Hai 5 anos se necesitaban 1,06 dólares por ter un euro e agora se necesitan 1,14 dólares para facer un euro.
Lóxicamente, a relación Euro/Real é semellante á do dólar...
https://www.xe.com/currencycharts/?from ... RL&view=5Y
Hai 5 anos se necesitaban 3,2 reais para un Euro e hoxe se necesitan case 6...¿Cal é a moeda que "enfraquece", amigo Tulio?
Eu começaria perguntando da razão para escolher precisamente cinco anos: por que não partir do começo deste século, afinal, BRL, USD e EUR já existiam como meios de troca, não? Não seria porque o quadro iria aparecer com cores MUITO diferentes? Afinal, iria mostrar com clareza o percurso das Economias lastreadas nestas moedas até 2008, no qual duas (US/EU) sofreram o que aqui foi chamado Tsunami e, ante a pergunta de um jorna, o nosso então Presidente chamou de "marolinha" (pequena ondulação em mar calmo). E ele tinha razão!!!
O que veio depois (aqui) pouco ou nada teve com o que ocorreu aí em cima - exceto terem se tornado, e por boa$ razõe$, ainda mais protecionistas do que "o normal", o que de fato nos atrapalhou um pouco mais - e sim por coisas que não cabe discutir aqui e sim no SMEoS.
Mas o interessante mesmo seria ver como as coisas aí prosseguiram após 2008 e chegando aos dias de hoje, que é o meu ponto fulcral. Se olhares com calma este período que citei, tanto a maneira como se chegou a 2008 quanto como foi a formação da "bolha" ficarão evidentes, bem como que as causas jamais foram sanadas, isso sequer foi tentado; então sim, verás que o Poder de Compra de uma moeda vs a capacidade de este ser mantido ante um aumento da taxa de juros - necessária ao combate da inflação - é tipo Missão Impossível (terão que emitir ainda mais USD/EUR para pagar o serviço de uma dívida já impagável e que encareceu ainda mais por causa dos mesmos juros, e então causar ainda mais inflação ao emitir ainda mais moeda para pagá-la, o que novamente obrigará os governos a emitir ainda mais dívida e esta, a maiores juros, irá gerar ainda mais inflação, esta ainda mais emissão de moeda and so on and so on, num círculo vicioso tão cruel e hipertrofiado que, no menos pior dos casos, levará à dissolução não necessariamente da EU mas por certo da EZ e seu BCE), no vosso caso.
ferrol escreveu: Qui Fev 10, 2022 9:35 amVexamos a relación do rublo...
https://www.xe.com/currencycharts/?from ... UB&view=5Y
Hai 5 anos se precisaban 62 rublos para facer un euro e agora se necesitan case 90...¿un autócrata creando un enimigo exterior para xunta-lo país baixo a súa éxida e esquece-los problemas económicos internos que fan que a súa moeda baixe de valor?¿Onde vin eu iso en hispanoamérica?¿Un tal Videla, lle soa...?¿Un tal Castro, botandolle a culpa ós EEUU...? En fin, dictaduras que repiten comportamentos de dictaduras...nada novo baixo o Sol...
O RUB, como toda moeda inflacionária (USD, EUR, GBP, BRL), já é também praticamente uma moeda morta à espera do velório, tanto que o Putin está causando na internet ao sinalizar cada vez mais forte rumo ao ₿ITCOIN, incluindo mineração. Já chamar apenas o Putin de autocrata (e o António? E o Sánchez? E o Macron? E aquela mulher nazista da Alemanha? E o/a sei lá quem da Áustria e Austrália? Do Canadá? E tantos outros, incluindo o cada vez mais encurralado Biden?) em um momento em que a Europa Ocidental (e cada vez mais a América do Norte) inteira está tomada por protestos contra o crescente autoritarismo de seus governos "progressistas" me parece um pouco exagerado.
ferrol escreveu: Qui Fev 10, 2022 9:35 am
Outra manipulación intencionada de Putin para cos seus cidadáns, que para mante-lo cú quente no Kremlim tenta provocar unha guerra con occidente para que non medren máis as protestas domésticas pola súa mala xestión económica.
En fin, outra razón máis para desprecia-la autocracia rusa... e seguimos contando...
Não vejo uma só maneira de demonstrar que é a Rússia que deseja guerra com o Ocidente mas sim o contrário: já faz séculos que os caras têm que se virar com invasões massivas por parte da Europa Ocidental (as mais famosas, França no século XIX e Alemanha no século XX) mas não vejo o inverso, tipo uma foto do Stálin (URSS) desfilando com suas tropas à sombra da Torre Eiffel, após a conquista da França. Nem os soviéticos faziam coisas assim, mas Napoleão ocupou Moscou e Hitler causou tanta destruição e matanças que qualquer um seria desconfiado, até meio paranóico sobre isso. Deve ser uma sensação bacana se sentir como estando do lado dos bons e da Verdade mas, aqui de longe, vejo a coisa muito diferente do que alegas, meu caro amigo.
Aliás, poucos Brasileiros irão concordar contigo, pelo menos os que conhecem alguma coisa de Geopolítica e, por conseguinte, sabem que
nós somos obrigados a nos dar bem com os Estados Unidos porque eles são a única
verdadeira defesa que temos,
e não contra a Rússia ou China, mas
contra a mesma Europa Ocidental que, se não fossem eles, já teria nos atacado há muito tempo.
É o que penso.
PS.: minhas sentidas desculpas pelo texto tão exageradamente longo; eu poderia ter tentado ser sintético também, mas o problema que vejo nisso é que fica impossível expor ideias com clareza, mas apenas vagas sombras delas que, agregando a dificuldade idiomática à ideológica (Europeu e Brasileiro olham para o mundo e para a vida de maneiras muito diferentes), tornaria o texto quase incompreensível. Mas, como o DB não tem nem nunca terá "idioma oficial", tive que me virar com o material de que dispunha para tentar compreender o sentido do que escreveste, e ainda tenho alguma dúvida sobre ter sido bem sucedido.
Assim, renovadas desculpas.