Re: China...
Enviado: Ter Set 18, 2012 6:27 pm
Por acaso, resulta da realidade histórica e étnica.
A China é um império e isso é assim desde há dois mil anos. Como na antiga União Soviética, o regime comunista serviu apenas para manter o império russo unido, sob a forma de união de repúblicas socialistas.
Na China a coisa não é muito diferente. Até à tomada do poder pelos comunistas, e mesmo antes da II guerra mundial, a China já era muito dividida.
Quando o Japão declarou guerra aos chineses, a declaração foi contra a república chinesa, mas essa república controlava apenas parte do que conhecemos como China. Os territórios no mapa, são grosso modo equivalentes a algumas das regiões que tinham autonomia alargada, com a excepção da Manchuria que era controlada pelos japoneses.
A questão da China é igual à da URSS.
Será vantajoso para alguém uma fragmentação desse tipo ?
A História diz que os chineses são um povo violento e que as convusões internas são mais comuns que o que poderiamos pensar.
A atual tensão com o Japão e as manifestações na rua são uma faca de dois gumes para o regime.
Os chineses não podem tomar o gosto do protesto.
Se eles protestam muito, e a China ganha a contenda com o Japão, a população pode achar que o protesto resulta e pode começar a protestar nas ruas por outras coisas, como a corrupção, uma das coisas que mais irrita os chineses.
Mas se eles protestam muito e a China perde a cara, eles vão revoltar-se contra o governo porque ele deixou humilhar o país.
É por isso que não é impossível especular que toda esta história é uma armadilha do atual presidente Hu Jintao.
Se a crise for resolvida a contento agora e rapidamente, é uma forma dele deixar o governo com brilho. Mas se isto durar muito tempo e o Japão não ceder, então isso é um problema que vai ter que ser desatado pelo próximo presidente Xi-Jinping e pelo seu grupo, que é visto como gente de «sangue azul» dentro do establishment comunista.
A probabilidade de o governo comunista da China sair a perder, é relativamente elevada. Mesmo que ganhe ao Japão, vai ser necessário reprimir futuras tentativas de protesto.
Cumprimentos
A China é um império e isso é assim desde há dois mil anos. Como na antiga União Soviética, o regime comunista serviu apenas para manter o império russo unido, sob a forma de união de repúblicas socialistas.
Na China a coisa não é muito diferente. Até à tomada do poder pelos comunistas, e mesmo antes da II guerra mundial, a China já era muito dividida.
Quando o Japão declarou guerra aos chineses, a declaração foi contra a república chinesa, mas essa república controlava apenas parte do que conhecemos como China. Os territórios no mapa, são grosso modo equivalentes a algumas das regiões que tinham autonomia alargada, com a excepção da Manchuria que era controlada pelos japoneses.
A questão da China é igual à da URSS.
Será vantajoso para alguém uma fragmentação desse tipo ?
A História diz que os chineses são um povo violento e que as convusões internas são mais comuns que o que poderiamos pensar.
A atual tensão com o Japão e as manifestações na rua são uma faca de dois gumes para o regime.
Os chineses não podem tomar o gosto do protesto.
Se eles protestam muito, e a China ganha a contenda com o Japão, a população pode achar que o protesto resulta e pode começar a protestar nas ruas por outras coisas, como a corrupção, uma das coisas que mais irrita os chineses.
Mas se eles protestam muito e a China perde a cara, eles vão revoltar-se contra o governo porque ele deixou humilhar o país.
É por isso que não é impossível especular que toda esta história é uma armadilha do atual presidente Hu Jintao.
Se a crise for resolvida a contento agora e rapidamente, é uma forma dele deixar o governo com brilho. Mas se isto durar muito tempo e o Japão não ceder, então isso é um problema que vai ter que ser desatado pelo próximo presidente Xi-Jinping e pelo seu grupo, que é visto como gente de «sangue azul» dentro do establishment comunista.
A probabilidade de o governo comunista da China sair a perder, é relativamente elevada. Mesmo que ganhe ao Japão, vai ser necessário reprimir futuras tentativas de protesto.
Cumprimentos