Crise Econômica Mundial

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Re: Crise Econômica Mundial

#2761 Mensagem por Sterrius » Qui Jun 30, 2011 9:07 pm

ou seja, temos que torcer pra uma bomba estourar la fora pra assustar aqui o suficiente para que as coisas mudem.

Dificil :?




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Re: Crise Econômica Mundial

#2762 Mensagem por P44 » Sex Jul 01, 2011 5:37 am

Credibilidade da acusadora posta em causa
Caso contra Strauss-Kahn pode cair por terra

01.07.2011 - 09:18 Por PÚBLICO, Agências

O caso contra Dominique Strauss-Kahn, o antigo director-geral do FMI acusado de ter violado uma funcionária da limpeza de um hotel nova-iorquino, poderá cair por terra depois de terem sido detectadas falhas graves na credibilidade da acusadora, escreve o “New York Times”.

Citando dois agentes de justiça não identificados, o "Times" escreve que foram encontrados “grandes buracos” no caso, que serão hoje apresentados diante do tribunal criminal federal de Manhattan.

De acordo com estas fontes não identificadas pelo jornal, a mulher que acusa Dominique Strauss-Kahn (DSK) terá mentido várias vezes à polícia, nomeadamente sobre o seu pedido de asilo político aos EUA (é natural da Guiné).

Mais: um dia depois de ter acusado DSK, a mulher terá mantido uma conversa por telefone com um homem (alegadamente o seu noivo) que está detido por posse de droga, durante a qual ela discute os possíveis benefícios da acusação contra o ex-director do FMI. Essa conversa foi gravada.


Sabe-se igualmente que o seu alegado noivo lhe fazia depósitos regulares de dinheiro na sua conta bancária, bem como vários outros homens, alegadamente amigos do seu noivo. Durante cerca de dois anos, essas transferências para a sua conta bancária terão totalizado a soma de 100 mil dólares, ainda de acordo com o NYT.

A credibilidade da mulher poderá, pois, estar ferida de morte.

O NYT indica ainda que, face a estes desenvolvimentos, o ex-director do FMI e grande esperança para as próximas eleições presidenciais francesas, poderá estar a poucas horas de ver aliviadas as suas condições de prisão domiciliária.

Notícia em actualização
http://www.publico.pt/Mundo/caso-contra ... ra_1501027




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Re: Crise Econômica Mundial

#2763 Mensagem por akivrx78 » Sex Jul 01, 2011 4:52 pm

Crise na Grécia: Aprovado pacote de austeridade que pode levantar o país

Publicado em 1 jul, 2011
Após a série de revoltas pela qual a Grécia passou, por conta da profunda crise econômica que assolou o país, a maioria dos legisladores gregos votou a favor de uma nova lei sobre o pacote que foi recebido para tentar tirar o país dos seus problemas sociais e financeiros. Agora, o governo do país pode aumentar os impostos e cortar os gastos, medidas que vão contribuir com a estabilidade da nação.

Ao mesmo tempo, com a aprovação dessa lei, outras nações já se declararam a favor da continuidade de enviar reforços monetários à Grécia. O ministro das finanças alemão, por exemplo, reforçou que é favorável a liberar empréstimos por parte dos bancos do seu próprio país. Da mesma maneira, os franceses também se colocaram à disposição para auxiliar financeiramente o companheiro europeu.

A alternativa à aprovação desse novo pacote seria deixar a Grécia ficar com os caixas totalmente esvaziados dentro das próximas semanas. Caso isso acontecesse, definitivamente o país não conseguiria compensar as dívidas nas quais se afundou. Porém, por mais que o pacote seja positivo para o país, muitos habitantes eram contrários à medida. Como parte do dinheiro arrecadado vai sair dos impostos, são os gregos quem vão ter que arcar com as consequências.

Além disso, a redução dos gastos significa cortar contratações, pois o país precisa pausar os investimentos em obras, estruturas, servidores públicos, entre outros cargos que são diretamente relacionados à atuação do governo. Com isso, na mesma proporção em que os cidadãos gregos precisam lidar com o aumento dos impostos, eles também tem que manejar os novos gastos com a possibilidade do desemprego.

http://www.noticiasbr.com.br/crise-na-g ... -7651.html




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Re: Crise Econômica Mundial

#2764 Mensagem por akivrx78 » Sex Jul 01, 2011 4:56 pm

Por EFE Brasil, EFE Multimedia, Atualizado: 30/6/2011 18:26
Plano de estímulo dos EUA termina sem conseguir a recuperação esperada

Washington, 30 jun (EFE).- O plano de estímulo de US$ 600 bilhões aplicado pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) terminou nesta quinta-feira sem conseguir que a economia dos Estados Unidos recuperasse o ritmo de crescimento esperado, embora tenha afastando o risco de deflação.

O Fed esperava que seu plano de resgate econômico de três anos estimulasse o consumo de indivíduos e empresas e impulsionasse assim a atividade econômica no país, prejudicada pela crise financeira de 2008. No entanto, a realidade não esteve à altura das expectativas do banco, que já reduziu duas vezes neste ano suas projeções de crescimento para 2011 - agora entre 2,7% e 2,9%, diante dos mais de 3% previstos no início do ano.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que essas estimativas, influenciadas pelo elevado desemprego, ainda são otimistas demais, e prevê uma taxa bem mais moderada, de 2,5% para 2011.

O presidente do Fed, Ben Bernanke, ainda assim fez uma defesa do plano de estímulo, ao destacar seus efeitos positivos nos mercados e assinalar que a maior economia do mundo estaria muito pior se não fosse o pacote.

Em sua opinião, o ritmo lento da recuperação de econômica decorre, em grande parte, dos elevados preços dos alimentos e do setor de energia e ao efeito negativo do terremoto no Japão sobre as cadeias globais de distribuição.

Alguns analistas expressam divergências. Peter Morici, professor de Economia da Universidade de Maryland, afirma que a enorme injeção de liquidez no sistema teve um 'impacto limitado' sobre o impulso da economia.

Já David Resler, economista-chefe do instituto Nomura Securities International em Nova York, avalia a campanha de 'expansão quantitativa' do Fed - conhecida também como QE2 - cumpriu sua função.

'O objetivo do QE2 era prevenir a espiral de deflação ao impulsionar a inflação e as expectativas inflacionárias e funcionou, já que ambas são agora mais altas e já não há medo de deflação', analisou Resler à Agência Efe. EFE

Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados

http://noticias.br.msn.com/economia/art ... d=29318505




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Re: Crise Econômica Mundial

#2765 Mensagem por akivrx78 » Sáb Jul 02, 2011 7:12 pm

Índice de suicídio na Grécia sobe 40% após crise

Segundo a imprensa local, a região geográfica mais afetada seria a ilha de Creta
Por Agência Estado

O ministro da Saúde grego, Andrea Loverdo, afirmou que o número de suicídios no país aumentou de forma "dramática", em 40%, coincidindo com a crise econômica que atinge a Grécia desde 2008.

"Os últimos dados e estudos realizados apontam um aumento de suicídios de 40%", em um documento apresentado por Loverdo ao Parlamento grego, após uma intervenção do deputado independente Lefteris Avgenakis sobre este problema.

Em 2010, a Organização Mundial da Saúde situava o país mediterrâneo entre os que registravam os níveis mais baixos de índice de suicídios em nível internacional, com menos de 6,5 casos por 100 mil habitantes.

Avgenakis denunciou que o desemprego e o endividamento dos cidadãos, especialmente as crescentes redes de agiotas, estão por trás do triste aumento do número de cidadãos que optam por cometer suicídio.

Segundo a imprensa local, a região geográfica mais afetada seria a ilha de Creta.

O ministro de Proteção do Cidadão, Christos Papoutsis, assegurou que a Polícia está tomando medidas para combater o fenômeno. EFE

http://epocanegocios.globo.com/Revista/ ... CRISE.html




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Re: Crise Econômica Mundial

#2766 Mensagem por akivrx78 » Sáb Jul 02, 2011 7:14 pm

Economia: Vaticano sai do défice e tem saldo de 10 milhões de euros
Santa Sé e Cidade-Estado apresentaram contas de 2010

Cidade do Vaticano, 02 jul 2011 (Ecclesia) – A Santa Sé revelou hoje que as suas contas de 2010 registaram um resultado positivo de quase 10 milhões de euros, enquanto que a Cidade-Estado do Vaticano teve um proveito de 21 milhões.

A diferença entre os 245 milhões de euros que entraram e os 235 que saíram dos cofres da Santa Sé representa uma melhoria face a 2009, ano em que se registou um défice de 12 milhões.

O balanço de 2010 acentua “a tendência positiva evidenciada no exercício de 2009, que, por sua vez, já absorvia os efeitos negativos derivados da forte crise financeira de 2008”, refere a nota de imprensa da Santa Sé, que recorda os “elementos de incerteza e instabilidade que a situação económico-financeira mundial ainda apresenta”.

Os custos devem-se “na maior parte às despesas ordinárias e extraordinárias” dos organismos do Vaticano, indica o comunicado, adiantando que a 31 de dezembro de 2010 havia 2806 empregados dependentes da Santa Sé, mais 44 do que na mesma data do ano anterior.

Por seu lado, a Cidade-Estado do Vaticano fechou o ano com um saldo positivo de 21 milhões, resultado que se deve sobretudo ao crescimento do número de visitantes dos museus, “em contraciclo à crise do setor turístico mundial”, bem como à “recuperação dos mercados financeiros”.

A nota de imprensa sublinha que o governo da Cidade-Estado do Vaticano tem uma administração “independente dos contributos provenientes da Santa Sé ou de outras Instituições, e provê autonomamente às exigências económicas e à gestão territorial”, fornecendo as “estruturas de apoio à Sé Apostólica”.

O texto realça o “empenho” da administração na “manutenção e conservação daquele que, com razão, pode ser considerado um dos mais importantes patrimónios histórico-artísticos da humanidade”, referindo ainda que a Cidade-Estado tinha 1876 trabalhadores no último dia de 2010, menos 15 do que a 31 de dezembro de 2009.

Depois de indicar que os balanços foram, “como habitualmente”, submetidos a “verificação e certificação”, a Santa Sé informa que as doações relativas ao “Óbolo de São Pedro” em 2010 ultrapassaram os 67 milhões de dólares norte-americanos (USD), verba menor do que a reunida no ano anterior.

O fundo é constituído pelo conjunto de ofertas entregues ao Papa pelas Igrejas particulares, comunidades religiosas, fundações e fiéis em nome individual, sobretudo durante a festa de São Pedro e São Paulo, que a Igreja Católica assinala a 29 de junho.

Os membros do Conselho de Cardeais para o Estudo dos Problemas Organizativos e Económicos da Santa Sé, reunidos quinta e sexta-feira no Vaticano para aprovar as contas de 2010, agradeceram às instituições e particulares que apoiaram "a solicitude pastoral e caritativa do Santo Padre, sobretudo em situações de calamidade e emergência em várias partes do mundo”.

A contribuição dos bispos para a Santa Sé, que deve ser feita de acordo com as possibilidades das dioceses, rendeu em 2010 cerca de 27 milhões de euros, um decréscimo comparativamente a 2009.

O Instituto para as Obras Religiosas, entidade do Vaticano cujo estatuto se assemelha ao de um banco e que tem por objetivos o apostolado religioso e caritativo, além da administração dos bens das instituições católicas, doou 55 milhões de euros ao Papa, informa a nota de imprensa.

RM

http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/ ... ?&id=86392




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Re: Crise Econômica Mundial

#2767 Mensagem por akivrx78 » Sáb Jul 02, 2011 7:19 pm

01/07/2011 - 21:07
S&P vê Itália mais perto da moratória

Apesar do comportamento leniente exibido antes da crise global, que estourou em setembro de 2008, quando ela e suas congêneres avalizaram com a nota máxima - AAA - empresas que poucas semanas depois quebraram, a agência de classificação de risco Standard and Poor"s (S&P) ainda encontra lastro para continuar a "operar" os voláteis mercados de títulos das dívidas soberanas.

Um dia depois de governo Berlusconi adotar mais um pacote de arrocho fiscal, a S&P afirmou existirem riscos sobre as finanças públicas da Itália.

"Apesar dessas medidas, continuamos acreditando que existem riscos substanciais em relação ao plano governamental de redução da dívida, primeiramente devido às frágeis perspectivas de crescimento da Itália", assinala a agência em comunicado.

O pacote recessivo aprovado na véspera, estabelece a meta de cortar de 47 bilhões de euros nos gastos públicos, o que deve aumentar a estagnação do país, que enfrenta forte movimento de protestos populares.

A alegação, mais uma vez, foi sinalizar à União Européia e ao mercado financeiro que o país vai priorizar o pagamento das dívidas com os bancos europeus em detrimento do crescimento econômico.

http://www.monitormercantil.com.br/most ... p?id=97124




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Re: Crise Econômica Mundial

#2768 Mensagem por P44 » Dom Jul 03, 2011 11:28 am

akivrx78 escreveu:Economia: Vaticano sai do défice e tem saldo de 10 milhões de euros
Santa Sé e Cidade-Estado apresentaram contas de 2010
Fora as doações de igrejas que chegam a uns 40 milhões de Euros

Mas realmente, o fausto do Vaticano deve sair caro, todo aquele ouro e ostentação sumptuosas




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Re: Crise Econômica Mundial

#2769 Mensagem por LeandroGCard » Dom Jul 03, 2011 6:37 pm

P44 escreveu:Mas realmente, o fausto do Vaticano deve sair caro, todo aquele ouro e ostentação sumptuosas
Acho que nem tanto, aqueles objetos e roupagens todos já devem pertencer à igreja há séculos. Não é como um novo-rico que tem que comprar o que mostra, eles juntaram tudo aquilo desde a idade média.

Leandro G. Card




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Re: Crise Econômica Mundial

#2770 Mensagem por akivrx78 » Dom Jul 03, 2011 10:16 pm

China: agências de rating encobrem insolvência dos EUA

3 de Julho, 2011por Luís Gonçalves
A agência de rating chinesa Dagong acusa as rivais norte-americanas (Standard&Poor’s, Moody’s e Fitch) de estarem a cometer o mesmo erro que levou à crise financeira mundial, em 2008, ao se recusarem a fazer um downgrade no rating dos EUA apesar do «estado de insolvência e das crescentes dificuldades do país em pagar a dívida» da maior economia mundial.

Em declarações ao SOL, Chen Jialin, director-adjunto do departamento internacional da Dagong, refere que as três maiores agências mundiais de notação de crédito apenas lançaram os avisos recentes sobre a elevada dívida dos EUA devido «à pressão da opinião pública» e não por sua vontade.

A Standard&Poor’s colocou o rating dos EUA em ‘vigilância negativa’ – o primeiro passo para uma eventual descida da notação – no mês passado, surpreendendo os investidores internacionais. Os EUA ainda mantêm a classificação máxima – AAA – junto da S&P, Moody’s e Fitch, o que indica que o país tem uma hipótese quase nula de entrar em incumprimento junto dos credores.

Mau exemplo


Porém, a folha financeira dos EUA está longe de ser exemplar. O Estado tem um défice orçamental superior a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) e uma dívida pública que ronda 100% do PIB, que cresce abaixo de 2%. O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o secretário do Tesouro, Timothy Geithner reiteraram esta semana que, se o tecto da dívida nos EUA não for aumentado pelo Congresso – de maioria republicana –, o país corre o risco de entrar em incumprimento em Agosto.

Numa primeira fase, a Dagong fez um downgrade do rating dos EUA, do nível máximo, AAA, para AA, devido à inexistência de uma «solução credível» para a resolução do défice orçamental no longo prazo, que estava a levar o país para um «crise da dívida», adianta o responsável.

A decisão da Fed, o banco central norte-americano, de injectar mais de 600 mil milhões de dólares na economia através da emissão de moeda, em Novembro de 2010, reflectiu o «colapso do estado de solvência dos EUA e a deterioração da capacidade de pagar as suas dívidas», salienta a agência chinesa. Este evento levou a Dagong a fazer um novo corte na notação dos EUA, para A+. Jialin lembra que nem a deterioração económica dos EUA levou as três agências norte-americanas a alterarem a classificação, acrescentando que «o silêncio tornou-se a opção unânime entre elas».

«O rating da dívida pública norte-americana é o segundo teste para as três maiores agênciasg. No primeiro, os seus erros morais e de actuação provocaram a crise de crédito global», diz Chen Jialin.

http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Inte ... t_id=23130




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Re: Crise Econômica Mundial

#2771 Mensagem por akivrx78 » Dom Jul 03, 2011 10:19 pm

FT: Solução para a crise tem de ir além da austeridade

Martin Wolf
03/07/11 08:52

Desfrutem da crise que aí vem. Não é isto que o Banco de Pagamentos Internacionais (BIS) diz aos EUA e outras economias sobreendividadas, mas é isto que se depreende do seu último relatório anual.

Pessoalmente, sempre tive em consideração os avisos sobre excessos monetários e financeiros emitidos pelo BIS no tempo de William White, ex-conselheiro económico do banco. Estimo muito Stephen Cecchetti, seu sucessor, no entanto, discordo da ideia-chave deste relatório por subestimar os obstáculos à austeridade global.

Insistir no ajuste monetário e orçamental é uma situação constrangedora. Porém, tempos excepcionais exigem políticas excepcionais. O que torna os tempos que correm excepcionais? O facto de algumas economias se encontrarem numa situação a que o Jerome Levy Forecasting Center chama "recessão controlada", isto é, um período de desalavancagem sustentada do sector privado.

O relatório do BIS rejeita implicitamente esta leitura, advogando um aperto monetário e orçamental a nível global. Este argumento assenta em dois pressupostos. Primeiro, a economia mundial está prestes a atingir a capacidade máxima. Segundo, "é essencial debelar o sobreendividamento, quer público quer privado, para construir fundações sólidas para um crescimento real elevado e equilibrado, e um sistema financeiro estável. Isto pressupõe aumentar a poupança privada e actuar firmemente para reduzir os défices nos países que estiveram no epicentro da crise".

Consideremos, primeiro, a política monetária. Vamos supor que tínhamos um Banco Central mundial com metas de inflação. Como deveria actuar perante a subida dos preços das matérias-primas quando as expectativas de inflação também se encontram sob controlo? Um banco desta natureza teria de reconhecer que se trata de uma mudança nos preços relativos, o que reduz a capacidade e os salários reais. Admito não saber se a subida é uma tendência pontual ou duradoura, no entanto, teria interesse em evitar uma escalada nas expectativas de inflação ou uma espiral salários-preços. Mas será que também teria interesse em travar aumentos nos salários nominais para compensar o impacto inflacionista da subida nos preços das matérias-primas, mesmo que isso implicasse uma forte desaceleração do crescimento económico? Não me parece. Mas se o fizesse, iria transmitir instabilidade à economia real em resposta a movimentos erráticos e imprevisíveis nos preços das matérias-primas.

Na prática, não só não temos um banco central mundial como as condições de inflação são divergentes. Nos países de rendimento elevado, a inflação está razoavelmente controlada, ao passo que em muitos países emergentes a tendência é de subida, devido ao consumo de matérias-primas ser mais intensivo nestes do que naqueles e ao facto das suas economias terem tido uma expansão mais forte.

Uma política monetária, para ser adequada, tem também de ser diversa. Felizmente, o mundo em que vivemos permite-o: os países emergentes devem contrair e os países de rendimento elevado devem contrair mais lentamente. Já está a acontecer, mas não basta porque muitos países emergentes procuram desesperadamente evitar a apreciação da taxa de câmbio.

O que devem fazer os países de rendimento elevado? Neste ponto, o relatório do BIS demonstra que a actual histeria sobre o impacto dos balanços dos maiores bancos centrais não tem razão de ser, mas também diz que o abrandamento económico chegou ao fim - situação plausível no caso dos países emergentes. O BIS sublinha igualmente o erro cometido na década de 1970, quando se subestimou o impacto do choque petrolífero na capacidade, e afirma que, actualmente, a capacidade de reserva é, também ela, exagerada. Porém, o custo unitário do trabalho e as expectativas estão hoje mais controlados do que então. Em minha opinião, chegou o momento dos bancos centrais fazerem uso da sua credibilidade. Devem vigiar atentamente as expectativas de inflação, mas não devem agir antecipada ou preventivamente.

Proponho agora reflectirmos sobre a questão que maior debate tem suscitado: a política orçamental. Eis a minha pergunta: saberá o BIS que não é possível gerir excedentes financeiros em todos os sectores ao mesmo tempo?

Já poucos duvidam que a dívida do sector privado é excessiva nalguns países de rendimento elevado, mas como podemos reduzi-la? O BIS formula quatro abordagens: pagamento da dívida, incumprimento, rendimento real mais alto e inflação. Vamos excluir a última e concentrar a nossa atenção na primeira. Por pagamento entenda-se gastar menos que o rendimento. É o que está a acontecer no sector privado dos EUA. As famílias geriam um défice financeiro (excesso de despesa face ao rendimento) de 3,5% do PIB no terceiro trimestre de 2005, tendo-se a situação alterado para um excedente de 3,3% no primeiro trimestre de 2011. O sector empresarial também gere um excedente modesto. Como os EUA têm um défice da balança corrente, por definição, o resto do mundo também está a gastar abaixo do seu rendimento. Quem está no lado oposto? O Governo. Eis o que significa "recessão controlada": todos os sectores, excepto a Administração Pública, procuram fortalecer os seus balanços ao mesmo tempo.

O BIS diz que isto não basta. Os países extremamente alavancados que gerem défices orçamentais estruturais têm de eliminá-los o mais depressa possível. É justo, mas onde devem ocorrer os ajustamentos que visam contrabalançar esta situação?

Tudo indica que os excedentes externos são estruturais ou, pelo menos, extremamente persistentes. Devido ao encargo da dívida, os excedentes no sector das famílias também tenderão a ser sustentáveis. Uma redução significativa nesses défices orçamentais vai, provavelmente, exigir um contrapeso, isto é, a redução dos excedentes no sector empresarial. Isso pode acontecer de duas maneiras: através de um aumento do investimento ou de uma redução dos ganhos retidos. No primeiro caso, teríamos um ajustamento via crescimento, no segundo, via recessão. Qual delas é a mais provável? Se o leitor é daqueles que acredita que uma forte contracção monetária e orçamental pode levar ao aumento do investimento, proponho-lhe outro conto do vigário. Se o ajustamento mais plausível for o da redução dos lucros, isso significa, forçosamente, uma queda no produto, o que impossibilita a redução do encargo da dívida através de rendimentos reais mais altos. Resta o incumprimento, por exclusão. Até poderia funcionar, mas pressupõe uma crise e a destruição de activos financeiros.

É inevitável pensarmos em termos de contrapeso a um forte aperto orçamental. A resposta que permite evitar ainda mais problemas no sector privado dos países sobreendividados supõe uma mudança nos défices externos. Ora, o reequilíbrio externo - que presentemente se encontra mais ou menos bloqueado - e o reequilíbrio orçamental são os dois lados da mesma moeda.

O BIS tem razão: é necessário normalizar as políticas monetária e orçamental. Porém, só será possível eliminar os défices orçamentais estruturais quando o ajustamento estrutural no sector privado estiver completo ou se registarem grandes mudanças nos défices externos. Por último, o ajustamento externo só poderá ter lugar quando houver grandes mudanças nas economias excedentárias.

O BIS faz um apelo arrojado no sentido da desalavancagem simultânea dos sectores público e privado, mas o que pode funcionar como contrapeso? Eis a questão que se coloca e para a qual o BIS não apresenta nenhuma resposta convincente.

Tradução de Ana Pina

http://economico.sapo.pt/noticias/ft-so ... 21813.html




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Re: Crise Econômica Mundial

#2772 Mensagem por akivrx78 » Dom Jul 03, 2011 10:46 pm

Expansão Chinesa Ou Salvação da Europa?
3.07.2011, 19:41
Imagem
Photo: RIA Novosti

Três trilhões de dólares a serem investidos na economia europeia. Tal o resultado da turnê realizada na semana cessante por vários países da União Europeia pelo primeiro-ministro chinês Weng Jiabao. O dinheiro proveniente da China será recebido por 23 companhias inglesas, tendo já sido adquiridos com esses recursos o porto grego de Pireu e obrigações de vários países da Zona do Euro. Analistas indicam que a decisão chinesa de investir maciçamente na economia europeia tem uma lógica.

Se a Europa estiver com problemas, a China dar-lhe-á uma mão de ajuda! As palavras foram pronunciadas pelo primeiro-ministro chinês durante a coletiva de imprensa em Berlim, onde finalizou a turnê europeia de Weng Jiabao. Até então, o alto representante de Beijing havia sido recibido na Hungria e na Grã-Bretanha. E sublinhou nos três países visitados que a China deseja investir em títulos de dívida de países europeus.

A União Europeia é o parceiro comercial mais importante da China, somando o intercâmbio comercial bilateral 400 bilhões de euros. Os dirigentes do “Celeste Império” haviam declarado reiteradamente ser a Europa uma região de interesses prioritários da China. Não se limitando às transações puramente comerciais, a China começou a adquirir desde o final do ano passado obrigações de países europeus enfrentando abalos econômicos. A princípio, foi anunciada a intenção de ajudar Portugal comprando suas obrigações num total de 4 ou 5 bilhões de euros. Depois, chegou a vez da Espanha. Foi decidido em Beijing adquirir a dívida soberana de Madri, num valor de 6 bilhões. Agora, foi formulada na Hungria uma proposta nova, a de vender à China obrigações no valor de 1 bilhão de euros.

Enquanto isso, surgiram informações de que a China vai se livrando aos poucos de dólares. É difícil calcular umas cifras exatas, porque a China sempre esconde com muito cuidado suas operações financeiras no mercado monetário. Mesmo assim, uma análise das correntes financeiras da China realizada pelo banco estadunidense “Merrill Lynch” mostra que o Governo chinês vai vendendo dólares das suas reservas para convertê-los em euros. E embora os ativos chineses na dívida externa dos Estados Unidos montem à impressionante importância de 647 bilhões, isto é apenas o começo. Essas ações de Beijing resultam de uma avaliação sóbria da situação financeira criada no mundo – pensa Aleksandr Salitski, colaborador científico sênior do Instituto de Economia Mundial e Relações Internacionais junto à Academia de Ciências da rússia. E continua:

O interesse para os papéis europeus surgiu porque, segundo estimativas de economistas chineses, a competitividade da Europa é, apesar de todas as afirmações em contrário, mais elevada que a dos Estados Unidos. Possivelmente, os sistemas econômicos construídos à semelhança do americano são bons para os próprios Estados Unidos em uma época em que eles aparecem como o líder tecnológico e o mais importante credor mundial. Agora, porém, já se vê que os Estados Unidos não estão em condições de cumprir esse papel. Necessitam combinar esses assuntos com outros países. Se, portanto, a comunidade internacional se decidir por umas mudanças sérias no seu sistema financeiro, já será impossível ignorar a China, ignorar a Europa e outros atores.

Por outro lado, Beijing está formalmente cumprindo os entendimentos alcançados nas cúpulas anticrise do “Grupo dos Vinte” – indica em entrevista à nossa emissora Aleksandr Ossin, economista-chefe da companhia russa “FinAm Management”. E continua:

O que vemos é o apoio prestado pela China ao mercado de dívidas europeu; portanto, esse país está contribuindo para a estabilização do sistema financeiro mundial. Seu papel na condição de parceiro econômico da Europa e elemento político no cenário global vai aumentando. Quer dizer, esses objetivos não estão imediatamente relacionados à obtenção de lucro por algumas entidades estatais da China ou, digamos, pelo Banco Central da China. Esta é em grande parte uma medida anticrise no âmbito das decisões tomadas em nível do “Grupo dos Vinte”.

Não se esquecerá o aspeto político, é claro. Porque já há muito que a China começou uma expansão para mercados estrangeiros. Está comprando todos os ativos possíveis na África, no Brasil, nos Estados Unidos. Já os investimentos de dinheiro público são, segundo alguns analistas, uma poderosa alavanca de pressão não somente sobre a economia, como também sobre a política de outros países. Há muito que especialistas europeus alertam para o perigo de tal desenrolar dos acontecimentos. E, contudo, vão ao encontro de Beijing. Mas, para dizer a verdade, fazem-no a contragosto, com umas ressalvas permanentes sobre as violações dos Direitos Humanos nesse país. Porém, a China deu um passo preventivo. A uns dias do início da turnê de Weng Jiabao pela Europa, foi solto da prisão o famoso dissidente pintor Ai Weiwei. Além disso, foram libertados seus quatro colaboradores e o defensor dos Direitos Humanos Hu Jia, este após três anos de prisão. Portanto, é também nessa esfera que os Europeus se deixaram desarmar pelos Chineses.

Uma análise de curto prazo mostra que os países da União Europeia vão ganhar com essa situação. O apoio financeiro prestado pela China à Europa vem muito a propósito, considerando que esse país pode fazer injeções monetárias impressionantes na economia europeia. Acresça-se que a Europa é um mercado importante para escoamento de todo tipo de mercadorias de fabrico chinês. É porque Beijing está em todo caso interessada em preservação da estabilidade europeia. Entretanto, o “Celeste Império” não seria “Celeste Império” se não agisse de olhos postos em uma perspetiva distante, sendo, portanto, a turnê europeia do primeiro-ministro apenas um fragmento do mosaico composto pelos sábios nacionais. E, claro está, não podiam deixar de levar em consideração nos seus planos os resultados de uma pesquisa recente realizada por seus colegas suíços. Pois, esses especialistas chegaram à conclusão de que mais da metade dos gerentes das reservas monetárias dos Bancos Centrais, fundos e companhias financeiras têm a certeza de que daqui a 15 anos, no máximo, o dólar em sua condição de moeda de reserva será substituído em toda a parte por um portfólio de várias divisas fortes. E que o fim do sistema baseado no dólar será predeterminado pelas seis economias emergentes, ou seja, pelo Brasil, China, Índia, Indonésia, Coreia do Sul e Rússia. Entretanto, os especialistas do Banco Mundial apontam o euro como a divisa mais segura.

http://portuguese.ruvr.ru/2011/07/03/52725203.html




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Re: Crise Econômica Mundial

#2773 Mensagem por Túlio » Dom Jul 03, 2011 10:53 pm

ENTÃO CONSUMAM COM AS MALDITAS TREASURIES, POWS!!! :evil: :evil: :evil: :evil:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

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Re: Crise Econômica Mundial

#2774 Mensagem por Paisano » Seg Jul 04, 2011 4:32 pm

Quando a política desmascara a economia

Fonte: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... nomia#more
Enviado por luisnassif, seg, 04/07/2011 - 11:19

Coluna Econômica


Os fortes ajustes fiscais dos países europeus – para enfrentar a crise – têm deflagrado ondas de protestos que varrem o mundo. Trata-se de um desdobramento conhecido dos ciclos financeiros mundiais, quando a onda chega ao fim.

O início do ciclo sucede o esgotamento do modelo anterior, de rigidez cambial e monetária. Há novas tecnologias sendo implementadas, grandes reestruturações econômicas exigindo realocação de poupança e provocando o aparecimento de novos instrumentos financeiros.

O poder econômico é transferido, então, para os gestores de recursos, os financistas, que se apoderam do controle da política econômica nacional – atuando em convergência com bancos de investimento e gestores internacionais.

***

Para conseguir se impor sobre outros atores econômicos e políticos, o financismo exige uma teoria econômica legitimadora.

Não há mistério nos fundamentos centrais de uma política econômica. Há que se ter responsabilidade fiscal e investir em medidas que, de um lado, fortaleçam o mercado interno; de outro, criem condições para as empresas nacionais competirem internacionalmente. Aí entram política cambiais competitivas (que tornem os produtos brasileiros mais baratos em outras moedas), sistema tributário racional, infraestrutura adequada, investimento em educação, ciência e tecnologia.

***

A flexibilidade do capital é relevante, principalmente em processos de reestruturação econômica. Mas o capital sempre busca a melhor combinação de rentabilidade e segurança.

Entra-se então no busílis da questão. Para que cumpra um papel transformador é necessário que as medidas de política econômica o direcionem para atividades produtivas, estruturantes. Se se abre espaço para meras jogadas especulativas – com taxas de juros elevadas ou ampla flexibilidade para entrar e sair de países – o capital perde a função. Em vez de ser um instrumento de desenvolvimento, passa a ser a peça central, em torno da qual gira toda a economia. E aí não se consegue escapar da espiral especulativa.

***

Ao longo das últimas décadas, o mundo aprendeu, em tempo real, como se desenvolve a retórica do financismo desvairado. Qualquer gastos – que não seja com juros – é considerado ímpio ou antinacional.

Cria-se a falsa lógica da lição de casa. Se cortar aposentadorias, salários, gastos com saúde e educação, abre-se espaço para benesses ao capital, que virá estimular a economia. Feito o sacrifício, todos colherão os frutos, na forma de mais crescimento e melhores salários.

Foi a retórica da "lição de casa", brandida por Pedro Malan e Antônio Palocci, e por praticamente todos Ministros da Fazenda e presidentes de Banco Central dos maiores países.

***

O ajuste fiscal permite o aumento do endividamento público e privado. Grandes fortunas são construídas nesse período.

O movimento especulativo vai crescendo até que, em certo momento, a bolha explode. Em circunstâncias normais, os credores e investidores seriam chamados a pagar a conta, na forma de desconto nas dívidas.

Só que nessa hora entram os governos nacionais sugerindo mais sacrifícios da população, sem que ela tivesse recebido o prometido no ciclo de bonança.




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Re: Crise Econômica Mundial

#2775 Mensagem por manuel.liste » Ter Jul 05, 2011 6:46 am

http://www.consensodelmercado.es/index. ... mpleo-link

Irlanda recuce el IVA en más de cuatro puntos porcentuales para incentivar el empleo


:twisted:




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