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Enviado: Seg Out 22, 2007 11:13 am
por J.Ricardo
A sociedade brasileira esta mudando, antes na éra FHC com as constantes crises econômicas, no início da éra Lula com o "Fome Zero" era quase pecado falar em FA, hoje com a economia andando e o "Bolsa Família" sendo uma realidade, a sociedade esta acordando para outros temas, a violência (o Tropa de Elite considero um divisor de águas, o que o governador do RJ faz hj seria impensável fazer antes, afinal os "bonzinhos" faziam muito barulho, hj nem os escutamos!), as FA (hj as pessoas vem o quanto estamos desamparados), pode se que agora caminhemos para um novo projeto de Brasil!

Enviado: Seg Out 22, 2007 11:39 am
por Marino
Do Valor:

Jobim quer flexibilizar licitações para Defesa

Sergio Leo

As indústrias consideradas estratégicas para a defesa nacional deverão ter tratamento especial em licitações, e excluídas da regra que obriga o setor público a dar preferência aos fornecedores com menor preço, informou ao Valor o ministro da Defesa, Nelson Jobim. As medidas pretendem promover criação de tecnologia de defesa no país, e deverão fazer parte da estratégia nacional de Defesa, cujas definições principais Jobim quer concluir em até 45 dias. Pela primeira vez desde a criação do ministério, haverá um plano integrado de operações e equipamentos das três forças armadas.

"Teremos de ter uma política de compras públicas, com flexibilização de licitações, e é isso que estamos examinando", informou o ministro. Ele quer ter, em março, as linhas gerais da política industrial de defesa, e não descarta o envio de um projeto de lei ou medida provisória para as mudanças. O prazo final para anunciar a nova política de Defesa é 7 de setembro de 2008.

Antes, porém, ele considera necessário concluir o trabalho do comitê criado pelo governo em setembro para propor uma política nacional de Defesa para o país. Jobim e o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, também querem criar, no BNDES, condições de financiamento para as indústrias do setor, que hoje se ressentem da falta de instrumentos de garantia e de crédito para capital de giro, especialmente nas encomendas ao governo.

O governo já recebeu, do setor privado, uma proposta de projeto de lei com mudanças na legislação para favorecer as empresas instaladas no país e dirigidas por brasileiros, nas compras de produtos com similares no país. O projeto, elaborado por um comitê especial designado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com participação de empresários, de representantes das Forças Armadas e de outros setores do governo, sugere mudanças na atual lei de licitações, a 8.666, para garantir o desenvolvimento de tecnologia de defesa.

Pela proposta da Fiesp, o governo, nas compras das Forças Armadas, terá de dar preferência ao fornecedor no país; e, quando não houver produto fabricado no Brasil, mas houver empresas com competência para fabricá-lo, deve ser mantida a preferência. Nos casos em que só uma empresa estrangeira é capaz de fornecer o produto ou serviço desejado, a compra será com o fornecedor estrangeiro, que terá, porém, de comprometer-se com algum tipo de transferência de tecnologia, o chamado off-set.

"O critério de menor preço não pode ser o principal, quando se fala de defesa", argumenta o presidente do Comitê da Cadeia Produtiva da Defesa da Fiesp, Jairo Cândido. "Indústria de defesa e Forças Armadas são duas faces da mesma moeda, devem ser vistas como uma questão de soberania", argumenta, citando exemplo da Argentina, que teve dificuldades técnicas para usar mísseis importados na Guerra das Malvinas, contra a Inglaterra. No setor, especialistas citam casos como o do Chile, que não teve permissão para comprar mísseis que equipariam seus caças F-6, comprados dos EUA.

"O Brasil deve ter condições de, eventualmente, pagar para o produtor nacional um preço mais caro para determinado tipo de produto, desde que esse setor privado nacional tenha compromisso de desenvolver sua tecnologia", concorda Jobim. Essa política, segundo comenta, poderia até, em casos limite, chegar a setores mais presentes na vida civil, como fabricantes de uniformes. "Será que não é interessante estimular o setor têxtil no país?" sugere. "O único jeito de incorporar a Defesa na agenda nacional é acoplar essa questão à questão do desenvolvimento", acredita. "Vamos elaborar e apresentar nossa proposta de estratégia nacional de Defesa vinculada à uma estratégia de desenvolvimento em longo prazo, vinculado ao desenvolvimento de tecnologia."

Jobim esclarece que a decisão sobre compras de equipamentos das Forças Armadas dependerá de definição anterior, inédita no país: a política nacional de Defesa fixará prioridades e objetivos das ações do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, de forma coordenada, para evitar duplicação de esforços. "Hoje a definição dos equipamentos decorre de uma situação já constituída historicamente, tanto que se fala em reaparelhamento", diz. "Os equipamentos dependem da existência do plano estratégico; não se pode inverter a regra."

A forma de "flexibilizar" a lei 8.666 ainda depende dos estudos do comitê do governo, adianta. A legislação atual já permite que o governo ignore a regra do menor preço para produtos que envolvam "cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional". Em alguns casos, porém, há interesse em estimular fornecedores nacionais de componentes de tecnologia pouco complexa, como uniformes e munição, argumenta o ministro.

"Hoje temos pessoal qualificado e bem preparado, mas não temos equipamento", diz o Secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais do ministério, general José Benedito de Barros Moreira. "Nossas empresas também podem ser as primeiras no mundo, desde que haja incentivo para produção e venda aqui", defende ele. O general Barros Moreira endossa as queixas dos empresários nacionais, que criticam vantagens para os fornecedores estrangeiros de equipamentos bélicos, isentos, por exemplo, de impostos pagos pelos concorrentes nacionais.

O governo terá de decidir maneiras de cobrir deficiências, como a proteção inadequada do espaço aéreo nacional, alerta o general. Ele defende que, a exemplo do que ocorre com a Petrobras, que paga royalties para financiar a Marinha, grandes parques industriais ou empresas estratégicas, como a hidrelétrica Itaipu, destinem parte de seus lucros às Forças Armadas, para financiar, por exemplo, a manutenção de baterias anti-aéreas perto de suas instalações. O custo desses equipamento chega a US$ 50 milhões anuais, e a sociedade tem de discutir se está disposta a pagar esse preço, argumenta o general, que, nos dias 5 e 7 de novembro, realiza mais um seminário fechado com empresários da indústria de defesa para mapear as necessidades do setor.

Empresários acreditam que, com Jobim, setor terá política industrial

De Brasília

O prestígio do novo ministro da Defesa, Nelson Jobim, que tirou do Palácio do Planalto a pressão provocada pela crise aérea, é apontado pelos empresários do setor de equipamento militar como a principal garantia de que o projeto de política industrial de Defesa não ficará no papel como os anteriores (a última proposta é de 2005, do então ministro Waldir Pires). Há forte entusiasmo no setor privado com as idéias de Jobim, enquanto entre especialistas da academia levantam-se dúvidas e ceticismo.

Para os empresários, com fortes aliados no Ministério da Defesa e nos comandos militares, é fundamental, para a sobrevivência do setor, o apoio do governo e a garantia de orçamento estável para compra, no país, de material para as Forças Armadas. Eles argumentam que a sociedade teria, como benefício, a autonomia em matéria de Defesa e o desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas com desdobramentos importantes para a vida civil.

"Quatrocentos exames de carótida são feitos anualmente no Brasil baseados em isótopos derivados do programa nuclear brasileiro", argumenta o vice-presidente da Associação das Indústrias de Material de Defesa, Carlos Afonso Gamboa, almirante reformado da Marinha. O sucesso da Embraer começou como pesquisa militar, reforça o presidente da Associação Brasileira da Indústria Aeroespacial, Walter Bartels.

Como derivados das pesquisas em Aramar, centro de desenvolvimento nuclear da Marinha, o Brasil ganhará o domínio da tecnologia para reatores nucleares compactos, que poderão ser usados para abastecer cidades na Amazônia, sugere o secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa, general José Benedito Barros Moreira. Ele argumenta que, por ter intenções dissuasórias, de desencorajar agressões ao país, muitos equipamentos militares são comprados para, em caso de sucesso, não serem usados. "Um equipamento comprado lá fora que não foi usado e se tornou obsoleto é dinheiro que sai pela janela; mas comprar no país gera renda, empregos e tecnologia", defende.

Barros Moreira advoga os gastos com a indústria de Defesa como questão de segurança nacional. Só Forças Armadas bem equipadas poderão, no futuro, defender as jazidas de petróleo descobertas no litoral brasileiro, a distâncias cada vez maiores, argumenta ele.

Os empresários se queixam de que a falta de encomendas no país compromete as vendas para o exterior, por provocar desconfianças em eventuais compradores externos, que pedem referências sobre o uso dos equipamentos pelas forças armadas nacionais. "Uma das primeiras coisas que nos perguntam é: suas Forças Armadas compram esse produto?", comenta o diretor da Fiesp Jairo Cândido.

Além de avisar à equipe econômica para atender aos planos do Ministério da Defesa, o presidente Luis Inácio Lula da Silva, que na recente viagem á África viu um de seus aviões reserva retido no solo por problemas de manutenção, já mostrou ter assumido os argumentos em favor do reequipamento das Forças Armadas. O orçamento dos comandos militares para 2008 foi aumentado de R$ 6 bilhões para R$ 9 bilhões, com promessa de chegar a mais R$ 1 bilhão, e foi assegurado o desembolso de R$ 130 milhões anuais para os projetos de Aramar.

A movimentação em torno do assunto levanta críticas, porém, entre alguns dos mais conhecidos especialistas em Defesa no país. Para Renato Dagnino, da Unicamp, os argumentos dos defensores da indústria de defesa não têm respaldo na experiência internacional, que mostram estreitamento dos mercados para produtos potencialmente fornecidos pela indústria brasileira, tendência das empresas civis a importar tecnologia, mais que desenvolvê-la de forma autônoma e vantagens geopolíticas questionáveis para o Brasil, segundo a literatura sobre relações internacionais.

"Com a revitalização das Forças Armadas, pode haver escala para essa indústria por três, quatro anos, e depois, sobrará a conta para o Estado", afirma o especialista Clóvis Brigagão, da Universidade Cândido Mendes. (SL)

Empresas atendem aos clientes civis e militares

De Brasília

As estrelas do setor de material de Defesa são empresas que se voltaram ao mercado civil, e encontraram clientes alternativos ao vacilante poder de compra dos militares. Algumas companhias conseguem sobreviver com a produção de material bélico, mas ocupam boa parte de suas linhas de produção com equipamentos destinados ao mercado externo.

O caso mais evidente é a Embraer, com quase 90% de suas atividades no mercado civil, cujos executivos evitam até comentar a faceta militar da companhia. Do lado das empresas tradicionais, a situação mais emblemática é a da Imbel, estatal deficitária, com prejuízos acumulados superiores a R$ 400 milhões em 2006.

A vinculação entre atividades civis e militares torna ainda mais difícil saber o tamanho dessa indústria, que, segundo as associações do setor, pode chegar a 300 companhias, e beirar 30 mil empregos diretos. Não há estatísticas confiáveis e o último levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Material de Defesa (Abimde), de 2005, aponta cerca de 300 empresas (46 associadas à Abimde), com quase 22,7 mil empregados.

Uma das maiores perdas do setor foi a da Engesa, que faliu no início dos anos 90. A Avibrás, especializada em foguetes, sobreviveu diversificando produtos, e hoje vende de antenas parabólicas a sistemas eletrônicos para trolébus. Uma política governamental para o setor poderia garantir bons negócios e fôlego até para empresas cronicamente deficitárias, como a Imbel. A empresa chegou a ganhar, em 2005, licitação para fornecer munição ao governo do México, mas não assinou o contrato por falta de garantias bancárias.

"Não temos encomendas do Exército, e temos prejuízo porque é grande o custo fixo de nossas cinco fábricas paradas", comenta o diretor comercial da Imbel, Ubirajara D´Ambrósio. "E como posso tentar vender lá fora se não tenho nem referências de cliente no país?".

A Imbel sobrevive com encomendas das forças policiais e da construção civil, que compra seus explosivos. Ela pesquisa novos produtos, como uma pistola de polímero e um rádio GPS que deverá equipar blindados usados importados pelo Exército. (SL)

Enviado: Seg Out 22, 2007 11:55 am
por Zepa
Parece que os ventos estão começando a soprar a favor. :lol: :lol:
Abs.

Zepa.

Enviado: Seg Out 22, 2007 3:28 pm
por Plinio Jr
Zepa escreveu:Parece que os ventos estão começando a soprar a favor. :lol: :lol:
Abs.

Zepa.


Não se empolgue meu amigo, enquanto não chover na horta, ainda teremos tempos de seca..... 8-] 8-]

Enviado: Seg Out 22, 2007 4:19 pm
por soultrain
No setor, especialistas citam casos como o do Chile, que não teve permissão para comprar mísseis que equipariam seus caças F-16, comprados dos EUA.


:roll:

[[]]'s

Enviado: Ter Out 23, 2007 9:40 am
por Marino
Parlamentares querem fortalecer defesa do território nacional

Agência Brasil



BRASÍLIA - Na avaliação de deputados e senadores da região Amazônica, a eficácia do Programa Calha Norte tem papel fundamental para que o Brasil se proteja adequadamente contra possíveis intenções ofensivas de outros países.

O deputado Luciano Castro (PR-RR) quer que as bancadas dos estados da região priorizem os pelotões de fronteira na destinação de recursos. - A região é estratégica e exige cuidados do governo. Roraima, por exemplo, está ao lado da Venezuela, onde já se percebe intenções de fortalecimento militarista daquele país -, lembrou Castro, em entrevista à Agência Brasil.

A mesma preocupação aflige o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM). Para ele, o Brasil deveria tentar se transformar aos poucos em um potência militar defensiva.

- Ninguém me convence que o coronel Hugo Chávez [presidente da Venezuela] se arme por causa do Bush [presidente dos EUA]. Ele é um típico caudilho sul-americano. Primeiro esmaga as oposições, depois faz corrida armamentista e o passo seguinte pode ser declarar guerra a algum país vizinho. Guiana, Colômbia e Brasil, em menor escala, seriam alvos em potencial -, afirmou Virgílio.

O senador tucano também sugere, ao lado do reforço militar, maior investimento em pesquisas na área de biodiversidade, como forma de neutralizar a pirataria de recursos naturais.

O vice-almirante Arnon Lima Barbosa, diretor do departamento de Política e Estratégia do Ministério da Defesa, defende o aumento dos recursos para a parte militar do Calha Norte. Esses investimentos serviriam para reaparelhar os pelotões e intensificar as operações de fiscalização e controle das fronteiras na região.

- Hoje a parte militar do programa não recebe nenhum recurso de emenda parlamentar. E elas seriam um reforço muito bem vindo -, disse Barbosa.

Em 2007, a parte civil do Calha Norte tem orçamento previsto em R$ 455 milhões. Para o braço militar do programa estão reservados R$ 34 milhões.

O Programa Calha Norte foi lançado em 1985 pelo ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). Nos últimos 21 anos, segundo o Ministério da Defesa, US$ 326 milhões ( R$ 650 milhões) foram aplicados pelo programa na Amazônia. Entre os objetivos do programa estão a inclusão social, geração de empregos e conclusão de obras de infra-estrutura.

Enviado: Ter Out 23, 2007 10:52 am
por Carlos Mathias
O Programa Calha Norte foi lançado em 1985 pelo ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). Nos últimos 21 anos, segundo o Ministério da Defesa, US$ 326 milhões ( R$ 650 milhões) foram aplicados pelo programa na Amazônia. Entre os objetivos do programa estão a inclusão social, geração de empregos e conclusão de obras de infra-estrutura.


Olha, pelo que sei, as forças armadas já tinham esse plano à muito mais tempo. A trans-amazônica(?) faz parte dele.

Sarney é o cacete.

Enviado: Ter Out 23, 2007 12:24 pm
por Plinio Jr
São aquelas promessas e discurssos que nunca são efetivados...

Enviado: Sáb Out 27, 2007 9:58 am
por Marino
Interessante.
Do Correio Brasiliense:
Brasília - DF :: Denise Rothenburg

Mudança/ A Secretaria de Planejamento do Longo Prazo, chefiada por Mangabeira Unger (foto), está limpando as gavetas do prédio “X-tudo”, o bloco A da Esplanada dos Ministérios, que abriga uma série de órgãos do governo. Vai funcionar em três andares do Comando do Exército. É a primeira vez que um órgão civil irá funcionar num edifício militar.

Enviado: Sáb Out 27, 2007 10:16 am
por Dieneces
Marino escreveu:Interessante.
Do Correio Brasiliense:
Brasília - DF :: Denise Rothenburg

Mudança/ A Secretaria de Planejamento do Longo Prazo, chefiada por Mangabeira Unger (foto), está limpando as gavetas do prédio “X-tudo”, o bloco A da Esplanada dos Ministérios, que abriga uma série de órgãos do governo. Vai funcionar em três andares do Comando do Exército. É a primeira vez que um órgão civil irá funcionar num edifício militar.
Sintomático eu diria. :wink:

Enviado: Sáb Out 27, 2007 4:32 pm
por Kratos
Marino escreveu:Interessante.
Do Correio Brasiliense:
Brasília - DF :: Denise Rothenburg

Mudança/ A Secretaria de Planejamento do Longo Prazo, chefiada por Mangabeira Unger (foto), está limpando as gavetas do prédio “X-tudo”, o bloco A da Esplanada dos Ministérios, que abriga uma série de órgãos do governo. Vai funcionar em três andares do Comando do Exército. É a primeira vez que um órgão civil irá funcionar num edifício militar.


Isso é um péssimo sinal. Me cheira a cupins numa estrutura de madeira.

Enviado: Dom Out 28, 2007 10:33 am
por Pedro Gilberto
Do Blog do Nassif

28/10/07 06:00

A nova política de defesa


Coluna Econômica - 28/10/2007

Nesta semana o Ministério da Defesa anunciará o propósito do governo de acelerar as pesquisas nucleares. Serão destinados R$ 130 milhões para o Projeto Aramar, da Marinha, de enriquecimento de urânio. A informação me foi passada pelo Ministro Nelson Jobim.

Esta será uma das pernas do Plano Estratégico de Defesa, que está sendo montado no momento. Como parte das novas prioridades, o Ministério conseguiu R$ 3 bilhões além dos R$ 6 bi destinados às Forças Armadas. E mais R$ 1 bi de remanejamento orçamentário para o próximo ano.

***

Nesse ínterim, o Plano estará sendo montado para ser apresentado, completo, no dia 7 de setembro de 2008. A idéia central será dotar o país de autonomia tecnológica na área de Defesa.

Primeiro, foi criado um Comitê presidido pelo Ministro da Defesa, coordenado pelo futuro Secretário das Ações de Longo Prazo, Roberto Mangabeira Unger, pelos comandantes das três Forças, e o Ministros da Fazenda, Planejamento e Ciências e Tecnologia.

***

Foram feitas reuniões em separado com cada Força. Nelas, foi formulada uma série de hipóteses de necessidade de defesa em tempo de paz. Por exemplo, monitoramento de fronteiras; enfrentamento de forças paramilitares que invadam o território brasileiro; defesa da costa e das plataformas petrolíferas etc. Indagou-se como cada Força pretendia executar essa tarefa de monitoramento.

Na segunda etapa, se passará para indagações específicas, dependendo das respostas que derem. Qual o perfil da tropa e os equipamentos necessários para cumprir a tarefa da melhor forma? Quais as mudanças necessárias em termos de operações?

Por exemplo, para a defesa da Amazônia não há que se falar em organização militar baseada em blindados.
Finalmente, a última questão é sobre como cada Força poderia colaborar com outras para o cumprimento das tarefas.

***

Nesses estudos, algumas questões são transversais a todas as Forças. A idéia central é a necessidade de criação de uma tecnologia independente vinda do setor privado. Qualquer política de defesa que dependa de importados, não é eficaz.

Até agora, as compras das Forças eram feitas de maneira isolada. Agora as compras obedecerão a essa política de defesa nacional, com a decisão política de se fabricar internamente os equipamentos.

***

Essa tecnologia será viabilizar por uma política de compras públicas. Para tanto, haverá a necessidade de alterações na Lei de Licitações. Já houve uma relevante, dispensando de licitação a compra de produtos de alta tecnologia com implicações na Defesa. Pretende-se ampliar, tirando o “alta tecnologia”. Além disso, haverá a integração dos Institutos Militares nesse esforço.

No fundo, o grande desafio será compatibilizar a urgência em renovar os equipamentos, com a decisão de fabricá-los no Brasil.

Para tanto, haverá licitações para a aquisição de produtos estrangeiros, especialmente aviões, submarino e helicópteros. Mas uma condição será essencial: só com transferência de tecnologia.

Provavelmente em fevereiro serão lançadas as licitações para a compra de submarinos e aviões.

http://www.projetobr.com.br/blog/6.html#4624


[]´s

Enviado: Dom Out 28, 2007 10:49 am
por Matheus
Pedro Gilberto escreveu:Do Blog do Nassif

28/10/07 06:00

A nova política de defesa


Coluna Econômica - 28/10/2007

Nesta semana o Ministério da Defesa anunciará o propósito do governo de acelerar as pesquisas nucleares. Serão destinados R$ 130 milhões para o Projeto Aramar, da Marinha, de enriquecimento de urânio. A informação me foi passada pelo Ministro Nelson Jobim.

Esta será uma das pernas do Plano Estratégico de Defesa, que está sendo montado no momento. Como parte das novas prioridades, o Ministério conseguiu R$ 3 bilhões além dos R$ 6 bi destinados às Forças Armadas. E mais R$ 1 bi de remanejamento orçamentário para o próximo ano.

***

Nesse ínterim, o Plano estará sendo montado para ser apresentado, completo, no dia 7 de setembro de 2008. A idéia central será dotar o país de autonomia tecnológica na área de Defesa.

Primeiro, foi criado um Comitê presidido pelo Ministro da Defesa, coordenado pelo futuro Secretário das Ações de Longo Prazo, Roberto Mangabeira Unger, pelos comandantes das três Forças, e o Ministros da Fazenda, Planejamento e Ciências e Tecnologia.

***

Foram feitas reuniões em separado com cada Força. Nelas, foi formulada uma série de hipóteses de necessidade de defesa em tempo de paz. Por exemplo, monitoramento de fronteiras; enfrentamento de forças paramilitares que invadam o território brasileiro; defesa da costa e das plataformas petrolíferas etc. Indagou-se como cada Força pretendia executar essa tarefa de monitoramento.

Na segunda etapa, se passará para indagações específicas, dependendo das respostas que derem. Qual o perfil da tropa e os equipamentos necessários para cumprir a tarefa da melhor forma? Quais as mudanças necessárias em termos de operações?

Por exemplo, para a defesa da Amazônia não há que se falar em organização militar baseada em blindados.
Finalmente, a última questão é sobre como cada Força poderia colaborar com outras para o cumprimento das tarefas.

***

Nesses estudos, algumas questões são transversais a todas as Forças. A idéia central é a necessidade de criação de uma tecnologia independente vinda do setor privado. Qualquer política de defesa que dependa de importados, não é eficaz.

Até agora, as compras das Forças eram feitas de maneira isolada. Agora as compras obedecerão a essa política de defesa nacional, com a decisão política de se fabricar internamente os equipamentos.

***

Essa tecnologia será viabilizar por uma política de compras públicas. Para tanto, haverá a necessidade de alterações na Lei de Licitações. Já houve uma relevante, dispensando de licitação a compra de produtos de alta tecnologia com implicações na Defesa. Pretende-se ampliar, tirando o “alta tecnologia”. Além disso, haverá a integração dos Institutos Militares nesse esforço.

No fundo, o grande desafio será compatibilizar a urgência em renovar os equipamentos, com a decisão de fabricá-los no Brasil.

Para tanto, haverá licitações para a aquisição de produtos estrangeiros, especialmente aviões, submarino e helicópteros. Mas uma condição será essencial: só com transferência de tecnologia.

Provavelmente em fevereiro serão lançadas as licitações para a compra de submarinos e aviões.

http://www.projetobr.com.br/blog/6.html#4624


[]´s


bate com que o pessoal "com fontes" vem falando.

Enviado: Dom Out 28, 2007 12:35 pm
por Pedro Gilberto
REVISTA EPÓCA DESTA SEMANA

Imagem

CAPA - MILITARES | 23:36
O Brasil deve temer?
ÉPOCA fala sobre como o crescente poderio militar de Hugo Chávez ameaça a liderança brasileira na América Latina. Para o ano que vem, o orçamento das Forças Armadas deve ser o maior desde o fim da ditadura militar. Mesmo que reafirme as relações pacíficas com a Venezuela, essa movimentação demonstra que o país quer manter sua hegemonia
regional.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG79755-5990-493,00.html



EXCLUSIVO ONLINE - ENTREVISTA INTERATIVA | 17:19
“As Forças Armadas ajudam na luta contra as desigualdades”
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, fala que, além de resguardar conceitos como patriotismo e lealdade, as Forças Armadas ajudam a diminuir as desigualdades através de ações sociais. O ministro também responde às perguntas dos leitores de ÉPOCA sobre o apagão aéreo, o principal desafio desde que assumiu o cargo, em julho.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG79776-5856-493,00.html


[]´s

Enviado: Dom Out 28, 2007 12:40 pm
por Carlos Mathias
Mas uma condição será essencial: só com transferência de tecnologia.


Aleluia! Pararam com aquela bobeira de prateleira. Emergência é uma coisa, planejamento é isso.

Qualquer política de defesa que dependa de importados, não é eficaz.


Felizmente, leram os livros de história.