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Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Jul 12, 2011 3:27 pm
por akivrx78
PRick escreveu:Crise derruba fluxo de brasileiros 'legais' para países ricos, diz OCDE
No Japão, o total de brasileiros que ingressaram no país despencou de mais de 30 mil em 2006 para pouco mais de 3 mil em 2009

BBC Brasil | 12/07/2011 12:48

Crise derruba fluxo de brasileiros 'legais' para países ricos, diz OCDE No Japão, o total de brasileiros que ingressaram no país despencou de mais de 30 mil em 2006 para pouco mais de 3 mil em 2009

O fluxo de entrada de imigrantes brasileiros em situação legal nos países avançados que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) caiu quase pela metade entre 2006 e 2009, ano marcado por uma grave recessão nas economias ricas.

A informação foi dada à BBC Brasil pelo economista Jean-Christophe Dumont, da OCDE, um dos autores do estudo Perspectivas das Migrações Internacionais, divulgado nesta terça-feira e que traça um panorama da imigração legal absorvida pelos 34 países da organização.

No entanto, o número relativo ao fluxo de imigrantes brasileiros nos países avançados não consta do relatório da OCDE publicado nesta terça-feira e foi levantado a pedido da BBC Brasil.

Segundo Dumont, a entrada de imigrantes brasileiros nos países da OCDE, que foi de 100 mil pessoas em 2005 e 2006, atingiu o pico de 101,8 mil em 2007 e caiu para 81,7 mil em 2008 e 53,5 mil em 2009. Esse número inclui sobretudo pessoas que foram trabalhar ou estudar nos países que fazem parte do grupo.

"A queda no número de brasileiros, que entram de maneira temporária ou permanente, se deve sobretudo a diminuição da imigração para a Espanha e Japão", diz o economista.

No Japão, o total de brasileiros que ingressaram de maneira legal no país despencou de mais de 30 mil em 2006 (em 2007 o número havia sido de 25 mil) para pouco mais de 3 mil em 2009.

O Japão também lançou em abril de 2009 um programa de retorno voluntário para os imigrantes desempregados descendentes de japoneses, oferecendo ajuda financeira para a volta ao país de origem.

Retorno

De acordo com o estudo da OCDE, os brasileiros representaram a quase totalidade (93%) das quase 22 mil pessoas que utilizaram esse incentivo de retorno voluntário.

O número de brasileiros residentes no Japão diminuiu, em 2009, em mais de 14% em razão da "rarefação do trabalho", afirma o relatório da organização.

Na Espanha, a queda do fluxo de imigrantes brasileiros também foi brutal em 2009 na comparação com os anos anteriores, de acordo com a OCDE. Esse número, que havia ultrapassado 35 mil em 2007, caiu para 15 mil em 2009.

Já nos Estados Unidos, a queda no fluxo de entrada de imigrantes brasileiros em situação legal ocorreu antes de 2009.

Ela foi concentrada em 2007 e 2008, quando começou a crise financeira mundial, e chegou a aumentar ligeiramente em 2009, se situando nos mesmos patamares de 2007, de cerca de 15 mil pessoas.

Em Portugal, onde os brasileiros representam a maior nacionalidade estrangeira residente (26% da população imigrante total), o fluxo de entradas de brasileiros também já vinha caindo desde 2007 e ficou abaixo de 5 mil pessoas em 2008 e 2009.

No entanto, os imigrantes brasileiros, que representavam mais de 20% do total de entradas de estrangeiros em Portugal entre 2001 e 2008, passaram para menos de 10% desse fluxo em 2009.[

Mesmo assim, em 2009, os brasileiros ainda representaram a terceira maior nacionalidade, em termos de percentual da entrada de estrangeiros em Portugal.

Segundo o relatório, o número de entradas de imigrantes originários da América do Sul nos países da OCDE caiu 36% em 2009 na comparação com 2007 (de 511 mil para 327 mil pessoas), em razão da crise econômica na Espanha, principal destino das populações sul-americanas.

http://economia.ig.com.br/crise+derruba ... 33536.html

Eu vi vários programas de tvs mostrando o drama do brasileiros desempregados, mas tem que destacar que estes desempregados eram trabalhadores desqualificados.
Desqualificados porque não entendem a linguá e não sabem nem ler nem escrever, emprego se encontrava mesmo em plena crise mas somente para quem tinha conhecimento da linguá.
Um brasileiro no Japão recebe salários muito próximo de japoneses por serem descendentes, se o trabalhador for coreano ou chines os salários cai para metade...

Existe 3 categorias de trabalho.
Arubaito = trabalhador temporário, salario por hora de trabalho se desconta o imposto de renda.
Haken shain = trabalhador com contrato temporário terceirizado, utilizado pela maioria dos brasileiros (se desconta apenas o imposto de renda e um seguro privado hospitalar/acidentes do salário) salario por hora de trabalho.
Keiyaku Shain = contrato direto com a empresa, (se desconta o seguro desemprego, aposentadoria, seguro hospitalar, seguro de acidentes de trabalho e imposto de renda) não é interessante para brasileiros porque os encargos são elevados, mas existe alguns benefícios como bônus 2 vezes ao ano (seria parecido com o décimo terceiro mas 2 vezes ao ano), o salario é por hora de trabalho, por dia ou fixo por mês, os valores são ajustados por tempo de serviço.
O governo japonês implantou uma lei que exige que trabalhadores estrangeiros se enquadrem nos mesmos termos do keiyaku shain, ele não é interessante para quem quer fazer o pé de meia no curto prazo. http://icfj.sub.jp/icfj-lifeinfo-p/arch ... balho.html

No Japão a maioria das pessoas vem com contratos feitos no Brasil e entram em fabricas onde já existe uma comunidade de brasileiros, desta forma as pessoas não tem interesse e nem necessidade de aprender a linguá local.
Existe locais como em Gumma-ken - Oizumi, onde esta cidade o comercio parece até com o Brasil, lojas, supermercados, shoppings, revendedoras de carros, restaurantes, escolas tudo escrito em português administrado por brasileiros, quem era acostumado pela comodidade sofreu...

Uma outra coisa que pouca gente tem conhecimento, os brasileiros que vem ao Japão com intensão de trabalhar para conseguir o visto precisam ter descendência japonesa ou ser cônjuge e os vistos são classificados em até a 4 geração de descendentes acima disto fica muito difícil se conseguir um visto de trabalho.
segunda geração/ nissei = visto de 3 anos
terceira geração/ sansei = visto de 3 anos
quarta geração/ yonsei = Visto de 6 meses ~1 ano
cônjuge / = Visto de 6 meses ~1 ano
A tendencia pelas leis atuais é de que cada vez menos brasileiros consigam um visto de trabalho no Japão.

O Japão geralmente libera os vistos de trabalho apenas para alguns países que tem relações comerciais de livre comercio, nos anos 90 o Japão era lotado de iranianos, hoje os indianos são umas das comunidades que mais cresce no Japão interessante que o perfil dos indianos não são de trabalhadores de fabricas mas sim de empreendedores.
O Japão pretende liberar vistos para trabalhadores asiáticos que dominam pelo menos o inglês para trabalhar como enfermeiros nos asilos hoje profissionais na área já não atende a demanda, o governo oferece US$1.200 por mês somente para frequentar aulas grátis e tirar uma carteira de assistente para idosos.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Jul 12, 2011 4:40 pm
por Penguin
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Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Jul 12, 2011 4:42 pm
por tflash
Aqui em Portugal, o que me assusta é não saber quais são as nacionalidades que estão a chegar mais do que os Brasileiros. Os chineses devem ser uma delas. Só não quero é muçulmanos radicais por cá.

Aqui há duas classes de brasileiros, os que estão integrados e os que se isolam em comunidades só de brasileiros. Esses últimos causam algum alarme social.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Jul 12, 2011 4:49 pm
por Penguin
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America's debt
Shame on them
The Republicans are playing a cynical political game with hugely high economic stakes
Jul 7th 2011

http://www.economist.com/node/18928600

IN THREE weeks, if there is no political deal, the American government will go into default. Not, one must pray, on its sovereign debt. But the country will have to stop paying someone: perhaps pensioners, or government suppliers, or soldiers. That would be damaging enough at a time of economic fragility. And the longer such a default went on, the greater the risk of provoking a genuine bond crisis would become.

There is no good economic reason why this should be happening. America’s net indebtedness is a perfectly affordable 65% of GDP, and throughout the past three years of recession and tepid recovery investors have been more than happy to go on lending to the federal government. The current problems, rather, are political. Under America’s elaborate separation of powers, Congress must authorise any extension of the debt ceiling, which now stands at $14.3 trillion. Back in May the government bumped up against that limit, but various accounting dodges have been used to keep funds flowing. It is now reckoned that these wheezes will be exhausted by August 2nd.

The House of Representatives, under Republican control as a result of last November’s mid-term elections, has balked at passing the necessary bill. That is perfectly reasonable: until recently the Republicans had been exercising their clear electoral mandate to hold the government of Barack Obama to account, insisting that they will not permit a higher debt ceiling until agreement is reached on wrenching cuts to public spending. Until they started to play hardball in this way, Mr Obama had been deplorably insouciant about the medium-term picture, repeatedly failing in his budgets and his state-of-the-union speeches to offer any path to a sustainable deficit. Under heavy Republican pressure, he has been forced to rethink.

Now, however, the Republicans are pushing things too far. Talks with the administration ground to a halt last month, despite an offer from the Democrats to cut at least $2 trillion and possibly much more out of the budget over the next ten years. Assuming that the recovery continues, that would be enough to get the deficit back to a prudent level. As The Economist went to press, Mr Obama seemed set to restart the talks.

The sticking-point is not on the spending side. It is because the vast majority of Republicans, driven on by the wilder-eyed members of their party and the cacophony of conservative media, are clinging to the position that not a single cent of deficit reduction must come from a higher tax take. This is economically illiterate and disgracefully cynical.

A gamble where you bet your country’s good name

This newspaper has a strong dislike of big government; we have long argued that the main way to right America’s finances is through spending cuts. But you cannot get there without any tax rises. In Britain, for instance, the coalition government aims to tame its deficit with a 3:1 ratio of cuts to hikes. America’s tax take is at its lowest level for decades: even Ronald Reagan raised taxes when he needed to do so.

And the closer you look, the more unprincipled the Republicans look. Earlier this year House Republicans produced a report noting that an 85%-15% split between spending cuts and tax rises was the average for successful fiscal consolidations, according to historical evidence. The White House is offering an 83%-17% split (hardly a huge distance) and a promise that none of the revenue increase will come from higher marginal rates, only from eliminating loopholes. If the Republicans were real tax reformers, they would seize this offer.

Both parties have in recent months been guilty of fiscal recklessness. Right now, though, the blame falls clearly on the Republicans. Independent voters should take note.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Jul 12, 2011 6:07 pm
por PRick
tflash escreveu:Aqui em Portugal, o que me assusta é não saber quais são as nacionalidades que estão a chegar mais do que os Brasileiros. Os chineses devem ser uma delas. Só não quero é muçulmanos radicais por cá.

Aqui há duas classes de brasileiros, os que estão integrados e os que se isolam em comunidades só de brasileiros. Esses últimos causam algum alarme social.
Logo vocês terão um Aiatolah ou um Ling-Ling como primeiro ministro. :mrgreen: :mrgreen:

Por falar em dívida, olha só, continuamos a nos encher dessa moeda fajuta. 8-] 8-]
Reservas Internacionais

Conceito de Liquidez Internacional

Posição em 11 de julho de 2011: US$ 338.477 milhões.
Se vocês quiserem podemos fazer emprestimos, com juros camaradas, e como garantia aceitamos aquelas ilhas que vocês tem no Atlântico. :mrgreen: :mrgreen:

[]´s

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Jul 12, 2011 6:39 pm
por pt
Podem ficar com Angola como colateral ... :mrgreen:

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Jul 12, 2011 6:49 pm
por Túlio
tflash escreveu:
Aqui há duas classes de brasileiros, os que estão integrados e os que se isolam em comunidades só de brasileiros. Esses últimos causam algum alarme social.

VOSMEÇÊS estão a viver algo que foi (ainda é?) muito comum aqui no Brasil: comunidades lusas fechadas. Cito a na qual me criei, o bairro Higienópolis, em Porto Alegre, RS, anos 60. Ali, quem não era tuga ou descendente de tuga era josta. Simples assim. Para teres uma idéia, meu Avô e meu Pai eram PADEIROS! Escapei porque não tinha Cristo que me convencesse a acordar de madrugada, haja chinelo e choradeira. E a Mãe e a Vó tomaram as dores, naquelas de 'esse não, quando crescer vai ser Doutor (Mãe)/ vai ser Padre (Vó)... :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Daí começaram a aparecer os Alemães. Fundaram sua igreja e escola Metodista. Hoje o bairro é deles. Ou era, pois virou tudo em edifício e ninguém mais sabe quem é quem...

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Jul 12, 2011 7:57 pm
por Slotrop
Off-topic: Moro nesse bairro Túlio, hoje em dia realmente não tem mais nenhuma identidade nacional, tudo misturado nos edificios.

Em que parte do bairro tu morou?

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Jul 12, 2011 7:59 pm
por Paisano
Túlio escreveu:
tflash escreveu:
Aqui há duas classes de brasileiros, os que estão integrados e os que se isolam em comunidades só de brasileiros. Esses últimos causam algum alarme social.

VOSMEÇÊS estão a viver algo que foi (ainda é?) muito comum aqui no Brasil: comunidades lusas fechadas. Cito a na qual me criei, o bairro Higienópolis, em Porto Alegre, RS, anos 60. Ali, quem não era tuga ou descendente de tuga era josta. Simples assim. Para teres uma idéia, meu Avô e meu Pai eram PADEIROS! Escapei porque não tinha Cristo que me convencesse a acordar de madrugada, haja chinelo e choradeira. E a Mãe e a Vó tomaram as dores, naquelas de 'esse não, quando crescer vai ser Doutor (Mãe)/ vai ser Padre (Vó)... :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Daí começaram a aparecer os Alemães. Fundaram sua igreja e escola Metodista. Hoje o bairro é deles. Ou era, pois virou tudo em edifício e ninguém mais sabe quem é quem...
Mesmo numa cidade pequena, como Engº Paulo de Frontin (para se ter uma idéia, hoje em dia o município tem somente 12.000 habitantes), os tugas na época em que meu avô materno veio para o Brasil viviam de certa forma a "isolados".

Meu avô somente casou com a minha avó porque esta era neta de um italiano, mas também de uma portuguesa.

Entretanto, esse "isolamento" não existe mais e é tudo misturado, quais sejam, descendentes de tugas, italianos, judeus e tedescos.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Jul 12, 2011 8:10 pm
por Carlos Lima
Esse tipo de isolamento é bem comum para ser honesto.

Eu particularmente não acho certo, mas já vi comunidades aonde existiam motivos fortes para se isolarem.

Uma coisa que ocorre muito é a falta de interesse e 'entendimento' da população local com relação aos imigrantes e isso as vezes gera animosidade boba que quando progride vira exclusão e eventualmente isolamento.

Existe também o problema de falta de conhecimento do idioma local e mesmo aqui eu vejo isso ocorrer.

Para ilustrar, aqui próximo a minha casa tem uma "lojinha brasileira"... lá você encontra todos os tipos de coisa Made in Brasil... do pão de queijo feito por uma brasileira, até outros produtos como por exemplo "Creme de Leite"...

Bom isso é coisa que tem aqui em Supermercados americanos e um dia conversando com o pessoal da "lojinha" eu perguntei porque tem tanto produto que você encontra em tanto supermercado local??

Ele me disse que as pessoas tem medo de ir aos supermercados 'americanos' porque está tudo 'escrito' em inglês e americano 'fala muito'.

Com isso eles cobram um preço bem mais caro para vender na 'lojinha' do que o do Supermercado local, mas como é 'brasileiro'... tudo bem.

Esse é um exemplo bobo, mas é só para ilustrar como as vezes a comunidade realmente cria meios para se manter isolada.

Tem uns exemplos mais ruins aonde brasileiros se isolam de brasileiros e é claro o clássico aonde americanos não querem saber de nós por perto (o que por incrivel que pareça é menos comum aqui por essas bandas aonde somos de um modo geral muito bem aceitos).

[]s
CB_Lima

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Jul 12, 2011 8:17 pm
por Túlio
Slotrop escreveu:Off-topic: Moro nesse bairro Túlio, hoje em dia realmente não tem mais nenhuma identidade nacional, tudo misturado nos edificios.

Em que parte do bairro tu morou?


Para ser exato, quando do meu nascimento, morávamos à rua - :twisted: adivinhem :twisted: - Luzitana (com 'z' mesmo) - nº 521. Poucos anos depois nos mudamos para a rua...PORTUGAL, nº 557, paralela à Luzitana. Ambas as ruas citadas eram cortadas acima pela Couto de Magalhães e abaixo pela Américo Vespúcio. Por aí dá para ver de quem era o bairro, não? :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Aliás, duvido que tenham trocado os nomes das ruas, cupincha, deve ser fácil para ti achares. Ah, e deves ser ALEMÃO! [003] [003] [003] [003]

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jul 13, 2011 1:58 am
por Paisano

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jul 13, 2011 3:21 am
por akivrx78
Crise econômica, terremoto, tsunami e crise nuclear apressam volta de decasséguis ao Brasil
Ewerthon Tobace
De Tóquio para a BBC Brasil
Atualizado em 12 de julho, 2011 - 10:52 (Brasília) 13:52 GMT
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A família de João Carlos de Lima decidiu voltar ao Brasil após o terremoto e tsunami

A crise econômica de 2008 e 2009, que praticamente parou o Japão, fez com que muitos brasileiros decidissem pela volta ao país natal por causa da escassez de empregos, principalmente na indústria, maior empregadora de mão-de-obra estrangeira no país.

Neste período, a comunidade decasségui no Japão teve uma queda histórica de 14,4%. O número de brasileiros despencou de 312.582, em 2008, para 267.456, em 2009.

Nos últimos meses, uma nova crise provocada pelo terremoto de março e pela ameaça de acidente nuclear no país contribuíram ainda mais para o retorno dos decasséguis ao Brasil.

Segundo dados mais recentes da Agência de Imigração do Ministério da Justiça japonês, a comunidade brasileira diminuiu outros 13,8% passado um ano da crise de 2009.

Até dezembro de 2010, eram 230.552 brasileiros vivendo no Japão – ainda o terceiro maior grupo de estrangeiros, atrás de chineses e coreanos.

A família de João Carlos de Lima, 30, foi uma das que resistiu à crise, mas não aos temores provocados pelo terremoto. Ele, a esposa Nathalya e a filha Geovana deixaram Goiânia (GO) em novembro de 2008 e chegaram pela primeira vez ao país bem no início da recessão.

"Viemos com garantia de emprego, mas chegamos justamente quando as pessoas estavam sendo demitidas em massa das fábricas", lembra Lima, que mesmo desempregado resolveu ficar para tentar a todo custo alcançar o objetivo da casa e do carro próprios no Brasil.

Nathalya ainda conseguiu trabalhar por quatro meses. Neste período, Lima investiu o pouco que tinha em uma bicicleta e conseguiu pagar as contas da casa vendendo salgadinhos brasileiros na rua.

"A maioria da clientela era japonesa, pois os brasileiros estavam numa situação ruim financeiramente", lembra o decasségui, que ficou oito meses desempregado.

Terremoto e tsunami

Passado o pior momento da recessão, Lima conseguiu emprego em uma fábrica e as coisas começaram a melhorar para a família, que ganhou mais um herdeiro, obrigando a esposa a ficar em casa para cuidar das crianças.

Mas em março deste ano, o pior terremoto da história do Japão, o tsunami e a crise nuclear geraram uma estagnação na economia japonesa, que assustou os estrangeiros e contribuiu para o retorno deles ao país natal.

"Como minha esposa está grávida novamente, agora de gêmeos, resolvemos que era a hora de voltar ao Brasil", conta. Nathalya e os dois filhos voltaram no último mês de março para a capital goiana.

Lima, que ficou no Japão para resolver as pendências e juntar um pouco mais de dinheiro, embarca em setembro e chega em tempo de ver o nascimento dos gêmeos.

Mas a família de Lima não foi a única. Somente em março deste ano, segundo dados da Agência de Imigração, 6.872 brasileiros deixaram o país. Em abril, outras 6.552 pessoas embarcaram de volta ao Brasil.

Estabilização

No entanto, para alguns estudiosos das comunidades estrangeiras no Japão, o "efeito terremoto" e o perigo nuclear não farão o número de decasséguis cair de forma tão drástica quanto a crise econômica de 2008 e 2009.

"O número deve se ‘estabilizar’ acima dos 200 mil brasileiros no Japão", afirma Angelo Ishi, sociólogo e professor da Universidade Musashi.

"Além disto, os que retornaram ao Brasil não estão necessariamente conseguindo arrumar emprego. Diante disso, com certeza há muitos que continuam de olho em uma oportunidade para retornar ao Japão."

É o caso da família Lima. João Carlos de Lima retorna com muita esperança de conseguir se reinserir no mercado de trabalho, mas diz que se os planos não derem certo, o Japão continuará a ser uma opção.

"Vamos lutar e tentar a vida lá. Mas, por precaução, tiramos o visto que permite a reentrada no Japão", conta.

Angelo Ishi lembra que há outros fatores que podem influenciar o número final de brasileiros no país, como trâmites legais de imigração.

"Será que o governo japonês vai permitir mesmo que os brasileiros que receberam a ajuda de retorno (de cerca de US$ 3 mil) consigam novamente o visto para reentrar no Japão?", questiona o acadêmico, que também faz parte do Conselho de Representantes de Brasileiros do Exterior (CBRE).

Ele destaca que o número pode mudar também porque muitos brasileiros estão se naturalizando no Japão.

"Cada naturalizado a mais significa um brasileiro a menos na conta do Ministério da Justiça japonês", diz.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... l_et.shtml

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jul 13, 2011 5:54 am
por manuel.liste
http://www.cotizalia.com/perlas-kike-va ... -5802.html

Hora de la verdad: unión o ruptura

http://www.project-syndicate.org/commen ... 68/English

Europe Needs a Plan B
George Soros


O se crea un Tesoro Europeo que emita deuda europea, o ruptura.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jul 13, 2011 6:39 am
por cabeça de martelo
Túlio escreveu:
tflash escreveu:
Aqui há duas classes de brasileiros, os que estão integrados e os que se isolam em comunidades só de brasileiros. Esses últimos causam algum alarme social.

VOSMEÇÊS estão a viver algo que foi (ainda é?) muito comum aqui no Brasil: comunidades lusas fechadas. Cito a na qual me criei, o bairro Higienópolis, em Porto Alegre, RS, anos 60. Ali, quem não era tuga ou descendente de tuga era josta. Simples assim. Para teres uma idéia, meu Avô e meu Pai eram PADEIROS! Escapei porque não tinha Cristo que me convencesse a acordar de madrugada, haja chinelo e choradeira. E a Mãe e a Vó tomaram as dores, naquelas de 'esse não, quando crescer vai ser Doutor (Mãe)/ vai ser Padre (Vó)... :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
A conversa tipica do emigrante português, eles podem ser analfabrutos com a 4ª classe, mas querem ver os seus filhos a gozarem uma educação que não tiveram. Por isso é normal que elas quisessem que fosses para profissões de jeito.

Vai estudar vagabundo!!! Está uma pessoa a criar um filho para ele ir para GP... :twisted: [003]
Daí começaram a aparecer os Alemães. Fundaram sua igreja e escola Metodista. Hoje o bairro é deles. Ou era, pois virou tudo em edifício e ninguém mais sabe quem é quem...
Xiiiiiiiiiiiiiiiiiii, era deitar fogo a tudo, pelo menos não ficavam com nada.