Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Enviado: Seg Set 27, 2010 10:52 pm
27/09/2010 - 17h28
Israel desautoriza conselho da ONU de julgar ataque à embarcação em maio
Genebra, 27 set (EFE).- O Governo israelense se defendeu hoje das graves acusações feitas pela missão do Conselho de Direitos Humanos, que investigou o ataque em maio à embarcação com ajuda humanitária que se dirigia à Faixa de Gaza, desautorizando o órgão de julgá-lo.
"Israel não pode ser ouvido com justiça neste Conselho. Nos últimos meses tivemos casos horríveis de violações dos direitos humanos no mundo, como apedrejamentos e estupros em massa, mas este conselho só se fixa em Israel", afirmou o embaixador israelense na ONU em Genebra, Aharon Leshno Yaar.
As declarações do embaixador foram feitas em discurso no Conselho de Direitos Humanos logo após o órgão apresentar um relatório acusando o Exército israelense de ter cometido graves crimes e de ter feito uso de violência gratuita e desproporcional contra ativistas pacíficos.
Segundo o relatório, existem provas para julgar Israel por crimes como "assassinato premeditado e tortura".
O responsável pela investigação lembrou a morte de nove ativistas turcos e afirmou que existem provas de que a embarcação atacada, o "Mavi Marmara", transportava apenas ajuda humanitária e de que os ativistas não estavam armados, o que contraria as alegações de Israel.
"Quando foram atacados pelos soldados israelenses, um pequeno grupo de passageiros usou pedaços de madeira dos balaústres do navio para poder se defender, o que demonstra que eles não tinham outras armas", destacou.
Ele também acusou os soldados israelenses que participaram do ataque em águas internacionais de manter os ativistas presos por horas enquanto lhes batiam e torturavam.
"Após serem levados ilegalmente ao porto israelense de Ashdod, os soldados novamente os espancaram e tiraram suas roupas para humilhá-los", acrescentou.
"Muitos dos ativistas foram novamente espancados quando iam ser deportados de Israel no aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv", afirmou.
O atraso nas sessões de hoje do Conselho adiou para amanhã o debate sobre o relatório, assim como a votação de uma resolução de apoio ao mesmo, que foi apresentada pela Organização da Conferência Islâmica (OCI).
Antes disso, o representante dos palestinos defendeu as conclusões do relatório e pediu a Israel que puna os acusados pelos crimes.
Por sua vez, o embaixador da Turquia parabenizou o órgão pelo "excelente trabalho" e qualificou de "inadmissível" a recusa de Israel a colaborar nas investigações.
O relatório, que foi divulgado na semana passada, é duro em suas acusações a Israel e revela que o Exército israelense atuou com uma violência desnecessária e desproporcional.
A missão do Conselho de Direitos Humanos é formada por Karl T. Hudson-Phillips, de Trinidad e Tobago; Desmond de Silva, da Grã-Bretanha; e Mary Shanthi Dairiam, da Malásia.
Antes da apresentação do relatório, o conselho debateu durante algumas horas sobre a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, de dezembro de 2008 a janeiro de 2009, que resultou na morte de mais de 1,4 mil palestinos.
Israel pediu ao conselho que interrompesse as investigações sobre essa ofensiva e acusou o organismo de falta de objetividade e de "obsessão" com o estado judeu.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... -maio.jhtm
Israel desautoriza conselho da ONU de julgar ataque à embarcação em maio
Genebra, 27 set (EFE).- O Governo israelense se defendeu hoje das graves acusações feitas pela missão do Conselho de Direitos Humanos, que investigou o ataque em maio à embarcação com ajuda humanitária que se dirigia à Faixa de Gaza, desautorizando o órgão de julgá-lo.
"Israel não pode ser ouvido com justiça neste Conselho. Nos últimos meses tivemos casos horríveis de violações dos direitos humanos no mundo, como apedrejamentos e estupros em massa, mas este conselho só se fixa em Israel", afirmou o embaixador israelense na ONU em Genebra, Aharon Leshno Yaar.
As declarações do embaixador foram feitas em discurso no Conselho de Direitos Humanos logo após o órgão apresentar um relatório acusando o Exército israelense de ter cometido graves crimes e de ter feito uso de violência gratuita e desproporcional contra ativistas pacíficos.
Segundo o relatório, existem provas para julgar Israel por crimes como "assassinato premeditado e tortura".
O responsável pela investigação lembrou a morte de nove ativistas turcos e afirmou que existem provas de que a embarcação atacada, o "Mavi Marmara", transportava apenas ajuda humanitária e de que os ativistas não estavam armados, o que contraria as alegações de Israel.
"Quando foram atacados pelos soldados israelenses, um pequeno grupo de passageiros usou pedaços de madeira dos balaústres do navio para poder se defender, o que demonstra que eles não tinham outras armas", destacou.
Ele também acusou os soldados israelenses que participaram do ataque em águas internacionais de manter os ativistas presos por horas enquanto lhes batiam e torturavam.
"Após serem levados ilegalmente ao porto israelense de Ashdod, os soldados novamente os espancaram e tiraram suas roupas para humilhá-los", acrescentou.
"Muitos dos ativistas foram novamente espancados quando iam ser deportados de Israel no aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv", afirmou.
O atraso nas sessões de hoje do Conselho adiou para amanhã o debate sobre o relatório, assim como a votação de uma resolução de apoio ao mesmo, que foi apresentada pela Organização da Conferência Islâmica (OCI).
Antes disso, o representante dos palestinos defendeu as conclusões do relatório e pediu a Israel que puna os acusados pelos crimes.
Por sua vez, o embaixador da Turquia parabenizou o órgão pelo "excelente trabalho" e qualificou de "inadmissível" a recusa de Israel a colaborar nas investigações.
O relatório, que foi divulgado na semana passada, é duro em suas acusações a Israel e revela que o Exército israelense atuou com uma violência desnecessária e desproporcional.
A missão do Conselho de Direitos Humanos é formada por Karl T. Hudson-Phillips, de Trinidad e Tobago; Desmond de Silva, da Grã-Bretanha; e Mary Shanthi Dairiam, da Malásia.
Antes da apresentação do relatório, o conselho debateu durante algumas horas sobre a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, de dezembro de 2008 a janeiro de 2009, que resultou na morte de mais de 1,4 mil palestinos.
Israel pediu ao conselho que interrompesse as investigações sobre essa ofensiva e acusou o organismo de falta de objetividade e de "obsessão" com o estado judeu.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... -maio.jhtm