Crise Econômica Mundial

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Re: Crise Econômica Mundial

#2926 Mensagem por akivrx78 » Qui Jul 14, 2011 4:39 am

Por EFE Brasil, EFE Multimedia, Atualizado: 14/7/2011 1:29
Alta do iene não reflete a realidade, diz ministro das Finanças japonês

Tóquio, 14 jul (EFE).- O ministro das Finanças do Japão, Yoshihiko Noda, afirmou nesta quinta-feira que a situação real da economia japonesa não justifica a atual valorização do iene frente ao dólar, e insistiu que o Governo segue atento aos movimentos do mercado de divisas.

Os comentários de Noda acontecem depois de a moeda americana ter se desvalorizado novamente no começo da jornada diante do possível rebaixamento por parte da agência Moody's da qualificação da dívida dos Estados Unidos.

'Acredito que é uma tendência afastada da realidade e nos preocuparemos se se consolidar', disse Noda, citado pela agência local 'Kyodo'.

O ministro considerou que a alta do iene com relação ao dólar é ilógica, dado que a economia japonesa ainda se recupera dos devastadores efeitos do terremoto e do tsunami de 11 de março, além de sofrer os efeitos de uma persistente deflação.

Na quarta-feira, a divisa japonesa alcançou seu valor máximo em quatro meses com relação à moeda americana, que chegou a ser negociada a 78,49 ienes.

Após o terremoto e o tsunami de março, a especulação sobre os fundos em ienes que o Governo e as empresas mobilizariam para a recuperação fez com que a divisa japonesa alcançasse sua cotação máxima desde o pós-guerra com relação ao dólar, que chegou a custar 76,25 ienes.

Isso fez com que o G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo) acordasse uma operação conjunta de venda de ienes para depreciar a moeda japonesa e impulsionar a recuperação do Japão, cujas empresas exportadoras, motor da economia, sofrem os efeitos de uma divisa forte. EFE

Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados

http://noticias.br.msn.com/economia/art ... d=29495723




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Re: Crise Econômica Mundial

#2927 Mensagem por akivrx78 » Qui Jul 14, 2011 4:41 am

JULY 13, 2011, 6:51 P.M. ET
Cresce a possibilidade de EUA não pagarem dívidas
Por DAVID WESSEL

Nas últimas semanas, veteranos da política americana e sagazes traders de títulos no mundo inteiro acompanharam o debate sobre a dívida dos Estados Unidos com certo humor, acreditando que os políticos estão fazendo com o limite de endividamento do governo federal americano o que sempre fazem: brigas ferozes até o último instante, para então fazerem o que precisa ser feito.

Mas o humor de Washington piorou nos últimos dias. As negociações entre o presidente Barack Obama e seus opositores do Partido Republicano no Congresso têm resultado em pouco progresso visível. A retórica tem caído de nível de forma gradativa.

Há poucos meses o clima era diferente. A era de negar o déficit chegou ao fim. Comissões bipartidárias preparavam propostas ambiciosas. Republicanos recém-eleitos juravam que iam mostrar que conseguiriam concluir alguma coisa. Até uma semana atrás o clima era diferente. Obama e o presidente da Câmara, John Boehner, flertavam com um acordo de déficit daqueles que só se consegue uma vez a cada década.

O que aconteceu?
Imagem
Getty Images

O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, diz que há um risco de que depois de agosto, o governo fique sem dinheiro para pagar as contas.

A primeira coisa é que os políticos americanos contavam implicitamente que os colegas europeus fossem ainda mais incompetentes que eles. Até agora, os europeus têm cooperado. Se os mercados estivessem realmente preocupados com o risco de os EUA não cumprir suas obrigações, acham os políticos de Washington, o Tesouro não conseguiria tomar emprestado com prazo de 10 anos e juro de 3%. O Congresso tem ouvido de Wall Street argumentos sobre a necessidade de aumentar o limite de endividamento e conter o déficit; eles não começaram a sentir a pressão — ainda.

Mas o dinheiro correndo para a segurança dos títulos do Tesouro não é nenhum voto de confiança no vigor da recuperação econômica dos EUA ou na capacidade do governo americano de gerenciar suas finanças. É que o resto do mundo está ainda mais apavorante. Os EUA são o maior anão do mundo.

Isso pode mudar repentinamente: a Média Industrial Dow Jones caiu 778 pontos em outubro de 2008, quando a Câmara votou contra o Programa de Alívio de Ativos Problemáticos, o Tarp. O voto logo foi revertido.

Por outro lado, o presidente e os republicanos têm grandes diferenças de princípios quanto ao tamanho e a eficácia das despesas do governo. Isso não é nada de novo. Mas os dois lados decidiram que o impasse se encaixa em seus interesses políticos para 2012. Os republicanos querem dizer aos eleitores que impediram que o Partido Democrata, de Obama, aumentasse os impostos. Os democratas querem dizer aos eleitores que impediram os republicanos de dilapidar o programa de saúde pública para idosos, o Medicare, e a previdência social. Obama quer dizer aos eleitores que tentou mudar Washington, mas o Congresso não deixou.

O risco para todos eles é que o nojo do público com a incapacidade de Washington de governar, somado à sensação de que a preocupação dos eleitores quanto aos empregos está sendo ignorada, pode se transformar em uma praga bipartidária para os que tentam a reeleição — mesmo que Obama tenha orquestrado jogadas políticas mais afinadas que seus adversários ultimamente.

Outra questão é que as greves mais complicadas (na época em que os EUA ainda tinham greves) ocorriam quando executivos e sindicatos chegavam a um acordo, só para descobrir que os líderes sindicais não conseguiam fazer os operários seguirem suas decisões. É o caso da Câmara atualmente. O baixo escalão dos republicanos desconfia de seus líderes, e os líderes não confiam totalmente uns nos outros. Por isso, o presidente e os líderes republicanos não estão conseguindo chegar a um acordo.

E agora?

Depois de 2 de agosto, a não ser que o Congresso tome uma atitude, o Departamento do Tesouro dos EUA — que toma emprestado US$ 0,40 de cada US$ 1 que gasta — afirma que não vai poder tomar mais emprestado, talvez até antes disso se der um ataque de nervosismo nos mercados.

Depois disso, como definiu o Secretário do Tesouro, Timothy Geithner, "vamos ter de rodar só no cheiro da gasolina". Em algum dia de agosto depois dessa data — o dia exato depende das ondas de receita e gastos — o Tesouro não terá dinheiro suficiente para pagar todas as contas do país. Nesse dia, alguém não vai receber.

Mais conversas em Washington têm começado esta semana com "achei que iriam, mas e se eles não fizerem...". As manobras vão continuar por vários dias. A proposta surpreendente do líder da minoria no Senado, o republicano Mitch McConnell, para dar a Obama autoridade para aumentar o teto de endividamento, é vista por alguns como um sinal de que os republicanos estão vacilando e que um acordo para proteger a reputação de todos está sendo preparado. Mas a cartada de McConnell não será a última.

A única coisa mais ou menos clara é a seguinte: o teto de endividamento deve ser aumentado para pagar a conta deixada por outras decisões sobre impostos e gastos tomadas pelo Congresso, mas votos como esses podem servir e já serviram como alavancas para conseguir as coisas. O embate atual foi encenado primariamente e deliberadamente pelos congressistas que querem forçar a Casa Branca e o Congresso a agir agora para restringir os déficits orçamentários futuros.

Ele não vai atingir esse objetivo.

http://online.wsj.com/article/SB1000142 ... 20318.html




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Re: Crise Econômica Mundial

#2928 Mensagem por akivrx78 » Qui Jul 14, 2011 4:54 am

Europeus acreditam que China vai ultrapassar Estados Unidos
A Europa tem um "mix de sentimentos" em relação à China, mas os europeus acreditam que se tornará na maior potêncial mundial, indica uma sondagem.
Lusa
8:35 Quinta feira, 14 de julho de 2011

A maioria dos cidadãos da Europa Ocidental acredita que a China vai ultrapassar os Estados Unidos enquanto potência mundial, indica uma sondagem do centro de pesquisa Pew Global Attitudes Projet .

Publicada na quarta-feira, a sondagem aponta que a Europa tem um "mix de sentimentos" em relação à China, consoante as áreas.

Nesse sentido, a maioria dos países europeus considera negativo o crescente poderio militar da China, mas, ao mesmo tempo -- 13 das 22 nações inquiridas -- vê com bons olhos o crescimento económico registado naquele país.

Na Inglaterra, por exemplo, 53% dos inquiridos afirmaram que o crescimento económico da China é bom, enquanto 71% disse que o aumento do poder militar chinês é mau.

Imagem da China maioritariamente positiva

Na visão turca, um terço dos inquiridos considera que a China iria suplantar os Estados Unidos, enquanto 60% dos japoneses e 54% dos libaneses consideraram que a China nunca iria substituir os Estados Unidos enquanto potência mundial.

A imagem da China é positiva na maioria dos países, apesar de na Turquia, Índia, Alemanha, Japão e outros estar abaixo dos 40%.

Apenas metade dos americanos inquiridos tem uma visão positiva da China, enquanto 44% dos chineses pensam positivamente acerca dos Estados Unidos, menos 14 pontos percentuais em relação à sondagem do ano passado.

Apesar das dúvidas da Europa Ocidental à projeção do poder norte-americano, os Estados Unidos mantêm uma imagem positiva na maioria dos países inquiridos, uma tendência que se mantém desde a eleição de Barack Obama em janeiro de 2009.

Há, porém, exceções, como a Turquia, onde apenas 10% dos inquiridos expressaram uma visão favorável aos norte-americanos. Os ratings aos Estados Unidos foram igualmente negativos no Paquistão e na Jordânia.

A sondagem foi conduzida entre 18 de março e 15 de maio nos Estados Unidos e em mais 21 países.

http://aeiou.expresso.pt/europeus-acred ... os=f661652




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Re: Crise Econômica Mundial

#2929 Mensagem por akivrx78 » Qui Jul 14, 2011 5:03 am

Agência
Fitch corta ‘rating’ da Grécia e aumenta pressão sobre o euro
Luís Rego em Bruxelas
14/07/11 07:21
Imagem
A Fitch espera uma contracção de 4% da economia grega este ano.

Berlim pressiona Banco Central Europeu a aceitar incumprimento grego e deixa cimeira em suspenso.

A nova descida de ‘rating' da Fitch à Grécia para CCC - algures entre o ‘lixo' e o incumprimento - seguida de contágio à periferia, demonstrou ontem que os mercados já estão a descontar um ‘default' grego. O Banco Central Europeu está agora sob forte pressão da Alemanha para mudar de tom e explicar como vai manter a torneira aberta à Grécia mesmo que o país não honre as suas obrigações e seja forçado a entrar em incumprimento parcial.

Este braço-de-ferro ficou bem exposto no recente Eurogrupo, onde se abriram várias portas a uma reestruturação grega, e continua a subir de tom com a indicação de que a chanceler Angela Merkel se recusa a participar numa cimeira sem resultados. A revisão do Fundo de socorro europeu ainda não está concluída e o encontro seria sempre inconclusivo se o BCE não validasse um ‘default' grego. Analistas e fontes diplomáticas recordavam ontem que há várias soluções no quadro da actuação dos bancos centrais para segurar a economia grega após um incumprimento. O problema, como já alertou o membro do BCE, Lorenzo Bini-Smaghi, é que um ‘default' sairia muito mais caro aos contribuintes europeus. A nível técnico, a primeira solução de financiamento pode vir de uma assistência de emergência de liquidez através dos bancos centrais.

Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu, insiste na reunião. Tentou apresentar esta cimeira extraordinária em Madrid e depois em Lisboa, apontando para sexta-feira, mas Berlim continua a invocar problemas. Wolfgang Schaüble, o ministro alemão das Finanças, disse ontem que não há razão para tomar "decisões apressadas" visto que a Grécia tem "financiamento garantido até Setembro", mas admite que um tal encontro pode ser preciso para dar "um sinal psicológico" aos mercados, caso não tenham percebido com a declaração do Eurogrupo.

Mas os mercados devem ter percebido bem esse sinal porque continuaram ontem a penalizar os países periféricos, receando que estes sigam o caminho da Grécia - depois de rotular a dívida portuguesa como "lixo", a Moody's fez o mesmo à Irlanda.

A irritação entre os líderes dos periféricos é patente nas palavras do líder espanhol que acusou de forma velada a Alemanha de atiçar o contágio. Mas a consequência é mais aperto, até porque estes países não têm, nesta fase, qualquer margem negocial no Conselho. Por exemplo, a ministra espanhola, Elena Salgado, aceitou a contragosto empurrar a Grécia para o incumprimento e quando chegou a Madrid admitiu necessidade de novos cortes. "O tecto de despesa [para 2012] pode ser inferior ao apresentado agora" que já implica um corte de 3,8%. "É mais necessário do que nunca demonstrar o nosso compromisso com a austeridade", explicou, saudando o facto de o país não ter previsto ir ao mercado esta semana.

É assim que o BCE quer superar a crise. Confortar os mercados, reforçando sempre que é possível mais austeridade, e flexibilizar o fundo de socorro (FEEF) recomprando dívida soberana no mercado secundário, para estabilizar o mercado, algo que o BCE já deixou de fazer.

A questão é que a Alemanha, a Holanda e a Finlândia só admitem esta recompra se for com um "desconto significativo", explica um porta-voz alemão, impondo uma perda ao credor. A outra alternativa avançada no Eurogrupo é substituir as velhas obrigações por outras menos atractivas para os credores, com maturidades mais longas e juros menores.

Um membro do grupo de trabalho do Eurogrupo explicou ontem em Bruxelas que em caso de incumprimento grego, os bancos privados poderiam substituir o velho colateral por novas obrigações que seriam aceites pelos bancos centrais respectivos, que no curto prazo continuariam a alimentar o sistema - a tal liquidez de emergência. Para ser sustentável, o BCE teria de aceitar estas novas obrigações para refinanciar os bancos. Mas a linguagem dos banqueiros centrais continua guerreira.

O governador do Bundesbank, Jens Weidmann disse ontem que é necessário traçar um limite e proteger a credibilidade da instituição: "Não é a nossa função financiar bancos insolventes, independentemente dos países" e é por isso que "o eurosistema apenas empresta dinheiro com colateral adequado".

O próximo presidente do BCE e actual banqueiro central italiano, Mario Draghi, pede acção aos governos diante de uma "nova realidade" patente no actual custo do crédito. "A solvência dos países soberanos já não é algo adquirido mas sim algo conquistado com crescimento alto e sustentável, o que só é possível com orçamentos em ordem", afirmou.

http://economico.sapo.pt/noticias/fitch ... 22609.html




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Re: Crise Econômica Mundial

#2930 Mensagem por akivrx78 » Qui Jul 14, 2011 5:04 am

França defende reunião extraordinária da zona euro
(AFP) – Há 19 horas
PARIS, França — A França é favorável à celebração de uma reunião extraordinária dos países da zona euro, que é objeto de estudo em Bruxelas, para evitar um contágio da crise grega à Itália e Espanha, informou nesta quarta-feira a porta-voz do Executivo francês.

"O presidente (Nicolas Sarkozy) recordou que a França sempre apoiou a celebração de reuniões do Eurogrupo no caso de necessidade", declarou Valérie Pécresse, pouco depois do governo alemão ter manifestado pouco interesse no encontro.

A Comissão Europeia confirmou que pode convocar uma reunião extraordinária para debater a atual situação.

Mas uma fonte do governo da Alemanha afirmou nesta quarta-feira que não existe um projeto concreto para uma reunião de cúpula extraordinária da Eurozona sobre a Grécia, como pede o presidente da União Europeia (UE), Herman Van Rompuy.

"Atualmente não há um projeto concreto para uma reunião dos chefes de Estado e de Governo da Eurozona", disse a fonte.

Copyright © 2011 AFP. Todos os direitos reservados.

http://www.google.com/hostednews/afp/ar ... 0f47ce.3d1




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Re: Crise Econômica Mundial

#2931 Mensagem por akivrx78 » Qui Jul 14, 2011 5:06 am

Risco de default: Irlanda fortemente penalizada
O efeito da baixa de rating da Irlanda por parte da Moody's na terça-feira sentiu-se na quarta-feira com o risco de default a subir 2 pontos percentuais e os juros dos títulos a 2 e 10 anos a dispararem. Portugal e Grécia com risco também em alta
Jorge Nascimento Rodrigues (www.expresso.pt)
1:08 Quinta feira, 14 de julho de 2011

O mercado da dívida penalizou na quarta-feira (13 de julho) fortemente a Irlanda. O efeito da baixa de notação pela Moody's na terça-feira (empurrando a dívida irlandesa para o nível "especulativo") sentiu-se no dia seguinte em força.

A probabilidade de incumprimento da dívida irlandesa saltou num só dia dois pontos percentuais, fechando na quarta-feira em 59,85%, segundo a CMA DataVision. Foi a subida mais acentuada do dia nos países da zona euro.
Juros irlandeses ultrapassam portugueses

As yields (juros implícitos) dos titulos irlandeses dispararam nas maturidades que têm estado a ser negociadas no mercado secundário.

Os juros dos títulos irlandeses a 2 anos subiram para 20% e os dos títulos a 10 anos para 14%, novos máximos históricos, desde a adesão ao euro, segundo dados da Bloomberg.

Estes níveis de juros são já superiores aos das obrigações do Tesouro portuguesas com as mesmas maturidades. A Irlanda "ultrapassa", assim, Portugal nos juros.
Grécia no trilho "argentino"

A segunda maior subida desta quarta-feira ocorreu com a Grécia, que recebeu mais um murro no estômago com a descida para o nível de CCC por parte da agência Fitch, a única das três maiores que ainda não tinha baixado a notação da dívida grega para o patamar de risco de default eminente ou inevitável.

A probabilidade de incumprimento da Grécia subiu de 85,81% para 86,55%, com o custo dos credit default swaps em quase 2600 pontos base, numa trajectória que recorda os acontecimentos na Argentina entre meados e final de 2001. Os juros das obrigações gregas a 3 anos subiram para mais de 31%.

Um estudo divulgado recentemente da autoria de Cinzia Alcidi, Alessandro Giovannini e Daniel Gros, do think tank CEPS de Bruxelas, mostra que a trajectória é similar entre os dois casos. O pecado original na condução da estratégia é o mesmo em relação a Atenas (por parte da troika e do governo grego) e a Buenos Aires: a convicção, errada, de que se trata de um problema de liquidez e não de insolvência. O estudo teme que a evolução na Grécia - face aos adiamentos sucessivos de decisões e contradições na liderança política europeia -conduzam ao mesmo resultado: um default desordenado e com convulsão social e política de contornos imprevisíveis.
Juros de OT a 2, a 3 e 5 anos em alta

O risco de default de Portugal alinhou com a tendência de alta. Subiu de 60,29% para 60,78% e os juros das obrigações do Tesouro (OT) nas maturidades a 2, a 3 e a 5 anos voltaram às subidas da parte da tarde. O juros das OT a 3 anos fecharam em 19,81%.

O risco de Espanha subiu para 24.30%, mas os juros mantiveram-se em baixa. No caso de Itália, o nível de risco manteve-se similar ao do fecho de terça-feira. Só no caso da Bélgica, o risco e os juros estiveram em baixa.

O "clube" da bancarrota (ranking dos 10 países do mundo com maior probabilidade de incumprimento da dívida, monitorizados pela CMA DataVision) mantém 5 membros da zona euro: Grécia em 1º lugar, Portugal em 2º, Irlanda em 3º, Espanha em 8º, e Itália em 10º.

http://aeiou.expresso.pt/risco-de-defau ... da=f661596




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Re: Crise Econômica Mundial

#2932 Mensagem por akivrx78 » Qui Jul 14, 2011 5:07 am

Como evitar o ponto de ruptura na zona euro
por Carlos Ferreira Madeira, Publicado em 14 de Julho de 2011 | Actualizado há 9 horas
Os mercados estão a apostar no fim da da zona euro. Mas, se houver vontade política, o colapso pode ser evitado. Ou se o BCE substituir os decisores europeus
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O governo de Berlim tem uma dificuldade colossal em perceber a natureza da crise que empurra a zona euro para o precipício. A menos que o objectivo estratégico da Alemanha seja implodir a moeda única, tal como ela existe, o governo de Angela Merkel só pode estar desorientado. Agora que a a ameaça bateu à porta de Itália, talvez a Europa avance decidamente e evite o colapso. Talvez.

Toda a gente percebe que a crise euro é sistémica. A interdependência do sistema bancário é o canal privilegiado do contágio da crise, pelo que as soluções locais ou os resgates externos são insuficientes. O custo real desta opção de curto prazo está a aumentar, simplesmente porque os decisores políticos escolheram a solução mais barata que disponível no menu.

Sucede que o barato sai caro, como a situação crítica da Grécia prova à saciedade. O FMI já inclui nos seus relatórios a possibilidade real de a dívida grega se "tornar insustentável".

A Alemanha, o maior contribuinte líquido do clube, está a travar a adopção de soluções credíveis, de grande alcance e de longo prazo para travar a crise. Percebe-se porquê: a factura potencial dos alemães é proporcional ao tamanho da sua economia. Sucede que a crise não se resolve com aspirinas. A UE precisa de um mecanismo sistémico, sirva à medida da maior zona económica do mundo. Quais são as alternativas? Além do Plano Brady puro e duro, existem duas.

A primeira hipótese é a criação de um fundo de resgate europeu gigantesco, com capacidade financeira suficiente para que as suas intervenções no mercado sejam credíveis, conseguindo reduzir as taxas de juro através da compra de títulos de dívida soberana em momentos críticos.

A segunda hipótese é transformar o Banco Central Europeu (BCE) num equivalente funcional da Reserva Federal do Estados Unidos, com a responsabilidade de comprar as obrigações soberanas em volumes astronómicos para que os mercados percebam claramente a existência de uma "rede de segurança" europeia. A prazo, esta solução iria implicar provavelmente um programa de quantitative easing, semelhante ao britânico e ao norte-americano. Ou seja: emissão de moeda para comprar títulos soberanos. O que iria depreciar o valor do euro e pressionar a inflação na Alemanha.

Olhando para a Grécia, talvez se consiga perceber para onde segue a política europeia. Em primeiro lugar, parece lógico que Atenas terá de ser aliviada, no médio prazo, da sua montanha de dívida via reestruturação controlada. Berlim finalmente aceitou que o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira possa intervir directamente na compra de dívida soberana. É um passo importante. Com prémios de risco altíssimos, inversamente proporcionais ao preço, as obrigações soberanas da Grécia são transaccionadas a metade do seu valor nominal no mercado secundário. Se a Grécia ou o FEEF recomprarem estes títulos, conseguem uma redução do montante global superior a 40%.

Mas o Fundo de resgate tem apenas 440 mil milhões de euro disponíveis. É insuficiente para a magnitude dos problemas europeus. Os investidores sabem-no. Portanto, o Fundo teria de ser redimensionado para um valor próximo dos dois biliões de euros o que, segundo os cálculos do RBS, implica garantias de 3,5 biliões. Esta solução assusta Paris e Berlim porque a estrutura de capital do Fundo coloca a Alemanha e a França como os principais fiadores de 1,4 biliões de euros: no pior dos cenários, Berlim poderia perder 28% do PIB e Paris 27%. O fundo de resgate, aliás, iria implicar transferências orçamentais perante o default previsível da Grécia - o que Berlim não parece disponível para aceitar.

O BCE dificilmente aceita perder independência e autonomia sem contrapartidas. Mas se a crise não for travada, o banco será obrigado a substituir os políticos para evitar um desastre. O próximo líder do BCE é um italiano. Pode ser um bom sinal.

Redactor principal, escreve à quinta-feira

http://www.ionline.pt/conteudo/136683-c ... -zona-euro




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Re: Crise Econômica Mundial

#2933 Mensagem por akivrx78 » Qui Jul 14, 2011 5:47 am

Atualizado em 13/07/2011 às 13:40:09
FMI: dívida grega terá pico de 172% do PIB em 2012

A dívida pública da Grécia atingirá um pico de 172% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 e recuará para 130% em 2020, segundo estimativa divulgada hoje pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo a entidade, isso será possível se o governo grego implementar o programa fiscal conforme prometido para receber o pacote de socorro de 110 bilhões de euros no ano passado. O FMI afirmou também que a Grécia precisa avançar com sua agenda de privatizações e reformas fiscais de uma maneira determinada e no tempo oportuno a fim de trazer sua dívida de volta a níveis sustentados.

"Os testes de estresse mostram que a implementação total e no tempo oportuno do programa é absolutamente essencial. O ajuste fiscal incompleto e deficiências de privatização ou atrasos na implementação de reformas estruturais manteria a dívida muito elevada e, provavelmente, em níveis insustentáveis até 2020", destacou o FMI, em revisão sobre o caso.

O FMI reconheceu que a recessão na economia grega será mais profunda e mais longa do que o previsto anteriormente, com o PIB do país previsto para recuar 3,8% em 2011, em vez de 3% como projetado antes. O retorno para um crescimento positivo, em bases trimestrais, está agora previsto ocorrer no primeiro semestre de 2012, segundo o FMI.

Em um tom positivo, o FMI espera que a competitividade melhore gradualmente, com a lacuna da inflação com a zona euro gradualmente sendo fechada e tornando-se favorável à Grécia em 2012, apesar dos altos preços do petróleo. O fundo prevê que os custos da mão-de-obra devem continuar a diminuir num ritmo semelhante ao observado em 2010.

Default

O FMI afirmou também que um default (não pagamento das dívidas) temporário da Grécia pode ser inevitável se os detentores de bônus privados participarem voluntariamente de um novo programa de financiamento para o país. Mesmo assim, o FMI projeta um envolvimento de 33 bilhões de euros por parte de todos os detentores privados de bônus até 2014 para analisar se a dívida da Grécia é sustentável e afirma que tal postura é "apropriada".

O FMI disse que um comunicado divulgado na segunda-feira pelo Eurogrupo representa um progresso na determinação de detalhes do próximo programa de financiamento para a Grécia para cobrir um buraco estimado de 104 bilhões de euros em financiamento. O fundo alertou contra novos adiamentos na solução do problema. O Eurogrupo reúne os ministros de Finanças da zona do euro.

"A incerteza afetou negativamente as condições de mercado, não há dúvidas sobre isso, e há uma urgência em se chegar a uma conclusão sobre a respeito desta questão", disse Poul Thomsen, vice-diretor do FMI para o Departamento Europeu e chefe da missão para a Grécia em teleconferência com jornalistas. As informações são da Dow Jones.

http://www.parana-online.com.br/editori ... IB+EM+2012




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Re: Crise Econômica Mundial

#2934 Mensagem por DELTA22 » Qui Jul 14, 2011 9:53 am

Barack Obama tem chilique em reunião sobre dívida

EM DISCUSSÃO NA CASA BRANCA COM REPUBLICANOS, PRESIDENTE AMERICANO DIZ QUE CHEGOU AO SEU LIMITE, ANTES DE DEIXAR A SALA BRUSCAMENTE

14 de Julho de 2011 às 04:30

247 – Os Estados Unidos estão à beira de um ataque de nervos. Os republicanos afirmaram que o presidente americano Barack Obama deixou ontem bruscamente uma reunião sobre o aumento do limite da dívida. Já os democratas disseram que essa versão é bem exagerada.

Segundo um conselheiro republicano, Obama se esquentou e insistiu em um acordo global. Além disso, ele teria dito que, se o departamento do Tesouro não puder cumprir com os pagamentos, os impostos deverão aumentar para todos os americanos. « Eu cheguei ao meu limite, estou num ponto de dizer basta », teria lançado Obama.

Um secretário democrata reconheceu que o presidente usou essas palavras, mas negou que ele tenha deixado a reunião com brutalidade. Os encontros diários na Casa Branca tem acontecido desde domingo entre os democratas e republicanos. Mas até agora, não chegaram a nenhum resultado concreto.

http://www.brasil247.com.br/pt/247/mund ... ADvida.htm




"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
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Re: Crise Econômica Mundial

#2935 Mensagem por J.Ricardo » Qui Jul 14, 2011 11:20 am

Os republicanos não se conformam em ter perdido a casa branca, agora vão fazer o possível para torpedear o Obama...




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
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Re: Crise Econômica Mundial

#2936 Mensagem por Wolfgang » Qui Jul 14, 2011 11:22 am

E form os republicanos que deixaram a batata assar. Fingidos. Os democratas, com Clinton, deixaram um país forte como nunca se tinha visto. Os anos GWB phuderam tudo e a todos.




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Re: Crise Econômica Mundial

#2937 Mensagem por Vitor » Qui Jul 14, 2011 11:39 am

Wolfgang escreveu:E form os republicanos que deixaram a batata assar. Fingidos. Os democratas, com Clinton, deixaram um país forte como nunca se tinha visto. Os anos GWB phuderam tudo e a todos.
Não é tão simples assim, no governo Clinton foram plantadas várias sementes dos problemas atuais, mas também o problema é estrutural, do sistema, republicanos e democratas são lados diferentes da mesma moeda e jogam o mesmo jogo.




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Re: Crise Econômica Mundial

#2938 Mensagem por Vitor » Qui Jul 14, 2011 11:41 am

Ron Pau, senador texano, é o único político intelectualmente honesto que vi em toda história.

http://www.zerohedge.com/article/ron-pa ... -insolvent

Paul on whether the AAA rating is worth saving:

"Probably not. I think if you had a market evaluation on this issue, it should have marked down a long time ago. I always wonder about these ratings. Bond ratings before the crash three years ago were not very helpful. Sometimes I wonder whether this is more of a political theater to build up the fear. First, we won't be able to write the checks for Social Security and the next thing there'll be a down rating of bonds."


On a potential situation where Moody's cuts the AAA rating and whether the U.S. can afford it given that entitlements and discretionary spending are already trying to be cut:

"That will move it along, but ultimately that is going to happen anyway because we are insolvent. We play along with this game with Social Security. We know it is insolvent. We know that if it were an insurance company, it would be in big trouble. It is true that this rating will have an effect, but it is a short-term effect. Ultimately, the fundamentals show this country is bankrupt."

"If they do this, this will be very significant, but I think it is part of the game to make sure everyone is fearful so we continue this process. Long term, I think raising the debt limit is a negative because it delays the inevitable. It will give us much bigger problems down the road. Today and tomorrow, if Moody's does not lower the bond rating, it will be helpful in the short run. In the long run, it will be more devastating because Congress will go back to their old habits again."

On whether the tradeoff in favor of the AAA rating is worth making:

"On the short run it is, but in the long run it makes things worse."




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Re: Crise Econômica Mundial

#2939 Mensagem por PRick » Qui Jul 14, 2011 12:12 pm

Vitor escreveu:
Wolfgang escreveu:E form os republicanos que deixaram a batata assar. Fingidos. Os democratas, com Clinton, deixaram um país forte como nunca se tinha visto. Os anos GWB phuderam tudo e a todos.
Não é tão simples assim, no governo Clinton foram plantadas várias sementes dos problemas atuais, mas também o problema é estrutural, do sistema, republicanos e democratas são lados diferentes da mesma moeda e jogam o mesmo jogo.
Sem dúvida, o problema é estrutural na sociedade americana. Não é possível manter o status quo, os EUA não podem mais viver no padrão de vida anterior. Existe uma nova realidade, e eles terão que conviver com isso.

Por sinal, logo veremos grandes cortes no setor de defesa.

Outro sinal preocupante da crise é o aumento de estados falidos na federação. A Califórnia está sendo seguida por vários outros.

[]´s




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PRick

Re: Crise Econômica Mundial

#2940 Mensagem por PRick » Qui Jul 14, 2011 12:14 pm

akivrx78 escreveu:Por EFE Brasil, EFE Multimedia, Atualizado: 14/7/2011 1:29
Alta do iene não reflete a realidade, diz ministro das Finanças japonês

Tóquio, 14 jul (EFE).- O ministro das Finanças do Japão, Yoshihiko Noda, afirmou nesta quinta-feira que a situação real da economia japonesa não justifica a atual valorização do iene frente ao dólar, e insistiu que o Governo segue atento aos movimentos do mercado de divisas.

............

O ministro considerou que a alta do iene com relação ao dólar é ilógica, dado que a economia japonesa ainda se recupera dos devastadores efeitos do terremoto e do tsunami de 11 de março, além de sofrer os efeitos de uma persistente deflação.

Na quarta-feira, a divisa japonesa alcançou seu valor máximo em quatro meses com relação à moeda americana, que chegou a ser negociada a 78,49 ienes.

Após o terremoto e o tsunami de março, a especulação sobre os fundos em ienes que o Governo e as empresas mobilizariam para a recuperação fez com que a divisa japonesa alcançasse sua cotação máxima desde o pós-guerra com relação ao dólar, que chegou a custar 76,25 ienes.

Isso fez com que o G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo) acordasse uma operação conjunta de venda de ienes para depreciar a moeda japonesa e impulsionar a recuperação do Japão, cujas empresas exportadoras, motor da economia, sofrem os efeitos de uma divisa forte. EFE

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http://noticias.br.msn.com/economia/art ... d=29495723
Pois é, falam a mesma coisa aqui no Brasil, por mais que tenhámos problemas, como os japoneses, a percepção geral é que a situação dos EUA é pior. Aí não tem milagre. Se a coisa continuar assim, vamos ter que fechar o fluxo de capitais. :? :? :?

[]´s




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