Crise Econômica Mundial

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Re: Crise Econômica Mundial

#2731 Mensagem por Túlio » Dom Jun 26, 2011 9:03 pm

Que eu saiba o setor privado genuinamente ianque é o de ARMAMENTOS, então para criar bastante empregos eles vão ter que começar mais umas duas dúzias de guerras pelo mundo afora... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Crise Econômica Mundial

#2732 Mensagem por P44 » Seg Jun 27, 2011 6:15 am

Economia
É «provavelmente inevitável» que algum país deixe o euro

Opinião é do bilionário George Soros para quem a Europa «está à beira do colapso» e precisa de um «plano B»

* PorRedacção RL
* 2011-06-26 18:15

É mais uma voz a juntar-se aos que acreditam que, eventualmente, algum país deixará a Zona Euro. Depois de Roubini e de Warren Buffett, agora é a vez do investidor bilionário George Soros alertar: a Europa «está à beira do colapso» e, por isso, é preciso um «plano B».

«Vamos encarar os factos: estamos à beira de um colapso económico que se inicia na Grécia, mas que facilmente se pode espalhar. O sistema financeiro permanece extremamente vulnerável», disse o investidor, este domingo, numa cerimónia em Viena, citado pela Reuters.

«Estamos à beira do colapso e este é o momento de reconhecer a necessidade de mudança».

Isto porque, para George Soros, se a sobrevivência da União Europeia «é vital para todos», também se impõem mudanças estruturais.

«Não há um plano B neste momento. É por isso que as autoridades estão apegadas, cada vez mais, ao status quo e a insistir em preservar as disposições existentes, ao invés de reconhecerem que há falhas fundamentais que precisam de ser corrigidas».

Para o investidor, o euro tem uma falha desde o começo: não é apoiada por uma união política.

«O euro não teve provisão para a correcção. Não houve nenhuma orientação relacionada com a saída de países do euro o que, nas circunstâncias actuais, é provavelmente inevitável».

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html




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Re: Crise Econômica Mundial

#2733 Mensagem por akivrx78 » Seg Jun 27, 2011 9:47 am

LeandroGCard escreveu:
Vitor escreveu:Setor privado malvado que não cria emprego magicamente!
Acho que o setor privado americano jamais criou tantos empregos em toda a história quanto nas duas últimas décadas. Só que foi na China :cry: :twisted: .


Leandro G. Card
Perfeito, o tiro saiu pela culatra.

China se prepara para ser maior potência do mundo em dez anos
iG percorreu 4.000 quilômetros do país para mostrar como os chineses lidam com o desafio de erguer a maior economia do mundo

Olívia Alonso, enviada especial à China | 27/06/2011 05:18

Depois de ultrapassar o Japão e se tornar a segunda maior economia do mundo, a China agora se prepara para superar os Estados Unidos. Ao invés de pisar no acelerador, no entanto, o país tem procurado diminuir o ritmo da economia, entre outros motivos, para evitar pressões sociais, como disse ao iG o mais renomado economista da China, David Li.

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Foto: Getty Images

Distrito de Wangjing, em Pequim: governo central chinês quer mudar motor da economia

Durante 15 dias, a reportagem do iG viajou quase 4.000 quilômetros, de norte a sul do país, para mostrar como a China tem lidado com o desafio de crescer, ao mesmo tempo em que desacelera. O resultado refletido nas reportagens é que há muita vontade de crescer e quase nenhuma de pisar no freio. Entre as dez cidades visitadas pelo iG, por exemplo, estão Yiwu e Guangzhou, onde funcionam o maior mercado de bugigangas e a maior feira de exportações do mundo. Nelas, há uma China que se move a pleno vapor, que continua dependendo fortemente das exportações, sem qualquer vontade de parar.

O iG também visitou oito grandes empresas chinesas e conversou com seus principais executivos, entre eles, Zong Qinghou, o homem mais rico da China, dono da fabricante de bebidas não alcoólicas Wahaha. O que ele quer? Crescer ainda mais e ficar mais rico. Nesse processo, o Brasil é um dos alvos de expansão.

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Foto: Olívia Alonso

Rua Nanjing, em Xangai, concentra shoppings de luxo e empresas estrangeiras

Sinal de que a ultrapassagem está perto são as exportações. Em abril, mês mais recente cujos números estão
No plano econômico para os próximos cinco anos, anunciado pelo governo chinês, o objetivo é reduzir o ritmo de crescimento do país para uma taxa de 7% a 8% ao ano. Nos últimos 30 anos, a alta média do PIB (Produto Interno Bruto) foi de 11% ao ano. Li acredita num avanço de 9% ao ano. “Já são dois pontos percentuais a menos do que o ritmo atual. Menos do que isso, acho pouco provável”, afirma o professor, que recebeu o iG no departamento de finanças da Universidade de Tsinghua, em Pequim, apelidada de “Harvard da China”.

Boa parte dos economistas concorda com as perspectivas de Li. O Fundo Monetário Internacional, que tem a projeção mais ousada, prevê que em 2016 os chineses terão um PIB de US$ 19 trilhões, contra US$ 18,8 trilhões dos norte-americanos. Banco Mundial e Citibank projetam a ultrapassagem para 2020, enquanto o banco de investimentos Goldman Sachs acredita que a China será maior que os EUA em 2027.

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Foto: Olívia Alonso

Fila para pegar táxi em Wuxi; com 1,3 bilhão de pessoas, China quer aumentar consumo interno

disponíveis, o superávit comercial chinês foi de US$ 11,4 bilhões. A previsão inicial era quase quatro vezes menor: US$ 3 bilhões. Perto do porto de Xangai, na cidade de Yiwu, onde fica a mãe da 25 de março (a maior rua de comércio do Brasil), pelo menos 20 mil compradores estrangeiros chegam por dia atrás de bijuterias, brinquedos, ferramentas, roupas e utensílios domésticos, entre mais de 300 mil itens que levam para vender em seus países.

Prédios brotam da terra

Outro importante fator de impulsão do país, os investimentos, também não dá sinais de retração. Todos os dias brotam milhares de novos prédios – e novas cidades inteiras –, enquanto os aportes previstos para infraestrutura nos próximos cinco anos superam R$ 3 trilhões. Para melhorar estradas, ferrovias, aeroportos e ter mais casas e energia, os chineses vão investir, porporcionalmente ao PIB, mais de três vezes mais que o Brasil. Em valores absolutos, eles gastarão dez vezes mais, R$ 3,2 trilhões.

Hoje, há pelo menos duas mil cidades em estágio inicial de desenvolvimento no país, cujos administradores nem pensam em crescer menos que dois dígitos ao ano. Wendeng, no nordeste do país, é uma delas. Com 600 mil habitantes, o município está construindo um bairro inteiro para receber estrangeiros.

A cidade não tem grandes redes de supermercado ou hotéis, os moradores não estão acostumados a ver estrangeiros – não é raro pararem ocidentais para tirar fotos – e as placas dos estabelecimentos comerciais não têm versões em inglês. Mas nada disso impede a chegada de investimentos. “Crescemos 15% ao ano e pretendemos avançar ainda mais”, diz o prefeito Andy Cong.

As metas de empresas, tanto privadas como estatais, são igualmente ambiciosas. Enquanto algumas são favorecidas por incentivos do governo, como é o caso da empresa de baterias e automóveis BYD e da exportadora de painéis solares Suntech, outras se animam com o aumento da renda da população – que apesar de ainda não ser visível, vem sendo muito defendido na China – e a intenção do governo de estimular o consumo interno. É o caso da companhia de internet Alibaba e a gigante de bebidas Wahaha.

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Foto: Getty Images

Chineses trabalham em construção em Pequim

Dentro das empresas, os funcionários mostram ainda mais a gana de uma China que não quer parar. “Somos 6 milhões de jovens no mercado de trabalho por ano,” diz Cui Yinjing, de 25 anos, analista em uma empresa de consultoria econômica. “Se eu não for melhor que os outros, não terei um bom emprego.”

Yinjing trabalha na Nanjing Road, que concentra os shoppings de luxo e grandes empresas em Xangai. Apesar de não ser de família rica, ela paga 1400 yuan (cerca de R$ 350), cerca de 30% de seu salário, por um cômodo em um apartamento na região para poder trabalhar mais. “Muitas vezes, fico no escritório das 9 da manhã às 2 da manhã”, diz. “Não posso perder mais duas horas de deslocamento até a casa dos meus pais.”

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Foto: Olívia Alonso

Trabalhadora rural na China; país quer incentivar urbanização para aumentar consumo interno

Numa viagem pela China, ao mesmo tempo em que se vê os maiores consumidores do mundo em produtos de luxo, famílias de áreas rurais vivem com US$ 30 no ano. “O que realmente importa não é quando teremos o maior PIB total, mas sim quando teremos o maior PIB per capita e também a maior produtividade do mundo,” diz Wang Qingyuan, ministro conselheiro da Embaixada chinesa no Brasil.

A missão é difícil. A economia chinesa avança movida a exportações e a investimentos estrangeiros, o que torna o país vulnerável ao cenário externo e aumenta seu endividamento. Além disso, a China depende de recursos naturais importados, o que também faz dela, mais uma vez, refém de condições externas. A mudança, no entanto, não acontece de uma hora para outra. Para Craig Bond, presidente do banco Standard Bank na China, é muito difícil mudar o motor de crescimento do país depois de ter se tornado “a fábrica do mundo”.

Além dos altos seus volumes de exportações, os salários crescem num ritmo lento, graças à abundância de mão-de-obra. Sem dinheiro extra para gastar, o consumo não decola a ponto de aquecer substancialmente o mercado doméstico.

Nova matriz energética

Outra meta do governo é a redução da participação de combustíveis fósseis em sua matriz energética. Depois de ter crescido por mais de 30 anos utilizando o carvão como 70% de sua fonte de energia, agora a China quer se livrar do rótulo de maior poluidor do mundo.

Apesar de o governo já ter anunciado pesados investimentos em tecnologias limpas – e desbancando os Estados Unidos como maior investidor do mundo em energias renováveis no ano passado – a missão poderá esbarrar em resistências, principalmente de companhias que relutam em diminuir o uso de combustíveis fósseis, em geral, mais baratos.

Por enquanto, as transformações pretendidas pelo país não são visíveis. Mas economistas afirmam que as intenções indicam que a China está atenta e sabe priorizar suas metas. Cabe ao novo governo, que assumirá o país em 2012, controlar as rédeas desse gigante para chegar ao topo do mundo e se sustentar por lá.

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Foto: Getty Images

Elevados em Xangai; China se prepara para ser maior potência do mundo

http://economia.ig.com.br/expedicoes/ch ... 10542.html




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Re: Crise Econômica Mundial

#2734 Mensagem por P44 » Ter Jun 28, 2011 4:52 am

Eu dizia 50 anos, mas é mais que óbvio, com a decadência acelerada dos EUA, que esse dia vai chegar mais cedo.




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Re: Crise Econômica Mundial

#2735 Mensagem por Sterrius » Ter Jun 28, 2011 6:35 am

depende muito de como a crise dos EUA vai afetar as exportações e crescimento economico de cada pais e do proprio EUA.

Mas 20-40 anos nao seria um chute ruim.




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Re: Crise Econômica Mundial

#2736 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Jun 28, 2011 6:38 am

50,20, 40? Os EUA vai perder a sua posição muito antes disso.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: Crise Econômica Mundial

#2737 Mensagem por J.Ricardo » Ter Jun 28, 2011 7:58 am

Tudo bem, mas se tem uma coisa que eu concordo com a Dilma é o slogan dela "País rico e País sem pobreza", os caras podem até conseguirem ser a 1ª potência, mas e o povão???




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: Crise Econômica Mundial

#2738 Mensagem por akivrx78 » Ter Jun 28, 2011 10:15 am

J.Ricardo escreveu:Tudo bem, mas se tem uma coisa que eu concordo com a Dilma é o slogan dela "País rico e País sem pobreza", os caras podem até conseguirem ser a 1ª potência, mas e o povão???
O povão eles matam de fome aos poucos até somente sobrar (...) ou continua na pobreza para sustentar o modelo econômico.....o modelo de desenvolvimento deles exige a manutenção de mão de obra barata, por isto não conseguem acabar com isto...http://www.parana-online.com.br/editori ... +PC+CHINES




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Re: Crise Econômica Mundial

#2739 Mensagem por akivrx78 » Ter Jun 28, 2011 10:17 am

OCDE elogia testes de stress europeus à banca como forma de prevenção
Choques económicos globais serão mais frequentes nos próximos anos

27.06.2011 - 19:04 Por Pedro Crisóstomo

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Angel Gurría preside à OCDE (Truth Leem/Reuters)

O futuro da economia trará consigo choques maiores e mais frequentes e, nesse quadro, a entrada dos países em incumprimento potencia o risco de contágio “numa economia globalmente interligada”, nota a OCDE.

É com base na “história recente” que a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) alerta hoje, num relatório sobre os futuros choques mundiais, para o risco de as proporções de uma crise financeira global ou de uma pandemia serem cada vez maiores, face a uma economia global em que as pessoas e os bens se movimentam.

A organização liderada por Angel Gurría lembra que, mesmo antes da crise financeira de 2008, o número de crises financeiras regionais e nacionais cresceu. E para os próximos anos, existem cinco riscos fundamentais que a OCDE prevê para a economia mundial, entre eles uma nova crise financeira.

Os governos vão continuar a desemprenhar um papel central na regulação dos choques mundiais, diz, mas terão de se concertar com outros actores à escala global, como as empresas ou as Organizações Não Governamentais (ONG).

Mas, no relatório, são também destacadas acções políticas que a OCDE considera serem bons exemplos da prevenção de choques económicos e financeiros. Para os peritos da organização, os testes de resistência à banca conduzidos pela União Europeia e os Estados Unidos “são úteis na identificação da capacidade e limitações do sistema”.

“Todos os sistemas críticos, e não apenas o sector bancário, precisam de desenhar e implementar testes de stress”, para se perceber “onde e quando” é que as crises ocorrem e tentar preveni-las.

A crise financeira, entre 2008 e 2009, conduziu a que o défice dos Estados-membros da OCDE excedesse os dez por cento em alguns cassos e deverá acentuar o nível da dívida dos países.

No entanto, os peritos dizem que os problemas com que a Europa tem de lidar por causa da crise da dívida soberana “são só uma das dimensões do risco financeiro presente em várias economias avançadas”.

A OCDE nota que o facto de a consolidação orçamental ser vista como preventiva da insustentabilidade das obrigações soberanas, mas conduzindo a uma contracção económica, complica a dinâmica da dívida pública dos países e “impede a restauração” da sua sustentabilidade.

Mesmo ao nível das tecnologias, os mercados experimentaram com o subprime uma crise que mostrou as duas faces da sua utilidade. Sobretudo, a não identificação e documentação de riscos associados a produtos financeiros inovadores mostrou essa volatilidade, notam os peritos.

http://economia.publico.pt/Noticia/choq ... os_1500444




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Re: Crise Econômica Mundial

#2740 Mensagem por akivrx78 » Ter Jun 28, 2011 10:19 am

Terça-feira, 28 de junho de 2011 9:46
Brasileiro é o mais barrado em aeroportos europeus
Agência Estado

Pelo terceiro ano consecutivo, os brasileiros são os estrangeiros mais frequentemente barrados ao tentar entrar na Europa por aeroportos. Mas a grave crise econômica está reduzindo o número de brasileiros tentando a sorte no continente e o número de imigrantes ilegais sofreu uma queda recorde. Entre 2008 e 2010, o número de brasileiros detidos nos aeroportos caiu mais de 40%. Entre os imigrantes ilegais vivendo na Europa, o número de brasileiros foi reduzido para menos da metade.

Informações coletadas pela Frontex (a agência de fronteiras) ainda revelam que, em 2010, os brasileiros foram a sexta população com maior número de imigrantes ilegais vivendo na Europa. Mas, desta vez, a crise econômica em Portugal e Espanha fez o número cair significativamente, em um sinal claro de que os brasileiros que por anos tentaram a sorte na Europa estão hoje desistindo e permanecendo no País. Há apenas dois anos, os brasileiros eram a terceira maior população de ilegais.

Em 2008, quando a crise eclodiu, quase 30 mil brasileiros foram pegos vivendo ilegalmente na UE. O número não representa o total de brasileiros vivendo sem visto na Europa. Mas é considerado um termômetro. No ano passado, esse número caiu para apenas 13 mil.

No ano passado, 6.072 brasileiros foram impedidos de entrar na UE, 12% do total do mundo. A maioria dos impedidos de entrar foi barrada na Espanha - 1,8 mil brasileiros não foram autorizados a entrar a partir dos aeroportos de Madri e Barcelona. O Brasil também lidera entre os estrangeiros mais barrados nos aeroportos franceses, com 673 casos. Em segundo lugar na Europa estão os americanos. Mas com um número que representa apenas um terço dos brasileiros barrados.

Oficialmente, brasileiros não precisam de vistos para entrar na Europa. Mas a instrução que os policiais aduaneiros têm é para pedir comprovações dos turistas de que contam com dinheiro, hotel para ficar e principalmente um bilhete de retorno. A diplomacia brasileira tem se queixado da situação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://www.dgabc.com.br/News/5895878/br ... opeus.aspx




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Re: Crise Econômica Mundial

#2741 Mensagem por akivrx78 » Ter Jun 28, 2011 10:49 am

Período de construções desenfreadas na Espanha resulta em aeroportos e estradas abandonados
Nas últimas duas décadas, a Espanha construiu redes de transporte viário mais rápido do que qualquer outro país europeu

null | 28/06/2011 05:37

Em março, as autoridades locais inauguraram um novo aeroporto em Castellon, uma pequena cidade na costa mediterrânea da Espanha. Elas ainda estão esperando o seu primeiro vôo regular.

Para justificar a inauguração, Carlos Fabra, o chefe do governo provincial de Castellon, argumentou que era uma oportunidade única para transformar um aeroporto em uma atração turística, dando aos visitantes acesso total à pista e outras áreas operacionais normalmente restritas. Neste domingo, ele será usado como local de largada para uma parte dos campeonatos de ciclismo da Espanha, com a presença do três vezes campeão da Tour de France Alberto Contador.

O Aeroporto de Castellon, construído a um custo de 150 milhões de euros (US$ 213 milhões), não é o único elefante branco de infraestrutura da paisagem da Espanha. O primeiro aeroporto particular da Espanha – construído em Ciudad Real, no centro do país – foi forçado a entrar com um processo de falência há um ano devido a uma falta de tráfego similar.

Em todo o país, estradas com pedágios quase vazios estão lutando para conseguir algum lucro. Outros projetos estão sobrevivendo apenas com financiamento público contínuo, que tem sido questionado por causa da crise que atinge a Europa.

Nos últimos 18 meses, a Espanha tem estado na linha de fogo dos investidores após permitir que o seu déficit orçamentário aumentasse demais durante uma bolha imobiliária, que finalmente explodiu junto com a crise financeira mundial. Para limpar essa bagunça, o governo socialista de José Luis Rodriguez Zapatero apresentou medidas de austeridade no ano passado que, entre outras coisas, encolheu os gastos com infraestrutura. Isso deixou alguns projetos no limbo, apesar das promessas políticas de mantê-los vivos.

Nas últimas duas décadas, a Espanha construiu redes de transporte viário mais rápido do que qualquer outro país europeu.

Depois de abrir a sua primeira linha ferroviária de alta velocidade entre Madrid e Sevilha, em 1992, a Espanha ultrapassou a França em dezembro passado como o país de maior rede ferroviária de alta velocidade da Europa, cobrindo pouco mais de 2.000 quilômetros.

O crescimento do transporte rodoviário e aéreo tem sido igualmente espetacular. Entre 1999 e 2009, a Espanha acrescentou mais de 5.000 quilômetros de rodovias – o maior esforço de construção de estradas na Europa. E seus 43 aeroportos internacionais lidam com mais passageiros transfronteiriços do que os de qualquer outro país na Europa.

Essa expansão tem sido uma fonte de intenso orgulho nacional. Ela também trouxe grandes benefícios econômicos para algumas regiões anteriormente isoladas e empobrecidas.

No entanto, como o Aeroporto de Castellon, nem todos os projetos foram necessariamente bem pensados. Alguns especialistas sugerem que a abordagem da Espanha para o desenvolvimento durante os anos de expansão colocaram a velocidade à frente da avaliação de risco. Joseph Santo, diretor de logística e transporte da filial ibérica da empresa de consultoria Booz & Co., disse que há diferenças entre a Espanha e a Grã-Bretanha, por exemplo, quando a questão são as parcerias público-privadas no setor de transporte.

"Na Grã-Bretanha, eles tentam conseguir tudo com acordos feitos previamente e pensam em todo os possíveis problemas, de modo que pode levar anos para negociar um acordo", disse Santo. "Na Espanha, eles fazem o inverso. Eles fazem o negócio em seis meses e em seguida, se alguma coisa acontece, eles pensam como podem consertá-la”.

Em entrevistas separadas, os chefes de algumas das empresas de gerenciamento de construção e infraestrutura da Espanha admitiram que as despesas saíram de controle antes da crise. Mas eles também previram que a maioria dos projetos de construção, principalmente no setor de transportes, acabariam por gerar lucros.

"O problema é que tais projetos são geralmente concebidos em um momento em que tudo parece obrigado a obter sucesso – por vezes mesmo projetos mal concebidos – e há sem dúvida alguns problemas de planejamento", disse Salvador Alemany, presidente da Abertis, uma empresa de gestão de infraestrutura de Barcelona. "Ao mesmo tempo, esses projetos têm que viver com as realidades de um ciclo econômico que tem altos e baixos, e há uma abundância de exemplos de rodovias em todo o mundo que tiveram decolagens difíceis."

Baldomero Falcones, presidente e executivo-chefe da FCC, uma construtora, lembrou a difícil abertura de pedágios em estradas na região da Catalunha na década de 1970 – estradas que recentemente necessitaram de expansão para lidar com o tráfego crescente.

"Eu nunca vi qualquer infraestrutura de transporte que, ao no final, não tenha se tornado rentável", disse ele.

Para ajudar a arrecadar dinheiro, o governo recentemente intensificou os esforços para privatizar algumas infraestruturas estatais, incluindo os dois maiores aeroportos do país, Barajas, em Madrid, e El Prat, em Barcelona.

Em maio, o secretário de Transportes espanhol, Isaias Taboas, disse que o governo iria vender concessões de funcionamento para os dois aeroportos até o final do ano. Inigo Meiras, executivo-chefe da Ferrovial, disse que sua empresa está "pensando seriamente em participar do processo de licitação" – Abertis também deve estar entre os licitantes.

Com uma eleição geral marcada para março, a questão dos gastos públicos também tem alimentado as tensões políticas.

José Blanco, o ministro da Indústria, acusou o governo anterior de centro-direita de José Maria Aznar de "mau planejamento e gastos excessivos", dizendo ao Parlamento que o governo de Aznar pagou quatro vezes mais do que deveria para expropriar terras em que estradas adicionais foram então construídas.

As coisas tornaram-se tão difíceis que operadoras privadas de uma das estradas, que liga a capital espanhola a Toledo, entraram com um processo ano passado contra o governo, buscando mudanças nos termos de sua concessão, que lhe permitam coletar pedágios por mais tempo.

Alemany observou que o caso da Madrid-Toledo não foi o único de sua espécie.

"Há certamente alguns outros projetos em que uma solução precisa ser encontrada para evitar uma crise", disse ele.

Mas ele expressou otimismo de que a maioria dos conflitos seria resolvida fora do tribunal.

"Eu acho que alguma coisa pode ser negociada para evitar os conflitos legais que poderiam certamente ser caros e demorados", disse ele.

Blanco sugeriu em novembro que o governo vai reformular o sistema de pedágio para ajudar as operadoras de estradas pouco utilizadas, provavelmente através da extensão de suas concessões.

Blanco também se comprometeu a manter o cronograma de certos projetos que se transformaram em importantes promessas eleitorais para os socialistas que governam em algumas regiões de Espanha, como a ampliação da rede ferroviária de alta velocidade para as cidades do sudeste de Alicante, Murcia e Cartagena, em 2014, bem como adicionar uma conexão para a região noroeste da Galiza.

Falcones sugeriu que os maiores problemas provavelmente virão de outros tipos de infraestrutura subutilizada que não resistem ao teste do tempo, como as estradas. A crise da dívida e a queda na construção civil também deixaram a Espanha com vários museus, estádios, bibliotecas públicas, escritórios administrativos e shopping centers semi-construídos.

Ainda assim, quando se trata da infraestrutura de transporte, mesmo o deserto Aeroporto de Castellon poderia ter um futuro, previu Falcones, como uma porta de entrada para algumas das praias mais populares da Espanha.

"Não tem funcionado até o momento, mas um vôo de Castellon para Manchester ou Frankfurt é bastante imaginável", disse ele.

* Por Minder Raphael

http://economia.ig.com.br/periodo+de+co ... 02149.html




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Re: Crise Econômica Mundial

#2742 Mensagem por Bourne » Ter Jun 28, 2011 6:44 pm

O que isso quer dizer? É fruto da parceria estratégica com a França? De um coluio contra o Grande Satã? É claro que não. Todos os países importantes concordam que o presente do FMI tem que ser europeu e será. Das reformas também.
28/06/2011 - 14h22
Brasil anuncia apoio a ministra francesa para a chefia do FMI

Fonte: http://economia.uol.com.br/ultimas-noti ... o-fmi.jhtm

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde
O Brasil declarou nesta terça-feira que apoia a candidatura da ministra francesa de Finanças, Christine Lagarde, à chefia do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Embora lamente que a rapidez do processo seletivo "tenha dificultado o aprofundamento dos debates", o Brasil escolheu apoiar a francesa "por seu reiterado compromisso com a continuidade do processo de reformas do Fundo, diz uma nota divulgada pelo governo.

Entre estas reformas estão a "transferência de quotas em favor dos países emergentes e em desenvolvimento, aumentando seu peso no processo decisório do FMI"; uma maior voz para países pequenos no fundo; a adoção de uma maior supervisão de economias avançadas e o "compromisso de que o próximo diretor-gerente do FMI não seja necessariamente um cidadão europeu".

A nota emitida pelo governo brasileiro ressalta que o apoio do país "está condicionado ao cumprimento dessas reformas amplas e profundas, no entendimento de que não se trata de uma candidatura europeia para solucionar problemas europeus imediatos, apenas".

"Não podemos admitir retrocessos em relação às reformas implementadas nos últimos dois anos, sob pena de diminuir o peso e o papel do FMI", afirma o comunicado.

O anúncio foi feito no momento em que os 24 membros do painel executivo do FMI estão reunidos para escolher o novo diretor-gerente do fundo. O anúncio deve ser feito até a próxima quinta-feira.

EUA e Rússia
Também nesta terça-feira, Estados Unidos e Rússia haviam declarado apoio a Lagarde.

O ministro das Finanças russo, Alexei Kudrin, afirmou que ela tem todas qualidades necessárias para o cargo.

Por sua vez, o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, disse em uma nota que "o talento excepcional da ministra Lagarde e sua ampla experiência darão a liderança inestimável para esta instituição em um momento crítico para a economia global."

De acordo com a repórter da BBC em Washington Lesley Curwen, até o momento os Estados Unidos não tinham manifestado seu apoio, mas não havia muita dúvida sobre o nome de Lagarde como o preferido dos americanos.

Lagarde disputa o cargo com o presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens.

O cargo de diretor-gerente do FMI ficou vago após a renúncia do francês Dominique Strauss-Kahn, no mês passado, em meio a um escândalo sexual ocorrido nos EUA.

Lesley Curwen afirma que, com a declaração de Geithner, a vitória de Lagarde parece certa.

Com os Estados Unidos, Lagarde já garantiu os votos de 49% do painel executivo do FMI. Ela já contava também com o apoio da China.

Agustín Carstens contava com o apoio de vários países da América Latina, além do Canadá e da Austrália.




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Re: Crise Econômica Mundial

#2743 Mensagem por soultrain » Ter Jun 28, 2011 8:25 pm

Bom não há muito que concordar, a Europa é o maior contribuinte liquido do FMI.





"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


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Paisano
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Re: Crise Econômica Mundial

#2744 Mensagem por Paisano » Qua Jun 29, 2011 2:09 pm

Na Europa, os lobos governam o galinheiro

Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/pos ... 389190.asp
No Velho Mundo, a chamada crise das sub-primes, ou como dizem os espanhóis, “a fraude com nome de crise”, retoma o conceito do Sul da Europa como semi-periferia. Há algo em comum entre Espanha, Portugal e Grécia. Estes três Estados perderam quase toda capacidade de decisão soberana, condicionando a democracia a um jogo de faz de conta.

A partir dos convênios e pacotes firmados junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), sob recomendação do Banco Central Europeu (BCE), restará entre pouca e nenhuma margem de manobra para cada Poder Executivo e blocos parlamentares de sustentação.

Surpreende também a desinformação. Porque, como diz John Kenneth Galbraith, “em economia a maioria sempre se equivoca”. Lá foi pior. O que houve não foi o excesso de gasto público como garantia de um patamar mínimo do Estado de Bem-Estar Social.

Na Europa o sistema financeiro formal entrou na jogatina dos ativos podres da bolha imobiliária dos EUA. A contaminação de bancos de correntistas levou os líderes europeus a convocar uma política de salvação, retirando reservas dos tesouros nacionais e aumentando o endividamento público para os maiores bancos não quebrarem.

O sistema financeiro de moeda única é subordinado ao BCE, e este impõe “políticas de austeridade” como garantia de pagamento das dívidas dos Estados, mantendo assim o fluxo de dinheiro público para as empresas bancárias.

Como nos explica o economista Vincenç Navarro (navarro.org), o alvo são os caixas estatais e sua capacidade de endividamento. Os maiores bancos da Europa causaram a “crise”, ganharam com a fraude e são os grandes interessados na imposição dos “pacotes de auxílio”.

A Grécia, hoje falida e beirando uma rebelião popular, foi assessorada por um lobo a tomar conta do galinheiro. Durante o governo do partido ND, conservador, a Goldman Sachs prestou uma assessoria em operações de câmbio reverso e outros produtos heterodoxos. O desastre era inevitável e a fatura vinda do BCE e FMI foi assinada pelo PASOK, atual governo de centro-esquerda.

A desfaçatez não para aí. O próximo presidente do BCE, a tomar posse em 1º de novembro, é Mario Draghi. O ex-presidente do Banco Central da Itália também foi vice-presidente da Goldman Sachs Europa, suspeito de ser um dos responsáveis pelas operações fraudulentas de swap e maquiagem dos balanços fiscais do Estado grego, de janeiro de 2002 a janeiro de 2006.

Ou seja, como afirma a Rede ATTAC (attac.org), dessa vez os lobos querem o galinheiro todo.

Bruno Lima Rocha é cientista político (http://www.estrategiaeanalise.com.br / blimarocha@gmail.com)




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rodrigo
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Re: Crise Econômica Mundial

#2745 Mensagem por rodrigo » Qui Jun 30, 2011 12:13 pm

Obama admite risco de calote e FMI alerta sobre perigo de crise mundial

Washington — O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu ontem costurar um acordo com os opositores republicanos para aumentar o limite de endividamento do país, de US$ 14,3 trilhões, e, assim, evitar um calote da dívida norte-americana. O democrata advertiu que a decisão deve ser tomada antes de 2 de agosto — data em que as primeiras obrigações da maior economia do mundo começam a vencer, sem que haja recursos disponíveis para o pagamento. A recusa dos congressistas, alertou, poderá trazer consequências desastrosas ao país, como um calote.

“Se o governo, pela primeira vez, não puder honrar as suas obrigações, se entrar em default (der um calote), as consequências para a economia dos EUA serão significativas e imprevisíveis. Todas as dificuldades que já estamos vivendo, no que se refere à recuperação, ficarão piores”, sentenciou.

A batalha entre o grupo de Obama e a oposição se arrasta porque os republicanos controlam a Câmara dos Representantes, mas têm minoria de bloqueio no Senado. Para considerar a elevação do limite, os opositores exigem cortes drásticos no Orçamento federal como forma de reduzir o deficit público sem precedentes do país. Outra medida combatida categoricamente é a proposta governista de elevação da carga tributária sobre a parcela mais rica da população, justamente a que mais apoia o Partido Republicano.

Milionários
Apesar de admitir a necessidade da tesourada, o presidente norte-americano se recusa a reduzir a disponibilidade financeira para os principais programas sociais que sustentam o seu governo e ainda lhe garantem votos.

Ele ressaltou que pretende manter, intacta, a continuidade de investimentos em ensino, pesquisa e infraestrutura.

“O vice-presidente (Joe Biden) e eu vamos prosseguir as negociações com os líderes dos dois partidos no Congresso pelo tempo que for necessário. Chegaremos a um acordo que permitirá a nosso governo viver dentro de suas possibilidades”, garantiu.

No pronunciamento de ontem, Obama ainda provocou os adversários ao pedir medidas legais que estimulem a criação de novos empregos. Além de chamar os parlamentares a realizarem “progressos substanciais” até o fim da semana, o presidente aumentou a pressão sobre os republicanos, dizendo que ao mesmo tempo em que afastam os pedidos de mais impostos e receitas do governo, pedem benefícios fiscais aos milionários do país.

Credibilidade
Os apelos de Obama vieram no mesmo dia em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou a sua análise em relação à economia norte-americana e aproveitou para criticar a demora do governo em aprovar a expansão do limite de endividamento dos Estados Unidos. O fundo pediu a Washington que conserve a “credibilidade orçamentária” do país.

O temor do fundo é de que um eventual calote da dívida representaria em um grande impacto para o sistema financeiro mundial, caso as agências de classificação de risco diminuam a nota dos títulos americanos.

O fundo anunciou ainda que prevê um crescimento relativamente modesto da economia capitaneada por Barack Obama, confirmando a previsão de avanço de 2,5% em 2011.

Para o FMI, um fracasso do governo em conseguir o acordo no Congresso pode resultar em um “severo choque” para a economia mundial, ainda fragilizada pela crise. O fundo destacou que o principal desafio do país, atualmente, é encontrar uma forma de estabilizar o endividamento sem prejudicar o crescimento. “E claro, o teto da dívida federal deveria ser ampliado para evitar um choque severo para a economia e os mercados financeiros globais”, apontou o organismo.

Com o limite de US$ 14,3 trilhões preenchido, a classificação dos EUA poderia ser rebaixada de “AAA”, provocando uma explosão das taxas de juros. “Esses riscos também teriam uma significativa repercussão global, considerando o papel central dos bônus do Tesouro norte-americano nos mercados financeiros do mundo todo”, completou o fundo.

A política do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) também foi contestada no comunicado. Para o FMI, a manutenção das taxas de juros próximas de zero deve ser apropriada por algum tempo, uma vez que as perspectivas de crescimento são pequenas. Acrescentou, porém, que a instituição precisa estar preparada para “responder decisivamente” caso as expectativas de inflação comecem a subir.

Bolsas em alta
Apesar do perigo de calote dos Estados Unidos, as bolsas de valores retomaram o bom humor ontem, aliviadas pela aprovação do pacote de austeridade fiscal grego. Em Nova York, o Dow Jones fechou com alta de 0,60%, enquanto o indicador central da BM&FBovespa (Ibovespa) subiu 0,05%, com 62.333 pontos. O principal índice europeu encerrou a quarta-feira com ganhos de 1,7%, maior avanço das duas últimas semanas.

http://www.correiobraziliense.com.br/ap ... dial.shtml




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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