CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

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Ilya Ehrenburg
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#2941 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Qui Out 07, 2010 6:26 pm

Clermont escreveu:
cabeça de martelo escreveu:Mas o que é que ele fez de tão errado para merecer " decapitação ou esquartejamento". É verdade que ele não se comportou da forma mais correcta do mundo e por isso deve ser punido, mas não vi nenhuns maltratos nem algo que não mereça mais do que uns dias na "casa da rata". :lol:
angelogalvao escreveu:Frescuraaaaa... Pedir para soldado ter alguma postura etica, independentemente do lado que esteja, é impossivel...

É condenavel o ato, mas mesmo assim é pedir demais!!!


É só ver a policia do Brasil, o qto ela esculamba os bandidos... Mesmo se tiver o treinamento mais perfeito sobre postura etica, smepre vai aparecer algum fdp que vai fazer uma palhaçada!
Infelizmente, é isso mesmo. A guerra costuma arrancar o melhor e o pior das pessoas. Geralmente, ela arranca o melhor quando homens dão a própria vida, sem pestanejar, para salvar a vida de alguém "do nosso lado". E geralmente, ela arranca o pior quando homens maltratam as pessoas do "lado deles". Nos mais diversos graus, de uma brincadeira de moleque, como a do caso em questão, até o assassinato e a tortura, como no caso de Abu Ghraib, ou My Lai.

Guerra é isto. E sempre vai ser. Portanto, melhor seria se a classe dirigente política meditasse, profundamente, se vale a pena envolver o país numa guerra.

Caro Clermont,

O que dizes, jamais acontecerá. Pelo simples fato de que a classe dirigente não se permitir ir ao campo de batalha, bem como aos seus rebentos.
Em todos os exércitos do mundo, são os excluídos, os humildes, os "descartáveis", aqueles que pegam em armas, para o benefício difuso que poucos sabem qual é...

As coisas são assim. E assim se dá, desde priscas eras.




Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg


Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#2942 Mensagem por Clermont » Qui Out 07, 2010 8:02 pm

A VERGONHA DO LOBBY.

Por M.J. Rosenberg - 6 de outubro de 2010.

Ler To The End Of The Land de David Grossman, levou a me admirar que a "J Street" (Uma organização política da comunidade judaica americana) seja criticada por aceitar apoio de George Soros, enquanto o lobby "pró-Israel" nunca seja chamado à prestar contas por apoiar políticas que tem produzido tanta dor e lamentação em Israel.

Não vou contar a trama. É ficção, porém, como é bem-conhecido, o filho de 20 anos de Grossman, Uri, foi morto durante a guerra no Líbano de 2006. Eu não estou entregando nada quando digo que este não seria o mesmo livro, se Uri tivesse voltado para casa daquela guerra.

O livro é de partir o coração, por muitas razões. Qualquer livro sobre a mortalidade dos filhos será assim. Mas este, também, é de partir o coração pois está impregnado com falta de esperança. Israel é retratado como um lugar vivendo numa situação intolerável - guerra, seguida por mais guerra - que nunca terá fim.

Isto não era verdade sobre as novelas israelenses, escritas em tempos anteriores. A literatura, arte e música israelenses, certa vez, apontavam para o tempo, não distante no futuro, quando não haveria mais guerras. (Uma canção israelense, popular após a Guerra do Yom Kippur, falava da promessa feita por um soldado para sua filha: "Eu juro que esta será a última guerra.")

Este sentimento não é mais um grande tema na arte israelense. Ao contrário, guerra e violência são coisas consideradas como certas. O soldado que deixa um filho para trás (apenas os rapazes tem funções combatentes, em Israel) está deixando para trás um futuro soldado.

Mas o livro não é, somente, sobre guerra. É sobre a sufocante realidade da situação do dia-a-dia, na qual palestinos e isralenses estão, ambos, sufocados pela ocupação.

Então, por quê Israel, apenas, não acaba com a ocupação, em seu próprio benefício? Por quê não aceita a iniciativa da Liga Árabe (antigamente, saudita) e obtém a paz com todos os seus vizinhos, como uma questão de auto-interesse? Não seria fácil, mas as guerras e a ocupação são mais difíceis.

Por quê não escolher os riscos da paz, ao invés dos riscos maiores da guerra, para que garotos como Uri Grossman não tenham de morrer?

Todos sabemos a resposta: política.

Como nos Estados Unidos, a direita e a esquerda brincaram de "Tomar a Bandeira", e a direita ganhou. A posição segura é ser um falcão, não importa quantos morram, como resultado das políticas de direita.

Uri Grossman foi morto depois que o primeiro-ministro Ehud Olmert rejeitou o cessar-fogo que os Estados Unidos pediram que ele aceitasse. Olmer estava debaixo de pressão, devido a um escândalo de corrupção e precisava parecer durão. Ele não só rejeitou o cessar-fogo, ele "mexeu os pauzinhos" para que o lobby "pró-Israel" aqui, garantisse que nenhum membro do Congresso o endossasse. Estes que o fizeram, rapidamente, encontraram-se debaixo de cerco.

Os israelenses deviam ter aceitado o cessar-fogo, porque o combate adicional não lhes rendeu, absolutamente, nada. E, uns poucos dias depois, eles o aceitaram com a única diferença de que Israel tinha perdido 24 soldados a mais. Uri Grossman foi morto, no próprio último dia da guerra.

Eu me pergunto se as organizações "pró-Israel", nos Estados Unidos, tem qualquer remorso sobre seus esforços para manter a continuação da guerra. Elas chamam, a si mesmas, de "pró-Israel", porém, as políticas que elas apóiam, sem desvios, invariavelmente, levam a mais famílias israelenses desoladas, como a de Uri Grossman.

O lobby do status quo está, quase sempre, errado. Voltando em 1971, o presidente do Egito, Anwar Sadat, ofereceu paz para Israel, em troca de um recuo das FDI para três quilômetros das margens do Canal de Suez. Mas o governo israelense, e o lobby aqui, não gostaram do acordo. Eles queriam o Sinai inteiro, até o Canal. Sadat disse: ou nos dão os três quilômetros, pela negociação, ou nós tomaremos o Sinai inteiro de volta, pela guerra.

E dois anos depois, na Guerra do Yom Kippur, os egípcios atravessaram o canal e, dentro de dias, Israel tinha perdido 3 mil soldados. Israel manteve-se no Sinai, porém, quando Sadat ofereceu a paz, novamente, Israel aceitou sua oferta.

Em 1979, o Sinai inteiro tinha voltado para o Egito. O ponto fundamental: se Israel e seus apoiadores aqui, não tivesssem rechaçado Sadat em 1971, 3 mil vidas israelenses teriam sido preservadas.

Nove anos após a Guerra do Yom Kippur, o lobby, entusiasticamente, apoiou a desastrosa Guerra do Líbano, que produziu outro milhar de israelenses mortos, o massacre de milhares de palestinos em Sabra e Shatila, e levou, diretamente, à criação do Hezbollah, que, basicamente, agora controla o Líbano. (O governo israelense já tinha utilizado seu considerável poder, nos territórios ocupados para, com sucesso, promover o Hamas, que, imaginava-se, ficaria agarrado nas orações, ao invés de perseguir um acordo baseado em compromissos territoriais, como a OLP.)

E, hoje, o lobby está trabalhando com os governos israelense e americano para defender a rejeição por Israel de um congelamento dos assentamentos por sessenta dias. A mais recente novidade é que Dennis Ross, antigamente do Instituto para Políticas do Oriente Próximo, criado pela AIPAC e agora é o principal elemento de Oriente Médio na Casa Branca, colocou na mesa, todo um pacote de bondades de concessões americanas, se apenas Israel aceitar um congelamento único.

Isto saiu do New York Times, hoje:

... os Estados Unidos estão oferecendo equipamento militar; apoio para uma presença israelense de longo prazo no Vale do Jordão; ajuda com a imposição de uma proibição sobre o contrabando de armas para um estado palestino; uma promessa para vetar resoluções do Conselho de Segurança, que critiquem Israel durante as conversações, e uma garantia solene de forjar um acordo de segurança regional para o Oriente Médio.

Em troca de tudo isto, pessoas conhecedoras dos detalhes disseram, os Estados Unidos estão buscando uma única extensão de sessenta dias, não renovável.

"É um pacote extraordinário, por, essencialmente, nada," disse Daniel C. Kurtzer, que também serviu como embaixador americano em Israel, e foi um negociador na administração Clinton. [Nota: Kurtzer não é só um diplomata, mas um judeu ortodoxo e um devotado amigo de Israel.]


Isto é típico. O lobby, sem titubear, apoia as posições israelenses, designadas para fugir da paz, enquanto arrancam qualquer coisa que puderem dos Estados Unidos. Os Estados Unidos ficam parecendo simplórios, mas é Israel quem paga um preço muito mais alto, em oportunidades perdidas - e vidas.

E eis aqui o ponto: o lobby nunca sente qualquer necessidade para se desculpar por qualquer dos seus erros desastrosos. Milhares de israelenses tem sido mortos como um resultado de políticas que o lobby apoiou, mas continua indo em frente, sem nunca olhar para trás, e sempre rotulando qualquer um que se oponha ao status quo, como "anti-Israel".

Ao invés, é a J Street que é atacada por aceitar dinheiro de George Soros, cujo único objetivo é apoiar a J Street em impedir mais matança.

Então, por quê o lobby é tão abrasivo e sem remorsos? Eu acho que sei por quê. Culpa.

Eles nunca admitirão, mas os falcões "pró-Israel" sabem que desempenharam um papel significativo em impedir a paz israelense-palestina. Eles sabem o dano que suas políticas causaram. Eles sabem que, apesar de chamarem a si próprios de "pró-Israel", os resultados de sua obra são, justamente, o contrário.

E esta culpa os torna obsessivos com a J Street. Eles estão envergonhados.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#2943 Mensagem por Don Pascual » Sex Out 08, 2010 2:35 am

Poderoso texto, Clermont. Muito bom!




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#2944 Mensagem por FOXTROT » Seg Out 11, 2010 12:53 pm

terra.com.br

Abbas diz à Liga Árabe que Israel 'revogou acordos de Oslo'
11 de outubro de 2010

O presidente palestino Mahmud Abbas declarou na sexta-feira aos dirigentes da Liga Árabe reunidos em Syrta, na Líbia, que Israel havia "revogado de fato os acordos de Oslo" de 1993 sobre a autonomia palestina, indicou nesta segunda o negociador palestino Saeb Erakat.
"Abbas declarou aos árabes que Israel havia revogado de fato os acordos de Oslo e outros acordos assinados com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP)", disse Erakat à AFP.

Erakat confirmou ainda que Abbas apresentou à Liga Árabe uma série de alternativas às negociações com Israel, bloqueadas pela manutenção da colonização israelense na Cisjordânia.

Entre as opções, o presidente palestino sugeriu que se pedisse a Washington o reconhecimento de um Estado com as fronteiras de 1967; que a questão fosse levada ao Conselho de Segurança da ONU; e que se pedisse à Assembleia Geral da ONU que os territórios palestinos passem à tutela internacional.

"Abbas não disse que ia sair ou dissolver a Autoridade Palestina", destacou Erakat. "No entanto, questionou a necessidade de manter a Autoridade Palestina uma vez que Israel revogou os acordos de Oslo e outros acordos, e a privou de suas atribuições sobre os territórios palestinos".




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#2945 Mensagem por FOXTROT » Seg Out 11, 2010 3:22 pm

terra.com.br

Palestinos consideram última oferta israelense inaceitável
11 de outubro de 2010

A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) taxou nesta segunda-feira de "completamente inaceitável" a última oferta de Israel para prosseguir as negociações de paz.

Em declarações à agência Efe, o porta-voz do Departamento de Assuntos de Negociação da OLP, Xavier Abu Eid, qualificou de "inaceitável" a oferta israelense, pela qual os palestinos deveriam reconhecer o caráter judeu do Estado de Israel para que haja o congelamento das construções nos assentamentos judaicos da Cisjordânia.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, havia proposto renovar um congelamento parcial nas construções em assentamentos israelenses em troca de os palestinos reconhecerem Israel como um Estado judaico.
Autoridades palestinas rejeitaram rapidamente a oferta - a mais recente tentativa israelense de reviver as conversações diretas de paz, depois que os palestinos abandonaram as negociações em protesto contra a retomada das obras nas colônias na Cisjordânia ocupada.

Netanyahu anunciou a oferta três dias depois que líderes árabes e palestinos deram aos Estados Unidos o prazo de um mês para persuadir Israel a renovar uma moratória de dez meses na construção de casas nos assentamentos, que expirou em 26 de setembro.

Netanyahu reluta em prorrogar a moratória e esta foi a primeira vez que ele publicamente indicou que poderia adotar um novo congelamento.

"Se a liderança palestina disser inequivocamente para seu povo que reconhece Israel como a pátria do povo judeu, estarei pronto para convocar meu governo e pedir uma nova suspensão (das obras)", disse Netanyahu ao Parlamento israelense.

Netanyahu disse que o reconhecimento de Israel como um Estado judaico é essencial antes que um Estado palestino possa ser criado na Cisjordânia e Faixa de Gaza.

No entanto, Nabil Abu Rdainah, porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que a retomada do processo de paz mediado pelos EUA requer o congelamento de construções nos assentamentos.

"A questão da judaicidade do Estado não tem nada a ver com o assunto", disse ele à Reuters.

Os palestinos consideram os assentamentos, construídos por Israel em terras que o país ocupou na guerra de 1967, como um obstáculo para o estabelecimento de um Estado viável e contínuo.

Netanyahu fez do reconhecimento de Israel como um Estado judaico um ponto-chave da política de seu governo.

Mas os palestinos temem que tal medida possa ser um empecilho aos direitos dos refugiados palestinos - que fugiram ou foram forçados a deixar suas casas nas guerras árabe-israelenses - de retornar ao território que hoje é Israel.

Com informações da EFE e da Reuters.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#2946 Mensagem por Brasileiro » Seg Out 11, 2010 6:30 pm

Ora, se Israel se reconhece como Estado soberano, então que respeite suas próprias fronteiras e cuide o que há dentro delas, ao invés de ocupar/anexar terras que não lhe pertencem.





abraços]




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#2947 Mensagem por Don Pascual » Seg Out 11, 2010 7:14 pm

É não apenas uma oferta inaceitavel, como ofensiva e ridicula. Um reconhecimento, de caracter amplo e perpétuo, para ganhar só alguns meses de congelamento dos assentamentos ilegais?? Ah, qual é?! Para pedir algo assim, no minimo o fim de qualquer novo assentamento, permanentemente, deviam oferecer.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#2948 Mensagem por FOXTROT » Seg Out 11, 2010 7:45 pm

Essa proposta esdrúxula já foi preparada com esse intuito, qual seja, manutenção do status quo....

Os Sionistas devem parar imediatamente qualquer edificação em curso, bem como, demolir as já existentes, depois disso, podem pensar em fazer exigências, que assim mesmo no meu entender não procederiam...

Saudações




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#2949 Mensagem por kurgan » Seg Out 11, 2010 9:21 pm

11/10/2010 - 13h00
Israel oferece congelar colônias se palestinos reconhecerem país como Estado judeu

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira que aceita renovar o congelamento dos assentamentos na Cisjordânia se a ANP (Autoridade Nacional Palestina) reconhecer Israel como um Estado judaico.

"Se a liderança palestina disser inequivocamente ao seu povo que reconhece Israel como a terra do povo judeu, eu estarei pronto a convencer o meu governo e requerer nova suspensão [das colônias]", disse Netanyahu ao Parlamento israelense.

Segundo o premiê de Israel, o reconhecimento de Israel como um Estado judeu é essencial para que um Estado palestino possa ser criado na Cisjordânia e na faixa de Gaza.

Imagem

A proposta foi, no entanto, imediatamente rejeitada pelos palestinos, que no final da semana passada deram um mês aos EUA, mediadores das negociações, para que convença Israel a renovar a moratória que expirou no último dia 26.

O porta-voz da ANP, Nabil Abu Rdainah, disse que o retorno dos palestinos à mesa de negociações -- retomadas há cerca de um mês após quase dois anos interrompidas -- requer o congelamento das colônias judaicas.

"A questão do caráter judaico do Estado [de Israel] não tem nada a ver com o assunto", afirmou Rdainah.

No discurso ao Knesset, Netanyahu mencionou ainda a necessidade de medidas para garantir a segurança de Israel sob qualquer futuro acordo de paz. O premiê disse estudar propostas dos EUA nesse sentido para salvar as conversas de paz.

Segundo um funcionário do governo de Israel, Washington tenta convencer Israel e estender em dois meses o congelamento dos assentamentos.

Para os palestinos, a manutenção das colônias judaicas em territórios invadidos por Israel em 1967 é um obstáculo para a criação de um Estado.

Além disso, para a ANP, o eventual reconhecimento do caráter judaico de Israel violaria direitos de refugiados palestinos, que não poderiam retornar ao território que hoje abriga o país.

LEALDADE A ISRAEL

Ontem, o governo israelense aprovou submeter à votação no Parlamento uma polêmica emenda que estabelece que qualquer pessoa nacionalizada israelense deverá jurar lealdade ao país como "Estado judeu e democrático".

A emenda, proposta pelo ministro de Relações Exteriores, o ultradireitista Avigdor Lieberman, e apoiada por Netanyahu, foi aprovada na sessão semanal do governo israelense por 22 votos a oito. Os únicos contrários foram os seis ministros do Partido Trabalhista, e os do Likud Dan Meridor e Benny Begin.

Líderes da minoria árabe-israelense condenaram o "racista" voto de naturalização --que não se aplica a judeus, que ganham cidadania automaticamente sob a Lei do Retorno.

Analistas sugerem que a aprovação da polêmica lei foi para garantir o apoio de Lieberman a futuras medidas de concessão para um acordo de paz com os palestinos.

A legislação não vai ser aplicada à minoria árabe-israelense, que corresponde a 20% da população e tem representação no Parlamento. Mas os palestinos temem que a lei prejudique os esforços de palestinos e outros não judeus que casaram-se com israelenses de requerer a cidadania.

Na prática, a emenda afetará milhares de pessoas por ano, metade delas palestinas da Cisjordânia e de Gaza que casa-se com os chamados árabes-israelenses, também palestinos que ficaram dentro das fronteiras reconhecidas de Israel a partir de 1948 e têm cidadania israelense.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/8130 ... udeu.shtml




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#2950 Mensagem por kurgan » Seg Out 11, 2010 9:23 pm

11/10/2010 - 15h24
Síria chama Israel de "fascista" por pedir reconhecimento de Estado judeu

Damasco, 11 out (EFE).- O presidente sírio, Bashar al-Assad, chamou hoje Israel de "fascista" pelas últimas medidas adotadas por seu Governo, que pedem o reconhecimento do país como "Estado judeu".

Em entrevista coletiva conjunta em Damasco com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, Al-Assad disse que "as leis racistas emitidas por Israel demonstram o fascismo israelense".

O líder sírio se referiu a uma emenda aprovada ontem pelo Governo de Israel, segundo a qual os não judeus que queiram nacionalidade israelense devem jurar lealdade ao país como "Estado judeu e democrático".

A esta medida se soma hoje a declaração do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que está disposto a parar a construção de assentamentos na Cisjordânia se a direção palestina reconhecer o caráter judeu do Estado de Israel.

Na reunião, os dirigentes sírio e turco falaram sobre os últimos acontecimentos no Oriente Médio e o processo de paz.

Em relação a Israel, discutiram o ataque israelense à Flotilha da Liberdade em maio, que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

"O povo turco, e não só o Governo, se pôs ao lado de seus irmãos palestinos, em particular durante o ataque de Gaza, e eles sabem mais do que ninguém as verdadeiras intenções israelenses após o ataque à Flotilha da Liberdade", disse Al-Assad.

Por sua vez, Erdogan criticou a atitude neutra de alguns países e afirmou que "Israel tem que pedir perdão às famílias das vítimas e compensá-las pelos danos causados".

Erdogan, cujo país atuou como mediador entre Síria e Israel em negociações indiretas que agora estão suspensas, destacou os esforços de Damasco e Ancara para alcançar "a paz, a segurança e a estabilidade no leste do Mediterrâneo e no Oriente Médio".

Ele e Al-Assad também debateram outros temas atuais da região, como a formação do Governo no Iraque, pendente desde as eleições de 7 de março.

"O atraso na formação do Governo iraquiano causa uma grande preocupação em todos os países vizinhos", disse Al-Assad, quem assegurou que o Iraque "tem o apoio de todos os países".

Erdogan afirmou que "o atraso na formação de um novo Governo iraquiano cria um vazio político no país" e pediu que no novo Gabinete "figurem representantes de todas as esferas políticas".

Por outro lado, o primeiro-ministro turco explicou que Turquia, Jordânia, Líbano e Síria devem iniciar em novembro e dezembro uma maior cooperação nos campos político, econômico e comercial.

"Pretendemos realizar uma cúpula em janeiro e esperamos ampliar esta cooperação em um futuro próximo para que outros países sejam incorporados", acrescentou.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... judeu.jhtm




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#2951 Mensagem por P44 » Ter Out 12, 2010 10:32 am

estado laico, hein.... :roll:




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#2952 Mensagem por Don Pascual » Ter Out 12, 2010 3:46 pm

P44 escreveu:estado laico, hein.... :roll:
Israel é o unico pais do mundo que concede cidadania com base na religião. Nem mesmo a Árabia Saudita ou Irã, demoniazadas como estados teocraticos, fazem isso (conheço um shaykh sirio que estudou e trabalhou para o ministerio de assuntos islamicos da arabia saudita por mais de 40 anos, sem jamais ter conseguido a nacionalidade saudita)




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#2953 Mensagem por Enlil » Ter Out 12, 2010 3:58 pm

A questão é o q seria, diga-se: TERRITÓRIOS, o Estado Judeu para o governo israelense...

Alguém têm alguma dúvida?...




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#2954 Mensagem por suntsé » Ter Out 12, 2010 6:18 pm

Enlil escreveu:A questão é o q seria, diga-se: TERRITÓRIOS, o Estado Judeu para o governo israelense...

Alguém têm alguma dúvida?...
Eu tenho, não entendi o que você quis dizer :oops:




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#2955 Mensagem por Enlil » Ter Out 12, 2010 6:53 pm

"Espacialmente"...


[].




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