sapao escreveu:Vamos por partes, pois sei que a sua intenção é debater e não provocar, como fazem alguns aqui.
E eu sou um deles, não concordar e CONTESTAR as afirmações realizadas pelo colega não é provocar, mas debater... Provocar no meu entendimento seria dizer algo que o intelecutor não disse, isso sim seria provocar... creio.
sapao escreveu:Então seguindo esta lógica do senhor até os Blequirock terão problemas de adaptação
Os do EB ficaram, se não em engano, 3 anos voando com um tripulante da fabrica a bordo; e isso eu vi quando pousaram em uma base da FAB.
Os da FAB tem contrato de um FSR (field service representative) que varia de 2 a 4 anos, para justamente aparar estas arestas.
Esse pessoal são ex-militares americanos com muuuuuuuuita experiencia na operação da maquina, e servem de ligação direta com o fabricante para sanar duvidas e problemas na manutenção.
O PUMA quando foi para Manaus vivia em pane; chegaram uma vez a abrir o painel de rádio e ele estava mofado, tanta era a umidade e a falta de experiencia da FAB na epoca com o modelo; esse foi um dos motivos para sua ida para o Rio. Hoje ele ja operaria la normalmente, mas talvez se tivessemos um representante do fabricante na epoca isso não teria acontecido.
Ou seja, TODOS os produtos precisam de adaptação, ainda mais em um clima unico e EXTREMAMENTE hostil como o amazonico.
Isso ai demonstra sim que precisa de adaptação, como tudo, e eu não falei nada em contrario disso... mas o senhor declarou textualmente na mensagem da pagina 17 Dom Out 31, 2010 5:52 pm que o
"O MI-35 tem problemas de adaptação ao TO amazonica," ou seja, disse que esta adaptação esta com problemas e eu gostaria bem de saber quais são estes problemas vendo que este equipamento se adaptou perfeitamente pelo mundo afora sem dar estes problemas de adaptação que o senhor afirmou como sendo fatos aqui no Brasil e na Amazônia...
sapao escreveu:Esta lógica ai não vale... me demonstre que o clima em PiongYang é igual ao de Saigon, ou este de Addis Abbeba... alias são diferentes também os climas de Moscow e Baikal, assim como aquele de Rostov e de Ulan Ude... além dos climas de Havana e Amman
TODOS os paises que voce sitou contam/contavam com apoio incondicional da URSS/RUSSIA, é a mesma coisa que dizer que a colombia não tem problemas com a manutenção do H-60.
Não queremos esse tipo de assistencia, queremos ser capazes de fazer toda a manutenção sozinha, dependendo da país de origem apenas para o suprimento.
E então, quer dizer o que, que não teremos/contaremos com o apoio dos fornecedores Russos, é isso?? Se sim diga de onde se baseia esta certeza por favor.
Concordo que teremos a capacidade de fazer a manutenção, e não falei nada em contrario, e nem sei porque o senhor tocou neste aspecto que aqui no forum é um tipo de DOGMA, e é justo que seja assim, mas quero saber quais são este problemas de adaptação do Hind aqui, pois duvido muito que seja o equipamento a ter estes problemas de adaptação pois sempre se adaptou em todo lugar do mundo, e não considero que tenha sido assim perfeito para o projeto somente por que contaram como o senhor disse com apoio incondicional da URSS/RUSSIA... se eles fizeram creio que a aqui também podemos fazer, eu acredito na capacidade da FAB, como também acredito que terão problemas no decorrer deste aprendizado com o Hind... o que não demonstra problema do Hind em si, mas de adaptação da FAB, e isso é normal quando se tem uma nova plataforma, e esta dificuldade inicial nunca poderia ser usada como desculpa para se adquirir este ou aquele equipamento.
sapao escreveu:Será que estamos em outro planeta aqui no Brasil, pois se é assim nem nada de outros países do mundo serve pra gente, principalmente dos países frios como a Suécia, Finlândia, Russia, Canadá, Alemanha, Noruega, Inglaterra, USA... esta lógica tua ai não enquadra, pois vemos os equipamentos dos países frios muito bem adaptados na FAB e no Brasil, além de outros países e climas símiles pelo mundo
Busque aqui no forum, ou na sua memoria, pois sei que voce e assiduo frequentador de todas as seções por aqui, e vera que o que diz não e verdade.
Torpedos ingleses, radares suecos, blindados americanos; temos varios exemplos de adaptação sim, que o fabricante "esquece" de comentar na hora da venda; ai depois é tudo milhão...
Se até os carros que são vendidos na brasil tem que ser adaptados ao nosso clima, imagina uma coisa sofisticada como um heli de ataque.
E nunca falei o contrario... o que eu quero saber é qual foi o PROBLEMA de adaptação que o senhor falou como sendo um fato, so isso!!!
"O MI-35 tem problemas de adaptação ao TO amazonica," Que tem que ter adaptações é normal... posso dizer que ja em casos de automoveis e transportes em geral, os componentes são testados em temperaturas de -35°C até +60°C, em escala de poucos minutos e funcionando, onde também as umidades e altitudes eram testadas, levando a umidade de 0% a 100% em poucos minutos também e com tudo em funcionamento, os automoveis ainda tem que ser mantidos em um numero de rotação do motor constante, nós fazíamos a 5/7 mil RPM's dependendo da potência do motor, e víamos se tudo funcionava normalmente antes, durante e depois dos testes... se perdia potência, eletricidade das baterias, se dava curtos, o nivel de desgastes das bronzinas(em mili-microns), a reação do óleo motor, a dilatação e balanceamento da arvore, a dilatação dos materiais da carroceria, etc....
Isso todo fabricante faz, é regra para plataformas de transporte, padronizando ao máximo e evitando assim alguns tipos de adaptação nos mercados globais e causas processuais decorentes dos mesmos, e como o senhor citou os automoveis, a corriqueira adaptação deles aqui atualmente é de carburação, pois temos realidades do combustivel diferente aos outros países, alias são quase todos diferentes, certo que existem outras, mas quase nada que de problemas de funcionamento do projeto em si... neste caso seria um problema do projeto e não de adaptações... alias em alguns veiculos em testes são aprovados diretamente para o mercado fora da Europa depois dos testes, sem ter que ser realizada alguma alteração mecanica, eletrica, eletronica... mas em outros projetos algumas alterações são nescessarias nas alavancas internas das portas e portamalas, que podem dilatar com a temperatura, a calibração dos líquidos ou pressão dos armortecedores dependendo do caso, e ainda algumas adaptações elétricas devido ao modo de funcionamento do sistemas nos climas mais frios/quentes dependendo do caso especifico... mas estamos falando de casos que superam os -35/+60°C ambiente, pouca coisa... e para meios militares estes testes são muito acima destes valores ai, pois o inverno da Russia em algumas regiões da supera estes valores, além de ter o somatório da temperatura ambiente com o calor produzido pelo próprio funcionamento do equipamento e seus sistemas internos, e tudo mais...
Estes pontos dos custos de adaptação devem ser analizados na hora do contrato, e vemos que as compras dos materiais realizadas pelo Brasil de países nordicos se adaptaram bem às nossas condições, e vemos isso todo dia como prova de que estes produtos não tiveram problemas de adaptação, o que demonstra que estes produtos funcionam aqui agora... e se depois de contratado e realizadas as adaptações por quem de dever, o produto ainda dar problemas, essa é sim uma responsabilidade do fabricante por ter vendido um produto que não se adapta... e alias dos comandantes militares nacionais também por terem escolhido o equipamento sem realizar estudos profundos de adaptação, escolhendo assim um produto que não se adapta!!!
Mas se é um problema da manutenção caseira que não foi bem organizada e adestrada para evitar tal probelma, bem, ai a coisa complica, pois os comandos que não conseguem fazer estas previsões levando em conta os altos e baixos não merece o posto que tem na hierarquia da instituição, demonstrando incompetência... sempre que seja este o problema no caso especifico.
sapao escreveu:E o Peru também tem, assim como a Venezuela, e não vemos reclamações, alias existem somente comprimentos ao produto!!
O Peru teve seus HIND por muito tempo no chão depois daquela rolo com a compra de misseis não autorizada por Moscou, agora que eles estão sendo bonzinhos e que eles estão sendo modernizados.
A Venezuela voa, que é diferente de operar. Assim como o Peru.
Pode parecer arrogancia, mas para medir esse nivel de operacionalidade que temos os intercambios e exercicios como a CRUZEX, e garante que se voce tirar os tecnicos russos de la, principalmente da Venezuela, o "mantenimiento" para; como já disse não é esse tipo de "assistencia" que queremos por aqui.
Temos um nivel de conhecimento aeronautico bem maior que o deles, e queremos ser capazes de OPERAR o HIND pois sabemos que temos capacidade para isso.
E então, onde foi o problema de adaptação deles no Peru e na Venezuela??E mesmo que não seja este tipo de assistência que queremos por aqui, fica o caso de que devemos ser nós a termos a capacidade para tal, e não ficar falando que este equipamento é difícil demais para se dar manutenção, não estamos preparados, estamos acostumados com outros tipos, etc... isso ai deve ser considerado pelo comando, e se não foi feito eu ficaria muito assustado... mas como não temos noticias destes problemas, vemos que nem em um caso nem em outro sejam fundados.
Repito que gostaria de saber qual foi o problema, e repito também que sem ter estes dados precisos, fazendo suposições como é o caso, que seguir esta logica ai de que vem de fora vai dar problemas de adaptação não consiste, pois se for assim, todos os equipamentos de outros países e até mesmo regiões do Brasil seria impossivel a operação... e aquele que considera a própria adaptação um problema não entende muito de materiais... mas vejo que não é este o caso do que o senhor disse.
Todos enfrentam problemas com equipamentos novos desconhecidos, e digo novamente que isso é normal como ja disse antes... mas dai a transferir estes problemas como sendo "culpa" do equipamento seria como tampar o Sol com a peneira, e isso nào vai bem, é tentar enganar eles mesmos!!
São apenas afirmações pessoais as que faço, e aceito a contestação, pois destas eu aprendo muito também.
Valeu!!