Fórum Defesa Brasil

EDSON escreveu:
Aqui no caso um Abrams destruído recentemente por um ataque suicida.

MAS CREDO, o que foi que botaram dentro daquela pick-up? Se supõe que um MBT moderno suporte uma explosão de Mun 155 HE do lado dele, causando pouco mais do que danos às lagartas, suspensão e possivelmente alguns sensores, mas o que se vê aí e um dos mais poderosos blindados do mundo ser praticamente ATOMIZADO, POWS!!!

Aliás, apenas 3 fotos se tornam milhares de razões para NÃO se usar Bldo em ambiente urbano, não tem Afghanit, ERA ou mesmo blindagem eletromagnética que segure um troço desses...

Túlio escreveu:MAS CREDO, o que foi que botaram dentro daquela pick-up? Se supõe que um MBT moderno suporte uma explosão de Mun 155 HE do lado dele, causando pouco mais do que danos às lagartas, suspensão e possivelmente alguns sensores, mas o que se vê aí e um dos mais poderosos blindados do mundo ser praticamente ATOMIZADO, POWS!!!

O M1 foi arrastado alguns metros, devia ter centenas de kg de explosivo naquela pick up.

Túlio escreveu:Aliás, apenas 3 fotos se tornam milhares de razões para NÃO se usar Bldo em ambiente urbano, não tem Afghanit, ERA ou mesmo blindagem eletromagnética que segure um troço desses...

Mas e as fotos das que não conseguiram?

Essa estratégia (usar carros bomba contra tanques) está cada vez mais comum, é muito usada na Síria, ao menos lá a grande maioria é destruída antes de chegar ao seu destino.

Agora eu deixo uma pergunta: Não era mais fácil comprar mísseis anti-carro da China? Ou produzí-los no quintal?

Marechal-do-ar escreveu: Essa estratégia (usar carros bomba contra tanques) está cada vez mais comum, é muito usada na Síria, ao menos lá a grande maioria é destruída antes de chegar ao seu destino.

Não duvido - mas perae, a Síria usa Abrams??? - só que me refiro a OUTROS Países, tipo EUA/OTAN (e bobear NÓS, algum dia). Na Síria tá mole, dá para atirar em todo mundo e fica por isso mesmo, queria ver é a tigrada que tem que lutar com um olho na mira e outro nas ROE, tipo ISAF no Afeganistão. Será que dá para encher de chumbo tudo que é carro que chegar perto de Bldo? Será que os terroristas não vão botar uma mulher e suas crianças a bordo de um só para serem massacradas e depois o mundo inteiro vir abaixo, graças à mídia? E então, seguirão atirando em tudo que é carro/SUV/pick-up? Bota mais uma Mãe e suas crianças no matadouro e bobear e os supertroopers não vão nem poder voltar pra casa.

De modo que reitero ser o caso de se repensar todo o emprego de Bldos no interior de áreas urbanizadas. Como está, caminha para o famigerado "perder ou perder".

Menos na Síria, repito, onde ninguém - ou quase - tem nada a perder. Estes sim, ganham sempre.

Pergunta simplória: onde estava a inf blda que deveria estar apoiando o Abrams? Ondes estava a cav mec? Onde estava o apoio aéreo?
Enfim, um Abrams sozinhos é só isso mesmo: um alvo fácil.

abs.

FCarvalho escreveu:Pergunta simplória: onde estava a inf blda que deveria estar apoiando o Abrams? Ondes estava a cav mec? Onde estava o apoio aéreo?
Enfim, um Abrams sozinhos é só isso mesmo: um alvo fácil.

abs.

Cara, pega os vídeos e assiste.
Verá que em meio urbano o carro bomba sai de uma ruela, anda 50m em alta velocidade e se explode. A infantaria com frequência mal nota que o carro chegou. Quando nota, atira com tudo e com frequência não basta. Seria necessário o uso de misseis ou RPG mas com frequência não há tempo hábil para usál-las. Quanto à aviação, nem sonhe ter tempo para isso. Se reparares as unidades que resistem melhor aos carros bomba não fizeram uso somente da infantaria, do apoio aéreo ou da artilharia e sim da engenharia de combate.
É preciso realizar defesas que OBRIGUEM o carro bomba a diminuir a velocidade ou parar, efetuar ziguezagues e entrar na linha de mira da arma anticarro disponível. É o que a guarda republicana síria fez em deir-ez-zor por exemplo.
Um carro bomba é uma arma MUITO difícil de lidar e mísseis de geração anterior como o Milan não acertam alvos tão rápidos. Não é por acaso que quase todos os grupos islamistas usam essa arma no início de suas ofensivas.
Resumindo, o abrams não estava sozinho (olha os humvees ao lado) mas faltou proteção da engenharia de combate para que a infantaria tivesse tempo de defender o abrams.
Quando digo que faltou não é em tom de crítica pois como sabemos o combate é dinâmico e o abrams pode ter chegado nessa posição 10mns antes da explosão...

bem, mais um item a se acrescer as táticas de operação em ambiente urbano. de qualquer forma, é preciso muita sincronia e organização para isso funcionar. e isso leva tempo. um tempo que os iraquianos não tiveram.
estão aprendendo na marra, ou do pior jeito.
que nem nós aqui costumamos, ou gostamos, sei lá, fazer.

abs.

Outra é que o Iraque (a Síria também, né) está enfrentando um inimigo muito fiel a causa. Um soldado de um exército "normal", vai perceber que quando não der mais, vai recuar, se render, ou o que for e perder o combate. Os combatentes do Estado Islâmico é o contrário, quanto mais encurralados estiverem, com mais vontade ficam e combatem até a morte, inclusive em ataques suicidas. O que os iraquianos estão enfrentando é algo que ninguém nunca antes tinha enfrentado, pelo menos não nesse nível de insanidade.

FCarvalho escreveu:Pergunta simplória: onde estava a inf blda que deveria estar apoiando o Abrams?

Se a infantaria estivesse muito perto teria virado carvão, mesmo que alguém conseguisse destruir o caminhão.

Quando se diz que a infantaria deve andar ao lado para apoiar os MBTs não é tão literalmente assim, a infantaria vai ficar um pouco para trás, dentro de prédios, de onde consiga dar cobertura e proteger os flancos, mas nunca andando a pé literalmente ao lado do MBT, no fim, uma das funções do MBT é levar porrada, quem estiver ao lado sem preteção vai sofrer também, de vez em quando se perde um MBT nessas, mas afinal, é uma guerra, é comum perder soldados para vencer, não é?

Bolovo escreveu:Outra é que o Iraque (a Síria também, né) está enfrentando um inimigo muito fiel a causa. Um soldado de um exército "normal", vai perceber que quando não der mais, vai recuar, se render, ou o que for e perder o combate. Os combatentes do Estado Islâmico é o contrário, quanto mais encurralados estiverem, com mais vontade ficam e combatem até a morte, inclusive em ataques suicidas. O que os iraquianos estão enfrentando é algo que ninguém nunca antes tinha enfrentado, pelo menos não nesse nível de insanidade.

Mesmo em exércitos regulares isso acontece, ou pode acontecer. Na GM II os alemães se surpreendiam frequentemente com as tropas russas, assim como ingleses e franceses em suas guerras coloniais, e os americanos com o exercito do vietnã do norte.
Tem maluco para todos os gostos e necessidades em momentos assim.

abs.

Marechal-do-ar escreveu:

FCarvalho escreveu:Pergunta simplória: onde estava a inf blda que deveria estar apoiando o Abrams?

Se a infantaria estivesse muito perto teria virado carvão, mesmo que alguém conseguisse destruir o caminhão.

Quando se diz que a infantaria deve andar ao lado para apoiar os MBTs não é tão literalmente assim, a infantaria vai ficar um pouco para trás, dentro de prédios, de onde consiga dar cobertura e proteger os flancos, mas nunca andando a pé literalmente ao lado do MBT, no fim, uma das funções do MBT é levar porrada, quem estiver ao lado sem preteção vai sofrer também, de vez em quando se perde um MBT nessas, mas afinal, é uma guerra, é comum perder soldados para vencer, não é?

Operações em ambientes urbanos é algo que a doutrina militar atual ainda não conseguiu distinguir facilmente uma maneira de colocar nos manuais. Então a coisa toda acaba ficando no "aprender fazendo".

Então uma coisa que em teoria deveria funcionar bem, em campo aberto ou terreno não urbano, praticamente fica inviabilizado quando o TO é uma cidade. Aí, o improviso e a capacidade de reação rápida e adaptação é o que vai definir a maior parte dos combates.

Os americano aprenderam isso no Iraque e nós nas favelas do Haiti e RJ. Mas ainda não existe um manual dedicado especificamente para este tipo de combate. Está tudo muito fluído ainda.

Creio que daqui a alguns anos poderemos ter enfim uma doutrina específica para isso advindo das experiências que hora estão sendo feitas, e apreendidas, na marra.

Tomara que estejamos aprendendo com elas.

abs

FCarvalho escreveu:bem, mais um item a se acrescer as táticas de operação em ambiente urbano. de qualquer forma, é preciso muita sincronia e organização para isso funcionar. e isso leva tempo. um tempo que os iraquianos não tiveram.
estão aprendendo na marra, ou do pior jeito.
que nem nós aqui costumamos, ou gostamos, sei lá, fazer.

abs.

Não da tempo de reagir só se tiver com Fazers.
E na foto acima pode se ver blindados Hummve nas ruas.

Túlio escreveu:

Marechal-do-ar escreveu: Essa estratégia (usar carros bomba contra tanques) está cada vez mais comum, é muito usada na Síria, ao menos lá a grande maioria é destruída antes de chegar ao seu destino.

Não duvido - mas perae, a Síria usa Abrams??? - só que me refiro a OUTROS Países, tipo EUA/OTAN (e bobear NÓS, algum dia). Na Síria tá mole, dá para atirar em todo mundo e fica por isso mesmo, queria ver é a tigrada que tem que lutar com um olho na mira e outro nas ROE, tipo ISAF no Afeganistão. Será que dá para encher de chumbo tudo que é carro que chegar perto de Bldo? Será que os terroristas não vão botar uma mulher e suas crianças a bordo de um só para serem massacradas e depois o mundo inteiro vir abaixo, graças à mídia? E então, seguirão atirando em tudo que é carro/SUV/pick-up? Bota mais uma Mãe e suas crianças no matadouro e bobear e os supertroopers não vão nem poder voltar pra casa.

De modo que reitero ser o caso de se repensar todo o emprego de Bldos no interior de áreas urbanizadas. Como está, caminha para o famigerado "perder ou perder".

Menos na Síria, repito, onde ninguém - ou quase - tem nada a perder. Estes sim, ganham sempre.

Não ha Abrams na Síria.

Eu acho que muito mais que lidar com uma operação em ambiente urbano, o problema é como lidar com um homem pronto a se suicidar por uma causa!!!

A marinha estadunidense enfrentou este problema de uma maneira intensa nas operações em Okinawa e Iwo Jima.

E agora?

Bacchi

A Bielorrússia recebeu o T-72B3.

http://www.youtube.com/watch?v=VDJLBUpxe14

S Bielorussia não é aquele pseudo país primo irmãos gêmeo dos russos?

Não me admira recauchutarem T-72 por lá.

abs.