Fórum Defesa Brasil

Pablo Maica escreveu:Aliás estava lendo ontem que o Veloster que aqui vai ser vendido na base de 67 mil, custa 18 mil dólares na sua versão mais cara nos EUA e México.




Um abraço e t+

Luís Henrique escreveu:O ideal não seria aumentar o imposto do importado e sim, diminuir o imposto do nacional.

Aumentar a concorrência externa, com carros importados BEM baratos e diminuir DRASTICAMENTE os impostos no Brasil.

Assim, as montadoras teriam que se contentar com o lucro JUSTO, o mesmo que praticam lá fora.
Porque aqui no Brasil as montadoras reclamam dos impostos mas na verdade a margem de lucro é MUITO MAIOR que o praticado lá fora.

tflash escreveu:Desculpem lá a opinião de um "outsider" mas já alguém se lembrou de investigar se existe alguma cartelização?

Eu acho que as marcas estão instaladas e não há nenhuma que ofereça um produto mais evoluido por um preço mais baixo.

O problema tem a ver com a mentalidade do público. Na Alemanha, um passat é um carro normal de classe média. O Golf é o carro da esposa ou do jovem solteiro. O mercado é que posiciona um Golf como carro familiar e acaba por oferecer esse modelo com motorização e equipamento virado para um segmento mais acima.

Basta haver uma marca que ofereça um modelo premium com o preço do carro do segmento abaixo para as outras responderem.

alcmartin escreveu:

Pablo Maica escreveu:Aliás estava lendo ontem que o Veloster que aqui vai ser vendido na base de 67 mil, custa 18 mil dólares na sua versão mais cara nos EUA e México.




Um abraço e t+

Pablo, história da carochinha... fui ver um lá numa das concessionária Caoa, em SP, o principal importador. Em SP, R$81000,00...não estão aceitando mais pedidos de cambio manual, nem na cor branca. Só preto, prata e versão full. 2 meses para entregar, com 10 % de sinal. Isso, antes do aumento.
Apaixonei-me pelo carrinho, mas tá caro. Sempre tive GM, mas sinto-me ofendido pelo preço do Cruze, que vai chegar a 80 e poucos também. Grande, com a mesma potencia do Veloster, muito menor. Com mais 10 mil se compra o Fusion, V6, em 18 x sem juros. E ele ficou fora do aumento, apesar dos empregos serem mexicanos.

Sinto-me obrigado a comprar o que querem que eu compre. Dá raiva...

Abs!

prp escreveu:

lelobh escreveu:Acho que alguns pontos são importantes:
1. A maioria das importações hoje realizadas partem das 4 montadoras instaladas no Brasil (ford, fiat, GM e VW), e são realizadas diretamente do México e da Argentina, logo tal medida não impedirá que as mesmas continuem importando (visto que os carros vindos do mercosul, e do méxico, foram beneficiados pelo desconto do IPI).
2. A participação no mercado dos carros importados é de apenas 4%
3. A concorrência é fundamental para um capitalismo de mercado funcional. Acho que o passado pode nos mostrar como a falta de concorrência é danosa para o país.
4. Com uma participação de apenas 4% de veículos importados, no número total de veículos comercializados, e com uma produção estimada de veículos para 2011 próxima de três milhões e quinhentos mil, permanecendo o país como quarto maior produtor de veículos do mundo, não podemos falar em crise para a indústria automotiva, certo?
5. Nenhuma das montadora tem matriz no Brasil. Nossa necessidade por veículos, visto a completa e estratégica (para quem?) ineficácia do sistem de transporte público, aliada a falta de concorrência real no setor, permite que estas empresas conquistem impensáveis lucros com péssimos produtos, um escárnio com o povo brasileiro. O máximo que obtemos, protegendo estas montadoras em questão, é aumento permanente de seus obesos lucros, e a remessa desses. Não vejo como podemos adotar um discurso nacionalista na questão, sem ser no mínimo contraditório.

O que o governo fez se chama reserva de mercado (para os piores fins) e nada mais. Quisessem fazer algo pelo país dariam incentivos aqueles que intruduzissem maior conteúdo nacional, quem sabe zerando o ipi para automóveis 100% produzidos no Brasil?

O resultado é que os carros aqui continuarão caros pelo que oferecem (só para comparação veja quanto um chileno paga em um carro igual ao que temos - independente da marca e modelo), sem segurança alguma (vide o teste realizado pela Latin NCAP, o qual constatou que as carroças nacionais obtiveram apenas um ponto, no grau de segurança que vai de 1 a 5, quando os atuais carros europeus e norte americanos em sua grande maioria conseguem os cinco pontos máximos no mesmo teste), e sem agregar nada no desenvolvimento tecnológico do país.

Para protegermos o lucro (e não o mercado, já que as importações são ainda muito pequenas) das grandes montadoras "nacionais" vamos obrigar os brasileiros, das classes média e baixa, a continuar pagando caro em automóveis sem qualidade, e que não contam com nenhuma segurança em caso de colisão. Quem quiser ter qualidade e itens de segurança no veículo terá que pagar muito mais caro.

E nem dá para ser ufanista, daquele que acha que nacional é sempre melhor, afinal as empresas em questão só são nacionais no cartão de CNPJ.

Na linha de raciocínio do governo, posso esperar com segurança que, na necessidade, o mesmo se oferecerá para pagar todas as minhas contas, certo? Afinal, assim estará também protegendo o mercado doméstico, mesmo que eu seja apenas um em duzentos milhões.

É ver no que vai dar a decisão do governo. Espero estar errado no que disse, mas a experiência diz que não.

X10000000000

É uma palhaçada